A Luneta Mágica

A Luneta Mágica Joaquim Manuel de Macedo




Resenhas - A luneta mágica


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Biiah-chan 15/03/2013

A Luneta Mágica
Já imaginou se você pudesse ver as coisas e as pessoas não pela aparência, e sim pela personalidade, pelo interior? Seria ótimo descobrir se certo individuo, que você tanto confia, é um crápula! Ou que aquela mulher que você considera feia e estúpida tem um bom coração. Esse é o tema tratado no livro A Luneta Mágica, escrito por Joaquim Manoel de Macedo em 1869.

O personagem principal é Simplício, um míope dependente de sua família, que consiste em um irmão, uma prima e uma tia. O próprio se assume míope duplamente: “Miopia física: — a duas polegadas de distância dos olhos não distingo um girassol de uma violeta.”, “Miopia moral: — sou sempre escravo das ideias dos outros; porque nunca pude ajustar duas ideias minhas.”. Amo essa descrição da miopia moral, faz-nos pensar se dependemos de opiniões alheias.

Depois de tanto sofrimento se sentindo um fardo para a família, um amigo de trabalho leva Simplício a um mágico, o Armênio, o único que pode ajudá-lo. E então, o livro se divide em três belas partes:

A primeira é quando Armênio faz uma luneta para Simplício, mas é um acessório diferente, pois se ele fixar por mais de 03 minutos o olhar em qualquer coisa ou pessoa, ele verá o mal, só o lado podre de tudo e todos. Ele desobedece à ordem do mágico de nunca fazer isso e vê maldade até no por do sol! “vi o sol — não formoso — mas cheio de manchas; vi o sol — não fonte de vida — mas senti a sua força atrativa forjando só os terremotos, os cataclismos, o horror...” sendo assim, torna-se inimigo da população e vira um antissocial, com medo de ser sempre enganado por todos, até que não aguenta mais e PLAFT! Quebra a luneta!

Claro, quem enxerga uma vez quer enxergar sempre! Na designada segunda parte, Simplício volta ao mágico, que lhe faz outra luneta, dessa vez, se ele fixar por mais de 03 minutos, verá a bondade em todos os seres e coisas, ele promete que dessa vez não vai descumprir a ordem, “Beijei mil vezes a minha luneta mágica e mil vezes jurei que seria acautelado e prudente, que me contentaria com a visão das aparências e que nunca iria além de três minutos procurar a visão do bem.”, mas é tomado novamente pela curiosidade e desata a ter uma visão exagerada de sentimentos bons emanados por todos. Como consequência, é tratado como um tolo, o qual anda com más companhias e dá dinheiro a rodo. E mais uma vez PLAFT! O objeto mágico é quebrado.

Após a experiência entre o bem e o mal, Simplício recebe a luneta do bom senso. Nessa terceira parte, ele não nos diz sobre suas experiências, mas alega que com ela vive feliz, diz sobre a reflexão em meio a tanto sofrimento e desespero, assuntos universalmente filosóficos. Chega a ser um livro cômico, uma critica a sociedade. É o tipo de livro que você vive lado a lado com o personagem, chega a sentir os mesmos sentimentos, daqueles que você passa madrugadas sem sentir sono algum. “Então juro que conservarei a luneta do bom senso por toda a minha vida.”

Mais resenhas em: www.queridaprateleira.com.br
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Asenate Brasil 17/04/2021

Uma metáfora da vida...
A luneta mágica é um livro de uma simplicidade e complexidade incríveis. Desde a primeira vez que li na escola me apaixonei pelo teor da história, pelo que há por trás da história de Simplício. É um livro curto, então, apesar da linguagem do século XIX, dá pra entender e aproveitar a história. Indico demais a leitura.
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Kami 28/06/2021

A história é tão absurda e "nova" que te prende com uma facilidade incrível. Eu literalmente devorei esse livro de tão bem escrito! Apesar de ser um clássico, não é do tipo de te deixar cair no sono. Também traz muitas reflexões que se encaixam perfeitamente nos dias atuais. Recomendo muitíssimo!!
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Reccanello 21/06/2020

Sê bom!
Sê bom
Mas ao coração
Prudência e cautela ajunta.
Quem todo de mel se unta,
Os ursos o lamberão.
(Mario Quintana)
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sofiaa 25/03/2021

até que legal
a premissa é legal e no começo o livro é super envolvente, mas o meio é muito parado e repetitivo
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Sasah 04/07/2022

