Ana 07/08/2022
Uma experiência dolorosa.
A história do judaísmo sempre me comoveu bastante, parte por ser cristã, ler as escrituras e ver o povo hebreu como a nação do Senhor, e parte pela influência de filmes e livros - também tive a oportunidade de visitar a casa de Anne Frank em 2014.
Sempre que entro em contato com alguma obra que trate do Holocausto, preciso de um tempo para entender que as atrocidades que estou lendo não são mera ficção e sim relatos de algo que realmente aconteceu. Não poderia ter sido diferente com esse livro.
Ah, como esse livro me emocionou. Saber da história da Eva desde antes do início da Segunda Guerra até o momento em que ela escreveu Depois de Auschwitz me fez pensar em tantas (todas elas) vítimas do Holocausto que, assim como ela, eram nada mais nada menos que pessoas normais, marcadas somente por sua religião ou etnia. Ela, que não passava de uma menina teimosa que morava com sua família na Áustria, teve a vida completa e totalmente marcada pela guerra, onde não somente precisou enfrentar a fuga do seu país, como o preconceito em sua infância, a tortura de um campo de concentração e a morte de seu pai e irmão.
E assim foram tantos. Outros muitos que não sobreviveram. Eva muitas vezes fala em seu livro sobre como, depois de tudo isso, ela dúvida da bondade humana. Não tiro a razão dela disso.
Mas quão inspirador é ver - eu, principalmente, como uma amante da logoterapia - que ela conseguiu lidar com todas as suas marcas e encontrar um sentido para sua vida dolorosa.
Depois de Auschiwitz me ensina sobre lidar com a dor, sobre compaixão, sobre família, sobre o bem e o mau. É uma leitura que recomendo bastante.