Depois de Auschwitz

Depois de Auschwitz Anne Frank
Eva Schloss




Resenhas - Depois de Auschwitz


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Iasmin 25/02/2023

Uma obra formadora de caráter!
Acho bizarro e repugnante perceber que não passa apenas de ?estórias?, que aconteceu realmente, e pior ainda, que ocorreu há menos de 80 anos!
Obra perfeita, a Eva soube passar toda a emoção vivida e ainda contextualizar com a situação mundial. É de se revoltar, mas como ela disse ?esse livro é uma carta para o futuro?, registros são feitos para erros não se repetirem. Lindo livro, linguagem boa, mas muito pesado e emocionante. Só há um defeito, literariamente falando: uma repetição desnecessária de fatos em trechos diferentes. Tirando isso vale muito a leitura!
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Gigi 24/02/2023

Tocante.... Particularmente quando li o diário de Anne Frank fiquei tão chocada que não procurei saber mais sobre o que aconteceu com o pai dela, tragicamente, o único sobrevivente... Mas ler esse livro foi uma lição de vida, tudo que o nazismo e o antissemitismo fez e afetou a vida de tantos é reflexivo para olharmos a nossa sociedade atual...
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soueumada 23/02/2023

Eu super indico, você embarca na história com o personagem e sente a dor dele. É importante vivenciarmos e entendermos a nossa história.

Muito emocionante ler e sentir que vidas foram roubadas por pura ignorância.
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Daniela263 17/02/2023

Existe vida após tanta dor?
Livro emocionante.
A autora traz suas lembranças da infância, a fase angustiante de mudanças para escapar dos nazistas, os horrores da vida no campo de concentração, a odisseia de voltar para casa.. e agora? Como seguir?
Eva mostra que mesmo após conhecer tanta crueldade e vivenciar tantos eventos traumáticos, ainda vale a pena seguir, vale a pena continuar, há vida, há motivo, há um amanhã e ele pode ser belo.
As feridas não se curam, elas estão lá, mas apesar de fazerem parte da sua vida, não precisam te definir.
Inspirador, forte, emocionante.
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Raquel 15/02/2023

Livro incrível, ela relata com tantos detalhes as barbaridades que aconteceram no holocausto. Fala pouco de Anne Frank também e da relação que sua mãe tinha com o pai da menina. Ela faz todo o trajeto dela, desde criança com seu pai e irmão, até chegar nos campos de concentração e finalmente a liberdade. Fala dos preconceitos que sofreram depois que os Nazistas perderam a guerra e como foi co viver com isso.

Incrível, vale a leitura! Não só por ser a história de um povo inteiro que sofreu as consequências da autodestruição do ser humano, mas também para que não se cometa as mesmas ideias e atrocidades novamente.
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Larissagris 15/02/2023

DEPOIS DE AUSCHWITZ (EVA SCHLOSS)
A história de Anne consiste no relato de uma garota que emocionou o mundo inteiro pela linguagem simples e humana de seu diário. Minha história é diferente. Também sou uma vítima do nazismo e fui enviada a um campo de concentração. Mas, diferente de Anne, eu sobrevivi. (Pág. 7)

Muitas coisas mudaram no mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas infelizmente o preconceito e a discriminação não mudaram. Desde o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, o Apartheid na África do Sul, a guerra na antiga Iugoslávia, até as prisões decorrentes dos conflitos em países como a República Democrática do Congo, vejo pessoas em todos os lugares do mundo lutando pelos direitos da dignidade humana e por compreensão. E como judia, vejo que mesmo toda a veracidade do Holocausto não abriu os olhos do mundo para o terror do antissemitismo. Ainda hoje existem muitas pessoas procurando por bodes expiatórios com base em cor da pele, antecedentes, sexualidade ou religião. (Pág. 9)

Nada, jamais, poderá justificar as atrocidades que os nazistas cometeram. Seus crimes serão absolutamente imperdoáveis sempre, e espero que por meio de histórias como a minha eles sejam sempre lembrados dessa forma. (Pág. 9)

Quero que elas saibam o que aprendi: apesar de todo o desespero, haverá sempre esperança. A vida é muito preciosa e bonita - e ninguém deve desperdiçá-la. (Pág. 10)

- Crianças, prometo uma coisa: tudo o que vocês fazem neste mundo deixa uma marca. Nada se perde. Tudo o que vocês fazem de bom vai prevalecer na vida das pessoas com quem vocês tiveram contato. Essas ações e atitudes farão a diferença para alguém, em algum lugar, em algum momento, e as suas realizações serão levadas adiante. Tudo está conectado como uma corrente que não pode ser rompida. (Pág. 11)

