A Etica Protestante e o Espírito do Capitalismo

A Etica Protestante e o Espírito do Capitalismo Max Weber




Resenhas - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo


65 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Bruno939 06/04/2023

A parábola do servo que foi rejeitado pelo senhor, por não ter feito frutificar o talento que lhe fora confiado, parece confirmá-lo claramente. Querer ser pobre era, como foi mencionado várias vezes, o mesmo que querer ser doente; era reprovável em relação à glorificação do trabalho e derrogatório quanto a glória de Deus. Especialmente a medicância por parte dos que estão aptos para o trabalho não é apenas um pecado de indolência, mas também uma violação, segundo as próprias palavras do apóstolo, do dever de irmandade.
comentários(0)comente



ErideCalcinha 04/04/2023

Desvencilha-se de seu tempo e faz uma leitura revolucionária
Um estudo deveras sóbrio sobre o período em que o livro foi escrito, parece que Weber olha sua realidade de fora, de tão preciso que é; dá muitos detalhes sobre a conjuntura econômica dos períodos retratados; prioriza os meandros religiosos do meio para o final.
7.7/março de 2023
comentários(0)comente



Daniel 16/03/2023

Uma análise muito interessante sobre como o capitalismo funciona e como a religião foi importante para a ética capitalista.
comentários(0)comente



Cássio F B 06/03/2023

Ética protestante
Max o QUÊ
.
comentários(0)comente



Jolly 14/10/2022

Leitura maçante e um pouco arrastada, melhor ler no ebook do que no físico por conta do dicionário fácil.

Da uma visão boa da maneira como economia e religião estão conectadas.
comentários(0)comente



Animal Noturno 07/09/2022

Um clássico.
Um clássico da sociologia, capaz de nos fazer entender o viés ideológico da nossa sociedade atual, como as religiões têm tanta força no século XXI e como essa força serve a propósitos distantes do ideal republicano e democrático, um livro atemporal que esmiuça uma religião que nasceu como um movimento legítimo em contraposição a uma igreja católica atrasada e medíocre, mas que a posteriori se tornou também um poço de atraso, com uma ética que favorecia o crescimento do sistema capitalista...Leitura obrigatória para aqueles que querem entender esse fenômeno religioso mundo afora.
comentários(0)comente



