Anardeus

Anardeus Walter Tierno




Resenhas - Anardeus


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Jefferson136 01/04/2023

Como não se indentificar
"Anardeus nasceu feio, cresceu ignorado e se tornou um adulto desagradável."

Eu diria que é uma das melhores livros brasileiro que já li, mas seria mentira, pois, esse é de longe a melhor.

Esse foi um livro prazeroso de se ler do conheço ao fim sem deixa de perder a empolgação, isso além das personalidades forte dos protagonistas que de longe foi o que mais me marcou no enredo todo.

Uma curta experiência que merece ser lida e relida, que é o meu caso.
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Sara.Deniz 23/03/2022

Péssimo
Sem pé nem cabeça, história ruim, personagens ruins e mal construídos,é sexual e violento sem nenhuma justificativa.
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Davi.Lima 06/01/2021

O primeiro de muitos de 2021
Mds começar o ano com essa leitura foi de mais eu amei anardeus amei toda a destruição e tenho quase certeza que se tivesse lido ele no meio da quarentena teria me assustado bastante.
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Cammy 06/12/2020

A história de um homem, branco, hetero padrão e mauricinho
Uma fantasia que na real é a história de todo homem, branco, hetero padrão e de classe média alta da sociedade.
Eu só fiquei entediada com a tentativa ferrenha do autor em chocar ao citar muitas cenas de sexo (e em TODAS elas mostrando o quão homem padrão o personagem é por só pensar no próprio prazer e foda-se a mulher q está com ele, nada de novo, a gente sabe que é assim), muitas cenas escatológicas e de tentativas de gore complemanete desnecessárias só p/ tentar mostrar o quão "profunda e chocante" é a história.

A Ideia de um apocalipse destruir SP é muito legal, mas não passa disso e essa é a única coisa legal do livro.

O Anardeus é claramente um homem padrão que fica chateado quando uma mulher é mais do que ele e não consegue dar palco para essa mulher e por isso precisa matar ela (oi feminicidio, vemos isso todos os dias na vida real) e enquanto isso a mulher se omite em prol de agradar esse homem que na real é uma criança mimada que não sabe lidar com as próprias emoções e que nunca passou dificuldades na vida pq sempre teve dinheiro para viver bem.

Acho que se a intenção do autor foi fazer uma crítica, ele super conseguiu, pq o Anardeus não é anárquico (como o autor dá a entender ao explicar o nome Anardeus) ele só é um homem igual a grande maioria egoísta, mesquinho e pequeno (conheço vários Anardeus na vida real) e que paga muito de filósofo e entendedor supremo do mundo, mas que é só uma pessoa descontrolada emocionalmente e que não aprendeu o que é limites.

Achei pobre tb a tentativa de mostrar que na real o personagem era assim pq ninguém nunca amou ele pq ele era feio e que tudo o que ele queria era isso, ser Amado pelas pessoas.

Me incomodou muito a objetificação das mulheres nesse livro, como eu disse um livro de um homem, branco, hetero, padrão de classe média sobre um homem, branco, hetero, padrão de classe média.
Mas eu não percebi em nenhum ponto do livro uma crítica, acho que talvez tenha sido isso que me incomodou e a alusão a sexo em absolutamente TODAS as páginas desse livro, para o autor tudo se resume a fod*r e ao personagem ser chupado (sério, praticamente todo mundo fez um boquete no personagem) e a o quanto as mulheres são gostosas ou não tão gostosas assim.... Enfim, talvez eu tenha lido o livro de forma errada e não tenha justamente percebido a critica por trás dele...
Nunca saberei ^^` hehe
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Frade 02/12/2020

Não é para todos
Ele tem uma escrita muito boa, mas pode ser uma leitura difícil. Não por palavras difíceis, mas seu conteúdo.
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Jessica 14/05/2020

Cru e denso
Um livro que basicamente fala sobre sentimentos. Sentimentos de um ser, descritos da forma mais crua e mais densa possível. Me surpreendeu. Bem rápido de ler, fluido e intrigante.
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Carolina 04/02/2020

Achei um livro único! Muito rápido de ler e se você conseguir esquecer talvez o asco que sinta em algumas situações de teor sexual, na verdade se você focar na história e deixar o puritanismo de lado, vai conseguir pelo menos imergir no mundo em caos, na cabeça de Anardeus, do fotógrafo e aí fica mais fácil decidir se gostou da narrativa ou não, Eu particularmente adorei.
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Vinny Britto 04/01/2020

Não gostei!
É uma leitura rápida, boa escrita que prendeu a atenção mas a história não me agradou. Achei muito viajada e começou a enjoar fora que tem uns lances que podem chocar, principalmente situações de teor sexual.

