Dois rios

Dois rios T. Greenwood




Resenhas - Dois Rios


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Fernanda 23/10/2013

Resenha: Dois Rios
Resenha: “Dois Rios” de T. Greenwood é uma história complexa que aborda assuntos relevantes sobre questões sociais, escolhas que podem mudar uma vida inteira e segredos envolvendo o passado e o presente. Há um misto de sentimentos de ódio, perdão, aflição, compaixão, amor e até cumplicidade.

Com uma narrativa detalhada em épocas distintas e muito bem escrita, o autor cria um quebra-cabeça e é tentador o modo como o leitor precisa desvendar o mistério que cerca cada peça do jogo, para que se encaixe com exatidão.

Harper Montgomery vive em Dois Rios, Vermont com sua filha Shelly. Ele é um homem triste, solitário, deprimente e conservador, e se ficou assim foi após a morte de sua mulher Betsy e por ter feito algo horrível. O modo como narra suas experiências passadas, diante de memórias que lhe assombram, expõe um lado de sua vida que parece não ter tido um bom desfecho e depois de 12 anos ele ainda se martiriza por suas escolhas e atos.

Quando acontece um acidente de trem o leitor pode pensar que a narração irá se focar neste ato, porém não é que acontece. Por outro lado, as descrições do ambiente se mostram adoráveis e vividas, e as características justificam toda a profundidade do enredo, bem como as sensibilidades dos personagens. Dá uma vontade enorme de conhecer esse lugar tão belo e encantador.

O livro expõe assuntos como o racismo, gravidez, morte e doenças. Quando uma adolescente grávida, chamada Maggie, entra na vida de Harper as coisas começam a acontecer rápido demais, ela lhe conta uma história desesperadora e vai morar por um tempo com ele e a filha – e nem tudo parece ser o que é – e a partir desse momento as reviravoltas surgem para surpreender ainda mais o enredo e intimidar qualquer tipo de situação.

É uma história tumultuada, melancólica e opressiva, além de que requer muita analise sob o ponto de vista de cada um e da bagagem emocional que os personagens carregam. Independente de tudo, o mais interessante é poder perceber que existe uma conexão real que envolve a história de cada figura apresentada.

Apresenta também várias mensagens de comoção, envolvendo laços familiares, o verdadeiro amor e a valorização das pessoas que estão ao nosso redor. Nos obriga a pensar em nossas próprias ações e o caminho que escolhemos para determinadas circunstâncias.


site: http://www.segredosemlivros.com/2013/10/resenha-dois-rios-tgwood505-novoconceito.html
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Clara Xavier @araclana 10/05/2020

Definitivamente um livro muito bem escrito. A história se passa entre as décadas de 60-80 que vão se intercalando entre os capítulos para nos situar em dois momentos diferentes da vida de Harper. Logo de início nos é apresentada uma ação terrível cometida por ele que foi desencadeada por causa de uma tragédia que ele viveu e o porquê disso, só vai ser apresentado nas últimas páginas do livro, ou seja, não tive como parar de ler, mais porque ela realmente manda muito bem na escrita.

"Eu imaginava a culpa dissolvendo-se como sal em água quente".

Mesmo que eu não tenha chorado no livro (sim, esse é meu "termômetro" para dramas), achei o plot twistizinho do final (que eu realmente nem de longe previ, e essa é minha especialidade) interessante e fez achar que ele merecia uma avaliação melhor do que ele tem.

Ele vem com uma crítica ao preconceito racial, à frustração de mulheres daquela época com suas vidas, carreiras e sonhos perdidos e em paralelo uma leve insinuação à ruptura com a fé.
Fiquei apenas incomodada pelo fato de que alguns crimes que foram narrados ao longo dos anos não terem sido solucionados de fato. Nenhum deles. Mas talvez seja proposital.

Vale! Espero que alcance mais gente!
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Manuella_3 10/09/2014

Amor, preconceito e surpresas arrebatadoras!
Dois Rios
T. Greenwood - 448 páginas - Novo Conceito

Uma pequena cidade, um homem atormentado pelas dores do passado, uma filha para criar e uma visita inesperada... Para quem gosta de um bom drama romântico, a habilidosa escritora T. Greenwood convida o leitor para conhecer uma linda história de amor, recheada de surpresas (um tanto dolorosas) e reviravoltas empolgantes!

