O Duelo dos Reis

O Duelo dos Reis Joe Abercrombie




Resenhas - O Duelo dos Reis


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Laís Helena 31/08/2015

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
Jezal está aliviado por ter retornado da viagem para enfim colocar em prática seus planos de ter uma vida simples e pacata. Logen voltou ao norte em busca do que desde o início da trilogia vinha sendo seu objetivo: derrotar Bethod, o rei dos nórdicos. Glokta tem dois chefes a mais do que deseja e precisa jogar com cautela para não desagradar seus desejos conflitantes. Ferro está em Adua, mas determinada a conseguir sua vingança enquanto ajuda Bayaz a derrotar Khalul e seus comedores. A guerra com os nórdicos e com os gurkenses continua, com um cenário bastante desanimador para a União, e como se não bastasse, os camponeses decidem se revoltar. As traições brotam dos lugares mais inesperados.

O Duelo dos Reis foi o melhor livro da trilogia, com uma narrativa ágil, mas ao mesmo tempo detalhada o suficiente para envolver o leitor na trama, que rapidamente leva o leitor ao seu final, apesar de suas quase 600 páginas. Apesar disso, alguns trechos mereciam uma narrativa um pouco mais detalhada, especialmente um deles, pelos quais os leitores estiveram esperando desde o primeiro livro — mas esses momentos foram poucos.

Os personagens continuam tão cativantes quanto nos volumes anteriores. Foram bem trabalhados e todos sofreram mudanças — e não necessariamente para a melhor. Além disso, foi interessante observar como a viagem empreendida no volume anterior influenciou alguns dos comportamentos de Ferro, Jezal e Logen. Apesar dessas mudanças, entretanto, eles não perderam sua essência, o que manteve sua coerência, afinal, mudanças drásticas não acontecem da noite para o dia.

“Por instinto, Ferro levou a mão à espada, depois percebeu que a deixara no palácio e xingou a si mesma pela idiotice. Nove Dedos estava certo. Facas nunca são demais.”

Quanto a Bayaz, ainda mais é revelado sobre ele, e o Arquileitor Sult também trouxe algumas pequenas surpresas para o livro.

Aliás, surpresas não faltam neste livro. Algumas delas eu previ um pouco antes que acontecessem de fato, mas nem por isso deixaram de ser interessantes, enquanto outras foram uma total surpresa, especialmente aquelas acontecidas com Glokta.

Corpo encontrado flutuando na banheira…?

Outro ponto interessante na trama foi a revelação do verdadeiro vilão, que trouxe à trilogia um final um tanto diferente do que se esperaria de um livro de fantasia. A única coisa que me incomodou foi a questão de Khalul e dos comedores, que no final acabou tendo uma importância secundária, quanto tantos personagens empreenderam tanto esforço na causa.

O final fecha todos os conflitos da história, mas deixa um pouco a desejar quanto aos personagens. No caso de alguns deles, como West e Logen, o autor deixou algumas pistas para que os leitores tirassem suas conclusões, mas, especialmente no caso de Ferro, os arcos acabaram por ficar incompletos. Algumas das pontas soltas parecem prenunciar uma possível continuação.

Apesar disso, gostei muito do livro, que me mostrou que eu não estava errada sobre todos aqueles que falavam tão bem sobre a trilogia pela internet.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/08/resenha54.html
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Maurinho 07/08/2015