Leia por conta e risco e tire suas próprias conclusões.

Percebi que sou o único que não gostou de acordo com as resenhas, o que só reforça minha teoria de não confiar em opinião de quem escreve para blogs/sites de literatura. Existem exceções claro!
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Vanessa Boedermann 22/10/2017

Anardeus | Blog Corredora Literária
Com uma narrativa densa ambientada no centro de São Paulo acompanhamos histórias que vão do nascimento até a fase adulta dos irmãos gêmeos Anardeus e Isabel.
Textos alternam entre presente e futuro com vários POV'S. Sem problemas para o entendimento da ordem cronológica.
Por um motivo desconhecido Nar faz desenhos das tragédias acontecidas, seria ele um insano ou algo sobrenatural está acontecendo?

"Ela abre meu casaco, minha calça, sente a rigidez e usa a boca para me agradecer. Eu sinto culpa. Não a culpa paralisante, que tortura. Sinto a culpa excitante, criminosa, implacável."

Há várias cenas de sexo explícito, drogas e palavrões. Neste caso não seria uma leitura indicada a menores.
Um dos casos "amorosos" de Nar será o mais relevante para a trama.
Desfecho foi imprevisível, mas pra mim ficaram pontas soltas que poderiam ter sido melhor desenvolvidas.
Há ilustrações a cada início de capítulo.

"O universo se expõe à minha percepção. Lá embaixo, na rua, a boemia expele fumaça de cigarro, maconha e hálito de álcool."

Sentença
Não é uma história bonita, na verdade é desconcertante e assustadora, tão pouco é para estômagos frágeis. Senti repulsa.
Não é indicado para menores devido a linguagem usada.
Boa diagramação. Leitura fluída.
Leia e tire suas próprias conclusões.

site: https://corredoraliteraria.wordpress.com
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Marcos Pinto 05/11/2016

Original!
Anardeus nunca foi uma pessoa completamente normal. Ao menos, não da forma que encaramos a normalidade. Ele sempre foi considerado feio e desagradável. Sua presença incomodava; seu olhar era inquisidor. Por muitos, detestado. Sua presença, porém, para alguns, causava uma espécie de misto de repulsa e atração, algo um tanto inexplicável. Assim ele cresceu e submergiu, no calor da destruição.

Se não bastasse a estranheza nata de Anardeus, ele sente frio o tempo todo. Por isso, suas vestimentas são igualmente estranhas. Contudo, quando algo de muito ruim acontece, ele está lá para ver ou causar. Isso traz um fogo inexplicável ao seu âmago; faz com que ele se sinta vivo. Por isso, ele deseja o apocalipse, o fim do mundo, a tragédia total. Talvez assim ele seja feliz; talvez assim ele se sinta quente definitivamente.

Partindo dessa premissa, Walter Tierno cria um livro original e desconcertante. Original porque o autor cria uma trama que, aparentemente, nunca foi contada. Pessoas que odeiam o mundo é algo normal na literatura, mas não como Anardeus. A sua construção, o seu retrato, a sua caricatura... tudo goteja originalidade. Daí também surge o seu lado desconcertante. Tierno pega o que há de pior na humanidade para criar Anardeus, contudo, de uma maneira que faz com que ele pareça distante de nós e próximo ao mesmo tempo. O anti-herói é tudo que nós odiamos, porém, ao mesmo tempo, tem muito de cada um de nós. De médico, louco, técnico de futebol e Anardeus, todo mundo tem um pouco. Alguns, muito.

“Imagem é tudo! Aprendeu isso com um dos seus quinhentos e tantos livros” (p. 10).

Tudo isso é possível através de uma narrativa ultra psicológica em primeira pessoa. Anardeus se desnuda diante de nossos olhos, desmancha-se. Entendemos o seu ponto de vista e até temos um pouco de simpatia. Quando não há aproximação, no mínimo há repulsa, ódio, fogo, raiva. O que é impossível é ficar indiferente diante de um protagonista tão complexo e tão hediondo.

Os demais personagens, apesar de nem chegarem aos pés do protagonista, também são bem construídos. Contudo, em muitos momentos, ficamos reféns da visão de Anardeus e do seu egocentrismo. Entretanto, isso não é ruim. A surpresa no final só é possível graças a esse aspecto. Aliás, o que parecia ser um defeito se tornou um grande trunfo para a obra, fazendo com que o autor mereça palmas.