Harper é um homem marcado pela dor da perda de sua esposa, a quem amou e se dedicou desde a adolescência. A morte repentina de Betsy e a chegada da filha recém-nascida transformam os sonhos do apaixonado casal num luto prolongado, que já dura doze anos. Harper vive melancólico, desiludido e tem pouca habilidade para lidar com a filha adolescente. Trabalha na estação ferroviária da pequena Dois Rios, uma cidade pacata e que guarda em cada esquina as lembranças do amor (e das aventuras) que viveu ao lado de Betsy.

Depois de contar com a ajuda de parentes da esposa para criar a pequena Shelly, agora pai e filha estão finalmente instalados num pequeno apartamento, sozinhos e tentando tocar a vida da melhor forma. Mas um trágico acidente de trem na cidade muda a vida de ambos: Maggie, uma misteriosa adolescente negra e grávida, escapa ilesa do acidente e implora abrigo ao inseguro Harper, que acaba acolhendo a moça. Numa cidade de brancos, a jovem negra agora é motivo de desconfiança e especulações. Harper tenta ajudá-la para que prossiga a viagem que foi interrompida pelo acidente, mas ela está decidida a ficar. Aos poucos, Harper vai descobrindo as mentiras de Maggie... e a presença dela reacende um pesadelo que ele viveu em 1968.

Maggie é uma personagem enigmática. Altera a vidinha sem graça de Harper e Shelly tornando-se amiga e confidente da menina, cuidando da casa e dos dois solitários, atenta às necessidades de ambos. Mas Maggie não está ali por acaso... o motivo de sua chegada, até que seja revelado, é um longo caminho que o leitor vai percorrer ao lado do protagonista. Nessa busca, a autora conduz a deliciosa narrativa contando a história de vida de Harper e Betsy, de suas famílias, a adolescência e o nascimento da paixão entre os dois, os planos que fizeram até que a tragédia chegasse e mudasse todos os sonhos que acalentavam.

As mais de quatrocentas páginas alternam capítulos do tempo presente (1980) e passado, narrados em primeira pessoa pelo Harper menino e o Harper homem. E foi exatamente nesse passado (década de 60) que encontrei as melhores partes do livro. As doces lembranças de Harper são apaixonantes! A vida em família, com o pai inventor trabalhando em mais uma ideia no porão da casa, a mãe revolucionária e insatisfeita com o papel de dona de casa (adorei esta mulher!) e um Harper doce e inseguro, sensível, um bom menino descobrindo os segredos da paixão pela melhor amiga. Betsy, uma personagem encantadora, destemida e ousada, vive um drama familiar tão intenso quanto doloroso... Mas é ela a condutora de Harper pela vida. Betsy, para mim, é a personagem que engrandece a narrativa, ao lado da mãe de Harper, que viverá momentos intensamente decisivos até que tudo seja revelado pela autora.

“Ela tinha uma maneira de conversar comigo ao telefone que nunca utilizava pessoalmente. Em muitos aspectos, nossas conversas eram muito mais íntimas do que quando ficávamos cara a cara, como se, desprovidos um das mãos do outro, fôssemos forçados a nos tocar com palavras.” (p. 247)

Intercalando os tempos da trama, o leitor encontra alguns relatos – em terceira pessoa – de um fato trágico e muito importante, que afeta Harper desde então. A noite descrita envolve nosso protagonista e dois amigos, importantes personagens secundários. Aos poucos as revelações são feitas e o quebra-cabeça é montado, faltando apenas uma peça para que seja concluído. Posso dizer: o melhor está por vir, o leitor nem desconfia do quanto ficará sobressaltado com o que está para ser desvendado...

O preconceito racial é bem apresentado no livro. Tanto Maggie, por ser negra numa comunidade de brancos, quanto a mãe de Harper, que milita em favor das minorias negras, são personagens importantes para discutir a violência da discriminação. A princípio parecendo apenas justificar uma causa pela qual a mãe de Harper decidiu brigar, o fato vai crescer e surpreender o leitor. Fiquei boquiaberta, maravilhada e vibrei com a surpresa que a autora guardou como um dos pontos altos da história.

Confesso que não esperava tanto desse livro. Achei mesmo que seria uma história boa, porém morna, com algumas emoções, mas fui surpreendida por um romance intenso, com personagens encantadores e revelações arrebatadoras! Com algumas doses de lirismo presentes na obra - o que me encantou ainda mais -, naveguei por Dois Rios com a paixão dos protagonistas, os mistérios aos poucos descobertos, a minha eterna indignação diante do preconceito. E uma paixão descarada por alguns dos personagens. Recomendo!

