Mia Fernandes 03/05/2020
A namorada do meu amigo
Se apaixonar nunca foi fácil, principalmente quando é a sua primeira vez, quando aquelas sensações conflitantes e gostosas avassalam o corpo inteiro. Agora imagina quando é o cara que se apaixona! Além de todas essas novas sensações, ele ainda descobre que ficou gamado na namorada do seu melhor amigo? Traições das mais perversas no mundo da amizade ou simplesmente as peripécias do cupido em ação? E neste triângulo que se encontra Cadu, Juliana e Beto do romance A namorada do meu amigo.
Sempre foram os três mosqueteiros: Cadu, Beto e Murilo (mais conhecido como Caveira). O jeitinho tímido de Cadu – Carlos Eduardo – rendeu-lhe o papel de Aramis. Já para o galinhão e papa garotas, Beto ficou sendo Athos. E o Caveira, mulherengo é o Porthos. E eles estavam sempre tendo no seu pé a chata da Juju, garotinha inconveniente que cismava que era o D´Artagnan! Vê se pode uma garota ser um mosqueteiro? Mas, os dias de azucrinação de Juju estavam contados, já que ela estava de partida para outro estado. Até este último verão, no qual ela acaba voltando, agora diferente, bonita, interessante. Logo, Cadu se hipnotiza com ela, só que Beto saiu na frente e ela é agora namorada dele!
O trio sempre foi unido, o que é realmente o grande ponto alto da história. Não tem como não se divertir com as canalhices dos garotos, principalmente do Caveira. A interação deles é posta a prova com a chegada desta nova Juju. Cadu se vê irremediavelmente apaixonado por ela e totalmente com raiva por ela ser a namorada de Beto! Como ficar com o amor de sua vida sem perder a amizade do seu melhor amigo? Apesar de não dar muita bandeira sobre os seus sentimentos, Caveira logo soma dois mais dois e descobre a sinuca de bico que seu amigo está, logo promove os mais diversos eventos e garotas que possam fazer com que Cadu se veja livre desta obstinação e não “traia” o seu amigo.
O que não falta são garotas implorando por um segundo com Cadu. O seu jeito fofo, tímido e descoordenado são um chamariz para as meninas de Belo Horizonte e Rio Azul. A primeira da fila esta a Alice, irmã de Beto, que arrasta um caminhão pelo garoto e não perde a chance de provocá-lo. Ou seja, mais um problema para ele, já que além de não poder ficar com a Juju ele não pode cair em tentação com Alice, devido ao pacto que fizera com Beto: não ficarás com minhas irmãs! Parece que a vida aprontou a maior com Cadu. Como será que ele vai resolver a situação? Jogará a amizade pelo ralo por Juju? Ou a esquecerá nos braços de outra? Qual é o amor mais importante: a amizade ou o verdadeiro amor?
Este é o primeiro livro que eu leio da autora. Gostei muito da sinopse e também por ele ser narrado em primeira pessoa pelo protagonista. Conhecer todos os sentimentos e aflições de Cadu foi realmente muito gosto de acompanhar, principalmente suas interações com Caveira e Beto. Como falei antes a amizade dos mosqueteiros é a parte mais bonita da história. Sinto dizer que com o decorrer da história, acabei torcendo por uma outra candidata ao coração de Carlos Eduardo. Quanto mais eu lia sobre Juliana e o “grande amor” que ele nutria por ela, mais eu desgostava do casal. Não senti a química entre os dois, aquele amor proibido. Eu fiquei pensando no final: o grande amor da minha vida é uma pessoa tão sem graça, fraca. Onde fui amarrar o meu bode? Vale todo esse sentimento? Os personagens que roubaram totalmente a cena foi o Caveira e a Alice, simplesmente a pessoa que sabia o que queria e usufruía cada momento.
A namorada do meu amigo é fofo, engraçado, dosando cenas de comédia, com um pouco de drama, e muita diversão protagonizada pelos mosqueteiros que adoram uma farra. Algo muito positivo foi que a autora mostrou que os homens sabem reconhecer quem são seus amigos verdadeiros e mantê-los acima de tudo.
XOXO
Mia Fernandes.