Joe Abercrombie fica devendo em trilogia sangrenta
Já que o George R. R. Martin não termina nunca a série "song of ice and fire", procura-se aqui e ali o seu substituto, ou alguém que escreva no mesmo estilo. Joe Abercrombie é um destes casos, com um livro que pode se chamar de "Dark Fantasy". Neste caso, lá está a ambientação em um mundo medieval, o sarcasmo e humor negro, a violência extrema, e também o uso moderado do elemento de fantasia (magia). Também temos guerras, traições, alianças e as intrigas políticas.
A grande diferença para a obra de Martin está, na minha opinião, na imensa diferença de caracterização de personagens. Enquanto que na série "guerra dos tronos" os personagens tem várias dimensões, subtextos, e são extremamente realistas, os de Abercrombie são por demais caricatos.
Por exemplo, o personagem principal do livro é o torturador Sand Dan Glokta, que por mais que cometa atrocidades e atos repugnantes, é visto com benevolência pelo autor, especialmente pelo desfecho na história. O segundo personagem principal, e que aqui se torna rei, é o coronel do exército Jezal Dan Luthar,...um personagem egoísta, covarde, e idiotizado ao extremo, que só causa ódio no leitor. O terceiro é o mais interessante. O nórdico Logen Nove Dedos, conhecido como Nove Sangrento. Nesse ponto, acho que se o livro fosse no estilo da série "vikings", e o nove sangrento fosse o personagem principal, seria bem mais proveitoso.
O livro é por demais longo, e acho que aproveitou muito mal os elementos de fantasia. Além disso, é extremamente violento, com uma contagem de corpos que passa fácil todos os livros da guerra dos tronos somados. Assim, os bons momentos acabam desperdiçados, no meio de tanta destruição.
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Fudencio 20/07/2015

Final melancólico
Deu uma melancolia na última parte do livro, depois de 2 livros excelentes e até a metade do 3º livro seguindo o ritmo, o final foi meio triste.

Só pudemos conhecer de verdade Logen e Bayaz nesta última parte. Logen não era nada daquilo que tentou ser durante a história, Cachorrão teve um final melancólico, West idem.

Sobre o Bayaz, já imaginava que ele não era nenhum santo.
Só o Glokta que teve um final mais feliz.

Parece que nos próximos livros não veremos muita continuação desses personagens, a trama muda de lugar e entram em cena novos personagens... Uma pena.

É preciso ser realista, afinal..
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Galo Doido 23/06/2015

Sensacional
Está em meu Top10! Fiquei chateado quando cheguei ao final. É muito bom, linguagem meio pesada, mas nada que impeça a leitura de qualquer pessoa. Vou me lembrar por muito tempo do Superior "estrupiado" Glokta, do selvagem Nove Dedos, do mago Bayaz e do militar Jezal. "Corre, corre, vem ler com a gente!"
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Raniere 10/06/2015

Aqui não existe herói
Definitivamente, O Duelo dos Reis é o melhor livro da trilogia A Primeira Lei, de Joe Abercrombie. Durante toda esta trilogia, não conhecemos heróis. Temos nossos protagonistas, e todos eles com algumas características nobres e muitas características ruins. Ou seja, conhecemos personagens humanos!

Neste livro, temos sete personagens centrais, que são bem construídos e envolventes. Creio que falar sobre cada um deles seja a melhor maneira de falar sobre o enredo do livro (sem spoilers, ok?). então vamos lá:

Bayaz, o Primeiro dos Magos: Após liderar uma excursão para a Borda do Mundo, atrás da Semente (um pedaço do Outro Lado), a fim de usá-la para derrotar os gurkenses (que estão indo para Adua, visando travar uma guerra santa, conquistando a cidade, escravizando seus moradores e levando Bayaz a julgamento). Bayaz é misterioso, não confiável e, nesta conclusão, terá que confrontar seu passado sombrio, que começou a ser revelado no livro antecessor, Antes da Forca.

Logen Nove Dedos: Um dos três integrantes da expedição fracassada de Bayaz, Logen é um nortista que busca redenção e tem o dom de se comunicar com espíritos. Após ter sua família massacrada pelo auto-intitulado Rei do Norte Bethod, Logen foi dado como morto por seus companheiros (os quais falaremos adiante). Como ele também achou que seus companheiros estavam mortos, rumou para o Sul e conheceu Bayaz.

Após voltar da Borda do Mundo, Logen resolve retornar ao Norte para se juntar ao exército da União e acertar as contas com Bethod. O grande problema é: durante a batalha, a outra personalidade de Logen, denominada Nove Sangrento, pode surgir. E o Nove Sangrento não escolhe lado; ele apenas deseja matar, seja quem for.