Resenha publicada no blog Ler para Divertir:
http://www.lerparadivertir.com/2014/02/dois-rios-t-greenwood.html
Gislaine 20/12/2016minha estante
Ótima resenha!


Manuella_3 21/12/2016minha estante
Obrigada, Gislaine!




Val 04/11/2014

Livro "Dois rios"
Harper cuida de Shelly sozinho, e na véspera de Shelly completar 12 anos, ele viu que era hora de se mudaram.
Harper trabalhava na repartição de cargas da estação de trem e, no dia do aniversário de Shelly, soube que havia acontecido um acidente. Um trem teve diversos vagões virados e um deles até chegou a cair no rio. Após entrar no vagão e ver um corpo boiando, foi se sentar embaixo de uma árvore para não se sentir tão mal, pois nesse mesmo rio, há muuuito tempo, ele viu um homem morrer. Ele leva um susto após ver uma menina grávida, negra, adolescente, perguntando como ele se chama, e depois pede que por favor ele a ajude. Ele resiste em levar a menina para casa por vários motivos: pode ser um problema levar uma sobrevivente, ela está grávida, não sabe onde está os pais ou o tio, e tem uma filha pequena em casa. Ele acaba aceitando, e dizendo que em breve falará com o pai dela.
Mas Maggie e sua filha se tornam amigas, e apesar de Maggie ser nova, ela se dava bem cuidando da casa e também tomando conta de Shelly.
A autora conduz a história de um jeito que eu não gosto muito...alternando presente com passado. Eu particularmente me confundo bastante com isso e acho entediante, mas, tudo bem. Ela mostra Harper viúvo e cuidando de sua filha com a chegada de Maggie, e também conta o passado, onde conhecemos a esposa dele até o nascimento de sua filha.
A história de Harper emociona o leitor, despertando na gente vários sentimentos diferentes.

Gostei principalmente desse livro por ele deixar bem claro que as situaçõs mudam a gente ao longo da vida, seja pra melhor ou pra pior.

Vocês já leram esse livro? O que acharam dele?

site: http://www.revistagalaxy.com/2014/10/resenha-dois-rios.html
Beth 20/10/2014minha estante
A história chama bastante atenção. É envolvente e cativante do jeitinho que mais gosto. Vou tentar ler. Beijos.


Milena 20/10/2014minha estante
O livro parece ser bom, história bem emocionante, fiquei bastante interessada em ler.


sara 20/10/2014minha estante
parece muito bom a historia do tipo que eu leria ..


Line :) 22/10/2014minha estante
Primeitamente achei a capa belíssima.Fiquei muito curiosa sobre o papel que Maggie terá na vida deles,quero tb saber se ela reencontrou a família e de que forma..E oque Harper fez de tão grave. Gostei muito de sua resenha, ela me fez querer ler o livro..bj


Gizeli 24/10/2014minha estante
Nossa, eu nunca tinha ouvido falar nesse livro mas me pareceu tão bom. Me pareceu ser um daqueles livros que a gente quer ler devagar pra absorver tudo o que ele tem. Fiquei bem curiosa.


Claudia 27/10/2014minha estante
Meu Deus!! Faz um tempão que estou querendo ler esse livro, mas nunca tenho a oportunidade de comprá-lo!


Jada171 30/10/2014minha estante
Resenha muito boa, destacando pontos importantes do livro, familiarizando os leitores com a obra.


Daniela.Calcia 06/11/2014minha estante
Fiquei curiosa, adoro mistérios!


Déia 08/11/2014minha estante
Ainda não li mas pretendo, porque adoro livros nesse estilo de passados misteriosos. Obrigada pela resenha, adorei!




Yasmin 11/10/2013

Uma história cativante e surpreedente de amor, redenção e perdão. Um cenário fabuloso.

Quando vi o livro na lista de lançamentos da Novo Conceito fiquei curiosa mesmo não tendo gostado tanto do primeiro livro da autora lançado aqui no país. A escrita de T. Greenwood tem algo que me fez querer ler esse novo livro e não podia ter tomado melhor decisão. Dois Rios é uma história surpreendente, sobre amor incondicional, erros incorrigíveis e perdoar a si mesmo.

