As Relações Perigosas

As Relações Perigosas Choderlos de Laclos
Chordelos de Laclos




Resenhas - As Ligações Perigosas


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Matheus.Trajano 13/07/2018

O título já diz tudo
Quando comecei a ler "Ligações perigosas" por indicação de uma youtuber e vontade de ter uma leitura que retratasse a nobreza francesa pré revolução, eu não imaginava que estaria encontrando uma obra que se em 2018 me causou tamanho espanto e me deixou bestificado em várias passagens cínicas e ambíguas de pura manipulação psicológica exercidas pelos protagonistas, que dirá em 1782 quando essa obra foi lançada. Pouca sobre ela se acha no youtube e menos ainda na sinopse disponibilizada na edição(talvez só tenha me deixada mais curioso ainda pra saber o que iria acontecer), mas a história que conta as manipulações, jogos de poder e dominação sentimental exercidos pelo Visconde de Valmont e pela Marquesa de Merteuil nas suas "vítimas" é muito instigante- e de cair o queixo em certas partes-. A história tem toda uma sensualidade que sem sequer uma única vez menciona a palavra sexo, tudo é ambíguo e muito nas entrelinhas, principalmente nas cartas do Visconde.Com o desenrolar você as complicações aparecendo, intrigas, frustrações, hipocrisia, inocência, ambição, tudo "sem perder a classe".O livro da L&PM tem uma tradução incrível, que torna a leitura ,escrita há séculos, muito fluida sem perder todo o refinamento empregado pelos nobres em suas cartas. Recomendo muito
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Rafaela 12/01/2018

Um romance em que o amor não prospera
"Quanto a mim, contudo, que tenho eu de comum com essas mulheres insensatas? Quando foi que me viu afastar-me do comportamento que me prescrevi ou violar meus princípios?
Digo meus princípios, e o faço de propósito, porquanto não são como os das outras mulheres, adquiridos por acaso, recebidos sem exame e seguidos por hábito; os meus são fruto de minhas reflexões profundas, eu os criei e, por isso, posso dizer que sou minha própria obra" (carta 81)

Depois de assistir algumas adaptações para o cinema e para a TV, decidi ler esta obra.

Já conhecia o enredo, por isso, meu foco era o texto. O fato de se tratar de um romance epistolar faz com que a leitura demore um pouco a engrenar, mas a narrativa envolvente do último terço do livro me prendeu.

Os personagens principais (a marquesa e o visconde) são profundos, extremamente frios e calculistas. Contudo, o final do visconde sugere um arrependimento, enquanto a marquesa com o orgulho ferido se recolhe, não sem antes tirar o máximo proveito possível da situação em que se encontrava.

Os demais personagens são as marionetes manipuladas pelos dois, destacando a Sra. Volanges que termina o livro na ignorância em relação aos pecados de sua filha.
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Briena 29/12/2017

Quem poderia deixar de tremer ao pensar nos males que pode causar uma ligação perigosa?
Apesar de achar a história arrastada em alguns momentos e até mesmo o conteúdo das cartas um pouco maçante, o que não falta são reflexões após o término. Principalmente quando paramos para pensar o significado que o livro deve ter tido na época. A maneira como Laclos retrata a aristocracia francesa e suas convenções sociais mostra o desprezo que autor tinha pelo meio em que vivia. As reflexões que a marquesa faz em suas cartas, deixa evidente o que tinha de mais podre nos círculos sociais. Tudo girava em torno das aparências e bom comportamento.
O que mais me chamou atenção nesse livro foi sua ambiguidade. Ao mesmo tempo que vemos os personagens se comportando de tal maneira em sociedade, vemos seus verdadeiros pensamentos expressos nas cartas e o que pretendiam com certos atos. Isso não se estende apenas ao casal de libertinos, mas a toda obra. Que quando chega ao fim, nos deixa em dúvida se Laclos era na verdade um defensor dos bons costumes ou um crítico da inutilidade e mesquinharia da aristocracia. Eu sinceramente fico com a segunda opinião, já que as relações retratadas podem ter inúmeras interpretações.
Livro interessantíssimo e muito bem construído, mas que precisa de um pouco de dedicação e paciência.
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01/11/2017

