Entre Mundos

Entre Mundos Brenna Yovanoff




Resenhas - Entre Mundos


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Rafaella 22/01/2014

" - Ele age como humano, Daphne. Ele pode ansiar pela Terra, se apaixonar e fazer o trabalho que ele faz porque se sente humano, e é isso que você tem de entender. Você jamais irá convencer alguém a mudar o que sente." Página 34


O Substituto foi uma leitura maravilhosa e Entre Mundos não poderia ser menos impactante do que o primeiro best-seller da autora Brenna Yovanoff. Apesar de serem leituras totalmente diferentes, ambos os livros cativam o leitor de uma maneira singular.

Entre Mundos é ambientado no Inferno, isso mesmo, o lugar em que todos os condenados passam sua eternidade. Lá conhecemos Daphne, uma jovem filha de Lilith e Lúcifer. Obie, seu irmão mais velho e exemplo, é filho de Lilith com Adão e é o mais amado por sua mãe. Quando o rapaz decide fugir para a Terra, Daphne acredita ser perigoso e conta tudo para Belzebu, que é aquele que a jovem considera como pai. Em meio a esta turbulenta transição, Daphne conhece Truman Flynn um garoto que estava no inferno durante a partida de Obie. A jovem acaba se afeiçoando ao rapaz e não permite que ele fique em Pandemonium, fazendo com que ele seja enviado para a Terra.

Quando Lilith descobre que Obie desapareceu, Daphne percebe que esta é a sua oportunidade de ser melhor do que sempre foi e parte para encontrar seu irmão mais velho. Qual sua única pista? Truman Flynn, o jovem da estação e último paciente de Obie.



" Pela primeira vez, passa pela minha cabeça cogitar se a razão pela qual ela insiste constantemente para que eu seja mais como as minhas irmãs é porque ela se corrói ao me vez ali quieta, enquanto ela, se pudesse, fugiria. No entanto, nunca fui ardente nem corajosa. Nunca fui impulsiva. Sempre foi da minha natureza pensar cuidadosamente em tudo e, decidir qual seria a melhor solução. Só que, às vezes, as circunstâncias mudam. Às vezes as coisas ficam tão ruins e complicadas que sua natureza não importa mais." Páginas 59 e 60



Depois de uma longa busca pelo rapaz, Daphne o encontra e o salva novamente de si mesmo. Aos poucos a jovem começa a se apegar a Truman e ele é o único que poderá lhe ajudar na busca por seu irmão. Enquanto isso, Pandemonium está alerta, já que algumas Lilim (irmãs de Daphne) estão sendo brutalmente assassinadas em suas idas à Terra. A busca de Daphne não pode parar, mas Lilith teme pela segurança de sua filha mais nova. Será que com a ajuda deste rapaz problemático a jovem demônio conseguirá resgatar seu irmão?

Pela sinopse e por minhas palavras você já deve ter percebido que este livro é diferente de tudo aquilo que já foi lançado. A obra é excepcional e transmite ao leitor todas as nuances do amor de Daphne por seu irmão, Truman e toda a sua família. O início da leitura pode ser um pouco confuso e confesso que a princípio achei a personagem Daphne um tanto egocêntrica, mas com o desenrolar da narração você percebe que ela deixa de lado a própria segurança para ir atrás de seu irmão, então percebemos que isso que é amor. Truman é um personagem perturbado, que conquista o leitor justamente por isso, por sua fragilidade.

A obra é dividida em três partes e cada uma trata de um local em que a protagonista se encontra. A capa é perfeita, pela imagem não sei se vocês conseguem perceber o quanto parece real o fogo ao lado de Daphne, esta é sem dúvida uma das melhores capas da Editora Bertrand Brasil. A diagramação é ótima e torna a leitura fluida, há ainda a contagem das horas para o grande acontecimento da obra - feita por menções antes de alguns capítulos. Entre Mundos é perfeito e nos mostra que até as pessoas que se consideravam incapazes, podem amar.



" - A sua mãe não ama você?
- Não - disse ela, e foi quase um sussurro. - Mas Obie me ama. É por isso que tenho que encontrá-lo." Página 195


site: http://laviestallieurs.blogspot.com.br/2014/01/resenha-entre-mundos-brenna-yovanoff.html
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Literatura 28/11/2013

Redimida pelo amor
Cada vez que abrimos as páginas de um livro, escancaramos diante de nossos olhos universos diferentes. Mudamos conceitos, vislumbramos mundos e mudamos de lado como quem muda de roupa. Quem imaginou um dia que eu iria odiar os anjos e amar os demônios... WTF?! Isso mesmo, graças a Brenna Yovanoff e seu universo sombrio de personagens mostrados em Entre Mundos (Bertrand Brasil, 390 páginas).

