Elogio ao Amor

Elogio ao Amor Alain Badiou




Resenhas - Elogio ao Amor


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poeswild 26/04/2024

As mais bonitas reflexões filosóficas sobre o amor
Badiou traz definições, questionamentos e pensamentos filosóficos profundos sobre o amor e também os relaciona no âmbito das artes, da política. Cada página é estimulante, incita o leitor a buscar pelas referências artísticas citadas.
A leitura é leve, fluida, e faz jus demais ao título!
Sou encantada pelo livro.
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Retalhos e Prefácios 22/02/2024

Reflexões...
Nem suas poucas páginas, tampouco sua linguagem simples e direta, tira a potência desse livro e sua capacidade de nos trazer reflexões acerca de um assunto tão importante: o amor!

Termino a leitura, mas não coloco um ponto final no que absorvi. Tenho ainda muito a refletir!
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Thaianne 24/05/2023

Sobre a experiência da diferença
"[...] o que seu título diz que é: um elogio ao amor, sugerido por um filósofo que, tal como Platão, pensa que: "Quem não começa pelo amor nunca saberá o que é filosofia"."
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"[...] no mundo de hoje, é amplamente difundida a convicção de que cada um segue apenas seu próprio interesse. O amor é então uma contraexperiência. Mesmo que não seja concebido como a única troca de benefícios recíprocos, mesmo que não seja planejado com muita antecedência como um investimento rentável, o amor é, com certeza, uma confiança depositada no acaso. Ele nos conduz ao campo de uma experiência fundamental daquilo que é a diferença e, no fundo, à ideia de que é possível experimentar o mundo a partir da diferença."
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"Sim, a felicidade amorosa é a prova de que o tempo pode acolher a eternidade."
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"Defender o amor naquilo que ele tem de transgressor e heterogêneo é mesmo, portanto, uma tarefa do momento. No amor, no mínimo confia-se na diferença, em vez de desconfiar dela. E, na reação, sempre se desconfia da diferença em nome da identidade: essa é sua máxima filosófica geral."
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"Amar é, para além de toda a solidão, estar às voltas com tudo o que no mundo é capaz de animar a existência".

"Elogio ao amor" é a transformação em obra literária de um diálogo ocorrido entre Alain Badiou e Nicolas Truong sobre o amor (romântico, diga-se de passagem). O livro para mim tem seu ponto alto nos capítulos iniciais, em que Alain Badiou desenvolve o conceito de sua visão do amor enquanto edificação de uma verdade - a verdade da construção de um mundo novo a partir da diferença - e como fixação do encontro, do acaso, desenvolvendo, em uma temporalidade própria, sua duração. É interessante notar que, por mais que os conceitos discorridos pareçam inicialmente se assemelhar com a visão de certas religiões do amor, Badiou rejeita essa similitude como princípio fundamental, por não considerar uma visão fusional do amor, que para ele é sempre uma experiência do Dois (não orientada para o Um, o Todo-Outro, e é justamente nisso que para ele reside sua beleza), e de perceber o mundo a partir desta diferença. Além desses conceitos, os diálogos abordam um pouco das possíveis relações entre amor e arte e amor e política. Como todo livro de filosofia, podemos tirar daqui coisas com as quais concordamos e coisas das quais discordamos kk, mas no geral achei uma leitura muito bonita. Como se trata de uma adaptação de um colóquio, também é, talvez, uma leitura mais direta, principalmente quando comparada a outros livros de filosofia. Nem por isso, no entanto, desprovida de profundidade ou menos interessante/gostosa.
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Natália 13/11/2022

que delícia de leitura! o livro é curto, mas denso, cheio de coisas para pensar. é muito bacana ler nesse formato de conversa entre badiou e truong, dá para se sentir lá com eles, ouvindo esse papo. quero ler mais de badiou!
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Vitória 10/11/2022

O amor enquanto projeto
Excelente livro para quem gosta da temática mais clichê e grandiosa de todas: o amor!

