Marta Skoober 10/11/2019
Aleatoriedades
Quando comprei esse livro anos atrás não o fiz pensando em ler, comprei pensando em presentear. Algum acidente de percurso me levou a não entregar o livro e escolher outras vias. E pensando em desentulhar a prateleira resolvi doar. Acabei folheando e rendeu uma leitura agradável e de certo modo esclarecedora, de certo modo porque muito do que li no livro eu já havia lido em outros textos, mesmo assim fiz minhas descobertas.
Confesso que a parte histórica me interessou mais do que a análise "do contemporâneo", mas mesmo essa não foi ruim ou chata, uma vez que a autora escreve de forma bastante fluída e agradável. O livro conta com uma bibliografia extensa e várias lâminas de fotografias ilustrativas.
Esse é um livro que tem vontade própria, por incrível que pareça a biblioteca que escolhi levar o livro não o quis. Moral da história o livro foi trocado no sebo por um outro presente que desta vez espero que tenha seguido seu destino...
Grifos:
Nos países desenvolvidos, a vaga feminista dos anos 1970 foi realizada por mulheres brancas, de classe média e de nível superior.
Más notícias na entrada do século XXI: as mulheres continuam submissas!
Se as mulheres orientais ficam trancadas num espaço determinado, o harém, as ocidentais têm outra prisão: a imagem.
O Brasil está envelhecendo, e as mulheres, junto. (...) A medicina se debruça sobre os problemas específicos dessa clientela; economistas se inquietam diante do aumento de aposentadorias; e os demógrafos se desolam com uma pirâmide de idade invertida? mais velhos, menos jovens?, que aponta, a médio prazo, um país cheio de rugas. O Estado também vai tomando consciência da amplitude da situação e, com a lentidão habitual, começa a pensar nela.
Muitos autores reconheceram, na virada do século XIX para o XX, o momento em que, em vez de imaginar que o acúmulo dos anos traria experiência, a última etapa da vida passou a ser associada à ideia de decadência.
Concluído em 02/11