A ambientação também é invejável, reservando para nós, leitores brasileiros, o que há de melhor em nossa literatura: desfrutar de um lugar que seja a nossa cara. É muito bom ler trechos e reconhecer lugares que passou ou que pretende conhecer. Isso deixa o texto mais próximo, mais factível, mais palpável. Aliás, o autor faz isso muito bem. A força bruta de São Paulo está impregnada na obra. Anardeus parece que não poderia ter nascido em nenhum outro lugar do mundo. Ele e a paisagem se confundem.

“Sou democrático. Não faço distinção, nem ofereço privilégios. Odeio todos. Igualmente” (p. 14).

Se todo o desenvolvimento merece aplausos, a parte física não fica atrás: a Giz Editorial desenvolveu um trabalho gráfico excelente. A capa é muito bonita e combina perfeitamente com a obra; a diagramação, por sua vez, está muito confortável. A revisão está ótima, contribuindo também para uma leitura agradável. Ou seja, todos os aspectos foram bem aproveitados.

Em suma, Anardeus: no calor da destruição é um livro original, ágil, repugnante e envolvente. Tem tudo para ganhar ou assustar o leitor. Seja qual for o efeito, o resultado é genial.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/11/resenha-anardeus-no-calor-da-destruicao.html
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Fernanda 07/12/2015

Olá Catarina´s (os)!

Anardeus é o terceiro livro que leio em parceria com a Giz Editorial. O primeiro que foi Jardim de Espelho da autora Veridiana Maenaka, e foi um dos melhores que li este ano. Confira a resenha aqui. E também li O Plano é o Amor da Neiva Meriele, resenha aqui. Mas vamos falar de Anardeus né?!

Sinceramente, faz tempos que tento escrever essa resenha, mas nada me vem à mente para escrevê-la. Se Tierno planejou enquanto escrevia nos deixar sem palavras ele conseguiu. Vou tentar colocar as palavras para fora e espero ser coerente, afinal nem o livro segue uma lógica de leitura, quem dirá minha resenha.

O escritor nos apresenta Anardeus e Izabel. Ele nunca foi amado, nem mesmo por sua mãe. Nasceu feio e ninguém jamais se sentiu bem em sua presença, ele representa tudo de ruim que a sociedade abomina. O pai lhe deu esse nome esquisito já que o dono também o é, que diferença faria?!

Ela é a beleza em pessoa, fascina a tudo e a todos, deixando assim o irmão gêmeo a mercê de sua beleza e simpatia.
Izabel é calor, paixão e leveza.

Anardeus é frio, e sente calor apenas em meio a destruição. Apenas quando está diante de tragédias que ele acredita provocar com seus desejos insanos e com suas revoltas, afinal odeia o mundo, assim como o mundo o abomina. Ele apenas deseja que o mundo se acabe.

Ele é casado e vive sua vidinha medíocre, mas seu companheiro inseparável é o frio, assim como o calor é companheiro de Izabel. Anardeus só se aquece quando esta com a irmã ou quando acontecimentos sobrenaturais acontecem em meio ao cotidiano da cidade de São Paulo.

Anradeus no Calor da Destruição é uma leitura rápida, porém com cenas fortes. No início nos perguntamos o que acontece, no entanto a forma como foi escrito não nos deixa muito tempo sem respostas, pois o autor não segue uma lógica. Ele alterna a narrativa entre passado e presente de maneira ilógica, claro que não nos perdemos, afinal mesmo parecendo ser uma bagunça o livro é bem estruturado e compreendemos toda a trama.

Em suma, o livro é de leitura rápida e assustadora. Tierno não poupa o leitor de cenas fortes, mas a relação de Izabel e Anardeus é o que mais choca. O final é totalmente imprevisível e ainda não acredito nele, confesso que queria um pouco mais. A edição da obra está impecável. A Giz fez um trabalho incrível na diagramação, com folhas amareladas e a formatação textual perfeita para a leitura, sem contar as ilustrações que também ficaram lindas.
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Pedro 18/10/2015

Anardeus, de Walter Tierno
Anardeus: No Calor da Destruição se passa na cidade de São Paulo - SP. Anardeus é irmão gêmeo da Isabel e ambos seguem lados extremos de uma realidade. Enquanto ele sente frio, ela morre de calor; enquanto Isabel é linda e recebe todo o amor, Anardeus sofre a ignorância do mundo por não carregar aquilo que alguns chamam de "beleza", por isso ele sempre foi desprezado e passou a odiar todos (menos a irmã) e meio que como um Ying e Yang, ambos se completam. Com o desenrolar da trama fatos sobrenaturais e grandes catástrofes começam a acontecer, e pelo que tudo indica tem dedo do Anardeus.

O livro segue em uma narrativa intercalada entre três personagens, Isabel, Anardeus e O Fotógrafo. Cada um deles se expõem de um jeito claro, nos contando dores atuais e do passado e suas aflições com as atitudes que têm de tomar. O envolvimento entre eles é ocorrido de uma forma bem sobrenatural e acaba trazendo uma reviravolta para o enredo inesperada.

Anardeus é um livro que não se enquadra em um gênero especifico, porém, ele abarca vários como terror, fantasia, romance, drama, aventura. O tema abordado é bem adulto e escrito da mesma forma, crua e sem floreios, A narrativa é bem rápida, do tipo que dá para devorar em uma sentada justamente por conter um plot bem original e que deixa o leitor esbabacado com um final surpreendente. Já a fantasia é tão sutil que passa quase que despercebida, como se fosse algo natural.

O trabalho gráfico da Editora Giz está muito bonito. As folhas são amareladas, com tamanho de fonte e espaçamento muito bacada, além do mais, o livro é ricamente ilustrado com desenhos feitos pelo próprio autor nos passando um pouco do que ele imaginou dos personagens e cenas descritas ao longo do livro.

Recomendo-o para quem curte algo bem original, que diverte, instiga e, claro, satisfaz um bom leitor. E para quem gostou de Cira e O Velho, Anardeus é uma aposta certa.

site: http://www.decaranasletras.blogspot.com.br/2015/10/resenha-111-anardeus-walter-tierno.html
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Jeff 03/08/2015

Anardeus: No Calor Da Destruição | A repulsa e o anseio pelo caos
“Assim que invado o mundo abro os olhos atentos, violadores. As enfermeiras logo decidem evitar contato. Discretamente, tiram na sorte quem me dará o primeiro banho.”

Anardeus – No Calor Da Destruição, de Walter Tierno tem como foco o personagem homônimo e fala basicamente sobre repulsa.

Sim, repulsa, a começar pelo personagem, que nasce feio e é rejeitado por todos à sua volta, inclusive a própria mãe, e então temos a sua antítese, Isabel, sua irmã gêmea, linda e adorada por todos.

Enquanto ela é o centro de todas as atenções, ele é o centro de todo o nojo e faz transparecer o que há de pior nas pessoas. Ele não cresce ignorado, como se não o vissem, ele cresce como se não o quisessem ver.

Anardeus No Calor Da Destruição A repulsa e o anseio pelo caosAnardeus sonha acordado com tragédias e estas, por sua vez, acontecem, e ele se delicia, como se pedisse por elas.

“É o que antecipo e, por isso, sei que é o que desejo.”

O mundo sempre o odiou, e ele ama odiar o mundo, está sempre com frio e a única maneira de aquecê-lo realmente é presenciar a morte. É quando ele entra num estado de êxtase profundo, como um viciado, e ele quer mais... (confira o restante no link)

site: http://www.proibidoler.com/resenhas/anardeus-no-calor-da-destruicao-a-repulsa-e-o-anseio-pelo-caos/
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Fernanda 02/07/2015

Silêncio e estupor: foi a reação desta que vos escreve assim que conclui esse livro. Constatei nesse dia que o silêncio é tão inquietante quanto à leitura de Anardeus. Depois de uns 10 segundos, minha mente voltou a trabalhar no 220 volts.

Essa resenha devia estar escrita há semanas, mas eu simplesmente não sabia como colocar para fora o que é esse livro. Walter Tierno escreveu uma obra insanamente diferente que dá espaço a várias analogias e perspectivas e estou curiosa para saber mais sobre as outras teorias.

Anardeus representa tudo o que há de ruim. Ele é feio, desagradável e ninguém que o conhece jamais se sentiu realmente à vontade em sua presença.
Apenas Isabel.
Isabel que é sua irmã gêmea. Isabel que é o inverso de Anardeus. Ela representa tudo o que há de bom. Ela é bela, agradável e todos morrem de amores por ela. Isabel exerce uma atração irresistível nas pessoas.
Anardeus vive com frio. Isabel vive com calor.