Jezal dan Luthar: Um personagem egoísta, arrogante e apaixonado por Ardee West. Contra sua vontade, fez parte da excursão fracassada de Bayaz e, nesta viagem, adquiriu um pouco de amadurecimento (grande parte devido à amizade que ele conquistou com Logen).Jezal retorna para Adua exatamente no momento que uma revolução camponesa por direitos igualitários e participação política eclode na Terra do Meio, trazendo problemas para os governos locais. Jezal, uma pessoa incapaz de pensar em algo além de si mesmo (amadurecendo, porém), precisará negociar a paz e, talvez, lutar contra seu próprio povo.
Ferro Maljinn: É uma personagem agressiva e que não confia em ninguém além de si mesma. A única ambição de Ferro é se vingar dos gurkenses, aniquilando-os. Após ver sua família ser assassinada, Ferro foi feita de escrava em Gurkhull. Com a ajuda de um mago aliado a Bayaz, Ferro consegue fugir e acaba se juntando à excursão em busca da Semente, com a promessa de vingança. Porém, Bayaz teve um motivo a mais para recrutar Ferro: talvez (e esse é um grande “talvez”) ela seja a única pessoa capaz de pegar a Semente na mão sem ser morta.
Sand dan Glokta: Glokta já foi um herói de guerra. Porém, após ser capturado e torturado por anos pelo Imperador de Gurkhull, ele ficou completamente desfigurado, sem dentes, sem os dedos do pé e sentindo constantes dores pelo corpo inteiro. Amargurado e incapaz de servir ao exército da União, Glokta virou o superior da inquisição, e sua função é conseguir confissões (nem sempre verdadeiras) afligindo às suas vítimas o mesmo tormento que sofreu nas mãos dos gurkenses. Extremamente eficaz em seu trabalho, Glokta sempre se faz a mesma pergunta: “Por que eu continuo fazendo isso?”.
Após escapar por pouco das mãos dos gurkenses, que tentavam dominar a cidade de Dagoska em Antes da Forca, Glokta retorna à Adua, onde o rei, que teve seus dois herdeiros assassinados, está doente e prestes a morrer. Os membros do Conselho Fechado, cada um visando colocar no trono alguém que atenda à seus próprios interesses, começam a comprar o apoio dos nobres. Sendo subordinado do Arquileitor Sult (um dos membros do Conselho Fechado), Glokta terá que sobreviver à esse desonesto jogo político, usando toda a sua inteligência e talento para ameaçar, chantagear e torturar.

Collem West: Menosprezado por ter raízes humildes, apesar de ser um herói de guerra, West foi promovido a coronel pelo Lorde Marechal Burr, numa tentativa de dar-lhe mais autoridade durante a guerra contra Bethod. Durante esta guerra, West fez coisas que não se orgulha, e o fato de ter matado o mimado príncipe herdeiro Ladisla, quando este tentava estuprar uma ex-prisioneira libertada por West, o atormenta, pois tal fato pode levá-lo à forca.
Cachorrão: É integrante do grupo de Logen Nove Dedos, junto com Barca Negra, Tul-Duru Cabeça de Trovão, Harding Sinistro, Forley (que morreu em O Poder da Espada) e Rudd Três Árvores, que passou a liderar o grupo, após Logen ser dado como morto. O grupo se junta ao exército da União na guerra contra Bethod. Quando Três Árvores morre ao enfrentar o monstro de Bethod, chamado de Temível, Cachorrão é eleito unanimemente para liderar o grupo, mesmo contra a vontade.
Literalmente, Duelo de Reis tem ação até a última página. Joe Abercrombie surpreende o leitor com reviravoltas geniais e com um final excelente — um verdadeiro “soco no estômago”. A trilogia A Primeira Lei, que integra as minhas sagas de fantasia favoritas, é extremamente indicado para leitores de George R.R. Martin.

site: http://www.encontrosliterarios.com.br
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João Vitor Gallo 24/04/2015

Ultima Ratio Regum
Terceiro e último livro que fecha a boa trilogia “A primeira Lei”. Nesse livro a batalha contra Bethod no norte se intensifica e caminha pro seu desfecho, ao mesmo tempo em que Adua, a capital da União, é atacada pelo Império Gurkhense e a iminência de uma invasão, juntamente com acontecimentos inesperados, colocam todos em estado de alerta, e isso abre lacunas para que os jogos de poder, as conspirações e traições ocorram. Mas para falar dessa trilogia antes de qualquer coisa deve-se falar dos seus personagens, pois eles são o que mais levam o leitor a acompanhar os livros, e vejo nisso um ponto positivo pro Abercrombie, principalmente pelas mudanças, sutis ou não, dos personagens, mas que não perderam suas essências no decorrer da história.

