Quando ela acordou

Quando ela acordou Hillary Jordan




Resenhas - Quando Ela Acordou


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Let 24/12/2016

Simplesmente o melhor livro que li neste ano.
Bom, não sou muito de fazer resenha. Mas, esse livro me conquistou de uma tal forma, que eu não poderia deixar de dar minha opinião sobre ele.
Comprei este livro há algum tempo, não lembro exatamente se fui atraída pela capa ou pela sinopse, mas o abandonei na estante. Sempre que ia escolher o próximo livro, quase o escolhia, mas sempre dava preferência a algum outro.
Então, quando finalmente peguei este livro para ler, já tinha esquecido a sinopse e o que tinha me atraído a ele. Comecei a ler sem grandes expectativas, e talvez, por isso, eu tenha me surpreendido tanto.
Esse livro não é um livro que vá agradar todo mundo, pois, lida com vários temas tabu, tais como religião, Deus, feminismo e aborto, tudo isso ambientado num futuro distópico. Mas as tecnologias são apenas acessórios na história. Pelo menos, para mim, o mais importante nesse livro é reflexão que ele causa.
"-Se Deus é o Criador, se Deus engloba todas as coisas isoladas do universo, então Deus é tudo e tudo é Deus. Deus é a Terra e o céu, e a árvore plantada debaixo do céu, e o pássaro na árvore, e o verme no bico do pássaro, e a sujeira no estômago do verme. Deus é Ele e Ela, hétero e gay, preto, branco e vermelho... sim até isso - disse Simone enfaticamente, em resposta ao olhar cético de Hannah -, e verde e azul e todos o resto. E então, desprezar-me por amar as mulheres, ou por você ser uma Vermelha que fez amor com uma mulher, seria desprezar não apenas Suas próprias criações, mas também odiar a Si mesmo. Meu Deus não É tão estúpido assim."

Após terminar de ler esse livro, primeiramente, me amaldiçoei por não tê-lo lido antes. Agora, acho que não fui eu que o abandonei e o deixei largado na estante, acho que todas às vezes em que eu desejei ler ele antes e não consegui, talvez no fim não tenha sido uma escolha minha. Era o livro que estava esperando o momento certo para apresentar esta história tão cheia de nuances, questionamentos e contradições para mim.
O ano ainda não acabou, mas duvido que outro livro vá roubar a vaga deste do meu coração de melhor livro que li em 2016.
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celia.bandreplothow 22/01/2015

Entretenimento!
Livro bem escrito, porem deixa um pouco a desejar em termos da profundidade dos personagens
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Mari 27/07/2014

Imaginar uma sociedade que julga as pessoas pela cor da pele não é muito difícil, já que temos casos atrozes e verídicos na história da humanidade que mostram isso. Mas imagine marcar uma pessoa com uma cor para que todos saibam qual delito ela cometeu.

É isso que acontece com Hannah Payne que é condenada a viver como uma vermelha por 16 anos, por ter feito um aborto.

Pode-se dizer que “Quando ela acordou” é uma versão moderna de “A letra escarlate”, de Nathaniel Hawthorne, ao começar pela semelhança no nome das protagonistas: Hannah Payne (Hester Prynne), um ambiente conservador e religioso (a história de Hawthorne se passa em Salem, no século XVII, colonizada por puritanos vindos da Inglaterra) e o amor por um reverendo que acaba gerando uma criança. Assim como Hester (a diferença é que ela teve a criança), Hannah não entrega o nome do pai de sua filha ao ser julgada, e como punição pelo “crime”, ela tem seu corpo todo pigmentado de vermelho (Hester tem que carregar a letra escarlate “A” bordada em seu peito).

A obra de Jordan mostra não só as dificuldades após a cadeia e a transformação física de Hannah, como também todas as suas crenças, que até então eram inabaláveis, começam a ser questionadas ao encontrar outras pessoas e diferentes visões pelo caminho.

A transformação de Hannah é tamanha que ela se permite viver coisas as quais teria sido censurada e punida em sua antiga vida. E embora o desfecho não seja surpreendente, a trajetória da protagonista é tão transformadora em vários sentidos, que no final, é isso que importa, né?

“Não importa o caminho, e sim o destino”, já dizia algum sábio...
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Dressa Oficial 10/06/2014

Resenha Quando Ela Acordou
Olá, tudo bem com você?

Quando vi as resenhas que saíram desse livro em alguns blogs fiquei literalmente maluca para ler o livro, tentei comprar logo que saiu porém o valor ainda estava muito alto, então em uma promoção na internet nem pensei em comprar , já pedi sem pensar.