Ele acreditava que, se você nasce judeu, deve permanecer judeu para sempre. Na opinião dele, converter-se por temer a perseguição demonstrava total falta de firmeza e determinação. (Pág 21)

Hitler era como um garoto pobre com o rosto grudado na vitrine de uma loja de doces enquanto a sociedade vienense, exclusiva de intelectuais, o ignorava. (Pág. 29)

A cidade que o havia desprezado por tanto tempo agora o recebia de braços abertos, e a prioridade dele, segundo confidenciou ao chefe de propaganda nazista, Josef Goebbels, era limpar Viena da imundície e das baratas - ele referia-se aos judeus. (Pág 30)

Éramos pessoas "sem pátria" e indesejadas em qualquer lugar. (Pág. 40)

Era como se os pilares mais fortes da minha vida estivessem desmoronando ao meu redor. Pouco tempo antes eu era uma menina feliz que havia pulado de olhos fechados de cima de um guarda-roupa com a certeza de que meu pai estaria sempre lá para me segurar. Agora eu via que, apesar de todas as garantias, meus pais eram impotentes para nos proteger do mal no mundo. Eles não conseguiram nos manter longe dos nazistas e tivemos de fugir da nossa própria casa. E agora eles não poderiam nem mesmo me proteger de um homem que tinha me machucado da pior maneira possível. (Pág. 43)

- É contra tudo que há de mal que lutaremos; força bruta, má fé, injustiça, opressão e perseguição; e contra isso, tenho certeza de que o certo prevalecerá. A Segunda Guerra Mundial havia começado. (Pág. 46)

O tempo em que vivemos escondidas era uma mistura de duas emoções: terror extremo e tédio excessivo. Somente quando se está encarcerado ou incapaz de tomar suas próprias atitudes, você percebe que um dia inteiro é um período extenso que pode se estender por uma eternidade. (Pág. 77)

O mais temido dia da semana era aquele em que o transporte deixava o local, levando milhares de infelizes judeus para o leste, para a morte. Cada vez que o trem se aproximava, a tensão aumentava: quem estaria na lista? O veículo vazio fazia o trajeto até o campo durante a noite e, de manhã, os internos acordavam e viam longas filas de vagões de transporte de gados esperando-os. (Pág. 87)

Às vezes parávamos por longos períodos: uma fila de vagões para gado preenchido com centenas de pessoas suando e com náusea, fervendo ao sol em uma estrada de ferro, em algum ponto do que deveria ser o continente mais civilizado do planeta. Era impossível escapar daquela jornada; alguma hora o motor chiaria e colocaria a locomotiva em movimento outra vez, levando-nos, com uma lenta determinação, ao nosso destino final. (Pág. 92)

Quando as portas se abriram pela última vez, vimos que o trem havia nos trazido ao local que tanto temíamos: as terras pantanosas e fétidas do sudoeste da Polônia. Tínhamos chegado a Auschwitz, um centro de extermínio do tamanho de uma pequena cidade, com milhares de trabalhadores ocupados, dedicados a aperfeiçoar o assassinato em massa e a extinção da raça judia. (Pág. 93)

No curso da minha vida, vi incríveis avanços tecnológicos. Quando eu nasci, não era comum se ter um carro com motor, mas quando eu tinha quarenta anos, o homem já havia pisado na lua. Tínhamos curado doenças, criamos armas nucleares, mapeamos nosso DNA, aprendemos a navegar na internet e desenvolvemos alimentos e remédios geneticamente modificados. Pelo menos no ocidente, a maioria de nós se tornou mais rica do que uma geração como a dos meus avós poderia ter imaginado. Ainda assim, em termos de humanidade, parece que milhares de anos de experiência nos levaram a fazer poucos progressos. (Pág. 93)

Minhas experiências revelaram que as pessoas têm uma capacidade única para crueldade, brutalidade e completa indiferença aos sentimentos humanos. É fácil afirmar que o bem e o mal existem dentro de cada um de nós, mas eu vi a realidade de perto, e isso me levou a uma vida de questionamentos sobre a alma humana. (Pág. 94)

Eu agora era a prisioneira A/5272 - parte de um processo cujo objetivo era acabar com meu orgulho e com minha identidade. Quando fui levada para fora da estação de trem de Auschwitz, deixei a menina Eva Geiringer e seus sonhos para trás. Tínhamos passado nossos últimos momentos juntos como uma família, e eu jamais voltaria a ver meu irmão. (Pág. 100)