A evolução do Jezal é algo realmente muito bem construído, ele muda de forma até bem natural devido às responsabilidades que acabam caindo no seu colo, e também daquelas que ele acaba tomando para si, e não há nada igual para fazer uma pessoa crescer de verdade do que justamente isso: responsabilidades. Deve ser dito também que apesar disso ele não deixa de ser quem sempre foi, apenas tenta ser alguém a altura da carga que ele deve suportar.

Glokta com seu já conhecido mundo cercado de dor, traição e malabarismos com facas, como ele mesmo diz no livro, tenta não ficar tão preso nos jogos de poder, que continuamente acaba envolvido, quase sempre contra a sua vontade. As formas com que ele consegue escapar desses problemas, mesmo algumas sendo questionáveis, afinal, como diria o como diria o Logen: “É preciso ser realista”, só aumentam a simpatia do leitor por esse personagem de pensamentos ácidos e com a vida muito azeda, o que é parte fundamental da composição do personagem e de todas as suas ações, ele e o seu destino são crias do que lhe aconteceu no passado. Certamente é um dos melhores personagens, não só da série, mas um dos melhores de todos que já vi nesse gênero.

Logen e Ferro pouco mudaram, mas também não haveria uma mudança brusca de comportamento deles sem que soasse como algo forçado, mas isso não deixa como personagens menos cativantes. Aliás, Logen no seu “modo berserker”, o nove sangrento, cada vez mais selvagem e incontrolável, e assim como Jezal ele tenta ser um homem melhor do que ele é, tentando mudar de vida, mas é difícil de fugir de si mesmo, de quem e do que se é realmente.

E nesse jogo faltou a peça mais importante, ou o jogador mais importante, Bayaz, que foge e muito do arquétipo de sábio e bondoso mago que aconselha e toma boas decisões, na verdade a máxima “os fins justificam os meios” se aplica bem a filosofia dele. E não entrando em detalhes, mas a visão que alguns leitores possam ter dele pode mudar muito depois que se conhece melhor o “Primeiro dos magos”.

Inimigos por todos os lados, conspirações, batalhas nem um pouco gloriosas e belas, heróis (ou o mais próximo disso) também nem um pouco gloriosos, ditam o clima do livro, aliás, os defeitos mais do que as qualidades são os pontos mais explorados nos traços de personalidades dos personagens, o que é uma vantagem, afinal nossos defeitos apresentam mais facetas do que nossas qualidades. O realismo dessa fantasia reside nesses pontos. Bem, e pra quem gostou e não quer se despedir do universo do livro, o final aberto deixa espaço para continuações, e até onde sei existem outros livros no mesmo universo de A primeira lei. Só resta agora aguardar para que sejam publicados no Brasil.

PS: Uma coisa interessante são os nomes dos livros que derivam de frases célebres, no caso deste livro deriva de uma frase que o “Rei Sol” Luís XIV mandou escrever nos seus canhões, o tal do “Ultima Ratio Regum” que coloquei de título dessa resenha, que significa “O ultimo argumento dos reis”, só lembrando que o nome do livro no original em inglês é “Last Argument of Kings”.


site: https://focoderesistencia.wordpress.com/2015/06/17/resenha-o-duelo-dos-reis-joe-abercrombie/
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@APassional 04/04/2015

* Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
“O Duelo dos Reis” encerra a trilogia “A primeira Lei” e fecha com chave de ouro a estreia de Joe Abercrombie, já considerado um dos melhores autores de fantasia na atualidade. Diferenciando-se ao abdicar o lugar comum, ele reverte o sentido da jornada do herói para um encontro com o si mesmo, e assim nos faz indiretamente um convite à reflexão.

