A luneta mágica

A luneta mágica Joaquim Manuel de Macedo




Resenhas - A luneta mágica


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Cris 15/05/2014

Não gostei muito. Visão muito maniqueísta. Não sei se essa era a intenção do livro, mas no geral não curti. Talvez o fato de ter lido a obra muito nova, tenha influenciado na minha opinião.
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Biiah-chan 15/03/2013

A Luneta Mágica
Já imaginou se você pudesse ver as coisas e as pessoas não pela aparência, e sim pela personalidade, pelo interior? Seria ótimo descobrir se certo individuo, que você tanto confia, é um crápula! Ou que aquela mulher que você considera feia e estúpida tem um bom coração. Esse é o tema tratado no livro A Luneta Mágica, escrito por Joaquim Manoel de Macedo em 1869.

O personagem principal é Simplício, um míope dependente de sua família, que consiste em um irmão, uma prima e uma tia. O próprio se assume míope duplamente: “Miopia física: — a duas polegadas de distância dos olhos não distingo um girassol de uma violeta.”, “Miopia moral: — sou sempre escravo das ideias dos outros; porque nunca pude ajustar duas ideias minhas.”. Amo essa descrição da miopia moral, faz-nos pensar se dependemos de opiniões alheias.

Depois de tanto sofrimento se sentindo um fardo para a família, um amigo de trabalho leva Simplício a um mágico, o Armênio, o único que pode ajudá-lo. E então, o livro se divide em três belas partes:

A primeira é quando Armênio faz uma luneta para Simplício, mas é um acessório diferente, pois se ele fixar por mais de 03 minutos o olhar em qualquer coisa ou pessoa, ele verá o mal, só o lado podre de tudo e todos. Ele desobedece à ordem do mágico de nunca fazer isso e vê maldade até no por do sol! “vi o sol — não formoso — mas cheio de manchas; vi o sol — não fonte de vida — mas senti a sua força atrativa forjando só os terremotos, os cataclismos, o horror...” sendo assim, torna-se inimigo da população e vira um antissocial, com medo de ser sempre enganado por todos, até que não aguenta mais e PLAFT! Quebra a luneta!

Claro, quem enxerga uma vez quer enxergar sempre! Na designada segunda parte, Simplício volta ao mágico, que lhe faz outra luneta, dessa vez, se ele fixar por mais de 03 minutos, verá a bondade em todos os seres e coisas, ele promete que dessa vez não vai descumprir a ordem, “Beijei mil vezes a minha luneta mágica e mil vezes jurei que seria acautelado e prudente, que me contentaria com a visão das aparências e que nunca iria além de três minutos procurar a visão do bem.”, mas é tomado novamente pela curiosidade e desata a ter uma visão exagerada de sentimentos bons emanados por todos. Como consequência, é tratado como um tolo, o qual anda com más companhias e dá dinheiro a rodo. E mais uma vez PLAFT! O objeto mágico é quebrado.

Após a experiência entre o bem e o mal, Simplício recebe a luneta do bom senso. Nessa terceira parte, ele não nos diz sobre suas experiências, mas alega que com ela vive feliz, diz sobre a reflexão em meio a tanto sofrimento e desespero, assuntos universalmente filosóficos. Chega a ser um livro cômico, uma critica a sociedade. É o tipo de livro que você vive lado a lado com o personagem, chega a sentir os mesmos sentimentos, daqueles que você passa madrugadas sem sentir sono algum. “Então juro que conservarei a luneta do bom senso por toda a minha vida.”

Mais resenhas em: www.queridaprateleira.com.br
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MVGiga 05/03/2013

A Luneta Sem Moderação.
Aprendemos durante a nossa existência a distinguir, subjetivamente, as coisas lícitas das ilícitas. As experiências de vida na presença e convivencia com o(s) outro(s) individuo(s) nos condicionam ao conhecimento das diferenças entre o que é o bem e o que é o mal. Esse livro explora essa temática sobre observação do caráter alheio (e do autoconhecimento) e as suas conseqüências para saúde física e mental do individuo.

Ao conquistar uma luneta mágica com poderes de mostrar o lado mais vil e escroto do ser humano, o personagem principal dessa historia experimenta as sensações mais negativas e frustrantes, a ponto de viver isolado desprezando toda humanidade. Interessante perceber essa reação paranóica do personagem, o que nos leva a refletir sobre aquelas pessoas que vivem sob essa atitude de negação. Quando outra luneta mágica, dessa vez contendo a visão do bem, chega às mãos do mesmo personagem temos outra surpresa. Ver mundo com olhos bondosos pode ser tão destrutivo quanto por visão maldosa... Esse livro é uma belissima reflexão sobre o comportamento do homem.
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BETO 19/10/2012

JULGUE COM EQUILÍBRIO
Observarmos apenas o lado mal das pessoas leva-nos a uma absoluta desilusão com o ser humano. Por outro lado, se mirarmos apenas o lado bom, acreditaremos ingenuamente nas falsidades comportamentais das inter-relações sociais.
Assim, passando por essas duas formas de ver o mundo, a personagem vai mergulhando em um mar interminável de angústia.
primeira viagem 29/05/2018minha estante
Li quando tinha 14 anos e era o único livro que tinha conseguido ler chegar no final, então tinha uma lembrança muito boa e Simplício era meu Crush da infância. Com 30 anos reli e sinceramente não senti toda a emoção da primeira vez, por isso dou 3 estrelas.




