O enigma de Espinosa

O enigma de Espinosa Irvin D. Yalom




Resenhas - O Enigma de Espinosa


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Matheus.Correa 04/02/2024

A História é a ficção que aconteceu
Primeiro contato com o autor e não poderia ter sido de melhor forma. Ver uma obra de ficção usando duas figuras tão antagônicas e de caráter tão discrepante me fez pensar em que terras eu estaria pisando e deixe-me te contar uma coisa, nas melhores terras possíveis.
A obra nos traz o enigma que é a obsessão de Alfred Rosemberg, um nazista que assustava até nazistas com o seu antisemitismo, e o grande filósofo Bento Espinosa, antigo Baruch. Ver um personagem que odeia judeus pela peste literária que entrou em território europeu, com aspecto doutrinário a partir de emoções e paixões sem base alguma em evidências, é um grande contraste com o filósofo citado. Bento sempre foi racional e questionador. Buscando sempre confrontar verdades absolutas e a superstição religiosa. Ver de um lado alguém tão cético ao aspecto metafísico e alguém tão vinculado a sua causa como se fosse uma religião, me impulsionou a questionar tudo.
O autor pelo seu amplo conhecimento como pesquisador e médico, traz debates e diálogos incríveis que tangem a uma aula de filosofia bem detalhada e consolidada com esmero.
Recomendo fortemente leitura. É uma experiência que garanto que sairá muito mais cheio do que você poderia esperar.
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Gabms 09/10/2023

Interessante
"O enigma de Espinosa" traz sobre a vida do jovem filosofo judeu Bento Espinosa e do homem por trás da filofia nazista, Alfred Rosenberg. De um lado, uma grande figura de importância histórica e filosófica e, do outro, um dos monstros por trás do Holocausto.

Gosto como Irvin Yalom constrói a narrativa dos seus romances, principalmente quando envolve alguma figura histórica. O autor se mostra muito criativo e respeitoso ao criar os diálogos e tentar reproduzir a personalidade e a psiqué de tais figuras. Outro ponto interessante é a forma que ele aborda a teoria de Espinosa.

Confesso que alguns capítulos são mais cansativos, gerando um desânimo geral. Alguns capítulos do Rosenberg são difíceis de ler, principalmente por acompanhar o nascimento do nazismo e a linha de raciocínio perversa e doentia de Alfred.

É um bom livro, mas confesso que gostei mais de "Quando Nietzsche chorou". Ainda pretendo ler "A cura de Schopenhauer".
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Valéria Cristina 24/07/2023

Filosófico
Classificar esse livro não foi fácil. Pode ser um romance histórico com certeza, mas também pode ser um livro filosófico.

O Enigma de Espinosa não é linear e se passa na Holanda do sec. XVII, e na Alemanha do sec. XX. Yalom, fazendo uso de sua experiência em psiquiatra, cria uma narrativa possível entre Espinosa, um maiores filósofos da história e Alfred Rosemberg, um dos ideólogos do Reich, embora ambos estejam separados por séculos.

A narrativa nos mostra a vida de Espinosa, o fundamento de sua filosofia e todos os dogmas que ele combateu. Suas ideias apontaram as superstições embutidas em todas as religiões, as incongruências da Tora, as inconsistências das interpretações rabinicas. Tudo isso acarretou a excomungado do judaísmo, bem como seus livros foram proscritos pelas religiões cristãs.

Ainda, vemos a ascensão do nazismo, os postulados da ideologia nacional-socialista e como isso afetou a vida de milhões de pessoas. Conhecemos Rosemberg e as principais lideranças que apoiaram e cercaram Adolf Hitler.

Esse é um daqueles livros indispensáveis àqueles que gosta de filosofia e hist6ria.

