Marcelo 20/08/2013
Leve, bem humorado e instigante.
Sou fã da literatura de entretenimento, e se as histórias nos faz ampliar os horizontes de uma forma leve e envolvente, ela se torna alta literatura. Aquela que nos faz pensar criticamente e evoluir como seres humanos.
Num primeiro momento, pode parecer estranho citar a alta literatura numa resenha de um livro despretensioso como “Perdendo a Cabeça”, mas afirmo que o autor se tornará em muito breve uma referencia na literatura nacional. Primeiro por ter uma prosa objetiva e simples, segundo pela abordagem bem humorada de um mundo repleto de traumas e terceiro, e mais importante, por conquistar o leitor pela qualidade das suas tramas e nelas inserir o mundo GLS, com todo os seus excessos (que podem chamar de glamour), seus conflitos, sem ser panfletário e tornando o tema saboroso para qualquer um.
Este é o segundo livro da serie, o primeiro “Crimes Bárbaros” também tem a mesma pegada e nos apresenta o casal de investigadores Tony e Gabriel, numa trama policial a lá Agatha Christie, de quem o autor é fã confesso.
Li o primeiro e tive o prazer de ser um dos primeiros a ter lido o segundo. A evolução do autor é notória. Nesta segunda trama, a ação se passa em Juiz de Fora/MG e gira em torno da travesti Narcisa Corona, dona da boate mais badalada da cidade, que tem os seus funcionários perdendo literalmente a cabeça. Repleto de personagens interessantes, a trama tem no seu vilão o ponto forte. O que garante a excelente história.
Os protagonistas mais uma vez estão às voltas com crimes misteriosos, que só com os seus talentos combinados podem solucionar.
É um livro que dá pra ler numa sentada e fica a sensação de quero mais.