O livro (curtinho, só tem 60 páginas) é o resultado de uma entrevista dada pelo filósofo Alain Badiou, no qual o autor descreve sua concepção de amor verdadeiro, elenca possíveis ameaças à sua realização na atualidade, traçando, ao final, uma relação do amor com a política e a arte.

O ponto alto da leitura é a exposição - muito coerente ? de que o amor só se realiza quando, verdadeiramente, abrimos mão do nosso desejo de singularidade, dominância e autoafirmação (sendo, inclusive, a relação puramente sexual uma expressão narcísica), para dar lugar a alteridade, a diferença e a busca pelo ?eu do outro?.

No plano material, junta-se a esta equação outros elementos, tais como o encontro/acaso, a declaração da vontade e a construção do desejo de perpetuidade. O verdadeiro amor, portanto, constitui-se, não em uma mercadoria a ser adquirida, mas em um projeto ambicioso, que exige coragem e diligência de quem se arrisca a construí-lo.
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Juliano 10/01/2021

Um Horizonte de Eventos
Este livro é espetacular! Claro, esse tipo de opinião está sempre perpassada, ao menos no meu caso, pela experiência que se teve com o livro e o que se buscava/esperava dele. Para mim, "Elogio ao amor" foi uma das maiores descobertas que tive na vida (explico isso no fim).

A teoria de Badiou, filósofo francês, é muito rica, mas também muito complexa. É só pensarmos, por exemplo, quando nos aventuramos por livros como "O Ser e o Evento": levamos um nó no cérebro! Mas aqui, por ser uma entrevista, a linguagem é mais simples e direta, dá a impressão de uma conversa na sala de casa, ou seja, uma leitura muito gostosa e rápida: o livro é bem curtinho. Porém, isso não faz com que as ideias sejam colocadas de forma rasa: Badiou, apesar da coloquialidade, preserva o rigor conceitual de sua teoria. O livro tem sete (se não me engano) capítulos, nos quais o amor vai sendo tratado de acordo com algumas perspectivas: arte, filosofia, política, verdade. Eu acho um ótimo "cartão de visitas" para quem quiser se arriscar em voos mais profundos na obra desse autor.

A minha agradável surpresa ao ler este livro (que fiz meio que por acaso, tinha na mira outros livros dele) foi pelo motivo de o acaso, meu tema de interesse, ter um papel central na obra de Badiou, e nesse livro ele coloca em palavras (técnicas) o que eu vinha procurando por muito tempo. Resumindo: se pensarmos o acaso como o totalmente indeterminado e irrastreável, no sentido da irreversibilidade do tempo (como eu o concebo), caímos em uma armadilha, pois, como poderemos falar sobre ele se ele não é dizível? Se o entendemos, deixa de ser acaso, pois já há uma explicação (uma determinação ou causalidade). Badiou consegue juntar essas questões lindamente. Vou exemplificar com o trecho belíssimo: "Declarar o amor significa passar do evento-encontro para o começo de uma construção de verdade. É fixar o acaso do encontro na forma de começo. E o que começa a partir daí não raro dura tanto tempo, é tão carregado de novidade e experiência de mundo, que, retrospectivamente, não parece nem um pouco contingente e casual, como no princípio, mas praticamente uma necessidade. Assim o acaso é fixado: a absoluta contingência do encontro com alguém que eu não conhecia acaba por assumir ares de destino” (p. 31). Ou seja, o acaso absolutamente inesperado existe e se mantém, mas "falarmos" dele pressupõe a coragem para fixar esse acontecimento, investir e trabalhar nele, quando ele fica aparentemente como um necessidade, mas que não era no início, como se o acaso tivesse uma necessidade em si, mas que é diferente do que tratamos normalmente como necessidade (essa última parte já é mais minha, não do livro, me animei...... kkkkkk).

Enfim, mesmo para quem não tenha interesse em acasos, filosofias, ontologias, é um livro que recomendo porque ele é bonito. Eu li em poucas horas. Mas penso que mesmo quem não tiver a "revelação" que tive, pode se sentir impelido a devorar esse belo e curto livro em pouco tempo!
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