“O homem à minha frente é uma caricatura viva. Só o havia visto pela minha objetiva. Sem esse filtro, a feiura incomoda bastante. Imagino se o mesmo acontece com a irmã, mas de forma invertida. Pela câmera, uma delícia. Pessoalmente, impossível não pedir em casamento.
Infelizmente, não foi ela quem marcou o encontro. Foi este homem feio. (...) Lá fora está um sol torturante e ele nem sua, mesmo enterrado sob três camadas de roupas pesadas... os olhos são o que mais perturba. Difícil não sentir arrepios ao fita-los. Quando diz que seu olhar é invasivo, sabe o que está falando. Evito contato direto. É como ser despido além da pele. Por várias vezes, tenho a impressão que ele consegue ouvir o que penso.”

O leitor é apresentado a esse contexto com uma aleatoriedade muito bem planejada pois o enredo não segue um padrão normal. São fragmentos atemporais que vislumbramos da infância até a vida adulta de Anardeus que nos dá essa perspectiva tão bem definida de sua personalidade e de Isabel. O curioso é que mesmo com esse tom fantástico, o enredo se passa em meio ao cotidiano.

Anardeus é casado, tem sua casa e sua vidinha medíocre e seu único companheiro inseparável é o frio. Ele só sente um calor confortável quando destruições completamente sobrenaturais começam a acontecer pela cidade. Um calor que o transforma em um deus.

“Eu sinto culpa. Não a culpa paralisante, que tortura. Sinto a culpa excitante, criminosa, implácavel.”

O texto de “Anardeus. No calor da destruição” é enxuto e pragmático. É um livro curto, mas tão denso que me senti meio transtornada. A narrativa é alternada entre Anardeus, Isabel e um terceiro personagem bastante singular, o fotógrafo.

A narrativa é simples, mas dura e direta que contém palavrões e algumas cenas (todas) fortes. “Anardeus. No calor da destruição” é perturbador em seu pragmatismo e, confesso, o livro terminou tão rápido que queria mais detalhes, queria um pouco mais de esperança. Mas Anardeus, tal qual a vida, é o que é.

O trabalho da editora Giz foi impecável. O livro é muito bonito esteticamente com ilustrações incríveis do próprio autor (vide a capa). Walter Tierno também escreveu “Cira e o Velho” e em breve vocês terão resenha sobre ele também aqui no blog. Recentemente, o autor assinou com a Verus então logo teremos mais obras dele circulando por aí.

Enquanto isso, conheçam suas obras já lançadas pela Giz e se apropriem de seus livros. “Anardeus. No calor da destruição” me despertou um sentimento bem intenso; só me resta descobrir se isso é bom ou ruim.


site: http://www.garotapaidegua.com.br/2015/06/eu-li-anardeus-no-calor-da-destruicao.html
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Carol 06/09/2014

Intenso!
É dificil resenhar Anardeus, pois é um livro completamente único e original, como só mesmo o autor poderia escrever, sem rótulos e com uma narrativa que prende o leitor. Não é um livro para crianças, alem do sexo explícito os diálogos são recheados de palavrões, mas de uma forma tão natural que isso não é um defeito, é tão comum que você se acostuma conforme vai avançando na leitura.

A história é narrada pelos pontos de vista de três narradores: Anardeus, Isabel e o Fotográfo. Cada um alem de falar sobre seu passado expõe seus sentimentos de forma bem sincera. Anardeus é um antagonista que acaba se tornando o protagonista da história(ou seria o contrário?) com sua infância difícil e complicada, cresce tendo apenas sua irmã gêmea Isabel de companhia, e o frio que sente a todo momento só se aplaca quando presencia carnificinas e acidentes trágicos, ele os deseja e os desastres acontecem. Assim como ele é o frio, Isabel é o calor, ela aparenta ser o oposto do irmão, boa, bonita e amável com todos, porém ela esconde um segredo que pode estragar sua relação com Anardeus.

Os sentimentos que o personagem passa para o leitor são diversos, depende muito da opinião do leitor sobre a história. Mas é um livro que satisfaz o leitor em todos os sentidos é intenso, intriga, diverte e até mesmo assusta em alguns momentos, não como um terror ou suspense, mas a frieza de algumas cenas são marcantes.

Esse livro para mim foi uma doce amarga surpresa, não é um livro com um história bonita e nem cativante como os romances que eu gosto e também não é um desfecho previsível e comum de outros livros com estilos parecidos. Como já disse o autor tem um jeito bem característico e próprio de escrever, e prende o leitor da primeira a ultima página, teve momentos em que até esqueci de respirar de tão envolvida no história que fiquei.

site: http://aventurandosenoslivros.blogspot.com.br/
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