Resenhas - O Lobo das Planícies

vortexcultural 18/09/2014

O Lobo das Planícies - Conn Iggulden
Por Amilton Brandão

Quando fala-se de romance histórico, logo vem a mente o nome de Bernard Cornwell. Afinal, o autor britânico já é mais do que consagrado ao redor do mundo por retratar momentos históricos com uma narrativa calcada nos detalhes das batalhas travadas. Mas a questão é que Cornwell não reina absoluto no gênero, e um conterrâneo dele merece atenção.

Estou falando de Conn Iggulden, que depois da bem sucedida empreitada em contar a história de Júlio César na sua tetralogia sobre o Império Romano, nos traz agora uma história envolvendo outro grande (senão o maior) conquistador da História.

Gengis Khan é meu nomee minha palavra é ferro!

Igguldenn narra neste primeiro romance da série o início da jornada de Temujin (nome de batismo de Gengis) ainda na infância, e seu caminho para se tornar o grande Cã, unificando as tribos da Mongólia que na época viviam em guerra umas com as outras. O autor nos apresenta desde o início o quão dura é a vida na Mongólia na época, com um inverno duro, era uma verdadeira vitória simplesmente sobreviver até o próximo ano.

Iggulden fez uma extensa pesquisa histórica antes de começar a escrever a série, e foi até a país de origem de Gengis, viver entre eles para entender melhor a história do conquistador que até hoje é aclamado como herói entre os mongóis. Isso nos leva a uma descrição acurada, uma maior compreensão dos costumes deste povo e também de Temujin.

Abandonado pela tribo de seu pai depois que este é morto por uma emboscada dos Tártaros, Temujin junto com sua mãe e irmãos enfrentam fome, frio e o medo de serem mortos por uma tribo inimiga, pois não têm mais a proteção da sua. Essas dificuldades, somadas a uma inata habilidade para comandar, faz de Temujin desde muito novo um ótimo e implacável líder, crescendo em poder a cada batalha vencida.

As Batalhascomo elas são empolgantes neste livro.
Iggulden nos faz sentir como se estivéssemos cavalgando ao lado de Gengis e disparando flechas a pleno galope.
Vemos essas mesmas flechas penetrarem aço, couro e carne, ouvimos os gritos de terror do exército inimigo, sentimos o vento frio da corrida em nosso rosto e urramos de alegria junto com Gengis quando a batalha está terminada!

Não quero dar mais detalhes da trama aqui, pois mesmo se tratando de um personagem histórico, todos os pormenores e sutilezas da vida de Gengis são saborosas surpresas durante a leitura. Vale lembrar que como em todo romance do tipo, Iggulden usa de sua criatividade para ajustar a História à sua história, afinal o autor não tem a pretensão de escrever um livro acadêmico. Mas isso definitivamente não tira nem um pouco o mérito dos fatos narrados no livro.

Falando em História, me lembrei de algo, que se não fosse um fato histórico, seria ainda mais difícil de se conceber:
Como que uma criança abandonada, deixada para morrer sem NADA, cresce para conquistar uma área com o DOBRO do tamanho do Império Romano?!

Outro ponto que gostaria de salientar é o quão fácil e prazeroso foi a leitura deste livro. Iggulden mantém em sua narrativa quase que predominantemente momentos de informações vitais para a trama, sem muito espaço para divagações, isso traz uma fluidez narrativa impressionante. sem se tornar superficial. Na verdade, em uma comparação simplista entre Cornwell e Iggulden, eu diria que o primeiro é bem mais detalhista que o segundo, o que leva quase que inevitavelmente a um maior dinamismo na narrativa de Iggulden. Não estou aqui falando que um é melhor que o outro, somente que eles têm estilos um pouco diferentes. Eu adoro os livros de ambos.

Se você já esta familiarizado com romances históricos esta série é recomendadíssima, se nunca leu nada do gênero, está aqui uma ótima opção para começar. O autor disse em uma entrevista que seriam pelo menos quatro livros necessários para contar a história de Gengis e seus descendentes. Aqui no Brasil por enquanto só temos publicados os dois primeiros livros da série. O segundo é O Senhor dos Arcos (em breve uma resenha dele aqui), o terceiro é o Bones of the Hills, este deve ser lançado por aqui em breve, também pela Record.


site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/o-lobo-das-planicies-conn-iggulden

JR 18/08/2013

O lobo das planícies | Os dados revelam um pouco da história de Gêngis Khan.
É muito bom ler uma história onde não temos cavaleiros em armaduras defendendo seu castelo, aqui vemos bárbaros desunidos por anos se unindo para defender seu território. Se você decidir ler O Lobo das Planícies, saiba que apesar de ser um ótimo livro de guerra, não é todo sobre guerra. Narra principalmente a evolução de Temujin (é o Genghis Khan, mas Temujin é seu nome original), começando de seu nascimento com um mau presságio, passando por sua vida difícil e sofrida até os sucessos na idade adulta.