Minha primeira surpresa foi a capa, ela é um estilo "emborrachado" não sei o nome do material exatamente , e as letras são em alto relevo, as letras são maiores do que os livros convecionais e eu amei o livro logo de cara só pela capa e o trabalho bem feito que a editora Bertrand teve com esse livro é digno de aplausos.

Esse livro é o primeiro da autora Hillary Jordan aqui no Brasil e se trata de uma distopia onde temos uma personagem que me cativou desde o começo Hannah Payne, o livro já começa daquela forma que não queremos mais parar de ler, pois Hannah acorda em um sala totalmente branca e cheia de espelhos, quando ela se olha ela percebe que esta toda vermelha.

Os capítulos vão se alternando com que o houve com ela para se tornar uma vermelha e como ela esta lidando com a situação disso no presente e logo nas primeiras páginas Hannah é condenada a 30 dias de regime fechado na ala Cromo de uma prisão estadual e mais 16 anos como Vermelha.

Página 22
-Hannah Elizabeth Payne, tendo sido considerada culpada do crime de assassinato em segundo grau, eu a condeno, por isso, a passar pela ,melacromagem, pelo Departamento de Justiça Criminal do Texas, a passar trinta dias na ala Cromo da Prisão Estadual Crawford e a permanecer Vermelha por um período de dezesseis anos.


No livro não é informado o ano que é passado mas é uma mistura de alta tecnologia pois pessoas podem trocar e-mails por chamada de vídeo ou áudio e também localizar as pessoas.

Por outro lado temos o fato da religião ainda tratar as mulheres como no século passado, apenas existem para procriar e dar assistência aos seus maridos.

Hannah é criada exatamente dessa forma porém ao contrário de sua irmã que aceita e acata tudo que sua mãe lhe diz, Hannah sempre se questiona de algumas coisas até mesmo da existência de Deus, porém em um mundo completamente dominado pela religião ela se cala.

Hannah se vê apaixonada por seu pastor, uma pessoa totalmente fluente na igreja onde fiéis se espelham em seu comportamento para ser uma pessoa melhor, onde o mesmo faz orações em rede nacional para todo o país e já escreveu diversos livros e é casado.

Hannah no começo não acredita que o pastor possa estar interessado nela mas no decorrer da leitura vemos que a paixão entre os dois é arrebatadora de ambas as partes.

Hannah então se vê apaixonada e grávida, mesmo com alguns preceitos da bíblia e do que toda sua família acredita, o aborto é a primeira opção que passa em sua cabeça.

Página 61
- Acreditamos que só Deus pode dar a vida e apenas Ele tem o direito de tirá-la.


Então Hannah comete o aborto e é pega em flagrante por esse ato e condenada a cromagem, ainda leva mais 3 anos por não revelar a identidade do pai da criança e de quem fez o aborto.

Dentro da prisão ela chega a beirar a loucura sem nada para fazer e nem com quem conversar o único livro que lhe é permitido ler é a biblia e sem alternativas ela acaba aceitando a biblia como sua companhia.

Logo que sai da prisão Hannah não vê muita saída pois no mundo em que vive existem diversos cromados, Verde, Azul, Amarelo e Vermelhos , todos são presos na ala Cromo por um curto período onde é passado na televisão para que todos vejam e depois são soltos na rua e de quatro em quatro meses precisam tomar a injeção que muda a pigmentação da pele.

Sua família já não aceita mais como cromada, e muitas mulheres cromadas sem verem nenhuma saída cometem suícidios, são abusadas sexualmente ou até mesmo vendidas para outros países.

Hannah acaba indo para uma casa de fiéis que abrigam apenas mulheres e lá se vê mais presa do que no presídio, pois existem regras e a primeira delas é criar uma boneca como um filho, o filho que abortou para que Deus possa perdoa-la.

O livro aborda temas diversos como aborto, religião, fé, violência doméstica, preconceito e Hannah não se deixa levar pela fé que cega as pessoas e confundem fé com lavagem cerebral, nessa casa algumas mulheres consideram as bonecas que criaram como seus filhos e o tratam como tal, porém no dia de uma delas sairem da casa o pastor pede que deixe a boneca com ele e a moça vai a beira da loucura pois ela se apegou ao boneco como se fosse seu filho que foi abortado .

Página 182
- É assim que Deus se sente, quando vocês abortam uma das suas amadas crianças.


Hannah não aguenta essa demonstração de ameaça e resolve se rebelar contra o pastor falando tudo que pensa.

