Yuri Hollanda 10/08/2013Bling Ring: A Gangue de HollywoodQuando comprei Bling Ring pra ler eu realmente não sabia como seria a escrita. Por mais que eu já soubesse a história que o livro iria me contar, eu realmente esperava que fosse de outra forma, e não a mostrada no livro.
Acontece que Nancy Jo Sales me decepcionou muito. Confesso que só comprei esse livro pelo filme que está prestes a lançar, sabia que não era uma grande história, que não tinha nada muito a ser contado/revelado. Porém quando me deparei com o tamanho (relativamente grande para uma história que parece ser tão meia boca), pensei Wow, deve ser bom
Acabou não sendo. Eu demorei mais do que o normal para ler esse, do que normalmente leio outros livros, e digo, sem pestanejar: por culpa da escrita de Nancy Jo. Não a culpo por ter escrito em forma de reportagem (foi de onde o livro se originou: de sua reportagem sobre a Gangue, e é o seu ramo da escrita), mas a forma que ela escreve é MUITO tediosa, pelo menos pra mim.
Durante os parágrafos que lia, parecia que ela se perdia, ela vai e volta num assunto sem ter muito o que dizer, procurando, evidentemente, dados para ter o que falar e fugindo muito da história central: a gangue!
Durante a leitura, percebi que os métodos que Nancy Jo Sales usou foram muito parecidos com os da escrita maravilhosa de Lionel Shriver (escritora do incrível thriller psicológico Precisamos Falar Sobre O Kevin). Porém não de boa forma.
Nancy tenta ir fundo no assunto e acaba entrando em outro, e em outro, e de repente você está em outro assunto completamente diferente. O capítulo acaba, e no próximo ela RECOMEÇA o mesmo assunto em que se perdeu. Por isso acho que esse livro deveria ter sido contado de forma e escrita convencional, de livros que seguem um ritmo e uma sequência de acontecimentos, sem querer inovar muito no sentido linha do tempo. Ela quis traçar paralelos durante o livro todo não deu certo. Acho que isso foi uma jogada de marketing mal feita ou a escritora não soube escolher o que seria melhor, pelo menos pra essa obra (nunca me aventurei a ler uma reportagem jornalística dela).
O livro também me passou a sensação de que não foi revisado, ele é muito mal montado. Como disse, foca em um assunto aqui, e depois de cinqüenta páginas retorna ao mesmo assunto novamente.
O que o livro abrange são os motivos dos jovens roubarem, suas vidinhas fúteis e ricas, e as consequências desses atos, e como os artistas foram (oh, coitados) prejudicados com os roubos. E depois de quase 300 páginas parece que você leu, leu e leu para não chegar na conclusão proposta. Não é um livro que te faça pensar, refletir. É um livro que infelizmente, quando acaba, te passa a sensação de tempo e dinheiro perdidos. E livros que passam essa sensação tem o mesmo motivo em específico.
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