Harper Montgomery e sua filha Shelly acabam de se mudar da casa de uma conhecida para o próprio apartamento. Doze anos já se passaram desde a morte de sua esposa e da tragédia que marca sua vida desde então. Harper não consegue esquecer a fatídica noite em que absorto pela tristeza se deixou levar a cometer um crime irracional. Um segredo que carrega todos os dias e nunca o deixou seguir em frente. Era aniversário de doze anos de Shelly, um dia atormentado para Harper quando a notícia chega ao seu escritório na estação. Um trem de passageiros havia descarrilhado na curva do rio e toda ajuda era necessário. No local Harper entorpecido ajuda a resgatar algumas vítimas enquanto vê os pertences flutuando em meio aos destroços. Distraído mal vê a garota negra parada a sua frente, encharcada da cabeça aos pés, grávida e com um rosto resoluto. Quando a garota se apresenta como Maggie e pede para ficar em sua casa ele quase não acredita. Porém depois de pensar aceita ajudá-la por uns dias até tudo normalizar, afinal ela é negra e em Dois Rios mesmo que não fosse uma garota desconhecida, de 15 anos e grávida chamaria muita atenção. Harper inventa uma desculpa para Shelly e à medida que os dias passam ele começa a se perguntar o que Maggie realmente está fazendo ali. Investigando a história da garota ele começa a ficar preocupado, se sentindo culpado com as lembranças que insistem em assombrá-lo. Quem é Maggie, o que ela faz ali, existe redenção e perdão depois de tanta tragédia? Relembrando sua vida com Betsy e tudo o que o levou até ali Harper precisa encontrar uma resposta. Por sua vida, por sua filha e principalmente por Betsy.

Essa é a premissa básica da história magistralmente narrada por T. Greenwoood. Digo isso porque a surpresa não poderia ser maior. Confesso que estava esperando uma história mediana e nada parecido com o arranjo que é a história de Harper, Betsy e Dois Rios. Alternando duas frentes narrativas, passado, década de 60, a história da vida de Harper desde que conheceu Betsy e presente, década de 80, a história após doze anos da morte de Betsy, a autora nos apresenta uma bela história de amor e redenção, que ainda excede as expectativas como um pontual retrato histórico da vida e da sociedade americana do interior dos Estados Unidos durante a década de 60. Hábil e harmoniosamente Greenwood construiu uma história de amor que conta mais do que a própria história.

Através da voz narrativa de Harper conhecemos não só sua história como a cidade e uma gama de personagens marcantes. Todos, sem exceção, possuem algo forte que cativa o leitor. Desde o menor secundário até os protagonistas. A história de Harper e Betsy é ótima, flui em um ritmo agradável e nos instiga por si, contudo uma das coisas que mais conquista o leitor é o retrato da época. Cada detalhe e minúcia foram muito interessantes e gratificantes. Para quem gosta de histórias e tramas históricas ver um cenário tão rica e realista foi ótimo, principalmente porque a trama acompanha a riqueza da ambientação e a história contada por Harper emociona o leitor, desperta não só simpatia como outros sentimentos. E o fim, apesar de ter sido rápido, foi muito bom e a sensação de encerramento e promessa coroa bem a história.

Leitura agradável, de ritmo cadenciado que surpreende o leitor logo nas primeiras páginas, com algo de sensível e único que nos faz seguir em frente. T. Greenwood se mostra uma autora acurada, com uma prosa vívida e marcante. A edição da Novo Conceito está ótima, fonte boa, tradução fluida e uma capa que não faz totalmente jus a história, mas ainda assim consegue se adequar. A história se (...)

Termine o último parágrafo em:

site: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/10/resenha-dois-rios.html

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Patricia 12/11/2022

Não consegui me envolver com a história, os personagens não me conquistaram . Apesar de ser um bom romance, creio que ele não foi para mim.
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Adriana396 14/03/2023

Adorei esse livro, no começo demorei um pouco para ler , mas quando decidi que ia ler ele me surpreendi , cheio de reviravoltas e surpresas ?
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Livros e Citações 05/02/2016

Decepcionante
Autora: T.Greewood
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Classificação: 3/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/?p=129248

Dois Rios conta a história de Harper Montgomery, dividida em duas narrativas acompanhamos a trajetória intercaladamente o passado e o momento atual em que o personagem se encontra. Assim a autora encontra uma forma de nos contar como Harper passou de um jovem apaixonado e com diferentes planos para a vida, para um homem que mesmo após 12 anos está se recuperando da morte de sua esposa e apreendo a ser um bom pai para sua filha.

T.Greewood é uma boa autora, ela consegue fazer com que a narrativa flua de um modo surpreendente e delicioso ao ponto de o leitor passar as páginas com uma rapidez impressionante. Assim, devo dizer que a razão de que esse livro não ser um dos meus preferidos ou talvez um dos que eu goste muito seja porque eu esperava algo completamente diferente ou pelo menos que fosse melhor explorado.