Por que não é leitura obrigatória?
Que leitura gostosa, confesso que a primeira parte é muito monótona e você só espera ele começar a usar a luneta, quando essa dinâmica começa tu foca muito na história quer terminar logo, e escrita é muito boa de continuar, então vou super recomendar.
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Vanessa 18/06/2010

Em A luneta mágica, Macedo narra à história de Simplício, que em seu nome traz o significado da sua existência, simples demais, humilde, um rapaz que sofre de uma estranha miopia, que lhe afeta duplamente. Uma miopia física e moral. A primeira lhe impossibilita de ver qualquer objeto que esteja diante de seus olhos; a segunda não lhe permite entender ou distinguir as atitudes alheias, trata-se, portanto de um ingênuo, um parvo.

Em busca de uma solução para seu problema, Simplício passa a usar uma luneta mágica que lhe possibilita a visão. Entretanto, essa luneta lhe possibilita muito mais que uma visão objetiva das coisas, mas sim uma visão subjetiva.

A luneta mágica apresenta temáticas inovadoras e pouco trabalhadas até então por Macedo, e também introduz características singulares no Romantismo brasileiro, instaura-se a fusão do humor e da fantasia.

O tom em que se estende a obra é irônico, trata-se de uma crítica à sociedade da época e seus radicalismos e exclusivismos, a criação de conceitos e opiniões absolutas, que levaria à colheita do engano e do erro.

Macedo nos leva a refletir sobre a existência permanente do bem e do mal dentro de cada um, não existindo, portanto, espaço para conceitos absolutos.

Estigmatizado por alguns críticos, como um autor menor dentro das nossas letras, Macedo nos mostra através da luneta, sua competência literária e sua visão arguta da realidade, tecendo críticas a sociedade burguesa do século XIX, que ainda permanecem atuais.

Portanto, A luneta Mágica é uma obra que merece ser lida e respeitada, pois é de relevante qualidade e importância na literatura Romântica.
Amandha Silva 28/08/2010minha estante
Aff! Me custou terminar o livro...




Livros e Pão 07/04/2021

Merece mais ibope
Sensacional. Uma leitura leve e divertida.
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Davi.Lima 31/01/2021

Por que você quer tanto ver criança ?/porque ver é viver.
Um livro muito além do seu tempo que mostra, de uma forma muito engenhosa, o lado bom e o lado ruim de uma sociedade e como esses dois lados se lavados ao extremo pode ser extremamente tóxico.

OBS: estou treinando para redação quem poder me dizer os erros de grafia eu ficaria muito grato.
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@deusangela.a.r.s 03/02/2022

Bom senso!
Confesso que no início fiquei com pena de Simplício.
Mas cá pra nós, julgar as pessoas sem antes ter conhecimento dá nisso.
Tenha bom senso.
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Nat 15/05/2020

Nas 10 primeiras páginas achei um leitura difícil devido a linguagem utilizada, afinal, trata-se de um livro se 1869, mas aos poucos engatei melhor na leitura. Ele nos tras boas e atemporais reflexões, a respeito do bem e do mal.
Entretanto, não foi uma história que me prendeu e custei um pouco a terminar, em varios momentos fiquei irritada com a ignorância do personagem principal, mas entendo que era o objetivo, até porque ele mesmo se diz ?míope moral?.
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Eduardo 21/07/2020

Lições para todos nós, Simplícios
Pelo menos no meu caso, não me lembro desse livro ser sugerido pra gente na escola... Do Macedo lembro só d'A Moreninha. Acredito que esse livro é de maior relevância para alguém jovem ler, é bastante didático em relação à vida e aos homens; sem falar que é menor também, coisa que, imagino, agradaria aos alunos!
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regifreitas 19/03/2011

Miopia literária
Livro menor do autor de "A moreninha". No começo a estória até que me empolgou, principalmente na parte sobre a “visão do mal”, mas depois foi ficando cansativa a falta de discernimento do protagonista. Funciona como uma alegoria ou fábula sobre o bem e o mal, mas de maneira muito simplista e moralista. Concordo com Marisa Lajolo (na introdução “Os superpoderes de Simplício”), o personagem não se desenvolve ao longo da trama, mantendo-se superficial e caricato até o fim - Simplício não amadurece com as visões e as reflexões que estas produzem, e até o final necessita de um instrumento externo (luneta) que faça a intermediação sua com o mundo (mal/bem/bom senso).


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