Resenhas - Quem Sou Eu, Afinal?

Leila.Araujo 15/06/2020

Você se conhece?
Como em a Metamorfose de Kafka, você se pergunta como seria sua vida se dependesse totalmente de outra (s) pessoa (s). Aqui o drama é o Alzheimer. Prepare os lenços e encontre razões pra acreditar por meio do amor incondicional de Judith por Daniel, o relacionamento lindo de Benjamim e Laila. O drama de paternidade de Elad Raviv. E encontrar um amigo no irmão e também o contrário? Esse romance é alinhavado de maneira a te fazer pensar no que realmente importa na vida, em quem vc é, a quem vc pertence e quem pertence a vc.

Leila.Araujo 15/06/2020

Você se conhece?
Como em a Metamorfose de Kafka, você se pergunta como seria sua vida se dependesse totalmente de outra (s) pessoa (s). Aqui o drama é o Alzheimer. Prepare os lenços e encontre razões pra acreditar por meio do amor incondicional de Judith por Daniel, o relacionamento lindo de Benjamim e Laila. O drama de paternidade de Elad Raviv. E encontrar um amigo no irmão e também o contrário? Esse romance é alinhavado de maneira a te fazer pensar no que realmente importa na vida, em quem vc é, a quem vc pertence e quem pertence a vc.

Ciano 25/02/2015

Como para de chorar?
Emocionante.
A forma como Ricardo Valverde apresenta o drama de Daniel é realmente incrível. Chorar com essa história é o aceitável.
O Mal de Alzheimer é posto de uma forma clara e marcante. O enlace de personagens é um forte da obra, divida em duas partes. O passado e o presente se cruzam e dançam enquanto o leitor tenta encaixar a música. Um romance muito bem estruturado, apesar da aparente pressa do autor em contar sua história, fazendo assim com que os diálogos fossem menos detalhados do que poderiam ser, fato este que não mancha nem de longe o fascínio exercido pelas palavras tão bem direcionadas, afinal, o leitor também tem certa pressa em desbravar essa história tão empolgante.
Emocionante, reflexivo, e necessário.
Além, é claro, de apresentar uma escrita impecável.
Vale muito a pena.

Dressa Oficial 29/10/2014

Resenha - Quem Sou Eu, Afinal?
Olá, tudo bem com você?

Comprei esse livro na Bienal do Livro de 2014 e estava super ansiosa para ler, pois já tinha visto bons comentários sobre o livro.

Conheci o autor Ricardo Valverde em um evento literário e fiquei morrendo de vontade de ler seus livros, pois ele viajou para Israel "Tel Aviv" só para poder conhecer e descrever a cidade de onde se passa toda a história.

A riqueza de detalhes é impressionante, impossível não ficar com vontade de conhecer esse país depois de tantas descrições ricas.

O livro conta a história de Daniel um doador de sêmen que a vários anos ajudou várias famílias a terem seu sonho de construir uma família serem realizados.

O livro é narrado em terceira pessoa, os capítulos são alternados entre Daniel o doador de sêmen, Benjamim uma garoto jovem que acaba descobrindo não ser filho legítimo de seu pai Elad e Elad o pai que não consegue amar o filho por saber que não conseguiu gerar ele.

Três homens, três histórias diferentes mas que se interligam a sua maneira, fazendo perceber o real sentindo da vida, Elad se sente muito perturbado em relação a não poder ter filhos e isso acaba deixando o relacionamento com sua mulher Menorah e seu filho Benjamim muito superficial.

Benjamim resolve encontrar seu pai verdadeiro a qualquer custo e acaba por uma incrível coincidência esbarrando em um moço jovem chamado Allen exatamente no Muro das Lamentações e os dois acabam se tornando amigos.

Allen é filho de Judith sua mãe teve um rápido caso com Daniel o doador de sêmen e os dois mantém uma amizade sólida até hoje, Judith é enfermeira e acaba cuidando de Daniel que é diagnosticado com o Mal de Azheimer.

Página 128

Os sentimentos são fortes combustíveis para minimização das perdas da memória.


O relato da doença é bem científico e também ajuda na explicação exata da doença, mas senti falta de mais detalhes de como ele poderia ter perdido a memória aos poucos, o personagem de Daniel é apenas um coadjuvante então não tinha muitas memórias a serem lembradas, como infelizmente estou tendo esse caso na família esperava que contasse como seriam os sintomas e a convivência entre essa doença e seus familiares, mas o personagem desse livro é sozinho não tem família então não teve como abordar isso na história.

