A luneta mágica

A luneta mágica Joaquim Manuel de Macedo




Resenhas - A luneta mágica


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Nat 15/05/2020

Nas 10 primeiras páginas achei um leitura difícil devido a linguagem utilizada, afinal, trata-se de um livro se 1869, mas aos poucos engatei melhor na leitura. Ele nos tras boas e atemporais reflexões, a respeito do bem e do mal.
Entretanto, não foi uma história que me prendeu e custei um pouco a terminar, em varios momentos fiquei irritada com a ignorância do personagem principal, mas entendo que era o objetivo, até porque ele mesmo se diz ?míope moral?.
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Nascimento 19/04/2020

Clásico
Uma obra encantadora, envolvente e de um nível crítico excelente!
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Karol 08/07/2019

Acertou em muito mais do que queria. Nota 10/10
Eu conheci esse livro através do meu sobrinho. Foi o paradidático dele no segundo trimestre deste ano (2019). Enquanto eu o ajudava nas tarefas, folheei esse livro e li a primeira página. As primeiras estrofes instantaneamente me chamaram a atenção. Inicialmente pelo bom humor que o narrador trata a si mesmo. Com grandiosos eufemismos, chama a si mesmo de cego e burro. Quando meu sobrinho foi embora, eu baixei o pdf do livro e daí não consegui parar mais de ler. Nunca havia lido nada do J. M. de Macedo, e fico contente que esse tenha sido o primeiro livro que li dele, pois me deixou uma imagem formidável de sua imaginação e de sua escrita. O livro é dividido em duas partes e, apesar de uma ser o complemento da outra, elas abordar duas visões completamente diferentes da vida. E, de forma magistral, ambas se juntam no final para dar não somente um incrível desfecho à obra, como também uma lição de vida espetacular a todos os leitores, e isso de maneira atemporal. É um livro de meados do século XIX, mas que traz consigo um ensinamento que me deixou refletindo por um longo tempo após o término da leitura. Definitivamente eu o considero como leitura obrigatória. Livro surpreendente do início ao fim.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 17/06/2019

Simplício , que não enxergava um palmo a sua frente, se dizia míope física e moralmente, tinha o grande sonho de ver a vida. Até que em dado momento ele conhece um tal armênio, que através de lentes forjadas pela magia, poderá realizar esse desejo quase inalcançável. Mas nem tudo é o que parece.

Ao jovem da história é proporcionada a experiência de enxergar por meio do mal e por meio do bem. E diante dessa dualidade o autor envereda o leitor por caminhos de grandes reflexões acerca da natureza humana e dos atos que por ela são praticados corriqueiramente. Será que existe no mundo alguém inteiramente mau ou inteiramente bom?

O tempo todo o autor nos convida a pensar sobre as diversas questões humanas e nos faz olhar com mais afinco o que a cegueira de Simplício o impede; o pessimismo nos deixa céticos em relação ao mundo, o negativismo nos amargura a alma, nos leva a um estado de torpor, apatia e desprezo. Já o otimismo exacerbado tende a nos deixar tolos, néscios, apatetados, com uma visão limitada que nos empurra para o abismo nefasto da idiotia. Ambas as visões extremistas são prejudiciais para o bom viver. É preciso, antes de tudo, bom senso.

A obra é repleta de metáforas que cutucam as feridas da sociedade com seus jogos políticos e da humanidade com suas peculiaridades e artimanhas. Um livro que te faz perder a fé no homem e ao mesmo tempo te resgata do fundo do poço. Simplesmente maravilhoso!

"Na visão do mal como na visão do bem houve fundo de verdade; porque em todo homem há bem e há mal, há boas e más qualidades, e nem pode ser de outro modo, porque em sua imperfeição a natureza humana é essencialmente assim."
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Edilmar 28/03/2019

Para entender as entrelinhas
A história de A luneta mágica não chega a ser uma história arrebatadora, ou mesmo inesquecível (como A Moreninha, por exemplo), mas traz elementos para se pensar as relações entre as pessoas, e, de forma velada, críticas ao governo brasileiro da época, que poderia ser atribuídas ao governo atual, inclusive. De antemão afirmo que gostei da história, da escrita e das lições que pude tirar para a minha vida.
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deise ane 31/08/2016

apredizado para a vida
o livro relata pontos de vista sob de óticas diferente sendo totalmente bom ou maldoso e a procura pela verdadeira verdades das coisas, me ensinou a ver as coisas mais branda sem muitos julgamentos
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Mayda Ribeiro 26/08/2016