Durante o intervalo do dia, eu me arrastava pelo chão estéril para trabalhar, percebendo, com uma sensação de desespero, o inverno chegar. Que importância tinha a vida? Que diferença fazia se uma pessoa era boa ou ruim? Que tipo de consolo alguém poderia encontrar em "Deus"? (Pág 118)

O que se sabe com certeza é que ganhar a guerra e manter uma política forte de anti-imigração foram as prioridades dos Aliados - não a iniciativa de ajudar os judeus. (Pág. 127)

É difícil aceitar que muitas mulheres acabaram não morrendo nas mãos dos nazistas, mas ao se alimentarem com a comida quente oferecida pelos nossos libertadores. Depois de passarem fome por tanto tempo, seus corpos simplesmente não conseguiram se adaptar à mudança brusca de dieta. (Pág. 129)

Como iríamos descobrir, o final da guerra não foi o fim do preconceito. Longe disso. (Pág. 143)

Depois de tudo o que havíamos passado, era surpreendente sermos tratados como seres humanos decentes de novo. (Pág. 143)

"O resto da minha vida começa agora", pensei, "mas não tenho ideia do que fazer com ele". (Pág. 145)

Herr Frank diz que quando ficamos tristes, viramos pessoas muito egoístas. Sentimos pena de nós mesmos porque estamos perdendo algo tão essencial para nós, mas não podemos ajudar as pessoas de quem sentimos saudades porque elas não podem mais sentir dor... (Pág. 152)

Recuperar-se de acontecimentos e perdas traumáticas é um processo tão lento e gradual que, no momento do sofrimento, é difícil reconhecer o ritmo de caracol do caminho de volta à normalidade. É claro que há dias em que me sinto profundamente triste, chateada e reflexiva, mas posso dizer a quem está nas profundezas da depressão ou do desespero que, com o tempo, é possível superar o sofrimento e seguir com a vida. (Pág. 157)

Eu gostaria de poder dizer que acredito que essas pessoas, especialmente Miep Braams, enfrentaram a verdadeira justiça após a morte, mas minhas experiências em Auschwitz me despiram de qualquer crença no poder de "Deus" ou na vida após a morte. A justiça deve existir neste mundo, ou então ela simplesmente não existe mesmo. (Pág. 172)

Durante a guerra, eu havia jurado que jamais me tornaria uma vítima, mas quase dez anos depois era assim que eu me comportava, pelo menos em público - uma carapuça tímida cobria a menina extrovertida que eu costumava ser. (Pág. 195)

Foram as "regras" que nos fizeram bordar estrelas amarelas em nossos casacos e nos enviaram em trens de gado em direção à morte. Onde estavam as "regras" sobre a compaixão, a humanidade e o ato de não matar seres humanos quando mais precisávamos delas? (Pág 217)

Acreditamos que sempre lembraremos claramente das pessoas que amamos - mas, à medida que o tempo passa, começamos a nos lembrar apenas da memória das lembranças. (Pág. 246)

Percebi que você pode compreender uma pessoa que cometeu um crime terrível sem ter de perdoar o próprio crime. (Pág. 253)

- Sempre há uma esperança, mesmo quando a vida parece tão sombria. Você precisa ter o desejo e a força necessários para mudar o seu destino e conquistar o que deseja [...] (Pág. 255)

- Sim! Vocês podem ver o quanto a discriminação é perigosa. É preciso coragem para falar quando você vê a injustiça. Você tem uma voz. (Pág. 256)

"Aprendi com você que não importa o quanto a vida fica difícil, você precisa ter vontade de sobreviver, é isso que vai te manter no caminho... Embora eu esteja na prisão, tenho esperança de que um dia vou ficar livre. Estou suportando por causa da luz no fim do túnel. Escutar você me trouxe mais esperança e força para seguir em frente." (Pág. 257)

Meu sonho é que alguém irá pegá-la, muito depois de eu partir, e ficará chocado e perplexo ao descobrir que o mundo já foi dessa maneira. Perseguir as pessoas porque elas são judias, ou porque são negras, ciganas, muçulmanas ou homossexuais, vai parecer algo tão ridículo, desumano e ultrajante quanto a escravidão nos parece agora. (Pág. 266)
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Vivi 07/02/2023