Irvin D. Yalom (Washington, DC, Estados Unidos, 13 de junho de 1931) é um escritor americano. Filho de imigrantes russos, formou-se em psiquiatria na Universidade de Stanford e está há 47 anos em Stanford.
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Joao Martins 28/05/2023

História, filosofia e romance, magnífica mente escrito por Irvin D. Yalom. Livro prende o leitor do início ao fim. Excelente livro!
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Leila171 01/05/2023

Alternando duas linhas temporais, em O Enigma de Espinosa, acompanhamos o florescimento do filósofo português Baruch de Espinosa no século XVII e Albert Rosenberg, um dos principais teóricos da política antisemita do nazismo no século passado.
Intrigado pela influência do filósofo judeu em uma das mentes mais proeminentes da cultura alemã, Goethe, Rosenberg passa a vida tentando desvendar esse enigma, uma vez que, segundo suas crenças, os judeus eram uma raça inferior e sem inteligência.
Na outra linha narrativa, conhecemos Espinosa no início de sua vida adulta e de seus primeiros insights filosóficos. Tais ideias contrariam os princípios religiosos do judaismo, levando a sua excomunhao pela comunidade judaica Holandesa na qual ele vivia e que era uma das poucas nações que permitiam o livre exercício do judaismo na época.

Livro interessante!
Por um lado temos uma visão geral da filosofia de Espinosa, na qual se destaca a concepção de Deus. Por outro, acompanhamos o surgimento e consolidação do nazismo no seio de uma Alemanha marcada pela derrota na Primeira Guerra e pelo antissemitismo.
Importante destacar alguns elementos da psicanálise na construção das personagens e na trama em si. O autor nos faz mergulhar na psique desses dois homens.

Gostei do livro mas, Quando Nietzsche Chorou do mesmo autor é mais interessante.
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Jahyne 28/03/2023

Ótima ficção histórica
Eu adoro os livros do autor! Esse é um pouco mais parado que Quando Nietzsche Chorou, mas recomendo muito!

Mas que ódio do Rosenberg... pqp, que homem tonto! Muito diferente do Espinosa, é engraçado o contraste entre eles.
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Bia 22/12/2022

Livro interessante sobre a vida de
Espinosa, um importante filósofo judeu do século XVI, que foi excomungado da comunidade judaica pelas suas ideias sobre Deus, superstição e religião. Em paralelo, o autor constrói uma segunda linha do tempo, sobre um importante líder nazista.
Esperava um pouco mais do livro, um ponto de interseção maior entre as duas histórias.
De qualquer forma, é uma leitura interessante e diferente sobre a segunda guerra para quem gosta do tema.
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Krystal 09/11/2022

Livro surpreendente. Mostra como Espinosa influência o pensamento de algumas figuras da história. Fala sobre um pouco da obra do autor.
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Fernando 25/09/2022

Leitura Simples
Os livros do Yalom mesclam questões da mente com os grandes filósofos, a cada página o link entre essas duas ciências vão se formando de uma forma simples e clara para o leitor. E começar Espinosa por esse livro é muito bom..pois os livros do próprio Espinosa são bem complexos.
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Luan 22/02/2022

?O enigma de Espinosa | Irvin D. Yalom
Ficção-histórica | Drama | 432 pág.

O livro aborda, de maneira ficcional, eventos históricos divergentes, mas que se conectam pelos personagens principais: Bento Espinosa, filósofo holandês que foi excomungado da comunidade judaica por desenvolver ideias controversas a respeito da Torá (Bíblia hebraica), e Alfred Rosenberg, conselheiro de Hitler e líder do escritório de pólitica externa do partido nazista.

A premissa inicial é justamente o por que Alfred Rosenberg, com sua ideologia de antissemitismo e nazista, tem uma conexão e interesse pelas obras de Espinosa, este que foi judeu e dotado de uma profunda filosofia racional e métodos lógicos, atributos que diferenciava de Alfred. Qual foi a razão por trás da ordem de Alfred ter chamado a força-tarefa para vasculhar o museo de espinosa em busca das obras originais do filósofo? O que ele queria? O que ele buscava naquilo que ele mais repugnava?

O autor, Irvin Yalom, com toda sua magistral imaginação, nos faz percorrer uma incrível história, de Amsterdã no século XVII até à Alemanha nazista, para descobrir este paradeiro, ou melhor, este enigma por trás de Espinosa.