O que achei muito interessante nesse livro é a riqueza de detalhes para explicar as ruas de Tel Aviv, e seus lugares diferentes, inclusive nas comidas, eu como você já deve saber sou vegetariana e todos os alimentos que eram citados no livro não tinham carne.

Adorei poder ler isso no livro, não sei se o autor é vegetariano ou lá em Tel Aviv não se come carne, mas adorei poder me imaginar comendo pratos com falafel, lasanha de beringela ou quatro queijos rsrs.

Ele também faz referências a algumas músicas no livro e bandas de rock como Slipknot olha que curioso, o livro está com uma edição impecável, não encontrei erros , as páginas são amareladas e os capítulos são curtos, a leitura fluiu muito fácil.

O destino dos três personagens se cruzam e o final com certeza é surpreendente e romântico.

Quando terminei a leitura fiquei com vários pensamentos sobre essa doença , e sempre acreditei que quando morresse o que levaria seriam os momentos que vivi com as pessoas que amo, porém para quem tem essa doença como será depois da morte? será que realmente levamos as lembranças ou nem isso deve ficar quando morremos ?

Com certeza um assunto para se pensar, e após a leitura essas indagações podem surgir na sua mente e deixar dúvidas ou mudar o que pensava sobre determinado assunto.

Leitura recomendada mas não para quem busca mais detalhes sobre a doença como foi o meu caso, e digo isso porque na sinopse do livro faz tanta evidência a essa doença que pensei que fosse encontrar mais coisas, e na verdade o tema principal é outro.

Beijos

Até mais...

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/10/resenha-quem-sou-eu-afinal.html

Verônica 21/01/2014

Quem sou eu, afinal?
Dos três livros que li do autor, sem sombras de dúvida esse é o que mais gostei e em minha humilde opinião: O MELHOR.
Não sei o motivo e não conseguiria explicar, talvez pela dose de emoção ou mesmo o realismo. A única coisa que posso afirmar é que em diversos momentos as lágrimas vieram aos meus olho e em outros momentos rolaram pela minha face.
Resumo: O destino por vezes une as pessoas e traz felicidades.

Silvia M. B. 20/11/2013

Preconceito
Elad faz um pré-julgamento de Daniel do mesmo modo que faz de toda a situação, e pensa que nem a esposa nem o filho o amam. Allen, viveu a vida toda sem saber que seu pai estava bem perto dele. Quando Benjamim resolve descobrir a verdade, Elad acha que Benjamim não vai mais ama-lo, o que é, de certa forma, um tanto egoísta, mas acho que ele pensa desse modo por estar carente do afeto tanto da esposa quanto do filho, e por conta do sentimento de impotência que sentia por não poder dar um filho à sua esposa.
A única pessoa que ficou ao lado de Daniel o tempo todo, foi a mesma que foi rejeitada uma vez por ele, Judith. Mas depois da gravidez, cuidando do filho, e sendo enfermeira, não consegui entender como ela conseguiu ter disposição para trabalhar durante a semana, cuidar de Daniel nos fins-de-semana, sem que o filho não notasse a sua ausencia, a exaustão dela quando chegasse ou percebesse alguma coisa no comportamento da mãe. Tudo bem se fosse por pouco tempo, mas durou muito!
E a gravidez de Laila antes de se casar foi aceita "numa boa" pelo povo daquela região? Pois pelo que eu saiba, eles são bem "tradicionais". Além do mais, Benjamim, na tentativa de esquecer Laila, a traiu e não contou a ela? ou não?
Acho que Daniel pode não ser o tipo de pai que se espera, mas acho que ele viveu dessa forma por não saber o que aconteceu na verdade. Mas ele tentou fazer o bem da maneira que pode.
Percebe-se que o amor impera neste romance, pois Daniel sempre amou Judith e o menino, apesar de não saber que o mesmo era seu filho. O amor de Benjamim e Laila também, e apesar de os dois sofrerem com o término do namoro, o Alzheimer os uniu novamente. Daniel amava o irmão, e sabia que, algum dia iria ficar como ele, pois sofria da mesma doença desde garoto. Apesar de não saber que era pai, ele tentou ajudar a seu modo. Que bom que Benjamim começou sua busca pelo pai biológico, se não tivesse descoberto quem era, talvez Daniel nunca soubesse que tinha não um, mas dois filhos.
Só me perdi um pouco na cronologia inicial, porque ia e voltava no tempo, mas deu para acompanhar e em um dia inteiro sendo que à noite eu quase não dormi para ler este livro e de manhã finalizei. Achei lindo!
A doença é um tanto ingrata, já tinha conhecimento do fator hereditário e do diagnostico precoce mas deve-se tomar cuidado ao colocar dados verdadeiros com informações sobre patologias, porque, de acordo com as normas da ABNT, deve-se referenciar todo material bibliografico, mesmo sendo este de internet, se for site confiavel de pesquisa, deve-se referenciar no texto e depois referência bibliográfica.
Gostei muito de ter encontrado o autor na Turnê Literária! Já o adicionei no skoob e no Facebook para começarmos a conversar sobre um livro que pretendo escrever. E não quero que ele pense que esta resenha foi mais uma crítica do que uma resenha não! Este último parágrafo é muito bom todo mundo ter em mente, pois até os melhores autores podem esquecer, e é bom sempre ter um amigo ou amiga que te dê uma luz sobre certas coisas! E é exatamente este o meu proposito aqui! Gostei demais tanto do livro quanto do autor! Espero ler mais de seus livros! E também encontra-lo em muitos lançamentos!
Vi muitas coisas interessantes, mas a parte explicativa do Mal de Alzheimer onde fala do cromossomo 21, não sei se é tirada de pesquisas na área, ou não. Tem que se certificar dessas coisas quando escrever um livro. É só para ninguém te perguntar: _De onde tirou estes dados? Se for o caso, faz um numero acima¹ do jeito qeu fiz e coloque ou nota de rodapé ou referencial bibliográfico no fim do livro. Sempre consulte normas da ABNT para esse tipo de coisa! Vai te facilitar muito mais!
Fica para o autor esta dica!