Wertigo 07/08/2012

O primeiro romance brasileiro de fantasia
Livro excepcional e de excepcionalidade, essencial e indispensável para interessados na literatura brasileira. A temática não se encaixa no romance típico da época, cheio de complicações amorosas e enlaces de novela. É primeiro romance brasileiro de fantasia, publicado em 1869, só que muito antes do tempo, já que o estilo se consolidaria somente no século XX.

Enredo

O protagonista é Simplício, sujeito com um grau de miopia tão avançado que desenvolveu sua visão de mundo a partir das pessoas que diziam protegê-lo. No entanto, Um dia encontra um mago que promete fazê-lo enxergar por meio de uma luneta mágica que possuía como defeito e maldição o fardo de fazer o detentor enxergar todo o mal que há em tudo, humano, físico ou animal, que se fixe por mais de 3 minutos.

O personagem envereda por uma via viciosa de conhecer o mal a fundo e adquirir um pessimimo diante de tudo. Salvo pela sorte a luneta se quebra e procurando o mago é agraciado desta vez com uma luneta que desta vez permite enxergar todo o bem. Valendo-se deste contexto o livro constrói metáforas muito ricas e reflexões sobre a situação social e política da época em que foi escrito, e também da humanidade por conseqüência.
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Gláucia 01/02/2012

A Luneta Mágica - Joaquim Manuel de Macedo
Simplício é portador de dupla miopia, física e moral e, desejoso de enxergar, consegue uma luneta com poderes mágicos, a de visualizar ou exclusivamente o bem ou o mal em cada criatura na qual fixe o olhar por mais de três minutos. E descobre os inconvenientes de uma visão desprovida de bom senso.
Livro com tema interessante com algum humor e crítica sutil.
Mateus 05/02/2012minha estante
A história parece ser bem interessante, um dia ainda confiro esse livro.


Ciça 28/02/2012minha estante
Também li esse livro por indicação de uma amiga virtual com a qual mantenho contato e estamos tentando nos encontrar pessoalmente. Gostei.




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Pedróviz 01/08/2011

Atemporal
Gostei deste livro que nos fala de Simplício, um homem que começa a estória física e moralmente míope. A miopia física não permite que Simplicio enxergue, digamos, o copo de vinho sobre a mesa, enquanto que a moral lhe dota de uma assombrosa ingenuidade. Mas uma ingenuidade associada a insatisfação, e forte inquitude. Inquietude esta que faz com que a estória inicie pela procura de uma solução.

Após conhecermos o protagonista míope, ele, através dos poderes de um mágico, adquire três versões de uma luneta (monóculo) que servem de janela para olhar para a vida.

A primeira luneta olha com o olhar frio do pessimismo, mostra o lado imperfeito de tudo e todos, os vícios, os defeitos; até o mais inofensivo beija-flor é pintado como uma monstruosidade. O final desta parte é ótima e faz com que Simplício fique algum tempo sem óculos até que resolve procurar o mágico que lhe providencia nova lente.

A segunda versão da lente "olha" com o olhar maravilhoso e sorridente do otimismo, mostra somente o lado excelente das pessoas, coisas e criaturas. Até os fatos mais tristes têm brilho e são motivo de júbilo quando vistos sob esta lente. O autor poderia ter abordado um pouco mais esta bizarrice no livro, seria muito interessante, mas creio que ele quis poupar Simplício de mais sofrimento eheheh.

A terceira versão da lente, entregue ao protagonista no final da estória, fica para o leitor conhecer quando ler o livro... Certamente já a usa no seu dia-a-dia. Todos a usamos, mas é impossível te-la cem por cento perfeita, há sempre alguns problemas no uso de nossas lentes, na forma como vemos o mundo, tratamos com as demais pessoas e conosco mesmos.

A Luneta Mágica, ao contar a estória de um homem que não reconhece as intenções do mundo através do próprio julgamento, faz uma espécie de anatomia da natureza humana através das duas lentes iniciais. Vícios e virtudes são mostradas na mesma pessoa, fatos aparentemente contraditórios diante da rígida lei das lentes são apresentados na realidade do mundo, o que deixa atônito o inexperiente Simplício.

Um livro atemporal. Recomendável para uma leitura atenta.

A Luneta Mágica, Joaquim Manuel de Macedo. Círculo do Livro. 240 p.
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TikInhU 31/03/2011

Nem parece que foi escrita há mais de um século, pois mantem-se atualizada para os dias de hoje.

De modo esperto e crítico, o autor conta a história de Simplício, um rapaz míope moral e fisicamente. A primeira não lhe permite julgar atitutes e idéias, tornando-o ingênuo, e a segunda, impossibilita que ele veja qualquer coisa à sua frente.

De porte de uma luneta mágica que irá lhe auxiliar com sua míopia, Simplício aprende, depois de muito sofrer, que é preciso ter bom senso em todos os momentos da vida.

Recomendo, com a ressalva de que a leitura pode se tornar um pouco cansativa por conta do personagem principal, que não desenvolve ao decorrer da trama.
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regifreitas 19/03/2011

Miopia literária
Livro menor do autor de "A moreninha". No começo a estória até que me empolgou, principalmente na parte sobre a “visão do mal”, mas depois foi ficando cansativa a falta de discernimento do protagonista. Funciona como uma alegoria ou fábula sobre o bem e o mal, mas de maneira muito simplista e moralista. Concordo com Marisa Lajolo (na introdução “Os superpoderes de Simplício”), o personagem não se desenvolve ao longo da trama, mantendo-se superficial e caricato até o fim - Simplício não amadurece com as visões e as reflexões que estas produzem, e até o final necessita de um instrumento externo (luneta) que faça a intermediação sua com o mundo (mal/bem/bom senso).


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