Em uma estilização da realidade que vai da farsa ao humor negro, o contexto da trilogia nos remete à comédia burlesca onde o bufão nos faz gargalhar da tragédia humana, neste tomo já estamos familiarizados e cativados com as envolventes personagens do enredo, que evoluem de modo espetacular no decorrer da trama, portanto chegou o momento de testar ao máximo suas forças...

A trama que gira em torno de vingança e busca do poder, chega ao ápice do que poderíamos chamar de desafio e consequência, afinal trata-se desde o início de um jogo repleto de blefes onde nada é o que parece ser, portanto inúmeras transformações em curso irão afetar de modo abrupto as personagens que julgávamos conhecer:

“O tabuleiro está arrumado, as peças prontas para serem movidas. Quem será o vencedor desse joguinho sórdido? Logo veremos...”

Para tanto será preciso percorrer 568 páginas, abrir a mente para reviravoltas atordoantes, batalhas sangrentas, vilanias da pior espécie e estar pronto para percorrer os corredores mais escuros da natureza humana. Não existe espaço para tédio, o jogo de Abercrombie é dinâmico, surpreendente, mordaz.

O mestre da charada nos guia por capítulos nomeados que invariavelmente se concluem em uma deliciosa “moralitè” que intercala os núcleos: nórdicos, magos, nobres e militares da União em um entrementes contínuo, repleto de suspense, obstáculos aparentemente intransponíveis, reencontros trágicos e bizarros, que nos fazem devorar a leitura.

A construção das personagens é esmiuçada, neste tomo seus defeitos são escancarados sem piedade, isso as conduz a uma verossimilhança assustadora com o lado mais sombrio da realidade, daí a estrutura cômica para suspender a tensão e dissolvê-la com ironia mordaz e inúmeros diálogos ácidos.

Neste ponto eleva-se soberano o grande trunfo da trilogia: Sand dan Glokta, essência e supra sumo da obra, com seus subtextos sombrios e malévolos, máximas sarcásticas, diálogos afiados, sagazes, ele nos seduz mesmo em sua monstruosidade, afinal sentamos ao lado dele desde o início, o belo lorde que foi aleijado nas masmorras de Gurkhul será nosso guia aos meandros do poder, da capacidade volitiva de superação, ambição, ganância e sordidez humana.

A mulheres de Abercrombie, representadas por Ferro, Terez, Tolomei e Ardee seguem a dança: mostram-se selvagens, vingativas, ferinas e letais.

Em um ambiente assim tão hostil, a sensibilidade é uma epifania que surgirá onde menos esperamos, e nos últimos momentos mais uma vez nos surpreendemos com o casal mais inusitado da trilogia... perfeito!

Com um final completamente aberto Ehhhhhh! Aguardamos pela promessa de Joe, pois queremos mais, muiiiiiiito mais.

Sensacional, indescritível, espetacular.
Excelente leitura!

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 04/04/2015.

site: http://www.arquivopassional.com/2015/04/resenha-o-duelo-dos-reis.html
Fudencio 20/07/2015minha estante
Tem outros 3 livros já prontos, mas em inglês:

Best Served Cold
The Heroes
Red Country




Vagner46 23/03/2015

Desbravando O Duelo dos Reis
Essa resenha contém spoilers dos livros anteriores.

E finalmente chego ao fim da trilogia A Primeira Lei. Confesso para vocês: não terminava uma série há MUITO tempo. A gente vai lendo e lendo vários volumes de várias séries diferentes e esquece de terminar uma por vez. Acontece com a maioria dos leitores, acredito eu...

"- Aprendi todo tipo de coisas com meus muitos erros - comentou Cosca, que esticou o pescoço e o coçou. - A única coisa que nunca aprendi foi a parar de cometê-los."

Só para relembrar alguns fatos do final do 2º livro: ao Norte, a fortaleza de Dunbrec foi recuperada pelos guerreiros da União e agora Bethod foge mais ainda para o norte, procurando um local propício às suas armadilhas. Cabe a West e os nórdicos que se juntaram a eles (como o grupo de Cachorrão) irem atrás dele e terminar de uma vez por todas com a ameaça de Bethod. Um reencontro muito esperado acontece nesse livro, já aviso, além de velhas ameaças ressurgirem, como é o caso do gigante Fenris, o Temível.