site: Mal de Alzheimer, Tel Aviv, Jerusalém, Nazaré, Cafarnaum

Mi Cherubim 16/11/2013

Quem sou eu, afinal?
Conheci o Ricardo Valverde em um dos muitos eventos literários aqui de São Paulo. Não me perguntem o por que, mas nunca tinha falado com ele mais de três palavras "Oi, tudo bem?", só que as coisa não funcionam como e quando queremos e sim quando tem que acontecer e do nada vi uma publicação dele sobre o novo livro e me interessei, o chamei na hora no chat do Facebook e começamos a conversar, pedi a ele capa, sinopse, qualquer coisa que eu pudesse divulgar. Imaginem que nem capa tinha ainda. Busquei uma imagem na internet sobre o que me remetia a sinopse e postei na página do face. E fiz uma entrevista com ele sobre suas obras e desde então meu carinho por esse autor é enorme. Hoje posso chamá-lo de amigo.

Se você pensa que vou ficar babando aqui com relação ao livro, estão certíssimos heheh. Bom... ao menos em partes... hihihi O livro é sobre uma doença chamada "Mal de Alzheimer" a única coisa que tinha lido sobre foi o livro "Ausência" da Flavia Cristina Simonelli e me apaixonei pelo livro.

Sou uma pessoa muito chata com relação a livros nacionais, pois sei que os autores os tratam como parte integrante da família, sei que depositam em suas páginas todo o amor e dedicação e que às vezes o resultado não é o esperado... às vezes esse resultado é muito inesperado. Posso dizer que me agradou muito a leitura desses dois livros, não são nem de longe parecidos. Somente a doença que é o mote dentre eles.

Em "Quem sou eu, afinal?" vemos a história de seis pessoas: Daniel, Menorah, Elad, Benjamim, Judith e Allen. A vida dos seis vão colidir drasticamente. Menorah e Elad são casados, contudo Elad é estéril. Daniel tem um caso com Judith. Benjamim e Allen... bom... vocês terão que ler para saber quem são, só posso falar que eles estão em uma busca e isso irá uni-los.

Daniel possui o Alzheimer, essa é uma doença congênita. Seu irmão tinha e ele se viu definhando como o irmão. Mas ele não era feliz. Ele nunca se casara, nunca teve filhos... mesmo sendo doador de esperma ele nunca pode ser chamado de pai e quando a morte chegasse, bem ele iria partir sozinho.

Isso é triste. Para essa doença não existe cura, você simplesmente vai perdendo suas memórias, seus sentimentos, suas coordenações motora e funcionais (não comia nada sólido, não ia ao banheiro, ao beber água engasgava) para uma pessoa sempre ativa isso é pior que a morte.

