Para ler o Pato Donald

Para ler o Pato Donald Ariel Dorfman
Ariel Dorfman
Ariel Dorfman
Álvaro de Moya




Resenhas - Para Ler o Pato Donald


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Ana 02/05/2024

Indústria da cultura
Livro bem isnteressante, provoca várias reflexões acerca da massificação da sociedade.Relflexão extremamente importante!
Entretanto, a linguagem é bastate rebuscada, e a leitura não é nada flúida (achei bem chato sinceramente). Além de que alguns dos pontos apontados no texto achei bastante forçado, estão ali só para falar mal da disney.
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Karen453 08/02/2024

Muito bom. Os autores, de maneira muito didática, analisam, a partir da ótica marxista, a maneira como os produtos Disney (especificamente suas histórias em quadrinhos), exercem uma formação ideológica e consumista aos países que fazem parte da periferia do sistema capitalista. Mas além disso, é detalhado para o leitor a maneira como o imperialismo estadunidense cria representações dos países explorados e como de fato o impacto dessas produções exercem influência sobre a América Latina.

Recomendo muito a leitura para quem possui interesse em compreender a dinâmica psicológica, ideológica e dialética existentes no consumo de produtos dos países imperialistas, criados como entretenimento para a classe trabalhadora.
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Miquéias Marques 15/06/2023

Chato
Uma leitura muito intelectual para saber aquilo que já sabemos. Uma visão critica sobre o imperialismo norte americano na perspectiva do senhor Walt Disney em seus gibis.
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Joao.Lucas 21/09/2021

Um livro que o debate é muito interessante, e a capacidade de argumentação dos autores é muito boa, mas não é algo que eu recomendo para quem teve pouco contato com a Disney ao longo da vida. Obviamente dá para traçar paralelos com animações e mesmo a Disney atual, com seus múltiplos estudos, mas como o principal alvo aqui são os quadrinhos, fiquei meio alheio com o que eles falavam. Os exemplos evidenciavam bem os argumentos, mas não foi nada que eu tinha aquela ligação de infância e me senti estupefato.
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Kevin 09/08/2020

"Imperialismo Sedutor" de António Pedro Tota também é uma ótima pedida antes ou após esta obra.
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Wagner 21/08/2017

FECHADOS NO NÚCLEO DE SUA IMPERFEIÇÃO...

(...) É melhor fazer-se bom, e se por azar lhe toca ter pouco talento, aguentar-se até que a roda arbitrária da fortuna coloque a seu alcance o prestigio e o dinheiro; subir, subir,subir,.

(...) Os leitores amam, por isso, estes personagens: têm toda sua degradação, sua alienação, mas são inocentes animaizinhos. Não podem controlar sua própria vida, nem sequer os objetos que os rodeiam: estão perfeitamente fechados no núcleo de sua imperfeiçãoi (...)

in: DORFMAN, Ariel. Para ler o Pato Donald. São Paulo: Paz e Terra, 2000. pp 143
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Sandra 28/12/2014

Para Ler o Pato Donald descortina a sociedade capitalista em que vivemos. Demonstra como intojetamos valores capitalistas, desde a mais tenra idade, e de forma inconsciente. Nos faz refletir sobre o modo capitalista de viver, como o dinheiro e o consumo se tornam valores de grande importância em nossa vida e como os apreendemos inconscientemente desde nossa infância.
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Tauana Mariana 28/09/2013

Para ler o Pato Donald
Pode até parecer paranoia ou exagero de teórico que vê submissão, opressão e alienação em tudo. Mas acredito que, apesar de forte e com uma acidez crítica incrível, o livro tem sim, fundamento.

Estudando sobre o Getúlio Vargas, cheguei à história do Zé Carioca, e consequentemente, à história da Disney. Me fascinei pelo assunto, mas, infelizmente, nunca o pesquisei ou utilizei minha curiosidade nesse contexto para um viés acadêmico. Assim, estudo e leio sobre a Disney "apenasmente" por curiosidade.

Eis que lendo sobre o Zé, cheguei ao livro O imperialismo sedutor, de Antônio Pedro Tota. O livro fala sobre a "americanização" do Brasil depois da Segunda Guerra Mundial, e obviamente, essa "americanização" estava estreitamente relacionada à Disney. O Brasil encanta-se então com um pato que não usa calças e um rato que usa luvas.

Interessada no assunto, adquiri o Para ler o Pato Donald, livro indicado por Tota e citado por grande parte dos pesquisadores do tema. O livro é curtinho, tem 162 páginas, mas o conteúdo é denso e de difícil digestão.

Os autores realizam uma densa e complexa análise sobre o conteúdo das tirinhas Disney em um determinado período. Na obra, você percebe, por exemplo, que no mundo Disney existem poucos "pais" e "mães", já tios e sobrinhos são a maioria. O tio, desta forma, é um parente próximo mas que não tem obrigações financeiras e morais com os pequenos. Não é o responsável por sua educação, e por isso, pode eximir-se de uma conduta exemplar (entre outros motivos).

Nas histórietas, os autores também destacam que, para a mulher só resta a panela. Ou a panela para fazer a comida da família, ou o caldeirão, para as feitiçarias. Deste modo, a mulher se restringe à donzela dona de casa ou a bruxa má e perversa.