A primeira vez que soube da existência desse livro, foi por conta da adaptação para a TV pela Rede Globo nos últimos anos. Adicionei As Relações Perigosas na lista e me esqueci um pouquinho dele. No entanto, esse mesmo livro seria abordado no meu curso de francês no ano passado e, então, me vi na situação perfeita para, não só adquirir a versão original (em francês), como também a nacional para ler ao mesmo tempo.
As Relações Perigosas é todo escrito na forma de cartas. A ideia de Choderlos de Laclos era que fosse uma espécie de divulgação da correspondência de alguns personagens pertencentes a determinado círculo social da França. Tanto é que o ano delas é parcialmente suprimido e o nome de algumas pessoas mencionadas são também mantidos em sigilo, dando a impressão de que, realmente, essas cartas pertenceram a pessoas de verdade e, posteriormente, foram publicadas.
Em determinados momentos você chega a acreditar exatamente nisso e esse é o ponto mias fantástico da obra de Laclos. Ele constrói seus personagens como uma verdadeira crítica à sociedade de seu tempo e o faz de tal forma que a carapuça poderia servir em muita gente. Não me admira que seu romance tenha causado muito furor quando do seu lançamento.
Acompanhamos a vasta correspondência entre a Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont, duas mentes ardilosas, sagazes e muito afiadas. Merteuil está querendo vingar-se de seu antigo amante, pois ele vai se casar com uma menina que, por sorte, faz parte de seu convívio. Para isso, ela deseja que Valmont aja para ajudá-la a desvirtuar a moça e entregá-la impura ao seu pretendente. Nisso, tem início uma arquitetação sem fim.
Os personagens nos são apresentados em pequenos detalhes de suas cartas, uma frase aqui, outra consideração ali e seus caráteres são lentamente construídos. Valmont, por mais que se vanglorie de sua esperteza, preza muito pela aprovação de Merteuil, a quem considera não só como amiga e confidente, mas também como amante. Embora ambos levem uma vida de luxúria, completamente oposta aos valores da época, especialmente no caso de Merteuil, frequentes são os momentos em que eles rechaçam da sociedade e de suas normas e costumes, estando muito acima da ignorância deles, sendo donos de si e do próprio destino.
O alvo da marquesa e do visconde são os jovens pombinhos Cécile e Danceny, completamente apaixonados e desconhecedores das maldades que os aguardam no mundo. Por isso, tornam-se as marionetes perfeitas de dois adultos ardilosos que não se importam como nada mais do que os próprios interesses. E o que lhes move é o seu desejo de vingança e destruição da reputação alheia.
As Relações Perigosas é aquele tipo de leitura que você fica ansioso para saber o que mais pode vir a seguir. Merteuil e Valmont são cativantes em seus planos, crueldade e falsidade. Você aprende um pouco mais sobre cada um deles a cada nova troca de cartas que são acompanhadas de farpas e regojizes, bem como você tem raiva e muita ansiedade para ver se tantas maldades serão recompensadas da melhor forma possível a todos aqueles que foram atingidos pela crueldade dessa dupla.
A escrita é bastante fluida, embora as cartas, por vezes, sejam longas, nós as devoramos rapidamente e ficamos ávidos por saber mais. No raio de ação dos protagonistas também está uma senhora, a Presidenta de Tourvel que acaba por ser mais uma tarefa de Valmont para desvirtuá-la e deixá-la na ruína, uma vez que é casada e a atormentará com sua sedução e insistência deveras irritante.
É uma leitura brilhante, sagaz e muito interessante em vários aspectos. É uma crítica e, ao mesmo tempo, uma revelação sobre o que se passava na França, em meio à alta sociedade. As regras extremamente rígidas, além da posição praticamente insignificante das mulheres são dois pontos de destaque. E quem bate de frente com elas, quem torna-se a embaixatriz da mudança, é a Marquesa de Merteuil. Ela vai contra a correnteza, põe abaixo todos os parâmetros, zomba da sociedade na qual está inserida e revoluciona a sua própria maneira de viver.
As Relações Perigosas é um livro poderoso, perspicaz, cruel e muito ácido. Torcemos pelos personagens, nos horrorizamos, ficamos com raiva e nos sentimos impotentes. Merteuil e Valmont são uma dupla e tanto, mas, como em tudo, há sempre uma ponta solta e que vai se desprendendo ao longo do caminho.
A sacada é em relação à correspondência. Fazer parecer que pessoas de verdade haviam escrito aquilo é muito astuto e você chega a duvidar no meio da leitura de que seja uma obra de ficção. A diagramação torna tudo muito confortável e as páginas viram praticamente sozinhas. Por mais que sejam muitas, você simplesmente não sente o tempo passar.
Esse é um dos clássicos que todos deveríamos ler, a crítica social não é o único motivo, mas o fato de basear-se em personagens tão palpáveis que mal parecem ficcionais. Eles nos convencem de sua causa, se justificam e arquitetam todos os próximos passos, tudo numa frieza impressionante. Nada mais importa que não eles mesmos.
Séculos depois, não é um livro que podemos chamar de fora de moda e, talvez, isso seja o mais assustador de tudo.