Amós 13/04/2022

Resenha da obra “A Ética Protestante e o Espírito da Capitalismo” do Max Weber; Leitura finalizada em Oito de Abril de 2022
Autor e obra em questão dispensam apresentações, sendo considerado, junto a Marx e Durkheim, um dos pais fundadores da sociologia e sua obra é seminal para o pensar o desenvolvimento do sistema capitalista através da modernidade. Max Weber é nascido na Alemanha pré-unificação em 1864 e iniciou seus estudos na Universidade de Humboldt de Berlim, tendo se dedicado ao estudo de religiões ocidentais e orientais. Seu trabalho tem importância destacada devido a sua formulação do método de análise sociológico empregado por ele e que se difundiu no meio acadêmico contemporâneo, método esse que engloba em si apreensões da História, Economia, Direito e Filosofia para construção de teses sociológicas.
Já a obra em si, foi escrita nos primeiros anos do século XX, em meio a um apogeu do imperialismo europeu sob Ásia e África, onde muitos pensadores se dedicavam a entender o porquê da disparidade no desenvolvimento econômico europeu frente às colônias na periferia do sistema capitalista. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo foi escrita em forma de artigos que posteriormente foram reunidos e organizados em forma de ensaio, que destrincha pontos centrais da mentalidade protestante frente ao desenvolvimento do capitalismo europeu e estadunidense. Sua tese no livro serve de contraponto ao pensamento marxista, pois pensa o desenvolvimento do capitalismo a partir de uma ótica culturalista, dando maior atenção às formas de pensar/agir das sociedades analisadas frente ao método materialista histórico-dialético de Marx.
Logo no primeiro capítulo, Weber irá pensar como as diversas formas religiosas se posicionam dentro dos estratos sociais dos países analisados, pois dessa forma busca entender de que forma suas práticas privadas contribuem em maior ou menor medida para seu ascenso econômico. Dessa análise o autor conclui que postos chaves da economia capitalista são ocupados majoritariamente por protestantes de diversas denominações e de como isso se construiu historicamente a partir de uma ética de trabalho árduo e ascetismo pessoal dessa parcela da população. Partindo disso, o segundo capítulo busca fazer uma definição melhor do que o autor entende por “espírito do capitalismo”, colocando que isso vai além da simples formulação econômica da busca de lucros - que na visão de Weber é possível de ser identificado em outros vários contextos do mundo e do tempo - mas sim por um ethos de racionalização do trabalho em torno de um propósito de aumento de produtividade sistemático a partir do reinvestimento dos lucros obtidos. Isso se dá devido à lógica supracitada de uma vida ascética. Isso em grande medida se contrapunha aos “capitalistas tradicionais”, que apesar da busca por obtenção de grandes margens de lucro, não o reinvestiram na produção de mercadorias, mas sim gastavam boa parte do que era adquirido com bens e com uma vida mais luxuosa. Isso fica claro no seguinte trecho (pg. 72): “ O tipo ideal do empreendedor capitalista [...] evita ostentação e as despesas desnecessárias, bem como o desfrute consciente de seu poder, e sente-se embaraçado com os sinais externos de reconhecimento social que recebe.”
Já no terceiro capítulo o autor se dedica ao entendimento do conceito de vocação, que é percebido para além do simples trabalho, mas alcança a compreensão que o exercício de uma profissão com dedicação absoluta é uma virtude elevada a ser alcançada pelos indivíduos. Essa lógica é presente dentro da ética protestante na medida que o trabalho justo é uma forma de expressão de amor fraternal pela sua comunidade e em última instância, uma forma de louvar a Deus. Isso se contrapõe aos capitalistas tradicionais, que tinham sua vida luxuosa condenada pelo ethos ascético dos protestantes. Essa forma de compreensão de vocação se desenvolveu dentro das diversas correntes do protestantismo moderno, em especial os calvinistas, metodistas, pietistas e outras seitas protestantes que o autor irá abordar no capítulo seguinte. O que cabe destacar desse trecho é a abertura da possibilidade da obtenção de lucros capitalistas como forma de demonstrar sua vocação ao trabalho exercido e consequente enriquecimento como forma de demonstrar de sua fidelidade a Deus, extrapolando isso ao ponto de que a posse de riquezas passa a ser visto como uma marca dos verdadeiros cristãos.
No quarto capítulo o autor se dedicará a análise aprofundada da ética das diversas correntes do protestantismo, destacando de cada uma delas pontos que irão se constituir numa ética protestante mais geral. Dos calvinistas a ideia de predestinação dos salvos se relaciona profundamente com o entendimento de que o sucesso econômico são as marcas de um salvo, visto que dentro dessa lógica não haveria outras possíveis marcas dessa salvação cristã e que somente os escolhidos por Deus tem sobre si sua bonança divina. Dos metodistas se tem o fortalecimento de uma sistematização racional do trabalho em vistas do aumento de produtividade, retomando a ideia de que o exercício de sua vocação com dedicação é uma forma de amor fraternal cristão. Já os pietistas tem destaque devido ao reforço de sua lógica ascética e da repreensão de uma vida com luxos. Por fim o autor vê nas diversas seitas (como quakers, batistas e puritanos) uma mescla dessas diversas correntes do protestantismo que em menor ou maior medida se fizeram presentes nos Estados Unidos da América e de como essas influenciaram grandemente o desenvolvimento do capitalismo.
No capítulo final da obra o autor recolhe todas essas compreensões para construir sua tese, afirmando que essas características do protestantismo em conjunto construíram um novo ethos, que se contrapunha ao cristianismo medieval católico e que valorizava o acúmulo de riquezas como marca do verdadeiro cristão. Isso fica transparente no seguinte trecho (pg. 243-244): “A riqueza só é, portanto, ruim, do ponto de vista ético, conforme seja uma tentação ao ócio e à fruição pecaminosa da vida, e a sua aquisição somente é ruim quando é realizada como último propósito, o de uma vida folgada e sem cuidados. Entretanto, enquanto realização de um dever para uma profissão, esta não é apenas moralmente permitida mas é, na verdade, ordenada." Com isso temos uma nova mentalidade burguesa se solidificando dentro dos países de maioria protestante, o que se espalha para outras nações, tornando ideias como vocação ao trabalho presentes na lógica capitalista como um todo.
comentários(0)comente