Na Borda do Mundo, Bayaz e seu grupo chegaram aonde queriam, mas não encontraram a tal Semente (Abercrombie desgraçado, só trollou os leitores). Resta voltar a Adua e tentar encontrar uma solução para o avanço dos gurkenses. Gurkenses esses que, por sinal, retomaram o controle de Dagoska logo depois do nosso torturador Glokta ter escapado de lá a mando do arquileitor Sult.

"Grandes jornadas começam com pequenos passos, como o pai de Logen sempre dizia."

Nesse desfecho, finalmente entendemos mais sobre o que é a Primeira Lei e quais são as suas consequências, sendo elas boas ou más. Tudo depende do ponto de vista, é claro. Novas perspectivas da magia são apresentadas, fantasmas do passado aparecem para atormentar a vida de alguns e os demônios do Outro Lado parecem estar voltando. Bayaz seria a pessoa mais indicada a mexer com esses poderes sobrenaturais. Ou não? Leia e descubra! ;)

Uma boa parte desse livro concentra-se na Ilha do Mundo, onde a capital Adua sofre com a morte do rei atual e prepara-se para uma briga ferrenha nos Conselhos Aberto e Fechado para que se possa escolher o próximo governante. Tudo é jogo político, amigo. Adicionado a isso o iminente avanço das tropas gurkenses contra a União, que parecem não ter gostado de ficar somente do lado de lá do oceano e agora viram suas lanças para a capital Adua.

Mas quem acaba roubando a cena, como sempre acontece, são os personagens Sand dan Glokta e Logen Nove Dedos/Nove Sangrento. Os dois são exímios personagens, extremamente bem construídos e com qualidades e defeitos de um ser humano comum (mais defeitos, por sinal).

Glokta é a personificação pura do humor negro, é impossível não dar risada com os pensamentos dele (grande sacada do Abercrombie ao colocá-los em itálico durante a narrativa) e não sentir dor no próprio corpo quando o torturador sobe alguma escada ou tenta mexer as costas. Isso é algo intrigante e diferenciado nas obras atuais, acostumadas a nos trazer personagens clichês demais.

Logen é um brutamontes nascido para matar, odeia estar no comando (porque sabe que só coisas ruins acontecem nessa hora), mas não foge de uma boa disputa. Sua outra personalidade, o Nove Sangrento, aflora nos momentos mais tensos, e o problema é justamente esse. Quando todos precisam do Nove Sangrento ele está lá, pronto para matar... o que estiver pela frente. As consequências dos atos do Nove Sangrento são monstruosas.

- Brinque de ser o homem bom se quiser, o homem que não tem escolha, mas nós dois sabemos o que você é de verdade. Paz? Você nunca terá paz, Nove Sangrento. Você é feito de morte!

Mas e o Jezal dan Luthar? Ah, aquele guri mala e mimado lá do primeiro livro (O Poder da Espada)... Nada que uma porrada de maça na sequência não resolva alguns dos seus problemas de civilidade!! Preparem-se para se surpreender muito com esse personagem e com os rumos que ele acaba tomando. Foi algo que eu nem imaginava, diga-se de passagem.

Não posso esquecer de comentar sobre a Ferro também, uma personagem forte e decidida, buscando apenas um objetivo: vingança. Mesmo que isso a faça abandonar as (poucas) coisas boas que aparecem na sua vida. Ardee West, irmã de Collem West, acaba tendo um destino inusitado (alguns irão gostar e outros não, mas enfim), ao contrário do seu irmão, que provou ser um dos personagens mais ambíguos e inconsequentes de toda a trilogia.