Esse algo seria o mistério que a sinopse aponta, afinal parece encantador e delicioso saber qual seria o propósito de uma moça grávida procurar o Harper e querer ficar com ele, além da sugestão de que ela poderia estar envolvida em algo que ele participou no passado já me deixou salivando por algo que parecia um bom thriller. No entanto, é realmente fato que quando as expectativas são altas, dificilmente elas serão atendidas.

É ai que a trama maravilhosa de vingança e tudo mais deixa de parecer uma realidade e nos deparamos com o lado mais sombrio da vida do Harper ou melhor a sua paixão, que mais parecia uma obsessão, pela sua amiga de infância e mais tarde namorada, Betsy. A personagem toma espaço, e aliás mais do que merecido pois é ótima, cativante e nada convencional, Betsy serve como uma boa balança para a personalidade de Harper, só que o romance acaba ficando chato em razão da obsessão que Harper tem por ela, sinceramente comecei a ficar com raiva quando apareciam trechos do passado.

Aliás, preciso destacar o quão decepcionante foram os trechos envolvendo o passado do personagem e, pior, grande parte da narrativa girou em torno disso, assim acabou deixando forçado o desenvolvimento atual dos problemas de Harper ou com as pessoas ao redor, além de ter deixado o final corrido e pouco crível. Isso foi, pelo menos na minha visão, uma pena, afinal se a autora tivesse investido mais na situação atual que o personagem passava, aposto que a classificação desse livro agora seria positivamente outra.

Outra coisa que me incomodou foi a forma como a autora aborda em Dois Rios alguns temas bem pesados como o preconceito e questões de tratamento das mulheres naquele época, uma pena também que esses assuntos não sejam aprofundados ou discutidos, afinal seria muito interessante entender e discorrer como tudo isso afetava a população comum dos Estados Unidos.

Assim, devo dizer que essa ficção no romance acabou prejudicando a narrativa como um todo e foi difícil se apegar a todos os personagens para que, enfim, eu me importasse com eles. Acredito que esse seja um livro para pessoas que querem desfrutar um romance ou uma abordagem mais superficiais de alguns problemas que eram e ainda são comuns na nossa sociedade.

Resenha por: Débora

site: http://www.livrosecitacoes.com/
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Mika.Chan 13/10/2023

Dois rios
Eu demorei um pouco mais que o esperado para terminar o livro, a história do livro é bem bacana apesar de ter alguns momentos que me deixou um pouco receosa por conta dos personagens que são racistas.

A história em si é bacana, tem contexto e tem início,meio e fim e é bem contada/ explicada.
O que eu achei mais legal foram as perguntas ao final do livro que são para debate em clube do livro ou com amigos que leram o livro também. Por fim é um livro que eu recomendo.
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Carol 21/06/2017

História fraca. O livro é bem escrito, mas não consegue prender a atenção do leitor
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Marcela Pires 22/10/2013

Lindo!

"Você vê, as coisas que nos apavoram, as coisas que nos assustam são, às vezes, as melhores coisas para nós. Se não fosse por você, provavelmente eu teria feito todas as coisas que tinha planejado fazer. Teria me mudado para Boston, arrumado um emprego na orquestra sinfônica, essas coisas. Mas essa teria sido uma vida fácil. Ser mãe. Ter aquele salto de fé, aquilo era verdadeiro. Aquilo, para mim, era receber uma oportunidade. E agora não consigo imaginar ter feito algo diferente..." pág. 182



Quando olhei essa capa, confesso que ela me encantou. Nem li a sinopse, escolhi "Dois Rios" pela capa mesmo e depois da leitura posso dizer que a estória é melhor do que eu poderia ter imaginado!

Harper é um pai solteiro, sua esposa Betsy morreu no dia do parto, porem não sabemos como até quase o final do livro. Harper cuida de Shelly sozinho, a garota já tem 12 anos. Ele é gerente de cargas da ferrovia.

Certo dia o trem descarrila e cai no rio, são 94 passageiros, 40 deles morrem. Harper vai até o local para ajudar no resgate das vítimas; é quando conhece Maggie, uma jovem negra de 15 anos que está grávida, ela pede abrigo a ele, pois diz que sua mãe morrera no acidente e seu pai expulsou-a de casa. Ele a ajuda, leva a garota para casa. O que ele não sabe é que Maggie representa muito mais do que ele possa imaginar.