xLeoSaraiva 24/03/2022

"[...] antes de tudo, o trabalho é da vida o fim em si prescrito por Deus. [...] A falta da vontade de trabalhar é sintoma de estado de graça ausente".
Penetrar nas ideias de um dos mais importantes sociólogos da história, feito Weber, é apenas uma das infinitas possibilidades oferecidas por esta leitura. Tratando-se de um ensaio científico, e um dos mais conhecidos do século XX, é natural que o(a) leitor(a) se depare com um texto bastante denso e complexo, com parágrafos enormes e digressões que facilitem a distração.
Particularmente, e em sendo uma produção de cunho acadêmico, não se trata de uma recomendação aberta de leitura, tampouco algo para ser lido numa tarde gostosa de sábado pós-churrasco. A Ética Protestante e o "Espírito" do Capitalismo é um exemplo de obra que vale a pena ser estudada com bastante tranquilidade e atenção. Em vista disso, é fundamental que a leitura seja acompanhada de idas e vindas a um bom dicionário ou ao próprio glossário que pode ser oferecido a depender da edição do livro.
Vale a pena destacar o teor incisivamente crítico que o sociólogo Max Weber tem acerca da relação entre o campo religioso e o desenvolvimento do capitalismo. Ao longo de toda a obra, Weber busca descontruir o asceticismo por trás das doutrinas religiosas reformistas, seja por meio de uma curiosa abordagem teológica, seja por meio do apontamento de incongruências nas próprias doutrinas.
Sintam-se convidados(as), ou até mesmo desafiados(as), a fazer esta leitura que indubitavelmente tem a minha recomendação.

SARAIVA, L.

"Livros que li na USP" #001 - A Ética Protestante e o "Espírito" do Capitalismo.
comentários(0)comente



Tefis 09/03/2022

Weber como sempre
Uma escrita muito rebuscada, precisa realmente ser lido com uma percepção basica da teoria do weber, pra conseguir absorver oq ele esta querendo passar. Mas ao todo é um excelente trabalho de pesquisa que funciona como um ótimo exemplo de estrutura de apresentação de argumentos.
comentários(0)comente



Millena40 21/02/2022

Indireta sociológica é tudoh
Pra uma primeira obra sociológica da vida, fiquei um tanto quanto impressionada em como ele "descreveu" as empresas de hoje, mas se referindo às da época da escrita (lógico).
Também mostra um fator sensacional das Ciências Humanas, que é o diálogo entre autores. A forma como ele cita o materialismo do Marx como um método diferente, ao mesmo tempo que discorda em um sentido, diz que são apenas objetos e objetivos metodológicos igualmente aceitos pela ciência (não é uma indireta, claro, mas é muito mais legal pensar que sim ??)
comentários(0)comente



Heros Pena 16/02/2022

Uma leitura difícil, mas fundamental para o bom entendimento do mundo atual e do sistema capitalista, não é atoa que foi consagrado como sendo um dos melhores livros do século passado.
comentários(0)comente



Diego Avlis 11/01/2022

O homem e os CAPITALISMOS
Este livro apresenta um outro olhar sobre o capitalismo e as suas relações com o homem.

Na concepção de Webber o capitalismo não existe de uma só forma, para Webber o que há são CAPITALISMOS, mostrando que o homem é capaz de alterar tudo aquilo que toca ou interage com ele(inclusive um sistema econômico específico).