O livro tem uma narrativa muito boa, fácil de ser compreendida, apesar de alguns problemas em relação ao tempo. Durante muitas partes do livro, a noção de tempo ficava perdida e era confuso saber quanto tempo havia se passado, só depois de muita narração o autor dava uma dica. As cenas de aventura e caça são bem escritas e satisfatórias, são emocionantes e tensas. As cenas de guerra são igualmente boas, porém, são curtas demais e as batalhas parecem acontecer muito rápido.

O que não falta é informação sobre a cultura mongol, tem muitos elementos sobre vestimenta, costumes e culinária, pecando somente na descrição dos guerreiros. A falta de informação sobre uns aspectos faz um pouco de diferença pros leitores mais curiosos, por exemplo, os itens que costumavam levar em batalhas ou o treinamento que os guerreiros da tribo faziam para se tornarem tão poderosos.

É obrigação ler o posfácio do livro, que além de nos informar esses elementos que a história em si deixa passar, nos mostra o que aconteceu de verdade e o que foi modificado pelo autor. Incrível modificação, só para constar, mas não citarei para não contar nenhum spoiler.

É um livro emocionante e muito interessante. Recomendo à todos que gostam de batalhas, aventura e tem sede de cultura. Lembrando que O Lobo das Planícies é o primeiro de uma saga de cinco livros, chamada O Conquistador.

site: https://coliseunerd.blogspot.com.br/2017/03/o-lobo-das-planicies-o-conquistador-01.html

Alecio Miari 30/05/2012

Ê trilogias!!
To ficando bom em achar livros sensacionais. Um livro de dar dor no coração pelas provações que Temujin e sua família passam, antagônico ao fato das grandes conquistas que eles alcançam.
O livro parece uma grande montanha-russa saindo do limbo total para a glória eterna, retornando às profundezas do inferno e ressucitando ao Paraíso.
Muito foda em tentar imaginar para onde a história o levará e mais foda ainda descobrir no Pósfacio que boa parte de toda a narrativa é real, de acordo com uma extensa base de pesquisas sobre a vida do imperador Gengis Khan.
Enfim, muito alucinante esta história com muito suspense e intensas emoções do início ao fim. Uma grande demonstração do que é ser um líder de verdade e como, através de muita coragem e muita ética (de acordo com seus padrões). O mais interessante é que ele mostra a importância de se manter fiel aos seus ideais cercando-se de pessoas de grande confiança e tratando-os todos de maneira justa e honrosa.
Temos mais dois livros pela frente para fechar esta trilogia e estou ansioso para ver o que ocorrerá daqui para frente (principalmente em função dos títulos que aparentemente parecem ser mais duas grandes obras).

Juliana 23/01/2014

Excelente início para uma excelente saga!
Começo dizendo que não só amei O Lobo das planícies, o primeiro livro, como também toda a série, composta de três livros narrando as conquistas de Gênghis Khan desde quando este foi abandonado na infância para morrer até sua morte, e mais dois livros passados nos anos após a morte de Gênghis até a ascensão de Kublai Khan, um dos mais conhecidos "cãs" mongóis, depois do próprio Gênghis.

Este primeiro volume da série Conquistador, narra a infância de Temujin (como Gênghis era chamado na infância) com seus irmãos e família, até o início de sua ascensão rumo à liderança dos mongóis como nação. Enquanto a história é contada, é possível perceber diversos aspectos da cultura e do modo de vida das diversas tribos que habitavam a Mongólia no século XII, abordando elementos interessantes que vão desde as relações sociais e as técnicas de combate (a maioria envolvendo o arco, tão exaltados na obra) até aspectos como comida, bebida e a confecção das iurtas, as tendas onde habitavam. Neste primeiro volume, as batalhas são menores e mais simples, nada mais do que embates tribais, apesar de mostrar muito bem o estilo de combate mongol. Então se você espera ver as grandes batalhas com estratégias utilizando cavalos e arcos, pelas quais os mongóis são famosos, que os jogadores de Age of Empires II devem conhecer, talvez você se decepcione um pouco. Apesar disso, a narrativa não deixa de ser intensa, a luta pela sobrevivência de uma família sozinha nas frias planícies da região, somada ao forte desejo de vingança do jovem Temujin, tornam o livro bastante interessante.

A narrativa é muito bem escrita, fazendo com que o leitor sinta os sentimentos dos personagens, ao mesmo tempo que vibra e torce a cada sucesso, e se lastime a cada fracasso. Deve-se levar em consideração que uma parte considerável do que foi escrito é romantizado, visto que é bastante difícil conseguir informações históricas precisas sobre este período e cultura, pois os povos mongóis não costumavam manter registros escritos como faziam os europeus e os chineses, o crescimento dos registros escritos na Mongólia começa justamente com as invasões à China, quando o povo começa a adaptar não só armaduras como também diversos costumes e técnicas chinesas.

Um excelente livro, com uma leitura muito agradável e envolvente para quem gosta de romances históricos repletos de ação. A série continua com os título Os Senhores do arco, Os Ossos das colinas, Império da prata e Conquistador. Um começo digno para a história de um homem que uniu a nação que, com sua estratégia quase infalível e suas armas de longa distância, dominou grande parte da China, Oriente médio e leste europeu.

site: http://fantasticosmundosdepapel.blogspot.com.br/

Gerson 14/03/2014

A história do criador do maior império que já existiu
Chega a ser irônico que tantos saibam que ele foi, mas tão poucos saibam seu verdadeiro nome.
Essa é a história de Temujin, mais conhecido por Gengis Khan.

Ainda que a história tenha pequenas alterações para facilitar a leitura e a compreensão (sem falar de questões estéticas), trata-se de um livro historicamente preciso, que transporta o leitor para uma terra dura, que gera homens igualmente duros.

A narrativa possui trechos marcantes, e apresenta fatos que podem tanto deixar o leitor fascinado, quanto absolutamente enojado. (Sejamos francos, quantos de nós teriam estomago para beber sangue de cavalo para se alimentar?)

Temujin é apresentado de uma forma que faz rapidamente o leitor se admirar por ele, e se ver compartilhando de sua dor nos momentos difíceis.

Os primeiros anos de sua juventude, onde se vê sem a proteção paterna para sobreviver é de longe o arco mais dramático deste livro em especifico.

Assim, uma leitura excelente tanto para aqueles que querem aprender de forma mais ludica sobre um dos maiores conquistadores que já existiu, ou para aqueles que apenas querem uma boa história com personalidades fortes e eventos cheios de ação.

Eder 10/10/2013

O Conquistador - O Lobo das Planícies
O Lobo das Planícies é o primeiro volume da série O Conquistador, de Conn Iggulden, e narra a história de Temujin, que com apenas 11 anos, se vê abandonado por sua tribo depois que seu pai Yesugei, antigo líder, fora morto. Então, ele e sua família composta por sua mãe, quatro irmãos, três mais novos e um mais velho, e uma irmã ainda de colo, passam a vagar pelas planícies da Mongólia, tentando sobreviver. A sobrevivência custará muito caro para eles, mas devido a isso nasce o grande líder mongol, Gêngis Khan, que se tornaria um dos maiores conquistadores da história.

Logo no início, Temujn e seus irmãos realizam uma acometida ao ninho de uma águia, e durante o decorrer do livro é quase impossível não traçar um paralelo entre esse assalto à história dos meninos que, abandonados pela tribo dos pais, têm que lutar para sobreviver praticamente sozinhos, para ao final obter o tão desejado prêmio, mesmo que acabem pagando um preço alto por isso.

A primeira parte do livro relata a infância de Temujin, seu treinamento na tribo de sua mãe, a maneira como ele lida com a morte do pai, o abandono de seu clã e a eterna disputa pela liderança com seu irmão mais velho, que não fora aplacada, mesmo com as adversidades surgidas. A segunda metade do livro já é mais focada na moldagem do grande líder, que vingaria sua família, unificaria as tribos mongóis e as levaria à guerra e posteriormente às conquistas que os tornariam um dos maiores impérios do mundo.

É possível perceber que Iggulden se dedicou bastante à pesquisa sobre Gênghis Khan e o povo mongol. Com descrições detalhadas dos costumes e tradições da região, e também dos meios de guerra daquele povo, O Lobo das Planícies se mostra uma deliciosa viagem temporal àquela época e região. Se você já leu As Crônicas de Gelo e Fogo, vai perceber que George R. R. Martin se inspirou nas tradições do povo mongol para elaborar seus Dothrakis.

O final ficou um pouco aquém de minha expectativa, pois me pareceu demasiado apressado e acredito que o autor poderia ter trabalhado melhor essa parte, já que passamos o livro todo acompanhando a luta e o sofrimento de Temujin e sua família e no momento de seu regozijo, tudo acontece tão rapidamente que ficamos nos perguntando se o final é só aquilo mesmo. Também não fiquei muito satisfeito com as batalhas descritas por Iggulden, que, nesse primeiro volume, as narra de modo quase superficial, sem conseguir nos transportar de todo para dentro da luta.