Bom, apesar de não ter tido a mínima vontade de ler o seu livro anterior, O substituto por ter achado meio teen demais, resolvi arriscar quando o pessoal da editora me mandou o novo livro, ainda na prova, para que eu pudesse ler. E conheci Daphne, filha mais nova da própria Lilith com Lúcifer, uma súcubo que larga toda a sua vida em Pandemonium - literalmente a central do Inferno - para procurar Obie, seu meio-irmão, o fruto de sua mãe e Adão (o único filho que Lilith ama, já que seu relacionamento com o senhor das trevas é uma droga e as irmãs de Daphne são medonhas). Obie vive em busca de sua humanidade, atrás de salvar espíritos desvirtuados na Terra. Até encontrou a paixão entre os humanos... Apesar de se dar bem com Daphne, ele some e por isso ela se dispõe a econtrá-lo. Em Chicago conhece Truman, o último rapaz "salvo" por seu irmão e... Preciso falar que o "amor está no ar"? Agora é hora da nossa endemoniada personagem decidir o seu destino... Se quer seguir a maldade inerente em si, como as suas irmãs horrorosas, ou abraçar a humanidade e seus sentimentos? Isso sem contar a participação dos anjos, uma horda que a gente passa a considerar "do mal" no decorrer das páginas, em uma trama poderosa.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/11/resenha-entre-mundos-redimida-pelo-amor.html
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Jacqueline 11/11/2013

original e sombrio
"Nunca fui impulsiva. Sempre foi da minha natureza pensar cuidadosamente em tudo e, então, decidir qual seria a melhor solução, só que, às vezes, as circunstâncias mudam. Às vezes as coisas ficam tão ruins e complicadas que sua natureza não importa mais".

Quando soube do lançamento desse livro fiquei muito animada, pois já tive uma experiência de leitura anterior com a autora (O Substituto), e fiquei entre o gostar e não gostar. Acho que o motivo da minha decepção anterior era ter pensado que O Substituto seria um terror no melhor estilo Stephen King. Agora eu já fui com a mente aberta para o mundo sombrio de Brenna, e o resultado foi muito positivo.

Daphne é um demônio, filha de Lilith e Lúcifer. Desde que sua mãe foi expulsa do Éden, e obrigada a viver enclausurada em Pandemonium, tudo o que ela sabe sobre a terra e os humanos é apenas o que é mostrado nos programas de TV. Ela nunca sentiu vontade de visitar a terra, mas seu desejo muda quando seu meio irmão - Obie - filho de Adão, parte para sempre de Pandemonium, para viver na terra com a mulher que ama. Desolada por não ter mais o irmão por perto, e assustada com o que pode ter acontecido a ele, Daphne vai para Chicago, tentar encontrar o humano Truman, que aparentemente é a última pessoa que esteve com o seu irmão.

Primeiramente devo dizer que o mundo criado por Brenna é sempre tão original e surpreendente, que não tem como não gostar do livro, mesmo que o desenvolvimento não atinga suas expectativas.
Dessa vez temos uma inversão na classificação de bem e mal. Os demônios aqui são pessoas do bem (não tão bem assim), e os anjos são vistos como os vilões. É meio confuso, mas não quero entrar em muitos detalhes para não tirar a surpresa.
Os vilões estão muito bem caracterizados. Na verdade todos os personagens estão. Seres sombrios são definitivamente a praia da autora. Por mais que eu tenha achado estranho os demônios possuírem dentes cinzas, não conseguia imaginá-los de outra forma.
O fato é que o discurso e a forma como Yovanoff apresenta seus personagens me convenceu. É estranho escrever isso, mas lá vai: nunca na minha vida imaginei que iria torcer tanto por um demônio (só na literatura, claro).

Dá pra perceber logo no prólogo o quanto a escrita da autora amadureceu. Porque não basta criar um mundo original, é preciso torná-lo crível, e ela cumpriu perfeitamente essa tarefa. Pandemonium apesar de ter sido pouco explorada, foi totalmente palpável. Dava arrepios só de imaginar as passagens que Daphne mencionava, como o poço, para onde as almas condenadas eram enviadas.
Daphne é uma protagonista no mínimo muito estranha, mas que causa simpatia no leitor. Fica claro que ela é um súcubo, mas achei que essa parte sobrenatural poderia ter sido melhor explorada.

" - O amor existe mesmo?
- Amor - diz ele (...) Você perguntou sobre o amor. Não sei nada sobre o amor, Daphne. Só sei que não quero nada além de você. Não quero estar em nenhum lugar senão ao seu lado."

O que falar de Truman? Já deu pra perceber em minhas resenhas que eu tenho um estranho caso de amor por personagens irreparáveis e perdidos. O romance entre eles é muito cute. Não no sentido fofinho da palavra, mas no sentido que ambos pareciam ser predestinados (eu sei, parece clichê, mas não é. Eu juro).
Apenas algumas cenas senti uma vibe totalmente crazy, mas já tinha notado essa característica no livro anterior, então digamos que eu estava familiarizada com a mente totalmente imaginativa de Yovanoff.
Para quem está cansado de séries, Entre Mundos é a escolha perfeita. Equilibrando sobrenatural com romance, Brenna reserva muitas reviravoltas e um final surpreendentemente devastador.

site: www.mybooklit.com
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