Harper Montgomery é daqueles personagens que você já gosta na primeira página. É um homem de trinta e poucos anos, apaixonadíssimo pela esposa falecida, não consegue se recuperar da morte dela mesmo depois de 12 anos, cuida da filha sozinho, trabalha duro, e é marcado pelo arrependimento de ter participado de um crime.

O livro é narrado em 3a pessoa, e temos vários recortes de tempo, o atual é na década de 80, e o passado que conta sobre a vida de Betsy e Montgomery desde que eles tinham 12 anos até a data da morte dela. Ficamos conhecendo a família Parker e a Montgomery. É encantador como esse homem, desde menino, amou Betsy!

Ao mesmo tempo que temos um belo romance, ele é cercado de mistério! Existe um motivo para Maggie estar ali, e por mais que você seja um bom detetive, vai se surpreender no final!

Em "Dois Rios" também temos uma crítica social em relação a segregação racial que existia nos EUA, é muito forte a relação de brancos versus negros, e o final num nível mais especifico é reconciliador.

O livro também nos faz pensar sobre o que queremos das pessoas e o que realmente elas são, visto o que aconteceu com as mães de Betsy e de Harper. A escritora se posiciona em relação ao direito das mulheres, e como essa idealização pode ser prejudicial a elas.

A escrita de Greenwood é magistral, ela prende o leitor do inicio ao fim, é uma estória tão belamente contada que varei a noite lendo, sem conseguir tirar os olhos, sempre querendo saber mais, saber como Betsy morreu, qual foi o crime que Harper se manteve omisso, o que pretende Maggie.

É demais! Vale cada página! Livro maravilhoso!

site: http://www.mulhericesecialtda.com/2013/10/resenha-dois-rios-t-greenwood.html
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Mari Siqueira 25/10/2013

Uma das melhores leituras do ano!
Dois Rios me surpreendeu muito e agora faz parte da minha seleta lista de favoritos. Eu não tinha ideia do que esperar ao entrar de cabeça nessa história de T. Greenwood. Me deparei com temas fortes como o preconceito enfrentado por mães solteiras, racismo, abuso, violência e guerra.

Greenwood joga todos esses fardos da sociedade no livro e os tempera com amor. Os capítulos intercalados entre o passado, passado ainda mais distante e presente, fazem com que depois de ler um capítulo denso, tenhamos um capítulo leve e apaixonante, descrevendo o relacionamento do protagonista Harper e sua falecida esposa Betsy.

Me peguei de olhos marejados algumas vezes no decorrer da narrativa, não só nos lindos trechos que ilustram o amor do casal protagonista. Também ao ver tamanha ignorância e segregação racial, o sofrimento de pessoas que são julgadas diferentes por terem cores diferentes, como se sua alma também tivesse cor.

A diagramação excelente da Editora Novo Conceito, com letras grandes (que já me deixaram até mal acostumada), fez com que suas 400 páginas voassem. Ao terminar o livro, não fiquei com gostinho de quero mais, ele acabou exatamente quando deveria acabar e por isso gostei mais ainda.

Harper vive atormentado pela dor após o falecimento de sua esposa Betsy, na noite em que a filha Shelly nasceu. Mesmo após 12 anos ele não consegue esquecê-la, mas faz o melhor que pode para criar sua menina sozinho. Porém, Harper Montgomery não sofre apenas pela perda da mulher, há um segredo sobre algo que aconteceu em seu passado, que também o corrói. Algo obscuro, que o persegue dia após dia.

Em um acidente de trem, ele encontra uma garota desamparada e decide ajudá-la, talvez ajudá-la, seja uma forma de redenção, de conseguir algum tipo de perdão. É por isso, que ele acolhe a jovem grávida. O que ele não imagina, é que o acidente foi um acaso do destino, mas Maggie não. Ela entrou naquele trem determinada a encontrar alguém, alguém chamado Harper Montgomery.

Nos flashbacks do passado, conhecemos um menino que é apaixonado por sua melhor amiga, Betsy. Com o passar dos anos, na adolescência essa amizade vai aos poucos se tornando um puro e singelo amor. É uma das mais lindas histórias de amor que eu li nos últimos anos.

Vocês sabem que minhas resenhas são péssimas quando eu me apaixono pelo livro. É difícil falar de algo que a gente gosta. Espero que eu tenha conseguido mostrar à vocês como Dois Rios me encantou, recomendo muito. T. Greenwood, obrigada por nos presentear com uma história tão incrível e apaixonante.

