Quincamp0ix 11/10/2023
Neil Gaiman constrói mitologias muito sólidas e diversas em cada um de seus livros e aqui não poderia ser diferente!
O protagonista ao visitar sua antiga cidade, para um funeral, revive memórias de acontecimentos bons e ruins de sua infância. Ao lê-lo pela primeira vez, pude distinguir claramente o que era real e o que era inventado pelo garoto, conforme a narrativa sucedia.
Até que em determinado momento da história, com sua escrita mágica, Gaiman simplesmente nos coloca a confrontar nossa própria percepção sobre o que é a imaginação fértil da criança e o que está de fato acontecendo e é palpável nessa história, embaralhando os fatos.
O livro toca em partes sensíveis da infância, o que me fez revisitar meu eu de sete anos, em alguns momentos da leitura, gerando um misto de nostalgia e melancolia.
É um livro sensível para pessoas sensíveis, com um olhar terno para a infância.