A obra no geral é esplêndida e poderosa! A genialidade de como tudo se conecta em meio aos eventos históricos é fantástica, e não há outra definição que eu ache. Tudo, absolutamente tudo, é bem estruturado e tremendamente rico, além de ser bastante aprofundado no tange as ideias de Espinosa.

Espinosa sempre foi meu filósofo querido, precisamente, pelas suas ideias revolucionárias em discernimento das tradições e rituais religiosos, na qual ainda hoje, infelizmente, há uma barreira em discutir ou debater suas ideias. Algo que ele já enfretava na sua comunidade judaica e pela qual havia sido expulso.

Sobre o livro, você encontrará uma profundidade absurda no que tange a emoções, sentimentos e ideias nos persongens, que são intercalados por conversas, diálogos e terapias presentes em ambos personagens principais, tanto Alfred com seu psiquiatra quanto Spinosa com seu melhor amigo.

Minha conclusão, é basicamente exaltar tamanha obra que trouxe uma aproximação incrível de um dos maiores filósofos e de suas ideias. E adiciono um valor especial para os diálogos que faz uma imersão tremenda conosco, fazendo assim, estarmos presentes ali junto dos demais personagens conversando e entendendo suas mentes. Simplesmente extraordinário. Não é atoa se tornar um dos melhores livros que já li.
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Samuel 03/02/2022

Um livro de conhecimento e de prazer
São raros os livros que você lê e lhe proporcionam prazer e conhecimento, normalmente nos contentamos com um deles, o que por si só já nos traz bastante felicidade.

A forma suave e instigante que o autor trata sobre a filosofia, já demonstrada no outro livro que li, Quando Nietzsche Chorou, se mantém nesse e ainda tratando de forma complementar de um tema tão triste da nossa história, que foi a segunda guerra mundial.

Não posso deixar de destacar a habilidade de tratar as duas histórias paralelas e a inegável força que faz com que vão se misturando ao longo da leitura.

Em algumas situações você chega a se colocar no local dos personagens e tentando responder a questão o que faria no lugar ou com a ideia que surgiu.

Foi muito grata a leitura, principalmente por abordar a filosofia, que fazia muito tempo que não lia nada dessa forma.
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Carlos531 13/01/2022

Obra incrível
Fiquei bastante emocionado ao ler esta obra. Embora conheça os dois fatos históricos abordados no livro.
RhD 13/01/2022minha estante
Li "Quando Nietzsche chorou" quero ler "A cura de Schopenhauer"


Carlos531 13/01/2022minha estante
Eu o indico " O enigma de Espinosa" a obra traz uma temática muito forte: a biografia de Espinosa de forma Romântica, seus principais fundamentos que o fizeram ser expulso da comunidade judaica e suas influências para seus pensamentos racionalista. Por outro lado, Alfred Rosenberg, o principal teórico do Nazi-facismo alemão, conselheiro pessoal de Hitler, responsável por milhões de mortes judias, propagou as ideias do antisemitismo. Não se sabe bem porque Rosenberg invadiu pessoalmente a biblioteca de Espinosa, roubou as obras do museu, porém os protegeu e não queimou como de costumo, afinal, Espinosa era judeu e Rosenberg Nazista. Aí está o Enigma. Fora os vários diálogos filosóficos a vida e a forma como lidamos com nossas raízes. Vale a pena


RhD 13/01/2022minha estante
Legal!! Obrigado por compartilhar


Carlos531 13/01/2022minha estante
???




Henrieth Hasse 18/10/2021

Gostei muito da abordagem da história sobre o Espinosa e conhecer suas ideias.
Esse livro é pra pessoas que gostam da mistura filosofia + história + psicologia...se vc é uma delas, acho que vai gostar ?
O ponto alto do livros são os diálogos...em tempos que tudo parece tão superficial, é um alento ver conversas inteligentes.
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Sapere Aude 22/08/2021

Interessante introdução ao Pensamento de Spinoza
?Permita-me amar a Deus do meu próprio jeito?. Essa é a maneira sedutora e encantadora que Spinoza nos propõe a ideia do divino, um Deus inteiramente equivalente à natureza e que não joga dados com o Universo. A potência de Deus é a sua própria essência!