Percebe-se claramente a evolução de Joe Abercrombie em toda a trilogia, refinando a sua escrita e tornando a leitura muito agradável. Com colocações pontuais a respeito da mitologia por trás de todos os magos e cidades envolvidos na trama, Abercrombie consegue nos brindar com um livro melhor que o outro, mostrando que tudo pode ser melhorado. O único porém foi o autor ter usado um pouco demais o tell nos seus livros. No caso, apenas contar o que aconteceu e não mostrar-nos 'ao vivo'. É aquela máxima do show, don't (just) tell, o que acaba deixando uma sensação de vazio em algumas partes. Certamente umas 50 páginas a mais por livro fariam muita diferença.

Gostei do destino de vários personagens e não curti tanto o de outros, ficando com aquela sensação de que a narrativa poderia ter continuado só um pouquinho mais, já que ainda parece haver coisas para se contar e se revelar (benditas pontas soltas). Muitas coisas intrigantes acontecem nesse 3º livro, algumas delas acompanhadas de revelações surpreendentes, capazes de deixar o leitor mais desavisado de queixo caído. E, não esquecendo de comentar, teremos várias traições por todos os lados possíveis. Um temperinho a mais para acirrar os ânimos no Círculo do Mundo.

A trilogia certamente agradará àqueles fãs de fantasia que gostam de um mundo mais real, mais verossímil, com personagens cinzas e passíveis de punição. Fica a recomendação!

"O poder torna todas as coisas certas. Essa é a minha primeira lei e a última. É a única lei que eu reconheço." - Bayaz, o Primeiro dos Magos

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/03/resenha-o-duelo-dos-reis-joe-abercrombie.html
Samuel 02/04/2015minha estante
Bayaz velho desgraçado kkkkkkk
Gostei da evolução do Jezal na trama acho que nos próximos livros ele venha a tentar lutar contra a interferência do Bayaz
Gostou muito quando o Logen entra em estado de fúria é insano
Glokta é o personagem mais sádico que já vi e ao mesmo tempo um dos mas carismático, comparo ele ao Tyrion de Game of Trones.


Alexia Bittencourt 25/04/2015minha estante
Não vai ter outro livro, ou vai?
Me corrijam se eu estiver errada, mas para mim esse era o último...

Amei a história, principalmente o final.. Não foi aquele final em que morrem todos os seus personagens favoritos (digno do tio Martin), nem aquele final 'felizes para sempre'.. Acho que foi um com a dose certa de mortes, a dose certa de surpresas, de segredos e de ironias.. Um final realista..

Ps. Na minha cabeça o Glokta é o Tyrion.. Eu sei q ele não é um anão, mas imagino ele com a cara do Tyrion da sério.. Rsrs.. Me julguem.


Vagner46 01/06/2015minha estante
Pelo que vi ultimamente o Abercrombie vai escrever outros livros com os personagens da série, talvez algo que se passe DEPOIS da trilogia mesmo. Será bom demais!!


MarioLuiz 20/08/2016minha estante
O final do terceiro volume com o Logem deixa um baita gancho para uma possível continuação.


Vagner46 29/08/2016minha estante
Verdade, Mario, quem sabe o Logen não apareça em continuações futuras? :O


Isa Gama 01/05/2017minha estante
aii entendo totalmente o que você disse sobre começar várias séries ao mesmo tempo e demorar pra terminar (li o primeiro no início de 2016 e só agora comecei a ler o terceiro), mas fazer o que né? nem sempre dá pra ler tudo de uma vez...

Bom, o Glokta é o meu favorito de longe, desde o começo. Ainda preciso ver como o Jezal e os outros personagens vão evoluir nesse último livro, quando eu tiver terminado, vou ver se lembro de comentar aqui de novo




Musashi 17/03/2015

Espetacular.
Final extraordinário de uma grande trilogia. Fico na esperança da continuação, haja vista que o término do livro abriu um arco para esse propósito, onde poderemos rever personagens inesquecíveis, como Logen Nove Dedos ou o Nove Sangrento, Ferro Maljinn e o mago canastrão Bayas.
Benites 24/03/2015minha estante
De fato Musashi, ficou pano para mais manga, mas tem mais 03 livros do autor que sao ambientados no mesmo mundo da Primeira Lei, sao eles Best Served Cold, The Heroes e Red Country infelizmente sem tradução para o portugues o ultimo tem traduçãopara o espanhol.




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