IMPACTANTE
“Com um estremecer extenso e lento, a locomotiva começou a se movimentar, e a sensação era a de que tínhamos dado início a uma viagem para o inferno. ”

Todas as vezes que leio algo a respeito do holocausto alemão sinto um nó na garganta, com esse livro não foi diferente.
É um relato que transporta o leitor para todos os lugares, situações, dores e revoltas que ela passou, Eva foi extremamente transparente em todas as descrições.
É um livro forte, pesado e doloroso, mas é muito importante. Indico a leitura.
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A.H. 05/02/2023

Forte e Impactante
É um livro narrativo, onde Eva descreve de maneira clara, com detalhes preciosos o antes, durante e depois de Auschwitz.

Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo.
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Ka_ 04/02/2023

Esconder ou morrer
"Com um estremecer extenso e lento, a locomotiva começou a se movimentar, e a sensação era a de que tínhamos dado início a uma viagem para o inferno."

Esconder-se ou morrer.
Amei o livro. É um livro narrativo, onde Eva descreve de maneira clara, com detalhes preciosos o antes, durante e depois de Auschwitz. Há anos atrás li o diário de Anne Frank e lembro perfeitamente como era sofrido e ao mesmo tempo empolgante cada página dele. Depois de Auschwitz, consegue igualar-se e em alguns momentos até superar - lo. Excelente obra.
Como se trata de uma história real, acho importante esclarecer os nazistas tinham uma espécie de "auditoria secreta" especializada em receber denúncias de famílias que escondiam judeus.

A família que acolheu Eva, seu irmão e seus pais foi alvo dessa auditoria e, certo dia, foram capturados e ficaram à mercê dos nazistas.

A família de Eva foi enviada ao lugar onde mais temiam: O campo de concentração Auschuitz-Birkenal. O caminho até os campos de concentração foi feito em um trem de carga com judeus amontoados uns por cima dos outros, sem comida, nem ar para respirar.
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Camilla 01/02/2023

Leitura extremamente dolorosa e importante!
Meu Deus, como me doeu esse relato. Senti nó na garganta, dor, tristeza, me emocionei, me arrepiei, precisei dar um tempo na leitura para me recuperar... mas não tem como não favoritar, Eva foi extremamente transparente em todos os aspectos. Costumo ler bastante sobre segunda guerra e holocausto, mas esse em especial me tocou de uma forma impressionante, recomendo fortemente!
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Ratinha da Biblioteca 31/01/2023

Há vida após tanto sofrimento?
Nesse livro, Eva Schloss conta o que passou durante a Segunda Guerra Mundial, mas também conta o que passou depois que a guerra acabou e a volta para casa era tão estranho quanto continuar a vida normalmente.
Depois de perder o pai e o irmão, a dor de Eva era tão grande e ela no auge de sua adolescência, não compreendia que a mãe estava sofrendo também, assim isolando-se e fingindo viver bem.
Uma história de superação, de força de vontade. Eva reata os laços com a mãe, constitui sua própria família, vive por anos sem falar sobre os tempos sombrios até que um jantar de inauguração a faz abrir as comportas da mente e liberar as lembranças, libertando Eva do sofrimento calado e da dor que carregava.

Histórias sobre o holocausto são sempre difíceis e essa não foi diferente, com descrições que me fizeram duvidar da humanidade, mas no fim, sempre há alguém bom pra ajudar..
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Karen Baltazar 29/01/2023

Um livro chocante
Esse livro com certeza foi o livro mais triste que já li em toda minha vida !

É forte, você chora, se revolta, sente nojo mas no fim termina a leitura com a sensação de que não pode reclamar de nenhuma dificuldade da sua vida.

Obrigada Eva por esse livro maravilhoso!
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Mykaele1 27/01/2023

Esse livro me fez pensar em como o ser humano com poder é terrível, em como alguns seres humanos são desprezíveis e influenciáveis. E em como hoje em dia, ainda existem pessoas que ainda possuem o mesmo pensando Hitler, mesmo com acesso a informações que são de partir o coração.
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Leticia.Karin 27/01/2023

Cansativo
O livro me cansou mais que tudo, eu lia lia lia e nunca chegava ao fim. Eu gostei do fato de ter bastante sobre a vida dela pós-Auschwitz, muitas vezes não temos esses relatos porque a maioria morreu. Apesar de eu ter gostado disso, foi maçante, era como se eu tivesse mastigando uma carne com gordura, que eu mastigo mastigo mastigo e engulo depois de muito tempo.
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