Foi o primeiro livro de Iggulden que eu li e posso dizer que gostei muito. Tanto este como os demais livros da série são altamente recomendados. Pretendo relê-lo em breve.

Hérida Ruyz 24/07/2011

Conn Iggulden descreve os estilo de vida nômade de forma crua, nos apresenta um mundo onde o desejo de vingança foi o gatilho para a ascenção do grande conquistador. Sua força de vencer, de fazer justiça a sua família o tornou temido e também odiado.

O autor fez uma pesquisa de campo na Mongólia, conheceu a paisagem, o clima, os moradores locais, a cultura e os hábitos, e isso transparece nas descrições ricas em detalhes. Ele expõe o lado mais sombrio do ser humano, onde o desejo de poder, a cobiça e a inveja, nos tornam irracionais.
Mostra que na luta pela sobrevivência não há regras, açoitados pela fome e pelo frio, com o desejo de se agarrar à vida e a dor a flor da pele, o homem se esquece de seus princípios mais básicos.

Mas não encontramos só flagelo e crueldade em O lobo das Planícies, temos a oportunidade de acompanhar uma história de amor fraternal, amizade, companheirismo, dedicação, confiança e lealdade incondicional por um garoto que é um líder nato.

A leitura é tão prazerosa que flui rapidamente, e o único esforço que fiz foi para largar o livro.

O lobo das planícies é um épico militar que não sairá mais de minha estante.

resenha completa:http://www.lendonasentrelinhas.com.br/2010/03/o-lobo-das-planicies-conn-iggulden.html

Hugo 03/11/2013

Ainda não lei a trilogia O Imperador, comecei por esta O Conquistador, e este primeiro livro prendeu bastante minha atenção, vou começar a ler o 2o. livro logo na sequência e me interessei bastante em ler os livros da série O Imperador também.

Johnathan 09/06/2020

Fascinante
Conheci o autor através das leituras de Bernard Cornwell. O livro tem uma narrativa fascinante e te prende do início ao fim.

Pedro Marins 03/04/2009

Excelente livro. Acho que ele apresentou a história de Gêngis Khan brilhantemente. Espero agora os próximos da série!

Elis 21/08/2011

Me surpreendi com essa leitura, pois ainda não conhecia o autor Conn Iggulden, mas virei fã dele.

Temujin é um personagem que nos impressiona desde que o conhecemos, por sua garra e personalidade. Quando chegar ao final desse livro sentirá que fez parte de toda a vida dele. Viu suas quedas, suas conquistas, suas batalhas e seus sonhos. Descobrirá os motivos pelos quais ele se tornou esse grande guerreiro.

A família para ele está acima de tudo, sua palavra é como ferro e ele vai atras de seus objetivos não importando o que tenha que fazer.

Seus sentimentos e ações são descritos com maestria, fazendo com que queiramos saber o que vai acontecer a cada página. Devorei o livro rapidamente e me encantei tanto com seu carinho pelos seus irmãos e sua mãe quanto pelas cenas de vingança e justiça que ele realizou.

Conn soube como guiar o leitor por essa grande história envolvendo-o a cada linha e sem deixar que a leitura se tornasse cansativa ou com que pensassemos em larga-lá.

O Lobo das planícies me lembrou um pouco Rangers, mas eles não se comparam, porque o primeiro é muito imapctante, quanto que o segunda é mais uma aventura.

Recomendadíssimo!!!!Nota 10!!!

Beijokas elis!!

Bruno.Gimenes 07/01/2020

Fantástico
Faz alguns bons anos que li esse livro.
Leitura viciante.
Li em tempo recorde, onde só consegui parar quando li a última página.
Para quem gosta de romances históricos, o lobo das planícies é uma excelente opção.

Jack 31/10/2019

O Lobo das Planícies
Uma história extraordinária, demorou um pouco para deslanchar, mas dai por diante é viciante.
Recomendo.

Mó 24/04/2012

Sensacional
o Lobo das Planícies de Conn Iggulden,foi o meu primeiro livro de ficção história e me impressionou muito.O livro narra a história de Gêngis Khan, desde quando se chamava Temujin e a sua única preocupação era ganhar as corridas de pôneis concorrendo com seus irmãos,passando pelo abandono da tribo dos lobos,que era a que ele pertencia , quando seu pai,Yesugei o cã dos lobos,morre.A partir desse acontecimento Temujin luta pela sobrevivência de sua família,e tambem para unir as tribos mongóis,acabando com a rivalidade que existem entre elas.

David 18/09/2017

MELHOR LIVRO DO ANO
Muito bom... Vale muito a pena