A história se passa em Israel, Tel Aviv e Nazaré. Particularmente gostei muito de fugir dos Estados Unidos, Londres, Canadá, Las Vegas... É um local muito mágico e pude sentir nas descrições do Ricardo. Esse é um ponto tanto negativo quanto positivo. Eu senti que existia duas personalidades ali. A do escritor de ficção, onde vai colocando seu coração e a do escritor antropológico onde se apega a tantos detalhes que fez me perder nas ruas de Tel Aviv hehe Tive que voltar e reler até me encontrar, é posso contar isso como positivo também ;)

Não pense que não chorei, ouviu isso senhor Ricardo Valverde, eu disse que precisaria de um ombro enquanto estava lendo. Os momentos mais tristes foram no encontro e na morte... não vou escrever mais para não te influenciar, mas leia. Com certeza você irá se emocionar como aconteceu comigo.

Já avisando que o Valverde consegue me deixar com fome. Portanto... prepara que vem até receitas \0/ o mais bonito nesse livro é o amor entre os personagens. Primeiro o amor de uma mulher que quer muito ter filhos. O amor do marido que impossibilitado de dar isso a ela e recorre a inseminação. O amor de um homem com sua enfermeira. O eterno amor da enfermeira. O amor de mãe. O amor de pai. O amor de irmãos. O amor dos amantes... Ah!!!! Tem cenas picantes ok? Nunca te vi com esses olhos Cá rsrs

Avisando que eu socaria o Benja se ele me fizesse o que fez com a Salvina. Curiosos leiam e saibam o que é! Eu senti um pouco da cultura do Oriente Médio. Me senti no Muro das Lamentações com o Benja, a dor que ele sentiu, a alegria em ser pai e o medo de não conseguir o que prometera a sua eterna amada Laila...

Quem sou eu, afinal? é um livro de ficção, porém um pouco da vivência do autor contou também. Sua avó Borbora fora acometida com esse mal. Posso estar muito enganada, mas eu senti no Allen um pouco do Ricardo, não sei se estou correta em afirmar isso... mas foi o que senti rsrs

O romance é um livro bacana que te transporta para um mundo completamente diferente do que estamos acostumado nos livros, portanto leia. Conheça a história de Daniel Lebzinski e saiba como tudo acabou.

site: http://memoriesoftheangel.blogspot.com.br/

Eri Guimarães 15/11/2013

Três Histórias, Apenas Um Destino!
Bonjour Anges!

Hoje nossa “Pilha do Anjo” é extremamente especial pra galera do Memories. Passamos meses divulgando, e falando sobre esse livro. Gravamos uma entrevista com o autor e firmamos ainda mais amizade com o Ricardo e finalmente o lançamento chegou e finalmente nós matamos a curiosidade com essa história que prometia ser emocionante do começo ao fim.

Confesso que comecei a leitura meio receosa, embora muito curiosa, tenho sérios problemas com livros dramáticos, pois me jogo de cabeça na leitura e dependendo do final fico extremamente mal. E já imaginando qual seria o rumo tomado eu estava morrendo de medo de ficar deprimida ao final da leitura.

Mas, peguei o livro e olhei pra essa capa belíssima e ao abrir a primeira parte, fui rapidamente transportada até Israel (onde a história se passa) e mais rapidamente ainda me vi ligada aos personagens, me identificando com seus sentimentos e os vendo falarem comigo como se fossem amigos conversando. Essa sensação foi incrível.

Eu já havia lido os primeiros livros do Ricardo, seus contos e poesias budistas, mas nunca havia pegado (apesar de já os ter) seus romances então essa narrativa envolvente me pegou de surpresa.

Como a sinopse já conta muito da história, e acredito que esse livro não mereça spoilers vou me limitar a dizer que a forma como o enredo se desenvolve não é imprevisível, mas mesmo assim delicioso de se acompanhar.

Podemos ver as três fases da vida adulta no livro: adolescentes virando jovens adultos com responsabilidades e descobertas, adultos de meia-idade com seus problemas e fantasmas do passado, e os que estão a entrar em uma idade mais senil, onde os arrependimentos e a solidão ficam espreitando para agarrar e sugar os sonhos.

Com verdadeira maestria, o autor entrelaçou as histórias, tanto no passado como no presente de forma a aguçar a curiosidade sobre o que cada um desses indivíduos iria passar e como resolveriam essa situação. E tudo isso longe de ser maçante, esse livro é daqueles que não se consegue largar enquanto não se chega ao final da história.

E o final, aquele que eu tanto temia quando comecei a ler, foi tão suave e bonito, que as lagrimas que surgiram foram de emoção e não de sofrimento. Essa delicadeza em trabalhar com um tema tão complexo e não o dramatizar ao extremo foi o que mais me encantou, foi o que ganhou meu coração. E senti uma paz tão grande, um amor tão profundo que é impossível não fazer desse livro um favorito.

Eu, como profissional da área da saúde, muito me alegrei ao ver a pesquisa que o autor fez sobre a doença, a ponto de colocar todo o processo orgânico que leva a esse quadro clinico, explicado de uma forma que os que conhecem pouco sobre o assunto possam entender sem ficar perdidos na explicação.

Para aqueles que não acompanharam o blog e nem o face do Memories, esse livro foi escrito em homenagem a avó do Ricardo, que teve Mal de Alzheimer e lutou por mais de quinze anos. E ao ler, foi impossível não sentir os sentimentos do próprio Ricardo se entrelaçando em seus personagens.

O livro ainda tem cenários lindos e a pesquisa não se resume apenas à doença, mas sim aos fatos históricos, a cultura, a alimentação. Sério, ele descreve de uma forma que o desejo é largar o livro e pegar o primeiro avião rumo Israel.

Quem sou eu, afinal? é um livro que recomendo muito. É uma verdadeira lição de vida. Uma lição de amor e de destino. Uma história emocionante, que resgata a humanidade do leitor e nos faz valorizar cada lembrança, cada memória que possuímos.

Mari 11/11/2013

“Um dia entenderemos essa doença por completo e o mal de alzheimer deixará de ser tão assustador . Hoje o que temos , além de algumas migalhas que tentamos juntar a todo custo, é o susto."
Quem sou eu, afinal? Você já se fez essa pergunta? Ela pode até parecer boba quando alguém te perguntar, mas pergunte a si mesmo. Quem é você, afinal? Será que nós sabemos realmente quem somos?

Neste livro, Ricardo Valverde nos apresenta Daniel Lebzinski, um homem de 50 anos que mora em Tel Aviv, Israel. Ele é doador de sêmen, mas agora, depois de tantos anos, está insatisfeito com essa vida. Ele não quer mais ser um doador, porém ganha muito bem para fazê-lo. Daniel tem uma amiga de longa data chamada Judith Stelar. Eles já tiveram uma relação amorosa antes que Daniel fosse para Veneza. Judith agora é enfermeira no mesmo hospital em que Daniel é doador, então eles acabam se vendo sempre, mas ela ainda guarda seu amor no coração.

Ao longo da história vamos conhecendo outros personagens importantes, como Allen, que não sabe quem é seu pai; Menorah e Elad, que sonham em ter um filho e resolvem fazer inseminação artificial; e Benjamin, um jovem que passa a correr atrás de seu passado depois que descobre que não é filho do homem que imaginava ser. Todos eles possuem histórias diferentes, mas todos, de certa forma, estão ligados por causa de uma pessoa, um segredo e uma doença; e verão que em algumas histórias, o que chamamos de um final feliz, podem ser considerado o começo de uma vida melhor.

O livro é divido em duas partes: passado e presente. Durante a leitura cada personagem é apresentado com suas inseguranças, angústias e problemas. Depois vamos entendendo o verdadeiro motivo para as atitudes de cada um e finalmente vemos o que o destino reserva para fazer com que cada um deles se aproxime. A história de Daniel que é diagnosticado com o Mal de Alzheimer nos surpreende trazendo a emoção pra quem já viveu algo parecido com a dificuldade de aceitar que quem amamos ou, quem sempre nos amou, encontra-se dependente. O Alzheimer é um sofrimento para o paciente e para a família que vê seu ente querido “desaparecer” aos poucos até virar uma lembrança do que já foi.

Algo que também me agradou muito no livro foi o local onde se passa toda a história: Tel Aviv. Vocês não tem noção de como eu sonho em visitar esse lugar um dia. Ricardo cita judeus, romanos, palestinos, Jerusalém, o Muro das Lamentações, ruas de Tel Aviv... durante a leitura, estamos em uma verdadeira aula! Lembro-me que em um evento no inicio do ano, estive conversando com Ricardo sobre umas fotos que vi dele em Tel Aviv. Ele me disse que estava escrevendo um livro que se passava no local e eu logo fiquei animada. Eu só não imaginava que o autor pudesse me encantar tanto com os detalhes sobre o local. Para mim, que nunca fui, a leitura já foi prazerosa, e para quem já foi, com certeza será ainda mais.

"Quem sou eu, afinal?" Quantas vezes nos deparamos com as surpresas que o destino nos traz, mudando toda a nossa vida e mostrando uma nova realidade? Quem ler essa obra entenderá a intensidade dessa pergunta e mostrará como lágrimas podem ser transformadas em força. Ricardo fala com certeza não só do Alzheimer, como sobre amor, verdades, mentiras e confiança e mostra que além de ótima pessoa, é um ótimo escritor, e este livro, sem dúvidas, merece ser lido por vocês.

RESENHA POSTADA ORIGINALMENTE EM: http://www.magialiteraria.net/2013/10/resenha-quem-sou-eu-afinal-ricardo.html

Julio Roberto 03/11/2013

no entardecer desde dia maravilhoso, acabei de ler este romance.
Nestas entrelinhas deste livro, nos mostra as reflexões sobre o encontro de seres para nesta jornada aprimorar o seu aprendizado e a sua evolução.
destaque:
"Só os importantes se hospedam ali antes de chegarem ao Céu"

Maurício Gomyde 28/10/2013

Emocionante
O Ricardo Valverde é um dos grandes autores da nova geração. Tem uma escrita limpa, clara e sensível. O livro "Quem sou eu, afinal?" narra a história de Benjamin, em busca de seu pai biológico. A forma como o livro é narrado coloca o leitor totalmente dentro do cenário (Tel Aviv, Jerusalém, Nazaré). As descrições dos cenários e a riqueza dos detalhes são capazes de fazer o leitor entender exatamente onde a ação ocorre, o que é perfeito quando se trata de um cenário não-familiar à maioria dos leitores. O tema do Alzheimer é muito bem explorado e rico em detalhes e emoção.
Recomendadíssimo!

Drika 07/10/2013

Profundo
Emocionante, profundo, muito profundo! Maravilhada com o livro lindo e emocionante de Ricardo Valverde! Uma viagem aos nossos próprios questionamentos sobre o que realmente importa nessa vida. Uma lição sobre família, amizade e claro, sobre o amor, o amor ágape, o amor romântico, simplesmente o amor, puro, leve, verdadeiro, como ele deve ser.
Um livro que me fez chorar e que me fez lembrar de uma pessoa muito especial na minha vida, minha vovó, muito lindo!
Recomendado!

Danielle 15/09/2013

Resenha – Quem sou eu, afinal? - Ricardo Valverde
Quem sou eu, afinal? É o mais novo romance e o quarto livro publicado do autor Ricardo Valverde.
Este é o primeiro livro que leio do autor e com certeza irei ler outros, simplesmente fiquei encantada com a leitura.
O tema foco do livro é a doença Alzheimer tendo como protagonista Daniel Lebzinski um doador de sêmem de 50 anos de idade e solitário que logo ao início da trama é acometido de alguns lapsos de memória repetidamente, sendo diagnosticado com mal de Alzheimer precoce o que afeta apenas 10% da população visto que Alzheimer é uma doença senil. Daniel também perdeu um irmão com a mesma doença, sendo ela hereditária.
Não posso deixar de mencionar Judith a única pessoa que se importa com Daniel que não tem família e ninguém para ampará-lo neste momento tão difícil. Os dois são amigos delonga data e já tiveram um caso de amor no passado.
Outro protagonista é o Benjamim, um jovem alegre com pais um pouco problemáticos que vivem se separando, sem querer acaba descobrindo que seu pai é estéril e começa a questionar sua mãe sobre sua origem.
A história é narrada intercalando passado com presente mostrando o ponto de vista de duas partes da história até que elas se cruzam mostrando o que os personagens têm em comum e nos mostrando a razão que a vida os uniu.
A trama se passa em Israel onde o autor nos mostra bastante conhecimento e informações sobre a doença e um pouco da cultura e história do local.
Um quote do livro : "Essa é uma das coisas que o homem não deve fazer à medida que ser torna adulto. Perder o contato com os amigos e deixar de criar novas amizades. A vida se torna muito pobre sem eles por perto."
Um livro lindo e que me foi de grande aprendizado em suas 245 páginas que devorei em apenas dois dias e já estou com saudades dos personagens e da trama bem amarrada que me emocionou demais.
Recomendo a todos que queiram saber um pouco mais sobre essa triste doença que é o Alzheimer e a todos que gostem de lindas histórias que ficam guardadas no coração para sempre.


site: www.facebook.com/minhasresenhasdp