Lilian 20/08/2015
“Almas crucificadas” ditado pelo Espírito Victor Hugo e psicografado pela médium Zilda Gama ano de 1492 final do século das cruzadas
Cláudio Solano é um rapaz rico, impetuoso e arbitrário. Cláudio, perdera o pai assassinado por um desafeto em manobras políticas, e a mãe não aguentando ficar sem o companheiro se suicida atirando-se de um penhasco ao mar.
Marcelo Taciano também é um rapaz rico, mas, de gênio calmo, ponderado, generoso e compassivo. É o fiel amigo de infância de Cláudio Solano e esposo de Dionéia Isócretes.
Dionéia, moça nobre, mas, que perdera todos os bens junto com sua família e o castelo em que moravam, vagando no inverno, encontram o castelo da família Taciano e tem toda a família ajudada pelos condes, lhes oferecendo moradia fixa e trabalho.
Dionéia é uma moça linda, de veludosa cabeleira, de mediana estatura e fiel cristã, casa-se com Marcelo Taciano, filho dos condes que salvaram ela e sua família de morrerem em um inverno frio e devastador.
Cláudio passou anos viajando e se aventurando pelo mundo, pouco tempo havia decorrido desde seu regresso ao seu castelo quando um trágico acontecimento abalou os habitantes do castelo dos dois vizinhos e amigos de infância. Aparecera, com o coração atravessado por um punhal envenenado, o piedoso e sensato amigo Marcelo. Nenhum adversário conhecido possuía a vítima, Marcelo era bem quisto, impossível prever tal situação sangrenta que fora consumado não em horas tardia, nem no silêncio da noite, mas, sim ao crepúsculo de um dia de primavera...
Tanto Marcelo quanto Cláudio, conheciam a arte da luta, manuseio de espadas; eram hábeis guerreiros , manejavam armas brancas com admirável perícia, sendo dificílimo a qualquer um ataques e golpes contra eles.
Com o decorrer da narrativa alguns outros personagens também tomam voz, os condes pais de Marcelo, a família de Dionéia, uma pequena criança e juntos com Cláudio, Marcelo e Dionéia estão envolvidos numa trama iniciada séculos atrás, todos voltaram em novas vestes carnais e perceberam que nada mais eram que, almas crucificadas em busca de redenção.
Assassinato, loucura, suicídio, pobreza, acusações, melancolia, perseguições e um ódio milenar.
Um livro de difícil compreensão, quem conhece Victor Hugo sabe que ele abusa nas descrições, levando o leitor á uma leitura mais atenta e emocional.
Destaco um trecho da pág 21 para vocês do livro que, contém 362 páginas, logo, percebe-se que há muita história para contar. Um diálogo entre Cláudio Solano e Dionéia Isócretes :
“ Ficando á sós, por momentos, com a formosa consorte do amigo, seus olhos lampejaram semelhantes coriscos em céu proceloso, ou como se o cérebro, incendiado por chamejante pensamento, transmitisse labaredas pelas órbitas. Notável mutação se operou na fisionomia de Solano que, com vulcânico fulgor no olhar, fitou a aturdida Dionéia, interpelando-a com angústia:
-Domina, conheceis a causa real do invencível pesar que me apunha-la o coração? “