site: http://www.onlythestrong-survive.com.br/2017/01/resenha-as-relacoes-perigosas-choderlos.html
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Livros, câmera e pipoca 29/08/2017

Clássico francês imperdível
O Visconde de Valmont e a Marquesa de Merteuil são os grandes protagonistas desta história, que trocam cartas entre si e ambos manipulam outras pessoas através de jogos de poder e sedução. Considerado um clássico da literatura francesa, já rendeu diversas adaptações para o cinema e TV.

site: https://livroscamera.wixsite.com/meusite/single-post/2017/08/29/As-Ligaçoes-Perigosas
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Bruna 29/03/2016

As relações perigosas (mais conhecido como Ligações Perigosas), é um clássico da literatura francesa, publicado em 1782, por Choderlos de Laclos. Após várias adaptações, para o teatro, cinema e TV, a história já bem conhecida do público em geral, pelo menos por nome. Eu já conheço a história há muitos anos, e simplesmente a adoro! E agora tive a oportunidade de ler a obra que deu origem a uma das histórias mais fortes e intensas que já vi. E por esse mesmo motivo, a resenha de hoje é possivelmente uma das mais difíceis que já fiz, uma vez que, de um lado tem-se uma trama que eu já conheço e adoro, e do outro, uma obra cuja escrita extremamente formal a torna de difícil leitura.


Vamos lá então?

Ambientado na França, em um ano não identificado do século XVIII, As relações perigosas narra uma série de fatos envolvendo a aristocracia francesa, tendo o Visconde de Valmont e da Marquesa de Merteuil como os pivôs de um perigoso jogo de sedução e manipulação. Narrado integralmente por meio de cartas, o livro conta como estes dois nobres brincam, jogam e manipulam todos a sua volta, por simples prazer, diversão ou forma imposição de poder, sem se importar com as reputações, e mesmo vidas, que podem ser destruídas no processo. Bom, na verdade eles buscam e almejam ter essas reputações esmigalhadas, o que consideram verdadeiros triunfos e vitórias.

Desejosa de se vingar de um ex-amante, Gercourt, que buscava uma esposa jovem e inocente, a Marquesa de Merteuil arquiteta um plano para desonrar e corromper a jovem Cecile Volanges, uma menina recém-saída do convento, e a quem Gercourt desejava como esposa. Para tanto, ela pede a ajuda de Valmont, que recusa por considerar que seduzir uma menina tão ingênua não representa nenhum desafio. O foco do Visconde é outro, sendo esse a devota, religiosa e casada Presidenta de Tourvel, uma mulher conhecida por suas virtudes e fidelidade. Assim nasce uma aposta: Caso Valmont consiga seduzir a virtuosa Presidenta, a marquesa se tornara novamente sua amante. E a situação fica ainda mais complexa quando Valmont descobre que a Sra. Volanges, mãe de Cecile, falou mal dele para a Sra. de Tourvel, o que o leva a decidir que seria ele a desonrar a menina, como vingança contra a mãe. Enquanto isso, outros casos e situações nos são apresentados, demonstrando a frieza destes dois personagens principais que de mocinhos não tem nada.

Não é mesmo engraçado consolar contra e a favor, ser o único agente de dois interesses diliteralmente opostos? Eis-me aqui, igual à divindade, acolhendo anseios opostos dos cegos mortais, sem em nada alterar meus imutáveis decretos.
Da Marquesa de Merteuil ao Valmont - pág. 166


Esse é o tipo de livro que é impossível ler impassível e sem demonstrar sentimentos. Os personagens são bem complexos, porém, Visconde de Valmont e da Marquesa de Merteuil são dois que realmente nos dão nojo, devido à capacidade de dissimular, manipular e destruir tudo e todos a sua volta. A marquesa, em especial, é a mais cínica de todos, uma vez que ela não perde oportunidade de manipular até mesmo o próprio visconde. Porém, é impossível não se prender aos acontecimentos narrados nas cartas trocadas entre os dois.

Como disse no início, esse foi um livro que realmente me dividiu. Eu adoro a história, e a leitura foi enriquecedora, ao relatar muitos outros casos de manipulação dos protagonistas/antagonista do que as adaptações, que sempre focavam em Cecile e Madame de Tourvel. Porém, estamos falando de uma obra clássica, o que por si só já significa uma escrita mais arcaica. Adicione a isso o fato de que o livro inteiro é narrado por meio de cartas, e que as cartas daquela época eram muito mais formais do que a comunicação oral, e vocês tem um livro realmente formal e de difícil leitura. Eu levei muito tempo para concluir a leitura, pois só conseguia ler algumas cartas por dia.