A Luneta Mágica
Muito bom.
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Renata Molina 25/03/2016

Surpreendente.
Pego na estante um livro para ler e me deparo com o título "A luneta mágica" de Joaquim Manuel de Macedo, o mesmo autor de "a moreninha". "Deve ser um romance mamão com açúcar", pensei. Quebrei a cara. Um livro de uma profundidade!
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casalibra 27/01/2016

A favor do som senso!
JÁ tinha lido outro livro de Joaquim Manoel de Macedo, A moreninha, e lembro que gostei muito. Mas a atmosfera deste é bem diferente. Publicado em 1869, fica evidente em A luneta mágica o descontentamento do autor com a situação política do país e a preocupação com o desenvolvimento social.
No decorrer da história, o simples, o ingênuo, pobre Simplício, que não consegue distinguir uma rosa de Alexandria de uma angélica – literalmente - toma suas decisões dependendo daquilo que a luneta está lhe mostrando, já que não tem condições de perceber/ ver o seu redor sozinho. Acredita piamente na verdade moral que as lentes encantadas lhe apresentam, o que, obviamente, deturpa tudo - e o cega ainda mais, pode-se dizer assim.
Ainda assim, apesar da óbvia falta de bom senso (no final das contas, é só disso que precisamos), consegue perceber o que há de mais inerente ao comportamento humano na sociedade, e ataca a corrupção, os costumes hipócritas, a má administração política. Como no trecho a seguir:
“Creia que há magias a cada canto; olhe: como é que empregados públicos, e homens de todos os misteres e condições vivem, ganhando cinco, e gastando cinquenta em cada ano? Só por magia.” (p. 138)