Página 182
- Que tipo de monstro é você, para ameaça-la desse jeito? - gritou.- Pensa, honestamente, que Deus aprovaria o que você acabou de fazer? Acha que Ele está lá em cima no céu, agora mesmo, dizendo: "Bom trabalho, o jeito como você torturou essa pobre mulher?"


Depois dessa atitude impessada Hannah é expulsa de onde estava e ao tentar pedir abrigo para sua irmã ela se depara que o marido dela faz parte de um grupo chamado Punho onde abominam todos os cromados e odeiam quem pratica o aborto eles até matam os cromados em nome de uma religião usando Deus como salvação.

Por outro lado também existe os Novembristas um grupo que luta pelo direito da mulher fazer o que achar melhor e é a favor do aborto.

Hannah precisa de um lugar para viver e não pode ficar abandonada nas ruas contando apenas com a sorte e ai começa toda a aventura de Hannah por um abrigo, em quem deve confiar o que deve fazer.

É um livro de tirar o folêgo, que da hora que começa a ler não sente mais vontade de parar e com um final digno de filme.

Eu sei que não gosto de trilogias nem livros que tem continuação mas esse eu pediria muito mais pois de tão bom dá vontade de ler tudo de novo :)

Beijos

Até mais...


site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/02/resenha-quando-ela-acordou.html
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Românticas 02/11/2013

Por Carol

Dentre os livros que a editora parceira Bertrand Brasil nos apresentou como lançamentos em setembro o que mais me chamou atenção foi esse. A sinopse me deixou muito curiosa.

Mas ela não me preparou para ser tão envolvida na narrativa de Hillary Jordan. Essa distopia (que não envolve adolescentes, UFA) é assustadora não pelos fatos narrados em si, mas pela sua proximidade com a realidade.

Boa parte da nova leva dos distópicos que vejo por aí parte do pressuposto de situações quase mirabolantes. Não pensem que isso é um demérito aos autores, mas quando alguém cria uma distopia com elementos tão próximos de nós, ela fica muito, mas muito mais assustadora.

A autora nos traz Hannah, uma jovem que vive hoje nos Estados Unidos da América onde não se conhece o conceito de laicidade. Estado e Religião se misturam, as decisões governamentais são tomadas por base em preceitos religiosos. Assim, aqueles que cometem crimes ao serem condenados vão carregar na pele a marca da sua condenação a gradação de cores depende do seu delito. Sim... temos vários elementos de A Letra Escarlate se eu tivesse livro ao livro e não somente visto ao filme poderia fazer mais comparações.

Hannah foi condenada a ser Vermelha. O crime? Ter abortado. Como não disse quem era o pai da criança (não vou contar o porquê) sofre mais. A passagem pela prisão e por ver realmente como é a vida daquele que se torna um Cromo, ela passa a questionar tudo o que sempre considerou correto.

Como disse no início do texto, a trama de Jordan realmente assusta (e no meu caso revolta) por não estar muito longe de nós. Questões como aborto e laicidade ainda são tabus não só em nosso país, mas em diversos outros. As questões de Estado e de saúde pública são permeadas por preceitos religiosos e a história "Quando Ela Acordou" não deixa de ser um exercício (mesmo fictício) de como as coisas podem ficar se continuarmos seguindo esse caminho.

Leitura recomendada


site: http://www.mulheresromanticas.com.br/2013/10/hillary-jordan-quando-ela-acordou.html#.UnT4k3CszM8
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Yasmin 25/10/2013

Narrativa rica e marcante, uma prosa vertiginosa sobre o valor do ser humano.

Desde que conheci a história criada por Hillary Jordan fiquei com vontade de ler. Releituras de clássicos famosos nesse estilo são raras e a destreza da autora ao reinventar a situação de A Letra Escarlate em um futuro não tão distante é espantosa. Um conto emocionante sobre dor transformada em vergonha e humilhação pública, sobre superação e enxergar a verdade mascarada por trás do fanatismo religioso.