Einstein era espinozista e quando interpelado sob a crença em Deus, afirmava: ?acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens?.

Baruch Espinosa, filósofo judeu do século XVII responsável por obras que revolucionaram o pensamento ocidental ? e o fizeram ser excomungado da comunidade judaica aos 24 anos.

A anátema de expulsão é forte e de 27/07/1656: ?maldito seja de dia e maldito seja de noite, maldito seja em seu deitar e levantar, ao sair e ao entrar? Que não queira Adonai perdoa-lo mas antes inflame-se o seu furor e rigor sobre esse homem e lancem contra a ele todas as maldições escritas no livro desta Lei. E que Adonai apague o seu nome de sob os céus?. Por que? Spinoza acreditava que as palavras da Torá não deviam ser interpretadas ao pé da letra e sim no contexto das épocas. A superstição e a razão nunca andaram juntos. Falsas ideias propiciam um consolo frágil e falso

Sua ética se divide em cinco partes: Deus; a natureza e a origem da mente; a origem e a natureza dos afetos; a servidão humana ou a força dos afetos e; a potência do intelecto ou a liberdade humana.

Neste livro, Yalom construiu uma narrativa ficcional em que intercala supostos acontecimentos da vida do filósofo iconoclasta e a do cruel assassino em massa Rosenberg, em uma história sobre as origens do bem e do mal, a filosofia da liberdade e a tirania do terror.

Em 1942, a força-tarefa de Alfred Rosenberg, servo fiel de Hitler e principal responsável pela política racial do Terceiro Reich, confiscou toda a obra de Spinoza. Que interesse um oficial nazista teria pelos livros de um pensador judeu? Por que o governo hitlerista não os queimou, como fez com tantas outras obras em vários lugares da Europa? O que seria ?o problema de Spinoza?, utilizado como motivação para o regime estudar e preservar seus livros?

Há interessantes diálogos estoicos e epicurista, a ataraxia, a harmonia ou a condição imperturbável da alma. Em se tratando dos objetivos geradores, sempre que um é atingido gera necessidades adicionais. Quanto mais se corre, mais se busca, ad infinitum. O verdadeiro caminho para a felicidade imperecível, está em outro lugar qualquer não em objetos perecíveis. Não está fora, está dentro. Está na mente o que determina o que é assustador, o que não vale nada, o que é desejável ou valiosíssimo, e, portanto, apenas nela que pode ser modificado.

Como pode haver harmonia interior em alguém que não é fiel a si mesmo? A busca das riquezas, reputação e indulgência nos prazeres sensuais estão condicionadas:
(1) parecem provir do fato de a felicidade ou a infelicidade consistirem somente numa coisa, a saber, na qualidade do objeto ao qual aderimos pelo amor; (2) nunca nascem brigas pelo que não se ama, nem haverá tristeza se perece, nem inveja se é possuído por outro, nem temor nem ódio e, para dizer tudo em uma só palavra, nenhuma comoção da alma; (3) o amor de uma coisa eterna e infinita alimenta a alma de pura alegria, sem qualquer tristeza, o que se deve desejar bastante e procurar com todas as forças.

Spinoza era um universalista. Seu amor intelectual por Deus, amor dei intellectualis, se expressa: ?amar algo que é imutável e eterno significa que você não está sujeito a caprichos, inconstâncias ou a finitude do ser amado. Não se deve tentar se completar por meio de outra pessoa. Não se deve esperar reciprocidade?.

Sejamos como Spinoza, que o desejo de continuar florescendo, impulsione todos os nossos esforços!

Carlos Roberto de Souza Filho, 22/08/2021.
Igorvinsky 22/08/2021minha estante
Muito gostosa tua resenha, Carlos. ;)




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