Nayara 18/06/2013O que eu achei do livro...
Existem vários motivos que me levam a ler um livro, mas só dois me levam a lê-lo até o fim: ou quando por mais que a história não seja envolvente, a forma como o autor escreve, consegue fazer isso; ou então quando a história te envolve e te leva pra dentro dela e você nem percebe. O Ritual do Espírito Maligno conseguiu me levar até o fim e muito bem. Esse foi um dos poucos livros de suspense e terror que eu já li e tudo começou com um caderno velho e algumas ideias rabiscadas. Essas poucas ideias jogadas ali e aqui cresceram e deram luz a um livro que eu devo dizer que me surpreendeu bastante. Posso dizer que não me arrependi nem um pouco de deixar de lado alguma literatura fantástica (que eu adoro) para entrar nesse mundo de suspense, mistério e porque não dizer também de romance e amizade...
O Livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem principal da história, Rogério Stuart, um adolescente de 17 anos apaixonado por rock. Essa narração foi um dos pontos que eu achei positivo, pois combinou com a história, além de permitir uma maior proximidade com as emoções e os conflitos do personagem, mostrando um pouco mais do que realmente está acontecendo.
Durante o enredo, o rapaz descobre que algumas superstições podem ser mais reais do que ele gostaria e acaba se metendo em uma encrenca com E maiúsculo, que pode, literalmente acabar com a vida do garoto. Mas Rogério não está só nessa história, Slash e Roger são seus amigos praticamente inseparáveis e acabam se vendo tão envolvidos quanto Rogério numa aventura para salvarem a própria vida, com uma trama recheada de suspense, magia negra e amizade.
Rogério é um personagem forte na trama, mas devo confessar que não foi ele quem capturou meu afeto. Anny, a namorada de Rogério, começa na história como uma personagem secundária, que não parece prometer ser grande coisa. Porém a forma como ela vai crescendo e ganhando seu espaço na trama realmente me surpreendeu. A forma como a personagem se fez aparecer e a maturidade dela realmente fizeram com que Anny se tornasse minha personagem preferida. Mas ela não foi a única. Balthazar...também é um personagem que começa parecendo ter pouca importância na trama, mas que acaba mostrando a que realmente veio.
Confesso que o final me surpreendeu e foi algo que eu totalmente não esperava, o que não foi ruim. Na verdade o desfecho foi bem estruturado, apesar de um final clássico, e ainda sim misteriosamente envolvente, que deixa aquela pergunta no ar e aquela vontade de quero mais. Ainda não sei se a escritora pretende dar continuação a história, mas eu realmente espero que sim.