Compreendemos também que um grande número de histórias é relacionada à conquista do ouro. Os personagens de Disney estão sempre atrás de ouro, tesouros e riquezas fáceis. O ouro (e o dinheiro), são recompensas para os astutos e espertos, e não para os trabalhadores. Nesse aspecto, a obra chama a atenção para o excessivo consumo apresentado nas histórias. Os personagens estão sempre de folga, ou viajando, e ainda assim demonstram poder aquisitivo. Até o Pato Donald, que não quer trabalhar e sempre busca empregos fáceis e que não exijam esforços, trabalha apenas para pagar "a última parcela da televisão", aliás, as parcelas não acabam nunca. Para os autores, Donald seria um "parasita" do sistema econômico.

O essencial do livro, no entanto, é como as histórias de Disney refletem um sistema de dominação e submissão social entre EUA e América Latina, especialmente o Chile. Referindo-se à Donald, Mattelart e Dorfman afirmam: "enquanto a sua cara risonha deambula inocentemente pelas ruas de nosso país, enquanto Donald for poder e representação coletiva, o imperialismo e a burguesia poderão dormir tranquilos" (pp. 161-162).

Obviamente, está resenha não faz jus ao conteúdo, muito menos à complexidade da questão apresentada pelos autores. Por isso, sugiro que, aqueles que se interessaram ou não entenderam ou discordam do assunto, leiam o livro. Vale a pena. :D
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Marco 20/08/2009

Um livro curioso pela paranóia e que hoje perdeu completamente o sentido
Já na época, esse livro já poderia ser classificado como paranóia de esquerda.



Claro que histórias em quadrinhos escritas nos Estados Unidos não poderiam contar aventuras sob a ótica esquerdista centro-sul-americanóide. Simplesmente essas histórias refletiam um estilo de vida norte-americano que sempre existiu. Imperialista ou não, qual país do mundo já não passou por essa fase (inclusive "nosotros mismo")? Mas, daí a achar que essas mesmas histórias em quadrinhos eram armas de lavagem cerebral do "imperialismo norte-americano, seria um bom caso para um psiquiatra.



Hoje em dia então, com essas mesmas "esquerdas tropicais" chafurdando em corrupção, transformadas em ditaduras de opereta ou engolidas pela globalização, esse livro tem menos sentido ainda.



Eu mesmo cresci lendo Pato Donald, Tio Patinhas e Superman e nem por isso me tranformei num "latifundiário-escravagista-imperialista- opressor-das-massas".Eu e mais milhões de crianças.



Se quiser realmente ler, leia com olhos de curiosidade sobre o pensamento da esquerda latino-americana dos anos 70.

É pura paranóia.



Viniche 05/07/2011minha estante
Discordo do seu comentário, o livro é coerente, e é muito ingênuo pensar que a Disney nunca pôs em histórias em quadrinhos o pensamento imperialista americano, claro que os pensamentos eram outros. O livro só errou por analisar apenas os quadrinhos da disney, podia ter analisado os desenhos e quadrinhos estadunidenses em gera.


RH 07/09/2011minha estante
Discordo da resenha do Marco e acrescento só mais uma informação ao que Viniche disse: tudo é uma questão de influências, é o modo de pensar e de encarar a vida que os países desenvolvidos e capitalistas tentam inculcar na cabeça das pessoas desde pequenas para que elas cresçam achando normal.

Me diz Marco, você provavelmente acha normal por exemplo trocar de celular quando um novo lançamento parece ser mais interessante e "moderno" não é mesmo? pois este é um dos muitos pensamentos que o capitalismo querem impor nas pessoas, essa constante adaptação, é comprar comprar e comprar... eles querem dizer que é normal uma pessoa só ser considerada bem sucedida se ela consumir muitos produtos e viver uma vida fútil com falsos valores.

Enquanto o mundo capitalista acha normal este descarte constante de produtos sem necessidade milhões de pessoas morrem de fome sem ter o que comer.

O Tio patinhas é apenas um exemplo do pensamento capitalista que os donos do poder querem que todos achem "normal."

Marcos, reflita o que disse e veja se não estou certa.


Vanessa Henriques 05/06/2012minha estante
Marcos,

As pessoas não precisam ter se tornado necessariamente num "latifundiário-escravagista-imperialista- opressor-das-massas". A profissão que pode ser equivalente a esta, nos dias atuais, pode ser a de grande empresário, não?

A disseminação de tais valores, tratados como coisas normais no estilo "o mundo é como é", pode ajudar na manutenção do status quo. Tais relações passam a ser tratadas com naturalidade.

A relação dos patos com os habitantes de outros povos reproduz sim o comportamento do descobridor-imperialista-superior que se diverte e se aproveita do "atraso" em que se vive certos povos. Pode-se perceber que este comportamento não é algo datado, é praticado e difundido atualmente. Posso dar o exemplo EUA-Iraque só para ilustrar.

Tais coisas ditas de forma tão natural por inocentes patinhos desenhados podem ser sim uma arma fortíssima nas mãos de grupos cujos interesses são mantidos graças a disseminação dessas ideias como algo natural, "que faz parte da vida".


Ronaldo 06/07/2015minha estante
O comentário do colega só demonstra que os quadrinhos da Disney conseguiram seu objetivo. rsrsrrs




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