Igor Henrique 07/08/2013
Assassinato Jurídico
Imagine que um dia ao sair de casa, ao ler a notícia dos jornais que estão pendurados na banca você encontre em todos eles a mesma matéria em destaque: "PETROBRÁS FECHA AS PORTAS E DECRETA FALÊNCIA". Surreal certo? Afinal, como a petroleira brasileira de renomado conceito internacional e uma das empresas mais poderosas do Brasil poderia da noite pro dia fechar por falta de dinheiro? Em Fevereiro de 1965 no entanto, não uma petroleira, mas uma empresa de aviação chamada PANAIR DO BRASIL, considerada uma das melhores ou a melhor do mundo, acusada de não ter fundos suficientes para arcar com seus compromissos, foi forçosamente fechada pelo governo militar. Todos sabemos dos excessos cometidos pelos militares durante os anos de chumbo contra a pessoa física, que incluíam o assassinato e a tortura. O que dizer, porém, da perseguição às pessoas jurídicas (empresas), no intuito de favorecer aliados e prejudicar críticos do governo que à época ainda era chamado de "revolucionário"? Numa perseguição pessoal contra os acionistas/donos da empresa, Castelo Branco, o ditador/presidente da época, não se importou em pegar no meio de sua perseguição mais de 5 mil funcionários da empresa que se viram da noite pro dia desempregados, nem de destruir uma empresa nacional que fazia de suas lojas no exterior embaixadas não oficiais do Brasil. Um livro elucidante sobre como funciona a ditadura e do quanto interesses pessoais são capazes de destruir um país.