yurigreen 22/01/2014
Julgue o livro pela capa
Eu deveria saber que um livro que anuncia na capa "Mistérios sombrios do Vaticano - revelações chocantes e polêmicas sobre a instituição mais cheia de segredos do mundo" deveria ser no mínimo consultado antes de ser pego pra compra na prateleira da livraria.
No entanto, o jovem inocente aqui foi levado pela bonita fotografia da capa e decidiu dar um crédito ao livro.
O texto foi escrito por um jornalista, que apesar de ter publicado mais de cinquenta obras, parece não entender como funciona essa coisa de citar fontes e fazer referências corretas. O livro conta com revelações que podem balançar a fé de um católico leigo, mas só se o mesmo também for um completo ignorante na arte do ceticismo cientifico (o que na maioria das vezes é o que acontece).
É o tipo do livro que você começa a ler e quer terminar logo pra não largar de lado na estante como mais um "não terminado". A cada página temos diversas aspas que ocupam mais de 80% de todo o contexto do livro, com absolutamente nenhuma citação e referência pra consulta, o que leva a perda de créditos do autor pelo leitor ao longo dos capítulos.
O motivo das duas estrelas é justificado pelos apendices no final com o pergaminho de Chinon, que absolve Jaques de Molay e outros templários após confissões registradas. Contudo, a pira ainda se fez válida para os seguidores da ordem.
O tratado de Latrão também é apresentado em artigos resumidos, o que dá luz ao pacto de soberania da Santa Sé pela Itália.
Outros poucos capitulos me pareceram interessantes, como sobre os tesouros do vaticano que apresentam pouca solvência e as questões legais para ser um membro da guarda suíça. Os demais vem abordando relações da igreja com o diabo, com nazistas e até com ETs.