Mentes Sombrias

Mentes Sombrias Alexandra Bracken




Resenhas - Mentes Sombrias


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Gabriela 12/12/2022

Eu assisti o filme antes de ler o livro é fiquei apaixonada pela história e pelos personagens, então precisava ler esse livro!

Aqui nos acompanhamos a trajetória da Ruby, como iniciou o surto da doença, como e porque ela foi para os acampamentos, tudo que aconteceu durante os anos em que ela esteve presa e por fim a grande aventura em busca de um lugar seguro.
A relação de amizade e amor que ela construiu como a Zu, o Bolota e o Liam são lindas, ver como eles se ajudam e cuidam um dos outros me encheu de lágrimas e amor.
Todo o desenvolvimento dos personagens e as reviravoltas foram muitooo bem escritas, esse livro me prendia a cada página, inclusive fiz várias e várias marcações kkkk
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 09/01/2020

Já Li
Comecei a ler "Mentes Sombrias" de Alexandra Bracken entusiasmada. Afinal, era uma distopia que ainda não conhecia e eu tinha lido boas resenhas sobre ela. Mas, no final das contas, foi uma baita decepção e tive que me esforçar para não desistir da leitura. Neste post explico porquê.


Publicado em 2012, a protagonista deste livro é Ruby, Quando Ruby acordou no seu décimo aniversário, algo nela havia mudado. Algo alarmante o suficiente para fazer seus pais trancá-la na garagem e chamar a polícia. Algo que a leva a Thurmond, um brutal "campo de reabilitação" do governo. Ela pode ter sobrevivido à doença misteriosa que matou a maioria das crianças da América, mas ela e os outros surgiram com algo muito pior: habilidades assustadoras que eles não podem controlar.
Cada criança é catalogada com uma cor, sendo as mais inofensivas classificadas como Verdes e as mais mortais, Vermelhas. Ruby observa que, com o tempo, as Vermelhas são assassinadas em Thurmond e ela não entende porquê. A princípio, ela foi considerada uma Verde, mas ao longo da estória sabemos que Ruby manipulou os pensamentos do guarda que a avaliou. Também aprendemos, conforme a leitura evolui, que Ruby pode apagar a memória das pessoas e que fez isso inadvertidamente com seus pais antes de ser levada a Thurmond.
Agora com dezesseis anos, Ruby é um dos perigosos caraterizados como Laranjas. Ela escapa de Thurmond e está fugindo, desesperada para encontrar o refúgio que resta para crianças como ela, chamado East River, agora ao lado de Liam, Bolota e Suzumi (fugitivos de outro campo de concentração).

Tive tantos problemas com este livro que mal sei pode onde começar.
A premissa: milhões de crianças no mundo todo começam a morrer por causa de uma doença muito mal explicada chamada NAIA e, aquelas que não morrem, tornam-se superpoderosas. Em um determinado ponto do enredo, fica impossível continuar comprando a idéia de que nenhuma criança superpoderosa revida, de que não há ninguém no mundo que as ajude, que toda a violência que elas sofrem são passivamente aceitas pelos pais, e que todas as crianças trancafiadas e esfomeadas são patéticas. Mesmo Ruby é completamente apática, e o fato dela conseguir escapar de Thurmond parece uma baita piada de mau gosto da autora. Nenhuma destas premissas me convenceram, a despeito da minha pré-disposição de "engolir o sapo" e continuar lendo.

O governo: se um escritor se dispõe a criar uma distopia, é preciso pensar profunda e friamente nas consequências da sua premissa. Nenhum governo aceitaria matar todas as crianças do mundo, e há um motivo econômico para isso: quem vai trabalhar quando toda a população envelhecer? como a economia vai continuar girando? como o próprio governo vai se sustentar sem uma geração futura que não vai trabalhar nem pagar impostos? Quanto mais eu pensava nisso, mais ridícula a estória se tornava. E acho que, em algum momento, Bracken se deu conta do tamanho furo da sua narrativa, mas já era tarde demais.

Vilões em excesso e sem personalidade: Há dezenas de vilões diferentes neste enredo e nenhum deles, absolutamente nenhum, é marcante. Existem os guardas dos campos de concentração (obviamente cruéis e impessoais), há as pessoas da Liga dos Jovens (que quer roubar as crianças superpoderosas sabe-se lá porquê ou para quê, pois suas intenções nunca são clarificadas por Bracken), há o presidente, o filho do presidente e os caçadores de recompensa. Todos eles perseguem Ruby e seus amigos pelos quatro cantos dos Estados Unidos, em cenas de ação mal escritas e com nenhum embasamento interessante. Em suma: um baita pé no saco.

Ruby: A protagonista é insuportável. Num dado momento, eu só queria que um dos quinze vilões a encontrasse a estória acabasse de uma vez. Quando ela se apaixona por Liam, então, tudo só piora, porque Bracken também falhou miseravelmente em construir o relacionamento entre os dois.

Os poderes: Mal explicados, sub utilizados, praticamente inúteis ao longo do desenvolvimento do enredo. As cenas de ação, que tinham um enorme potencial para que os poderes aparecessem e impressionassem, não entregam nada disso também.

O final: Não é difícil perceber que, quando cheguei ao final da estória, eu já estava tão entediada e tão indignada que o impacto emocional que ele deveria ter não funcionou. Há uma carga dramática nele que o restante do livro não criou e não sustenta, aliado ao fato de que simplesmente não dei a mínima se Ruby seria feliz ou não.

A sensação que tive, quando finalizei a leitura, é de que Bracken não sabia o que estava fazendo. Não é um romance YA, não é uma distopia, não é ficção-especulativa e nem um livro sobre roadtrip. Parece um amontoado de idéias mal lapidadas e personagens pouco construídos, os elementos amarrados de forma relapsa para aproveitar o sucesso de Hunger Games na época da publicação. Ou seja, uma perda de tempo.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2020/01/ja-li-107-mentes-sombrias-de-alexandra.html
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Julinha 20/01/2021

Esperava ficção científica saiu chorando
Aí genteeeeeee esse livro foi tudo na minha humilde vida. Eu amei cada detalhe sério. A divisão dos poderes, o rolê dos acampamentos, as 19172 mil resistências brigando uma com a outra. Confesso que a Ruby era burra como uma porta que minha nossa senhora but vou interpretar como inocência (risos).
O final destruiu cada partícula da minha alma!!! O Liam é o ser mais precioso do mundo eu só queria guardar num potinho longe de qualquer maldade
E agora fiquei sabendo que não tem a continuação em português e vou ser obrigada a me matricular num cursinho só pra poder ler o resto eh isto beijos
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Vanessa 24/06/2020

Hmm... acho que já vi isso em algum lugar...
Ahh... a famosa formulinha do adolescente com poderes que luta contra um governo. Ex-man, Gone, Estilhaça-me, Jovens de Elite, até o BR com a Trilogia Anômalos... simm vc realmente já viu isso por aí né.
Apresento-lhe um combo de clichês com direito a romancezinho adolescente, crianças com uma capacidade absurda de sair de enrascadas e de driblar militares, protagonistas super altruístas ou o extremo oposto disso e poderes paranormais super genéricos.
Minha versão de 10 anos atrás ia pirar lendo isso... eu versão atual, bem, pseh...
Foram várias as coisas que me incomodaram nesse livro. Comecemos por algumas incongruências que a narrativa traz, como o amadurecimento/ conhecimento da protagonista que estava em cárcere desde os 10 anos e que não teve como aperfeiçoar alguns aspectos que aos 16 ela apresenta de forma razoável apesar de não ter tido nenhuma espécie de educação que o justificasse ; ao mesmo tempo muda de forma repentina a sua personalidade acanhada para o modo “sou fodona vou matar esses canalhas”, voltando ao “sou ingênua apesar das coisas estarem literalmente na frente do meu nariz” e de volta ao “ vou controlar todos vcs”... mudanças de personalidade muito repentinas que não acompanham uma ideia de evolução de personagem que eu esperava encontrar. O romance, ahh o bendito! Super água com açúcar, só que não bom. Sério acho que não consegui passar por nenhuma das cenas dos envolvidos sem revirar os olhos, falta química, falta personalidade, falta maturidade, falta tcham, desnecessário. Temos cenas de ação aqui que são bizaras, se tratando de crianças as executando, afinal dirigir uma van pela primeira vez na vida em alta velocidade no meio de uma perseguição e sair ileso ( e muito bem por sinal) não é lá muito crível. Sem falar dos vilões que, bem... não botam medo em ninguém e são bem tapados a ponto de cair nas artimanhas das criancinhas mais de uma vez.
Não é um livro de todo ruim, ele tem bastante reviravoltas, ação, dá uma certa nostalgia pra quem já leu muito disso no passado, no meio de uma maratona dá pra dar uma entretida e engordada na meta. Apesar de tudo que apontei, enquanto durou a minha leitura, foi um livro simplesmente divertido de se ler... mass é mais do mesmo, nada marcante, daqui um mês provavelmente eu não vou lembrar nem o nome das personagens direito.
JP_Felix 27/10/2020minha estante
Vez ou outra eu passo aq procurando alguém q tenha escrito algo assim, pq todo mundo avalia bem essa coisa como se fosse uma obra prima. Muito obrigado pela resenha, vc fez meu dia mais feliz.




lilabards 28/08/2020

mentes sombrias.
esse livro me chocou de mil e uma maneiras diferentes. o universo que a autora cria é incrível e o desenvolvimento da história e dos personagens é muito bom. o final foi algo que eu NUNCA esperaria e não admito que a sequência ainda não foi traduzida.
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Nathan 17/01/2023

Mentes Sombrias - Divertido e dramático na medida certa, confuso acima da dose
Mentes Sombrias é um livro que surfou na onda das distopias adolescentes, um universo que Jogos Vorazes, Divergente, Maze Runner e tantos outros já haviam nos apresentado, cada um ao seu modo.
Com o gênero em alta, pôde a autora Alexandra Bracken nos apresentar algo novo ou ao menos algo cativante?
Em suas 384 páginas, Mentes Sombrias nos conta de uma situação onde todas as crianças e adolescentes ganham dons especiais, o que gera alto impacto na sociedade e muda tudo para sempre.
A trama é bem contada explorando bem os dramas dos personagens, as consequência de pequenas escolhas e ambientalizando nos cenários.
Quando chega o momento de narrar o uso dos poderes dos personagens, ai é um problema. Infelizmente ainda não li um livro que faça isso muito bem. O que ajudou nesse caso, é que eu já havia assistido o filme, mas, isso é injusto com livros que não tem um filme de suporte rs.
Gostei muito da intensidade de alguns temas que a história aborda:
- Abuso sexual e psicológico;
- Crescimento precoce;
- Inexperiência das crianças ao lidar com grandes responsabilidades;
- Segmentação de classes;
Entre outros.
A personagem principal tem um arco de crescimento muito interessante e sua coragem e determinação fazem dela um ícone de inspiração.
Os demais personagens também são bem trabalhados, com suas características e talentos que marcam suas identidades.
O vilão também é interessante, inclusive cabe a ele a grande virada da história, mas acho que faltou um desenvolvimento mais refinado em relação a suas motivações. Tanto que quando finalmente descobrimos seu plano, tudo fica muito confuso e a história para ele fica muito sem explicação.
Em suma, a resposta é sim, a autora consegue trazer uma história divertida e cativante para o gênero das distopias. Mesmo com os furos na trama, consigo indicar facilmente esse livro para quem quer conhecer um mundo onde as crianças tem poderes e mudam completamente a sociedade.
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Moon 18/10/2022

Divertido e sofrido
Anos atrás eu assisti o filme, fiquei super interessado e intrigado (pra não dizer que chorei horrores) com o final, fiquei indignado quando soube que não tinha continuação, então deixei de lado. Esse ano eu estava procurando novos livros para ler, quando me deparo com ele, eu tinha me esquecido que era adaptação de livro ? e agora descubro que só tem tem continuação em inglês??? Pretendo gastar meu inglês intermediário pois não me conformo com esse final. Fora isso, eu gostei bastante do livro, achei muito leve de ler, gostosinho de passar o tempo, os personagens são cativantes, meu preferido foi o Bolota, gostei da divisão de poderes, só a parte do acompanhamento e o final que foram meio entediantes.
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Yas 04/09/2022