O bônus do livro consiste em mostrar da mesma forma que não existe cristianismo, mas CRISTIANISMOS.

Sua concepção sobre o homem e o capitalismo nunca mais será a mesma depois de compreender este livro.

Uma leitura imprescindível para aqueles que querem sair do senso comum a respeito deste sistema econômico.

comentários(0)comente



Rike 09/12/2021

Ousado
e se empenhem por viver tranquilamente, cuidar do que é de vocês e trabalhar com as próprias mãos, como ordenamos, para que vocês vivam com dignidade à vista dos de fora, e não venham a precisar de nada.
1Tessalonicenses 4:11?-?12 NAA
comentários(0)comente



Nathan Oak 07/12/2021

crer e fazer

O livro traz as ideias expressas por Max Weber sobre o princípio do sistema capitalista como um sistema de massas; o “espírito” do capitalismo, sua “alma” e seus principais acontecimentos e ligações históricas que fizeram dessa ideologia o modelo de organização da vida social que rege todo o mundo moderno.
O autor observa que a religião cristã em sua vertente protestante luterana, e posteriormente com a igreja reformada, predomina entre as classes capitalistas e grupos sociais ligados ao mercado – e , como resquício desta tradição, ligado à produção de monoculturas em algumas regiões dos Estados Unidos nos finais do século XIX – das regiões centrais da Europa e Europa Ocidental. Destacando as diferenças entre capitalistas protestantes e capitalistas católicos, Weber é de opinião de que a ideologia protestante, por meio de seus sistemas de dogmas, liturgias e tradições da vida cotidiana, contribuíram para a promoção, de uma maneira ou de outra, a construção do capitalismo desde meados do século XVI, guardando características particulares de seus primórdios tradicionais até os sistemas tecnicizados de finais do século XIX.
Os ideais que antes eram defendidos pela moral ascética, começam perder espaço para um crescente utilitarismo, onde as “boas ações” e “bons comportamentos”, tidos como úteis, eram consideradas as fontes de toda satisfação e prazer pessoal que se estendia à vida de toda a coletividade. Princípios como a honestidade, a sobriedade, o comedimento e o ganho de de crédito (econômicos e/ou sociais) eram considerados como bons enquanto úteis ao movimento da economia liberal. Assim, a classe burguesa constrói sua imagem no mundo, tão autônoma atualmente que aquilo que um dia foi influência da ascese no seu surgimento, agora não é mais que um fantasma, só podendo ser percebida por um estudo mais particular.
comentários(0)comente



Douglas.Bonin 27/10/2021

Poucas e boas
Durante anos este livro me chamou a atenção, acredito que Weber - entre os sociólogos clássicos - foi aquele que melhor soube escolher um título para sua obra. Este escolha, inclusive, é explicada pelo autor. Existem ótimos livros que se escondem em capas e títulos bregas, resta a nós, leitores, encontra-los.

Na obra é buscado compreender de que forma o capitalismo assimilou o protestantismo, que como destaca o auto, o primeiro é anterior ao protestantismo.

Este processo todo é descrito através de uma recapitulação doutrinária das vertentes protestantes. Partindo de Lutero e sua visão mais fechada sobre "as coisas do mundo", chegando até as vertentes mais americanisadas do protestantismo "acético", que criaram este espírito do qual o cristão tem um dever de buscar ser o melhor no trabalho, ao mesmo tempo abnegar qualquer desejo por riqueza, entendendo que se a riqueza vier, ela é "um presente de Deus, que deve ser potencializado".

Estou admirado de como um texto clássico seja tão claro em suas ideias de forma que desbanca muito de seus teóricos. Mas acho interessante que aquele que leia, tenha um conhecimento no mínimo superficial sobre o protestantismo e suas dogmaticas.

Ps. Recomendo a edição da Companhia das Letras pelo respeito dado nas duas edições que o autor escreveu.
comentários(0)comente



65 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR