Jess 20/05/2014Supernatural, é você?Antes que vocês comecem a ler a resenha quero informar que a fiz no dia 21 de janeiro de 2014, ou seja, nas férias, apenas não postei porque precisava revisar e sempre acabava esquecendo, mas hoje finalmente eu lembrei-me e aqui está:
Realmente estou começando a achar que eu tenho algum problema para escolher livros. É impressionante o fato de que toda vez que eu escolho um livro que leva certo tema (como, por exemplo, bipolaridade) logo em seguida os próximos que eu resolvo ler abordam a mesma coisa.
Fala sério! Será que tenho um dedo podre? Ou o fato de eu sempre escolher minhas leituras pela capa faz com que eu esteja começando a ser castigada? Não que eu esteja reclamando que os livros que escolhi com os mesmo temas são ruins, não mesmo! É que apenas se torna enjoativo ler três livros seguidos abordando a mesma doença, os mesmos problemas e a mesma tristeza, mesmo que cada um deles aborde de uma maneira diferente ainda sim isso está começando a me afetar, pois eu sinto a ressaca literária chegando.
Bem, todos os três que li seguidamente, em nenhum deles eu vi a doença de maneira igual, o que é interessante, sempre era levado de maneira mais leve, mediano ou até mesmo sombria. Eu gostei, mas espero não escolher novamente um livro onde o personagem tenha câncer ou bipolaridade... Ou até mesmo seja virgem! São temas já enjoativos para mim.
Já fazem duas semanas seguintes que eu tive o prazer de ler dois livros incríveis que tratam de Bipolaridade, eles são; Real e Dançando Sob Cacos de Vidro – a propósito, as resenhas já estão postadas do blog – como vocês já devem ter adivinhado pela conversa lá em cima, “Atormentada” aborda este mesmo tema, mas com um toque sobrenatural que realmente me fez arrepiar até os ossos... Eu nunca esperei que o livro fosse tão bom assim, pensei que fosse apenas mais um romance que envolvesse fantasmas, mas não dessa forma tão “Supernatural”. O que quero dizer com isto, citando um seriado que é tão amado por tantas pessoas, inclusive eu, é que o livro não é bobinho e pode ser até um pouco assustados se você conseguir se infiltrar bem na história.
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Com a morte da mãe de seu padrasto a qual tem como avó, Corinne Jacobs tem que ir embora de Los Angeles para voltar a cidade natal de sua mãe, River Hills, onde elas tentariam recomeçar suas vidas, mas como recomeçar quando Rinn carrega a culpa do que aconteceu naquela noite fatídica em que a mulher que tanto amava morreu? Como seguir em frente se ela sente falta de seu padrasto e este a odeia e a culpa pela morte da mãe? Corinne tenta, mas isto sempre volta para atormentá-la.
"Mais uma vez em fila, subo até o terceiro andar quase sem fôlego. Meus remédios fazem isso comigo por volta das duas horas da tarde todos os dias, e essa é uma das razões que me fazem detestar tomá-los.
Um antidepressivo.
Um estabilizador do humor.
Um antipsicótico suave.
Rivotril, um calmante para evitar ataques de pânico.
Ah, e pílulas anticoncepcionais, para que eu não surpreenda a minha mãe com um netinho vítima de má formação. Não que eu faça muito sexo ultimamente. Ou que eu faça algum."
Rinn desde o principio odeia o River Hills, pois é pequeno, não tem toda aquela agitação de L.A e nem tem os seus amigos para que ela possa aprontar tudo o que deseja. Apesar de tudo ela está disposta a tentar ficar ali, a ter uma vida diferente do que tinha em Los Angeles, assim como ser diferente do que era.
“Se aprendi alguma coisa enquanto estava numa ala psiquiátrica foi isto: quando as pessoas dizem que você está delirando, a melhor coisa a fazer é ficar de boca fechada com relação aos seus delírios.”
Ao chegarem Monica, a mãe de Rinn, vai até direto ao trailer de uma antiga amiga de escola, onde esta indica a casa a qual falou que poderia alugar, o que Monica não esperava era que quem era o dono do local era um ex-namorado ao qual tiveram um termino muito ruim, tanto que os dois não se suportam. Mas isto é fichinha perto do que Rinn descobre sobre a casa... Nela morava uma mulher, a Sra. Gibbons, a qual se suicidou e desde então o lugar não é vendido e nem alugado, por causa de alguns boatos que o rodam, mas tanto Rinn quanto a mãe levam isto como bobagem de cidade pequena, ou seja, eles sempre vêem fantasma onde não tem.
“Segurança, eu sei, não passa de uma ilusão.
Não estamos seguros.
Ninguém está seguro.”
Bem, se não bastasse isto, a garota ainda sabe por seus novos colegas que há alguns anos atrás uma garota morreu afogada na piscina e desde então seu fantasma rondando o túnel que passa pelo local, assombrando e fazendo da vida dos alunos um inferno.
"Mas às vezes aquelas mesmas dúvidas de sempre me assaltam e eu me pergunto: se eu vivo o tempo todo entorpecida, estou vivendo de fato? Talvez eu quisesse chorar ou assistir a um filme triste ou porque alguém feriu meus sentimentos.
(...) Talvez não ouvir nem sentir as coisas como as outras pessoas seja mais enlouquecedor do que ouvir e sentir coisas que as outras pessoas não sentem."
Muitos problemas vão ser atraídos para a vida de Corinne, principalmente quando ela começa a descobri a verdade por trás de cada morte e acidente naquela escola.
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O livro não gira em torno apenas de tragédia e partes assustadoras, também há um romance super fofo ao qual me ajudou muito a ter menos pesadelos com o enredo.
O que me chateou com o final do livro foi que ele deu a entender que teria uma continuação, mas pelo o que pesquisei, infelizmente isso não vi acontecer. Pelo visto Jeannine é uma daquelas autoras que preferem deixar o final para a imaginação do leitor e eu detesto isto, porque sinto como se o autor não soubesse como terminar ou simplesmente quer agradar aos dois lados e assim decide deixar para que nós façamos nosso final. Bem, eu não gostei. O livro é muito bom, mas o final me decepcionou.
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