"Mentes sombrias tendem a se esconder"
Comecei a ler esse livro por causa do filme e imaginem o meu choque de ver que a adaptação foi muito fiel ao livro. Eu adorei o enredo da história e achei que a autora soube construir uma narrativa boa, me identifiquei com a escrita, os personagens são muito bem construídos e eu adorei o fato de eles terem personalidades completamente diferente, só queria ver pra os próximos mais a questão da revolta contra o governo e o sistema que foi criado.
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Caio Mário 30/04/2020

Muito bom!
Eu adorei essa utopia, muitíssimo interessante. Gostei da escrita da autora e de como ela criou uma sociedade diferente, no estilo dela. E gostei mais ainda do final, mesmo ele me destruindo, de como ela deixou o suficiente para um continuação.
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Gabrielly015 14/08/2023

É incrível como os livros são sempre melhores que o filme.
"Eles nunca temeram pelas crianças que poderiam morrer ou pelos espaços vazios que elas deixariam.eles tinham medo de nós-aqueles que viviam."
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Maria.Vitória 04/05/2020

Mentes Sombrias.
O que você faria se acordasse e seus pais não soubessem quem você é?
Eu realmente fico muito feliz por não precisar responder a está pergunta, e imagino que você também se sente da mesma forma.
Está é uma história incrível que tudo o que eu quero é a continuação, se você já assistiu ao filme por favor, leia ao livro, lhe garanto que você irá gostar mais.
Dear.Manoel.Neto 12/05/2020minha estante
Putz só queria que trouxessem os outros livros da saga pro BR, quero muito saber oq acontece depois..




Crônicas Fantásticas 14/09/2020

Mentes Sombrias (The Darkest Minds)
Resenha por: Ana Oliveira

Título: Mentes Sombrias | Autor: Alexandra Bracken | Editora: iD Editora | Gênero: aventura/literatura juvenil | Páginas: 576 | Ano de publicação: 2013 | Nota: 4,0/5,0

Estreou, dia 16 de agosto, no Brasil, o filme “Mentes Sombrias”. Quando essa notícia chegou a mim, um pouco tardia devo assumir, pensei: “opa, baseado em livro. Vamos lê-lo primeiro para depois ver” e foi isso que fiz.

O livro “The Darkest Minds” (sim, no plural) fala sobre um futuro onde as coisas dão erradas, ou seja, uma distopia. É a mesma premissa de “Hunger Games” e “Divergent” dentre muitos outros. Uma coisa que gosto sobre distopias é em como os personagens tentam consertar as coisas depois delas terem dado muito errado. No caso de “Mentes Sombrias” quem paga o preço desse erro são as crianças.

Por todo o mundo, crianças com no mínimo 10 anos são acometidas por uma doença, em português NAIA, em inglês IAAN, e desenvolvem poderes. Algumas, entretanto, não aguentam as mudanças que a doença gera nos seus cérebros e morrem. Com isso, 90% das crianças morrem ao completar 10 anos ou um pouco depois disso. Os que sobraram são tratados como uma ameaça pelos outros seres sem “poderes” e acabam sendo reunidos, catalogados e separados de suas famílias originais.

Assim que chegam aos acampamentos, ou antes, essas crianças são categorizadas em 5 cores. E aqui vem um ponto importante: a maioria das crianças são verdes, ou seja, desenvolveram “poderes” de superinteligência, fazem cálculos com muito mais facilidade, são bons com criptografia. Tipo um computador humano com QI muito acima do normal e o mais importante, inofensivos. A cima deles temos os azuis: crianças com poderes tele cinéticos. Basicamente, movem as coisas com as mentes. Nada demais se você não os estressar. Depois vem os amarelos. Particularmente achei esses muito legais, pois eles podem gerar e controlar eletricidade. Imagine só, num mundo onde basicamente dependemos da energia elétrica para tudo, existem crianças que podem gerar isso espontaneamente. Esses são um pouquinho mais perigosos, pois podem fritar todos os sistemas que usam de eletricidade. Uma faca de dois gumes.