"- Pássaro tolo. Voando por aí, sendo apenas um pássaro, e de repente bum, já era - ela disse olhando para mim e fechando o rosto. - Ninguém se incomodou de avisá-lo sobre o vidro. Você teria me avisado, certo? Se eu fosse esse pássaro? E você fosse meu amigo pássaro?
Acenei com a cabeça. Lógico que teria." (p.85)


site: http://loveloversblog.blogspot.com
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Fun's Hunter 07/11/2013

Dois Rios
A vida não é sempre a mesma maravilha. Há sim pontos altos e baixos na vida de qualquer um, e passar por cima dos pontos baixos é essencial para que os pontos altos realmente sejam bons. Mas o que fazer quando se percebe que sua vida está te levando à beira da infelicidade? E pior, o que fazer quando ainda se sente remorso por algo de ruim que se fez há muito tempo? Perguntas assim rondavam pela cabeça de Harper Montgomery, mas para tudo há uma salvação, só é preciso saber usufruir dela. Talvez Harper consiga usufruir dessa “salvação”, algo que não ocorreu com T. Greenwood.

Você vê, as coisas que nos apavoram, as coisas que nos assustam, são, às vezes, as melhores coisas para nós.
Pág. 182

A morte da mulher deixou a vida de Montgomery uma extrema bagunça. Ele não tinha nenhuma experiência com bebês, e assim não sabia como cuidar de sua filha Shelly. Depois de enfim colocar sua vida nos eixos ela (a vida) já não era a mesma. Harper sempre se sentia triste e sua vida nunca lhe trazia nada de novo: sempre os mesmo deveres, os mesmo lugares e as mesmas pessoas. Mas então acontece um acidente de trem em Dois Rios. Pessoas morreram e muitas ficaram feridas, mas Maggie, uma moça negra gravida, sobreviveu e procurou em Harper sua salvação. Ele aceita ajuda-la, e então ele a leva a sua casa, onde ela o ajuda nos deveres de casa e com Shelly em troca de morada. Mas nada continua fácil...
O aparecimento dessa moça causa estranhamento em boa parte da população da pequena cidade, algo que deve tanto a sua cor quanto à sua gravidez precoce. Enquanto a população especula sobre o porquê dela aparecer por ali Montgomery se pergunta: a aparição de Maggie para ele foi uma simples coincidência ou teve um sentido maior, relacionado diretamente com um erro dele no passado?

Com uma sinopse dessas é fácil imaginar um livro daqueles que, depois e durante a leitura, deixa o leitor pensativo e até mesmo que mude sua vida. Infelizmente não é isso o que acontece, tudo devido a escrita quase que inteiramente descritiva e não emocional de T. Greenwood.
No decorrer de todas as longas 448 páginas o livro é desprovido de emoções que possam tocar profundamente o leitor. Há sim passagens com um teor (um pouco) mais alto de emoção, mas ainda assim essas passagens são tão superficiais que é difícil se sentir atraído por elas. Isso porque a escrita de Greenwood exagera na descrição das cenas e no senso humano e esquece de dar aquele “toque” necessário para que haja a emoção.
Outro problema do livro é a forma como a história é contada. Entre a história principal há flashbacks sobre o passado de Harper, desde sua infância até a morte de Betsy (sua mulher). Isso poderia até complementar a leitura e deixa-la mais cativante, mas esses flashbacks aparecem com tanta intensidade que a única coisa que eles conseguem é deixar a leitura mais arrastada. Mesmo que boa parte desses flashbacks seja importante para o entendimento geral do livro e dos sentimentos de Montgomery alguns deles são desnecessários, não tendo praticamente nada de importante a acrescentar.
O livro acha sua “salvação” nas questões sociais retratadas, principalmente o racismo. Mesmo que não seja tratado de forma que nos faça ter devaneios filosóficos essas questões podem nos deixar um tanto pensativos. Mas até mesmo aqui há um problema. No caso, o problema é que para que possamos enfim pensar mais a respeito dessas questões é necessário um pouco de esforço, pois essas questões não tão declaradas no livro, elas estão escondidas por trás da história central, que não é capaz de deixar o leitor pensativo.

Com uma bela fonte utilizada no título e com uma ótima fotografia a capa do livro é bem convidativa, assim como suas páginas. A fotografia da capa é praticamente perfeita, capaz de dar uma leve ideia de como Dois Rios (a cidade) é; serve para reforçar minha tese de que, em boa parte dos livros, a capa fica melhor tendo uma bela fotografia de fundo. Por dentro, o livro também é agradável, tendo capítulos muito bem medidos e com espaçamentos e margens na medida certa. A fonte pode ser um pouco pequena demais, mas não é ela a causadora de uma leitura cansativa.