Sim, magia que se estende até os dias de hoje, 147 anos depois de publicada a história. Surpreendente isso... ou será que o autor utilizou algum tipo de luneta mágica para prever o futuro, como seu personagem pretendia?
Já no trecho a seguir, que demorei para construir uma noção a respeito, Joaquim Manoel de Macedo (parece que se eu escrever o nome do autor é mais garantia de me lembrar dele depois) ironicamente acusa a facilidade com que os indivíduos conseguem adentrar numa esfera que deveria prezar pelo cuidado aos critérios, mas que ao contrário é facilmente invadida:
“Há tanta gente que de dia claro e com sol fora se presta a entrar pelas janelas em vez de entrar pelas portas, que não me pareceu anormal nem escandaloso no Brasil sair por onde se entra de ordinário para as mais altas posições do Estado.” (p.157)
Pobre Simplício... bem já diz seu nome, coisa típica de fábulas. Quase ficou louco com a visão do mal, e quase pobre com a visão do bem. Logo nós, leitores, podemos logo perceber o exagero, mas a miopia moral do personagem não lhe permite distinguir os limites da natureza humana. Achei este termo, miopia moral, bem apropriado, aliás: confere para aquelas pessoas que não se situam sozinhas, não enxergam a própria realidade, mas dependem exclusivamente do que lhe dizem os outros, ou as circunstâncias, ou a maioria.
A visão do mal lhe proporcionou as piores facetas humanas. Logo veio a desconfiança, o desespero, e daí para a loucura é só um passo. Louco, por dizer a verdade?
“Porque na sociedade a maior prova, o mais seguro sintoma de loucura é dizer a verdade sem rebuço, mesmo quando a verdade pode ser desagradável ou ofensiva.”
(p. 75)
Bem... isso me parece tão atual... Não estou dizendo que não existem loucos de verdade. Mas é que muitas vezes tal título é atribuído a alguém que tem ousadia de questionar e opinar - tipo aqueles rótulos de homofóbico, racista, machista, facista, e outros semelhantes (mais uma vez, não estou dizendo que não existam pessoas realmente homofóbicas ou racistas, mas o nível do vitimismo está tão insuportável que ofusca os casos que realmente merecem atenção).
Passando para a visão do bem... não parece tão maravilhosa quanto pode parecer. Porque desse jeito, todos os atos tenebrosos podem ser desculpáveis, atenuados.
“[...] e veem por isso em todos e em tudo o bem – na prática do vício imerecido infortúnio, no perseguido sempre inocente, no mal que se faz, indignidade, na trapaça e até no crime sempre um motivo que é atenuação ou desculpa” (p. 179)
Sim, há casos e casos. Mas nem tudo deve ser relativizado. Mas é isso que nosso ingênuo personagem faz, o que o leva a ser ludibriado muitas e muitas vezes. No estágio de aceitação que Simplício se encontra, seria capaz de enaltecer seu próprio assassino, e agradecê-lo pela oportunidade do descanso eterno, e ainda lhe dar uns trocados para voltar para sua família pobre e necessitada (hipoteticamente falando, claro).
O estilo literário do autor é bem agradável, cheio de palavras diferentes (dessa vez não anotei todas, que pena) e expressões singulares.
- “E fui vivendo assim até que um dia rebentou a primeira bomba de uma girândola de loucuras...”
“A borrasca ribombava sempre e incessante na sala, e eu era de contínuo fulminado pelos raios de três cóleras em delírio...” (p. 156)
Quando Simplício foca os insetos de seu quarto sob a visão do mal, consigo vislumbrar a estupefação do que lhe era revelado.
RATO : “Agora o que desconfio que seja verdade é que a justiça pública arma ratoeiras que só apanham os camundongos, e deixa e tolera que famosas ratazanas vaguem impunes, floresçam e brilhem fazendo farofa pelas ruas da cidade” (p. 82)
MOSQUITO: “Pelo que é licito concluir uma coisa horrível, isto é, que cada mosquito enxerga muito mais do que os afamados estadistas do Império do Brasil, que, segundo o testemunho dos fatos, mostram ser tão míopes quanto eu” (p . 80)
GRILO: “Não julgueis que é insignificante o malefício; perturba o sono, gasta a paciência, arranha os ouvidos, ofende os nervos e impede o sossego. [...] Felizmente, para mim os grilos são mais frequentes nas assembleias legislativas do que no meu sótão” (78)
A quem se aplicariam? Mais importante, são imagens atuais? Sim, é o que me parece.
Cada inseto pode ser visto como uma irônica representação de indivíduos e modos sociais.
A forma como o autor descreve a maldade dos insetos demonstra sua capacidade em descrever ideias tão etéreas: difícil pensar no assunto, mas lendo o que ele escreveu, vemos que faz um pouco de sentido – principalmente se tais considerações aos insetos forem transportadas para as relações humanas em si. E, sendo uma fábula, é justamente isto que deve ser feito.



site: www.facebook.com/diarioimperial
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Morgana Brunner 13/01/2016

[Resenha] A Luneta Mágica - Joaquim Manuel de Macedo
Oii gente, tudo bem? Eu estou ótima!
Hoje é dia de RESENHA! E resolvi escolher um livro que me encantou e me surpreendeu bastante, em diversos aspectos que irei explicar direitinho para vocês!

Primeiro, em relação da capa, pensei que fosse algum tipo de aventura, até pensei que pudesse ser algo meio infanto-juvenil. Mas, me enganei perfeitamente, é um livro muito adulto em relação dos pensamentos do personagem e do enredo da história em si.

Em segundo lugar, resolvi comprar porque não tem nada escrito na contracapa do livro, relacionado a história, achei um suspense nisso, (sou louca por mistérios) resolvi comprá-lo e ver no que dava.
E em último e terceiro lugar, foi apenas R$5,00, muito baratinho, não é!? E era em um sebo que sempre compro livros, e com toda certeza na próxima vez que fosse voltar o livro não estaria mais ali!

Simplício era um homem muito rico, mas não tinha condições de cuidar de sua vida e muito menos de sua fortuna! Pois, tinha uma miopia muito forte, estava quase cego e não conseguia diferenciar e nem ver as coisas direitos, sempre se confundia!