Então temos os vermelhos e os laranja. Na classificação do presidente Gray, o atual presidente dos Estados Unidos no livro, esses são os mais perigosos. Os vermelhos geram e controlam o fogo. Mais um pra gente não tirar onda no recreio da escola. No topo da pirâmide de periculosidade das novas crianças temos as laranjas. Raras e extremamente perigosas, pois essas podem entrar nas nossas cabeças e bagunçar tudo lá dentro. Desde de plantar sugestões, até apagar totalmente suas memórias. E como são muito perigosos, a ordem é matar qualquer um que seja laranja. Mesmo que ele seja o filho do presidente…

Bem, o livro segue a vida de Ruby Daly, uma garota que ao completar 10 anos (e sem querer) apaga da memória dos seus pais ela mesma. Então, ela acorda de manhã e eles não sabem quem ela é e a entregam ao serviço criado para recolher crianças que sobreviveram a doença e criaram dons estranhos. Ela vai parar num desses acampamentos. E logo aprende a se fingir de morta para não ser pega como laranja. Ruby tem a capacidade de entrar na mente das pessoas e sugerir, além de pagar, coisas. É assim que ela se livra da possível morte e passa 6 anos fingindo ser uma verde.

O livro vai contando o dia a dia de Ruby e como ela tá isolada do resto do mundo a gente só descobre o que houve após a doença quando ela é “resgatada” por uma mulher que se diz da “Liga das Crianças”. O ponto aqui é reparar como o cenário mundial mudou após a doença. O tal Gray manipulou todos que podia para continuar mais tempo como presidente, a economia da maioria dos países do mundo quebrou e quase tudo está falido, e acima de tudo: as pessoas não tem mais filhos com medo de que eles desenvolvam a tal doença.

Famílias são separadas elas querendo ou não, pois, em primeira instância, o governo obriga a todos que tem filhos especiais que os entreguem sob a promessa de estarem procurando uma cura. Vale ressaltar que até onde conta o livro 1, não há o que curar. É uma coisa meio “X-Men” onde a natureza deu um salto na evolução e as crianças (TODAS) nasceram diferentes.

De volta ao livro, a história vai seguindo e como deve ser, lados são mostrados para nós: o governo, encabeçado pelo presidente, e a Liga. Em tese, o governo é o mal que explora e quer usar as crianças como armas, e a Liga é o bom, querendo libertar as crianças dos tais acampamentos que só servem para machucar ainda mais as nossas já traumatizadas crianças. Porém, não se engane. Apesar de parecerem distintas, elas são bem parecidas.

Com isso em mente, o livro nos mostra um grupo muito peculiar composto por dois azuis (no filme um deles é verde) e uma amarela. Eles meio que ajudam Ruby a fugir da Liga e a acolhem no seio da sua minivan mesmo sem saber que ela é uma laranja. Com Liam, Charles e Zu (azul, azul, amarela, respectivamente), Ruby descobre sobre o East River. É como um reduto seguro para as crianças fugitivas, uma Terra-do-Nunca com direito a Peter Pan e tudo, e nesse caso ele se chama Fugitivo.

Nesse lugar, as crianças podem ser quem são e simplesmente viverem suas vidas sob o olhar atento e cuidadoso desse novo personagem que para todos os efeitos é um laranja. Eles contam que o Fugitivo ajuda as crianças a entrarem em contato com suas famílias e até mesmo as ajuda a voltar ao lar. Tudo muito bonito e brilhante para uma distopia. Eles chegam lá e logo são separados. Zu reencontra uma prima. Liam é destacado para fazer parte da proteção do lugar. Charles fica envolto a trabalhos manuais no pomar e Ruby… Bem, Ruby passa a ser a aprendiz do Fugitivo. Eles andam para cima e para baixo juntos, ele “ensinando” a ela como lidar com suas habilidades laranja que tanto traz dor de cabeça para ela.

Aqui caímos em um dos clichês para livros adolescentes que eu menos gosto: o triângulo amoroso. Porque lá atrás, ainda quando Ruby andava com o pessoal na minivan, houve uma conexão entre ela e Liam. Ela assume para nós, leitores, que está apaixonada por ele. Nem é tão estranho levando em consideração que ela tem 16 e ele 17 anos, são adolescentes, hormônios a flor da pele e tal. Eu entendo e a forma como Liam é mostrado para nós, sob a perspectiva de Ruby, ele é um perfeito príncipe disposto a sempre ajudar. Mas quando colocamos o Fugitivo na equação fica meio óbvio que algo vai dar errado.

