Ingrid 21/07/2020
"Escrever um livro é sempre para mim uma confrontação com o destino" (Jung).
Originalmente, o livro deveria ser uma biografia de Jung, que seria organizada por Aniela Jaffé, que sabia que seria difícil a tarefa lhe dada, uma vez que Jung era conhecido por sua aversão a exposição dele e de sua vida.
Aniela, contudo, teve uma grande surpresa, já que começa a trabalhar com Jung em 1957, que não só a recebeu, como tomou a decisão dele mesmo narrar sua vida. E a biografia torna-se uma autobiografia.
E foi assim, que Jung abriu sua vida para todos, iniciando por sua infância. No decorrer da narrativa da sua vida, Jung vai apresentando ao leitor quem era o homem, e como ao longo dos anos desenvolveu sua obra sobre o inconsciente; que até hoje é reconhecida.
Ele, também, dedica um capítulo para contar como conheceu Freud, e como foi a amizade entre eles; e ainda a dificuldade e o trauma que foi romper com o amigo, para que assim pudesse desenvolver o trabalho da sua vida.
A religiosidade também fica muito presente na autobiografia, até porque foi seu conflito com ela que tudo se originou.
Infelizmente, Jung não chegou a ver seu livro editado, mas deixou nesse livro ótimas surpresas sobre o homem, que desde o início foi o primeiro a testar suas teorias, e que não se acovardou ao final da vida, quando mergulhou em sua vida ao escrever sua autobiografia.
Para mim foi uma grata surpresa a leitura desse livro! Comprei de uma amiga que estava fazendo um desapego, e tinha certeza que seria um livro das teorias de Jung. E foi agradavelmente surpreendida com a sua autobiografia! Conhecê-lo e saber todo o caminho percorrido para chegar as suas conclusões, me fez admirar muito mais Jung, e mais vontade de conhecer seu trabalho