O mundo em que Hannah vive é regido pela religião. Os homens detém o poder dentro da família, as mulheres devem ser discretas e desde cedo aprendem como a se comportar, e como se tornar uma esposa ideal. Todo o modelo de sociedade baseado na religião teve início quando um vírus, uma DST, se alastrou mundo a fora tirando a fertilidade das mulheres. Alguns países aprovaram a inseminação em todas as mulheres, mesmo as muito jovens, mas em outro foram as leis que santificavam a vida que entraram em vigor. Com os orfanatos vazios, e as pessoas cada vez mais desesperadas para terem filhos as leis que proibiam o aborto em todos os casos eram motivo de resistência. Quando outras doenças se espalharam a crise aumentou, com preços altos e pouco alimento o governo decidiu que ao invés de gastar milhões alimentando criminosos investiria o dinheiro no povo honesto, criando assim o sistema de cromagem. Cada crime era representado por uma cor e os condenados teriam de enfrentar suas penas no mundo real, sendo julgados e apontados, muitas vezes até mortos. Hannah acaba de ser condenada por um aborto. Dezesseis anos com a pele cromada de vermelha. Da cabeça aos pés. Ela não revelou o nome do pai da criança e nem o nome de quem fez o aborto. Sua família está arrasada e Hannah passará por tortuosos caminhos até compreender que o crime não foi seu. Vivendo na pele o sofrimento de ser um cromado Hannah entenderá o quão desumano é o sistema e o pouco que existe de fé, amor ao próximo e perdão nesse estado que se esconde atrás dos preceitos religiosos.

É a partir dessa premissa que a história se desenvolve levantando questionamentos através de uma narrativa fluida e marcante. Um olhar aguçado que desconstrói um sistema todo religioso dando vida a uma trama triste e bela. Hilary Jordan surpreende o leitor com uma fábula cativante sobre uma mulher que representa o feminino estigmatizado em uma sociedade não tão distante da realidade de muitas regiões do mundo atual. Através do olhar agudo de Hannah, uma garota que agora vive em contradição com tudo o que aprendeu ao longo da vida que mergulhamos nos questionamentos sobre a cromagem de criminosos e os direitos da mulher enquanto ser humano.

Jordan questiona e descore sobre uma sociedade onde a mulher assim como os gays, negros e qualquer outra minoria sofrem com o preconceito da sociedade. Uma sociedade que usa os ensinamentos da igreja católica de forma radical. Acompanhar o amadurecer de Hannah foi algo tocante. A fluidez da prosa é algo que tornou a narração mais visceral, que ressoa no leitor de forma única. Uma trama que desperta sentimentos, desde a revolta até a compaixão. É incomodante ver que Hannah a princípio sofre não pela cromagem e sim por ter quebrado os mandamentos que aprendeu e viveu durante toda a vida. É triste ver o quanto ela se desvaloriza, colocando a si próprio abaixo qualquer coisa, acreditando que merece sua pena. A autora leva Hannah até o ponto de virada de maneira crível, sempre com momentos e comentários que mostram que não se acostuma e abandona preceitos de uma vida inteira de uma hora para outra.

Uma leitura rápida, com um mundo construído a margem, através de seus personagens e que leva o leitor a questionar o valor de crer em algo tão intensamente e um final que longe da redenção, chega perto da libertação. Um acerto de contas entre tudo o que Hannah aprendeu a vida inteira e a verdade que ninguém deveria esquecer: todos os seres humanos são iguais e todos merecem respeito. Fiquei muito curiosa a respeito do depois já que fica a abertura para uma continuação tão rica quanto. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em:

site: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/10/resenha-quando-ela-acordou.html

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Ju Oliveira 10/10/2013

Ótima distopia
Quando ela acordou estava vermelha… Esta é a primeira frase desse livro fantástico, diferente de tudo o que já li. Uma distopia real e crível. Num futuro não tão distante, Governo e Religião andam juntos. Os criminosos condenados, após o julgamento passam por uma espécie de intervenção cirúrgica onde dependendo do crime ao qual foi condenado, recebe uma cor diferente. Essa”cromagem” toma conta de seu corpo todo. O indivíduo pode acordar e ver que ficou Amarelo, Roxo, Azul ou Vermelho, como é o caso de Hannah.

Hannah Payne, é uma garota muito religiosa e totalmente dedicada a família. Sua vida se resume ao seu trabalho, como costureira de vestidos de noiva e a igreja. Hannah já teve no passado alguns namoros inocentes, mas nada que marcasse. Até agora… Ela está loucamente apaixonada pelo Reverendo Dale o pastor de sua igreja, um homem de muita fé e com milhares de seguidores fiéis. Um exemplo a ser seguido. O que ninguém imagina é que Hannah e Dale, que é casado, tiveram um caso, que resultou em uma gravidez inesperada.