Talvez por ser uma leitora meio pé atrás com personagens que se mostram muito bons no início, eu desconfiei do Fugitivo desde o começo e a coisa só via piorando quando Charles começa a ficar descontente e apontar as semelhanças entre East River e qualquer um dos outros acampamentos em que já estiveram. Eles têm hora pra tudo: pra acordar, comer, trabalhar, dormir. Eles têm pouco tempo livre para fazerem o que quiserem e qualquer que seja o favor que eles precisem do Fugitivo deve ser pago antes com algum tipo de trabalho. Então, é… East River não é tão paraíso assim.

O que me surpreendeu foi, em meio a tantos “vilões” (o presidente, a liga), o livro apresentar mais um: o Fugitivo. O plot twist do final do livro faz a gente ficar se perguntando porque Ruby (e aposto que alguns leitores) confiaram tanto nele. Só porque ele é um laranja não o faz livre de qualquer suspeita. Ao final, temos o caminho do herói se completando com sucesso, e uma líder das crianças, disposta a lutar pela sua nova família no púlpito. O filme é muito bom em mostrar isso, em dar cor (literalmente) e efeito ao que só imaginamos nas nossas cabeças. O fato de os olhos das crianças brilharem de acordo com sua categoria foi um toque legal e bizarro ao mesmo tempo. O que as une também é o que as separa. No final, Ruby entende que as únicas pessoas que podem ajudar as crianças são elas mesmas, pois os adultos estão assustados de mais para olha-los como eles são: apenas crianças que já sofreram demais.

“O mundo inteiro será seu inimigo, Príncipe com Mil Inimigos, e onde quer que te apanhem, eles o matarão. Mas, primeiro, eles devem te apanhar, escavador, ouvinte, corredor, príncipe, com um aviso breve. Seja esperto e cheio de truques e seu povo jamais será destruído…” (Uma longa jornada, de Richard Adams, citado por Ruby no capítulo 11 como o livro que Charles está lendo. Ela o acha no shopping e o lê para Zu no filme).

Leia mais resenhas em cronicasfantasticas.com.br

site: https://cronicasfantasticas.com.br/2018/09/10/mentes-sombrias-the-darkest-minds/
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Xoxofana 09/08/2021

O mundo precisa de mais Ruby's Liam's, Bolota's e Zu's
Esse livro é fantástico desde início. Ele não pega leve com cenas já tensas e que te deixam querendo mais e mais, tentando entender como tudo chegou nisso e o que vem dali pra frente.
Eu sou apaixonada com esse livro e sua história, com a força da Ruby, a gentileza do Liam, a inteligência do Bolota e a alegria da Zu.
M. D'us Escritor 09/08/2021minha estante
Escrevi um livro de fantasia maravilhoso, mas meu maior desafio é que ele seja conhecido. O nome dele é:

?O Rei das Docas?

Você pode me ajudar adquirindo um livro digital na Amazon, ou um livro físico comigo, ou ainda me seguindo no insta:

@m.dus_escritor

Sei que são muitos pedidos, mas quero muito que este sonho dê certo.




nana' 04/05/2023

Distopia é a minha nova obsessão
Só de ler o título eu já sabia que um acontecimento marcante aconteceria, prendendo a minha atenção. Para mim, a autora prometeu e entregou tudo nesse livro, contendo cenas emotivas, chocantes e violentas, causando um certo interesse pelo livro. Achei que a violência e os pensamentos da personagem principal (que acredito ter sofrido pressão psicológica) afetam na indicação da classificação etária da obra, que seria de, no mínimo, catorze anos para cima. Fora as violências e esses temas mentais, não reclamo de nada senão a sociedade, que foi muito bem imposta e criticada ao decorrer do livro.
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Alessandra.Goncalv 18/02/2023

Bacana
Não é um livro que inove em termos de distopia, mas é uma leitura agradável.
Tem personagens cativantes, os seus momentos de tensão e conflito nas horas certas, e termina com gosto de querer mais.

Realmente uma pena nenhuma editora traduzir os outros livros.
Jaque 19/02/2023minha estante
Eu gostei muito desse livro. E até hoje esperando pelos outros dois. Será que algum dia vem aí a continuação por alguma editora daqui?




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