O livro é dividido em quatro partes, e não há capítulos, e sim as cartas numeradas. Ao todo são 175, trocadas entre vários personagens, que variam entre pequenos bilhetes a extensas correspondências. A diagramação é bem simples, adotando um estilo Edição econômica, sem orelhas e com a letra confortável, mas não muito grande. Porém, a capa foi algo que realmente me incomodou, afinal estamos falando de uma obra clássica, do século XVIII, e a capa escolhida retrata um casal moderno em instalações modernas. Realmente não combinou.

Uma curiosidade interessante, que está na sinopse postada acima e na Introdução do livro, é a possível influência dessa obra na Revolução Francesa. Alguns historiadores e também Estudiosos literários consideram que o livro influenciou a revolução, uma vez que corroborou com as ideias da burguesia a respeito da corrupção de valores e moral da nobreza. Ele é considerado uma das poucas obras literárias fictícia a ter tal poder e influência. Acharam pouco???

Quem deixaria de estremecer ao pensar na desgraça que uma única relação perigosa pode causar? E quanta dor não evitaríamos refletindo melhor a respeito? Que mulher não fugiria ante as primeiras palavras de um sedutor? Que mãe poderia, sem estremecer, ver qualquer pessoa, além dela mesma, falar com sua filha? Tais reflexões tardias, porém, só ocorrem depois dos fatos.
Da Sra. de Volanges à Sra. de Rosemonde - pág. 459



Essa é uma história que eu acho que vale a pena ser conhecida, porém, não recomendo a pessoas que não tem hábito de ler livros clássicos ou mais formais. Comecem por outros mais leves, antes de chegar a esse, para se habituar.


site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2016/03/resenha-as-relacoes-perigosas-choderlos.html
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Nena 29/03/2016

A história do livro é toda construída em cartas trocadas entre os personagens, o q achei uma ótima sacada. Não deixa pontas e explica detalhadamente toda a trama. Forte crítica a hipocrisia aos valores morais da sociedade época (imagina o q ele escreveria sobre os dias atuais kkkk). Bom para quem gosta de um romance q não seja água com açúcar, mas enfadonho para quem deseja um pouco mais de ação. Gostei do livro, do filme (maravilhoso) e da série q passou ano passado na globo.
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Taiane Martins 22/10/2013

Convenhamos os pornográfico do século XVIII é mais pudico do que muita letra de funk de hoje em dia... hehehe

Laclos faz um retrato crítico da sociedade aristocrata do final do século XVIII ao contar a história da Marquesa de Merteuil e do Visconde de Valmont.

resenha completa em:



site: http://www.gavetaliteraria.com.br/2013/08/desafio-literario-2013-as-relacoes.html
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Gabi 10/04/2011

O livro é composto de várias cartas, cujos personagens principais são: A Presidente de Tourvel (mulher casada e leal ao marido. Será?), Visconde de Valmont (um homem de muitas mulheres e vingativo), Cecília Volanges (moça de 16 anos, ingênua. Será?), Sofia Carnay (amiga de Cecília da época do convento), A Marquesa de Merteuil (uma mulher experidente e maquiavélica), Madame de Volanges (mãe de Cecília e amiga da Presidente de Tourvel) e o Cavaleiro Danceny (que ama Cecília).

Pelas Correspondências pode-se traçar o caráter dos personagens. O livro me fez lembrar: Mentes Perigosas de Ana Beatriz Barbosa Silva, pois descreve como há certas pessoas que se deleitam com a desgraça alheia.

Apesar de antigo o livro é atual. As cartas são tão autenticas que na época da publicação do livro, desconfiou-se que fossem verdadeiras. A fama do autor não é surpresa. Ele analisa profundamente as pessoas e nesta parte assemelha-se a Lispector. Nas cartas percebe-se que é "cobra comendo cobra" e que o "salário do pecado é a morte" (Rm 6:23)".
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Paula 29/08/2009

O livro é muito bom. Choderlos de Laclos faz uma exelente crítica a nobreza contemporânea a ele. Otimo =]
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Jumpin J. Flash 24/08/2009

Um tanto cansativo, mas bom.
A história é narrada por cartas trocadas entre os personagens, o que torna a leitura um tanto penosa. A história, entretanto, é interessante e acaba compensando. Para quem não tiver paciência, recomendo o filme homônimo estrelado por John Malkovich, Glenn Close, Michelle Pfeiffer e Uma Thurman.
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