“Moça que não for bonita não se preste a extrair espinho da ponta do nariz de homem míope.” Pag. 13

Então, pediu ao seu irmão Américo para lhe ajudar e cuidar de seus afazeres e seu dinheiro, seu irmão era um homem rico que era deputado do estado! Seu sonho era sempre continuar sendo eleito e subir de cargo para receber mais dinheiro. Américo, como um bom irmão, aceitou a proposta de Simplício e sempre o ajudava.

“O espirito de oposição, o prazer de contrariar os outros começam no berço e só acabam, quando chega a morte.” Pág. 70

Além disso, morava com sua tia Domingas e sua prima Anica. As duas possuíam muita simplicidade e eram humildes, por mais que recebiam mesada de Américo.
Até que um dia, Simplício conheceu um homem chamado Armênio que lhe prometera que daria um jeito de lhe ajudar a enxergar nitidamente as coisas! Simplício ficou louco e encantando com isso, quis logo ver o que precisava fazer para tal solução de sua vida.

Mas, não esperava que Armênio o levasse para um lugar diferente do da cidade, onde de entrariam com outra pessoa! As coisas ocorreram muito bem, portanto, a luneta que lhe foi dada possuía um poder que não poderia ser descoberto e usado por ninguém.

“Ouvi finalmente no dobre de alguns sinos o sinal de três horas de madrugada, e dirigi-me então à Rua do Hospício.” Pág. 105

Com o poder da luneta, que não vou dizer qual que é) Simplício conseguiu conhecer e entender quem realmente estava ao lado, e principalmente teve a oportunidade de se conhecer, como homem que tinha miopia e isso lhe prejudicava. Mas, nem tudo eram rosas, sempre caia nas armações de outras pessoas que lhe faziam e o prejudicavam mesmo sem conhece-lo.

O livro é muito bom, não posso negar! Mas, ele possui a escrita parecida com Machado de Assis, na forma das expressões! Sou apaixonada por Machado, mas não sei se outras pessoas também gostam!

Este livro eu indico para quem gosta de livros de suspense, um pouco de romance, e que principalmente seja um leitor “curioso”, pelo fato de o livro ser bem escrito até chegar ao mistério final!

site: http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com.br/
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Celso 02/11/2014

Nem tudo é o que parece
Este livro é um dos meus preferidos, livrinho pequeno mas que aborda dois temas sempre recorrentes: o bem e o mal, não como verdades absolutas mas como relativas.

Muito interessante a reflexão que o autor faz sobre o tema, a maneira como se sucede a história prende muito a atenção do leitor.
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JuhhSousa 20/07/2014

A verdadeira visão
Sempre digo que os livros da nossa literatura são os melhores do mundo. Parecem chatos e com historias nada a vê, mas são na verdade muito bem escritos e cheio de metáforas e reflexões sobre a vida social e política do nosso país em outras épocas. Um perfil da nossa pátria!
Em A Luneta Mágica o autor Joaquim Manuel de Macedo nos apresenta um personagem que sofre de problemas de visão, um protagonista que sofre por ter dificuldades de ver o mundo como ele é, ver as pessoas como elas são, tendo que viver acreditando sempre naquilo que os outros lhe dizem de como são as coisas e a vida. Um dia, esse pobre protagonista encontra a solução para seus problemas: uma luneta que lhe concede a possibilidade de ver o mundo finalmente.
Porém, nem tudo são flores! A luneta é mágica, e lhe permite ver apenas o lado bom do mundo, apenas o lado bom das pessoas e de suas intenções. Não há maldade vista. O protagonista vive imerso em uma realidade ontem não existe maldade nas pessoas e em seus atos. Claro, não é possível que exista uma realidade sem maldade nenhuma.
Muitas vezes enganado pelas pessoas, o protagonista passa a viver duros dias, até que adquire uma nova luneta mágica. Essa, porém, lhe mostra apenas o lado ruim das pessoas, a "verdade" da verdade de como são as pessoas e suas verdadeiras intenções.
O protagonista narra tudo de forma divertida e simplista, com ótimas metáforas e reflexões a respeito do sistema político da época e dos costumes culturais da sociedade brasileira daqueles tempos.

Com certeza uma leitura obrigatória para todos, principalmente dos currículos de leitura das escolas. E também, um aperitivo e tanto para aqueles que gostam de romances com inclinações políticas.

site: http://maio97.blogspot.com.br/
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