Hannah desesperada, tanto por sua reputação, quanto pela do Reverendo, que deixou bem claro, desde o começo que jamais iria abandonar sua esposa, ela decide fazer um abort0. O que é um crime abominável para a lei principalmente da igreja. Mas algo dá errado, e a polícia acaba descobrindo e Hannah é presa. Após o julgamento, ela é condenada por assassinato. Agora Hannah é uma cromada, uma Vermelha. Ela se nega terminantemente a dar a identidade de quem fez o aborto e principalmente quem é o pai da criança. Mesmo com sua pena sendo aumentada, ela resolve enfrentar tudo sozinha. E durante 16 anos Hannah está fadada a conviver com a vergonha e o desprezo de todos a sua volta. O único que ainda continua do seu lado é seu pai, que a ajuda como pode.

Estou livre, pensou, embora soubesse que a ideia era absurda: ela estava tudo, menos livre. Achava-se presa na armadilha daquele horrendo corpo vermelho, proibida de deixar o estado. Para onde quer que fosse, seria um alvo.

Na maioria das distopias que li até hoje, as situações eram tão mirabolantes, tão irreais, diferentes do mundo que a autora Hillary Jordan criou. Durante toda a leitura, é possível imaginar um futuro onde as pessoas estampem em seus corpos o tipo de crime que cometeram. Onde aparentemente elas estão ”livres”, nas ruas, mas o tempo todo sendo monitoradas por rastreadores ultra modernos. Um fato bastante marcante na trama é a questão da religião. São muitos questionamentos religiosos sobre a fé, sobre a existência de Deus.

Se Deus é o Criador, se Deus engloba todas as coisas isoladas do universo, então Deus é tudo e tudo é Deus. Deus é a terra e o céu, e a árvore plantada na terra debaixo do céu, e o pássaro na árvore, e o verme no bico do pássaro, e a sujeira no estômago do verme. Deus é Ele e Ela, hétero e gay, preto, branco e vermelho… sim, até isso, e o verde e o azul e todo o resto…


Quando ela acordou é aquele tipo de livro que te põe a pensar. Traz a tona vários questionamentos sobre o futuro da humanidade, de uma forma geral. É óbvio que, sendo uma distopia, tudo o que lemos não passa da fértil imaginação da autora, mas e se acontecer algo parecido no futuro? Se as pessoas comuns tiverem que dividir espaço com criminosos tingidos de cores berrantes? É bem estranho parar pra pensar nesse assunto. Mas é inevitável pensar sobre isso durante a leitura. Este não é um livro que você terminou de ler, guardou na estante e fim… acabou. A trama ainda fica na cabeça por alguns dias ainda e os questionamentos só aumentam…

Certamente Quando ela acordou daria um ótimo filme, daqueles em que ficamos grudados na tela, torcendo pela mocinha sofrida e injustiçada. Pois foi exatamente isso que eu fiz, fiquei grudada nas páginas torcendo pela Hannah, que me conquistou logo nas primeiras páginas. Leitura obrigatória para quem curte um livro mais denso e sério. Eu recomendo!

site: http://juoliveira.com/cantinho/
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Literatura 27/09/2013

Poder e polêmica
Se você é como eu, que os olhos brilham cada vez que um livro novo aparece na sua frente, sabe o quanto os autores tentam copiar e / ou reinventar os clássicos. Surgem algumas ideias escabrosas, quebras de gêneros, cópias mal feitas e disfarçadas e umas ou outras boas sugestões. Mas poucas são verdadeiramente poderosas... E Quando ela acordou de Hillary Jordan é um desses casos.

Seguindo a premissa do grandioso A letra escarlate, a autora escreveu uma distopia real e incomparável. Hannah Payne mora em uma América comandada pela Igreja e Estado, de uma forma quase ditatorial. Ela vive em função da família e igreja, mas vive uma paixão escondida com Aidan, um célebre ministro e um dos ícones da religião vigente e dominadora. Eis que Hannah engravida e, devido às circunstâncias e preceitos impostos por aqueles que os comandam, aborta. E paga caro por isso...

Hannah acaba por ser descoberta e condenada por assassinato - afinal havia matado uma criança, fruto de um homem casado. Firme e forte, disposta a não delatar o seu amante, é condenada a ser cromada. Isso mesmo! Nesse universo tenebroso as pessoas tem a pele "pintada" de acordo com o crime cometido. Assim, ela passa a ser uma Vermelha, pária, mal vista pela mãe que a rejeita e a sociedade que renega a todos os marcados. Nesse mundo intransigente é onde a nossa heroína tenta descobrir o caminho para sua própria vida - e liberdade.


Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/09/resenha-quando-ela-acordou-poder-e.html
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