Alexandria

Alexandria Theodore Vrettos




Resenhas - Alexandria


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Nat 19/05/2012

Se um livro pode contar a biografia de uma cidade, é o que este faz. Em poucos capítulos, o autor constrói a história da cidade de Alexandria em uma narrativa simples que, mesmo seguindo uma ordem cronológica, não se torna cansativa. O autor aborda a história da cidade traçando a biografia de seus mais ilustres personagens, dentre eles, é claro, Alexandre, o Grande e Cleópatra. Um livro muito recomendado.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2012/05/alexandria-theodore-vrettos.html
comentários(0)comente



Felipe 15/07/2009

Vale a pena
A temática é irresistível para leitores fascinados com o mundo antigo. Vrettos nos leva a um passeio pelo entorno da, talvez, cidade mais mística que o mundo já viu. O livro é envolvendo e não tem a chatice que normalmente envolvem os livros de História, não incluía-mos nestes chatos Eduardo Bueno e Laurentino Gomes, por favor. Os seguidos erros de diagramação, digitação e tradução não diminuem o deleite do passeio pela incrível História e pelas histórias de Alexandria do Egito. Em vez de um livro de História, Vrettos escreveu quase um romance em que a personagem principal é a cidade, no entanto os personagens deste (quase) romance são a grande atração do livro.
O início do livro começa com a História de seu fundador, Alexandre, o Grande. A relação conturbada com se pai, Felipe, a forte proximidade com sua misteriosa mãe Olímpia e a grande afeição com seu cavalo Bucéfalo e seu amigo Heféstion. A grande batalha com os persas não foram esquecidas e são contados de maneira atraente, além de sua morte em circunstâncias obscuras na Babilônia. A herança da parte de seu Império no Egito por um de seus generais, Ptolomeu, e como isto levou a cidade a se tornar o que ela foi é uma atrativo a mais na narrativa de Vrettos.
Uma das sete maravilhas do mundo antigo é descrita em detalhes, o farol de Faros (não achou que era o Cristo Redentor, achou?). A capa do livro é inclusive uma reprodução do farol que orientava a base de fogo os navegadores do mundo antigo. A grande jóia de Alexandria tem especial atenção, a grande biblioteca. Não só a biblioteca em si, mas todos que a ajudaram a construir e manter a maior biblioteca da antiguidade. A História dos personagens do entorno da grande biblioteca, talvez, seja mais interessante que ela própria. O autor não se esqueceu de grandes geômetras como Apolonio, Euclides, Arquimedes. Também são lembrados Aristarco que já dizia que o Sol era o centro da órbita da Terra e Erastóstenes que mediu com precisão o raio da Terra, tudo antes de Cristo – só para não deixar dúvida que estamos falando de Alexandria.
O grande clímax do livro é quando a História de Alexandria cruza com a de Roma. Neste momento o livro parece se transformar em um Thriller de Dan Brown (com a vantagem para Vrettos que ele não inventou nada). Os personagens são nada mais, nada menos que Cleópatra, Júlio Cesar, Marco Antonio e Otaviano. A disputa pelo poder de Roma e do Egito envolve assassinatos (inclusive o de Júlio Cesar no Senado), romances extraconjugais (de Cleópatra com Júlio Cesar e depois Marco Antonio) e suicídios (de Marco Antonio e Cleópatra). Tudo contado de maneira atraente ao leitor, o que sempre leva a querer ler um pouco mais, com destaque para a detalhada passagem da guerra entre Marco Antonio e Otaviano que levou o primeiro ao suicídio após a derrota. Com morte de Cleópatra acaba a dinastia dos ptolomeus e começa o domínio romano, que seria o início do fim da grande cidade.
Após a morte de Cleópatra o livro aborda um assunto que é narrado, ou é de fato mesmo, desinteressante: a relação de Alexandria com a religião, com especial atenção ao cristianismo. Este momento Vrettos dedica grande atenção a personagens obscuros da História apenas pela sua relação com o cristianismo e de sua opinião sobre esta crença. Fica entediante ler páginas e mais página sobre personagens secundários como Atanásio, Orígenes e Plotino.
Na parte final do livro o autor descreve rapidamente a morte da importância da cidade. Descreve quando o imperador Haráclito no século VII d.C. entregou o Egito aos persas. Mesmo que estes tenham sidos expulsos, os romanos não puderam conter o avanço árabe. Porém, de acordo com Vrettos a decadência de Alexandria, e a destruição de sua grande biblioteca, não deve ser creditada apenas aos árabes. Quem começou a destruir a grande cidade foram os cristão fanáticos, tendo os árabes apenas “acabado o serviço”. A magnitude da cidade tem seu fim definitivo quando os turcos dominaram a cidade no século XVI d.C. Hoje, a cidade de Alexandria só lembra seu passado glorioso nas escavações arqueológicas que estão cada vez mais impedidas pela construção de arranha-céus e pela erosão do Mediterrâneo.

comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR