Ângela Bittencourt Cardoso 04/03/2023
Espera
Se, à noite, a tempestade amaldiçoa A golpes de granizo, sob o vento, Olvida o temporal, rude e violento
E confia-te à prece humilde e boa.
Enquanto a terra escura as esboroa, Não te faças tristonho ou desatento,
O sol ressurgirá no firmamento, Trazendo a luz que salva e aperfeiçoa.
Que a sublime esperança te acalente!
Se a dor te fere, amarguradamente,
Não suponhas no abismo o fim da estrada.
Ajuda, serve, crê e espera ainda...
A sementeira voltará mais linda Quando raiar, de novo, a madrugada.