No final de Dois Rios é fácil ficar com aquela sensação de “foi só isso?”. Do começo ao fim o livro não conseguiu criar um vínculo com o leitor para assim deixa-lo com expectativas e esperanças. Ainda assim ele é capaz de deixar o leitor um pouco pensativo, mas para isso o leitor também terá que se esforçar um pouco, pois esses pensamentos não virão de maneira fácil. Será fácil considerar Dois Rios como um passatempo (tudo bem, um passatempo de LONGAS 448 páginas), o difícil mesmo é lê-lo e sentir que está diante de um livro capaz de mudar sua vida.

- Você está aqui por algum motivo especial? [...] - Você quer dizer aqui, na Terra?
Pág. 298

site: http://www.funshunter.com/2013/11/ResenhaDoisRios.html
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Kelly Oliveira Barbosa 03/04/2019

Redenção?
Li esse livro sob total influência da indicação de um amigo blogueiro que gosto muito – conheça o Hiattos. É por isso que mantenho esse espaço, além da necessidade sempre crescente de escrever, é minha maneira de contribuir com esse nicho da internet que propaga a leitura. Blogs, instagram, YouTube… é nesses espaços que diariamente descobrimos novos livros, autores, gêneros etc.

Primeira coisa sobre Dois Rios: é uma leitura de entretenimento. Apesar de tocar em alguns assuntos sérios, não é uma leitura profunda ou que vai fazer grande diferença na vida de alguém. O que de forma alguma o torna menor, pelo contrário, é um ótimo livro como o é, muitos filmes de sessão da tarde quando tudo o que queremos é ficar sentados no sofá enrolados numa coberta, de olho na TV e comendo alguma coisa sem dispensar muita energia pensando em coisas difíceis.

Sobre a história. Acontece um acidente de trem numa cidadezinha. O trem descarrilha dos trilhos sob um rio e várias pessoas morrem. Nosso protagonista e narrador, Harper Montgomery, corre para o local tentando prestar alguma ajuda aos sobreviventes e ali se encontra com Maggie, uma adolescente negra de 15 anos grávida que relata ter acabado de perder sua mãe no acidente e estar agora sozinha no mundo.

Maggie vai parar na casa de Harper, onde ele só vive com sua filha Shelly de 12 anos.

Paralelo a isso, que é a narrativa do presente (1980). Harper começa a recordar de como conheceu sua esposa falecida a exatamente também 12 anos, Betsy, outra camada do livro; e temos também alguns trechos narrados em terceira pessoa referente ao outono de 1968, quando acontece um assassinato.

Além dos temas gerais: racismo (que foi retratado de forma excepcional, sem vitimismo), gravidez na adolescência, descoberta do amor, amadurecimento e outros. O foco ou assunto central, me parece que é a redenção do personagem principal. O perdão, uma nova chance… tudo o que qualquer pessoa que cometeu um grande erro na vida deseja (todos nós em algum grau). E a autora traça esse caminho, um caminho de redenção para seu personagem ou para alguns personagens ao longo da história. Só que, na minha opinião, não houve redenção nenhuma no livro.

Não houve reparação alguma dos erros. Não houve remissão. Não houve libertação alguma. Ainda com todos os acontecimentos do fim do livro, o passado continuou no mesmo lugar, não foi e não poderia ser apagado. Na vida real também é assim.

O único que pode libertar uma pessoa de um passado como aquele é Deus, que foi propositalmente em vários trechos negado, excluído da vida dos personagens e até levemente zombado. Para mim tudo isso me pareceu irônico e me fez refletir sobre as tentativas tristes de um mundo que tenta se salvar sem Deus, sem Cristo, sem cruz, sem ressurreição.

Entretanto, e por fim, gostei muito da escrita, da forma de narrar da autora: simples e bonita. A leitura é fluída e rápida, já que se termina cada capítulo desesperado em curiosidade pelo próximo. Os personagens são bem desenvolvidos. E o desenrolar da história não deixa a desejar: acontecimentos incríveis, reviravoltas, reflexões e principalmente, um final onde tudo fecha redondinho.

site: http://cafeebonslivros.home.blog/2019/04/03/eu-li-dois-rios-de-t-greenwood/
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Vivi 10/05/2016

A história relata o amor de um casal de adolescente e alguns percalços pelo caminho. Muito interessante. Gostei.
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