Longe da árvore

Longe da árvore Andrew Solomon




Resenhas - Longe da Árvore


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eduardoin 23/12/2017

Este livro mudou minha forma de ver a paternidade.
Terminei de ler "Longe da Árvore" às vésperas do Natal e do nascimento da minha filha. Vi o tema e as várias indicações como uma missão a realizar, uma forma de aumentar minha visão sobre aquilo que ocorre em algum nível: os filhos são sempre diferentes da projeção imaginada pelos pais.

Através de um grande número de casos e experiências, a obra retrata como é a paternidade em relações de identidade horizontal, ou seja, filhos que não possuem a mesma identidade dos pais: surdos, anões, portadores de síndrome de Down, autistas, esquizofrênicos, portadores de deficiência, prodígios, filhos de estupro, criminosos, transgêneros. Cada capítulo é um mergulho em um universo carregado de angústias, dificuldades, preconceitos, violências. E ainda assim, povoado por inúmeras histórias de um amor difícil de tangibilizar.

Comecei a lê-lo com um intuito de me preparar para qualquer tipo de situação parecida que eu possa vir a enfrentar no desempenho da paternidade. À medida que a leitura avançou, senti uma grande transformação ocorrer em mim. Ganhei a percepção de que o temor de todos os pais (que seus filhos sofram, que não sejam felizes) é um fantasma eternamente presente. Não há como fugir disso. Se a iminência deste fracasso paternal nos ronda, devemos aceitar o fato e lutar com amor, companheirismo, resiliência.

Mas a questão é mais profunda que uma visão mais ampla da paternidade. Imergir no mundo das pessoas que vivem com a diferença e sentir suas dores me fez enxergar mais facilmente que essa relação é facilmente extrapolada se encararmos todas as nossas relações com mais empatia. No fundo, somos todos uma grande família, em um mar de diversidade, navegável quando respeitamos o próximo.

Andrew Solomon é gay, e a narrativa de sua juventude ajuda o leitor a entender como o sentir-se diferente é muito mais profundo e complexo para quem é o vetor da diferença. Sua história de como se tornou pai é uma vitória da diversidade e, acima de tudo, uma vitória do amor.

"Longe da Árvore" não é fácil. Mais do que longo, o peso de cada um dos capítulos derruba e exaure o leitor, sempre jogando-o para dores ainda mais fortes. Chegar ao fundo o transforma em alguém melhor. E transforma o mundo em um lugar melhor.
Walkí­ria Silva 16/04/2018minha estante
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Michelle 08/03/2020minha estante
Baita resenha! Gostei muito.


Michele.Caroline 27/03/2021minha estante
Estou lendo...apos diagnostico de autismo do meu filho...e bem forte!


Pérola 14/04/2021minha estante
Perfeita sua análise!


Taty Novaes 22/05/2021minha estante
Parabéns, colocou em palavras tudo que estou sentindo ao longo da leitura.


denis.caldas 21/04/2023minha estante
Às vezes perdemos tempo com calhamaços sobre fantasia, sobre religião, sobre economia, sobre política, mas nunca nos dedicamos tempo a uma leitura que realmente importa: sobre o Amor. Parabéns pela resenha e fiquei deveras curioso!




Débora A. 09/07/2016

Bonito, comovente, pessoal. O livro consegue nos ensinar empatia por meio de histórias tão belas quanto difíceis. O amor está presente e triunfa em todas elas, apesar do caminho tortuoso que ele enfrenta, sofrendo preconceito, estigma, transformação e por fim, aceitação.
Dividido em capítulos, cada qual tratando de uma identidade, o texto segue uma fórmula simples e didática alternando dados/ pesquisa com entrevistas.
Vale toda pena ler!
Vivi 10/09/2018minha estante
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Carmem.Toledo 20/04/2016

Uma obra que deveria ser lida e debatida por todos
Este é uma excelente obra de Andrew Solomon, que fez uma minuciosa pesquisa antes de colocar seus estudos e pensamentos no papel. O livro provoca o leitor, fazendo-o rever muitos de seus conceitos - e perceber o quão preconceituosos todos nós somos, sem que nos demos conta disso. A identidade é algo que todos nós buscamos, desde que chegamos ao mundo. O autor fala sobre os dois tipos de identidade: a vertical e a horizontal e como ambas são construídas. O livro é formado por vários capítulos, sendo que cada um trata de um tema: autistas, pessoas com Síndrome de Down, surdos, anões, pessoas com deficiência múltipla, prodígios, transgêneros, filhos concebidos por estupro, esquizofrênicos e menores infratores. Uma obra que deveria ser lida e debatida por todos.

site: http://superspecialis.blogspot.co.id/2015/02/inclusao-escolar-e-deficiencias-em-geral.html
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janaina 17/02/2020

Leia
Leitura necessária para mudarmos como vemos as pessoas com necessidades especiais.
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Bia 18/03/2020

Quando peguei o livro para ler estava com uma questão na cabeça: como os pais lidam quando seu filho não nascem 'perfeito'? Afinal é sempre o que ouviamos falar quando nasce uma criança, tem dez dedos, ' o importante é que tem saúde' e tudo isso mais.
Claro que fiquei assustada quando vi mais de 1000 paginas, porém não se assuste com isso. O autor tem uma escrita tão fluída que você lê 50 paginas sem nem sequer notar. Apesar disso é um livro emocionalmente pesado, mas necessário.

Comecei o livro sendo uma pessoa e terminei sendo outra. Este é um livro de historias, sobre pais, filhos, identidades, familias e principalmente sobre amor.
É dificil explicar e expor em uma resenha porque esse livro é tão bom e tão necessário de ser lido. Então vou apenas
explicar a sensação que tive ao final, senti uma renovação da minha fé na humanidade. Este livro me fez perceber que há beleza em fatos considerados trágicos, mais do que isso que essa beleza é ainda mais bela por ser encontrada em momentos dificeis.

Um livro para refletir, quebrar preconceitos e abrir a mente para a diversidade, que com certeza me marcou muito e por isso se tornou um dos meus favoritos.
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Lais.Lima 23/04/2020

De uma sensibilidade absurda
O autor faz um extensa pesquisa, cheia de relatos, de famílias que tiveram filhos com identidades horizontais (identidades que são de nascença ou não que diferem dos pais). Cada capítulo ele aborda uma diferente, tratando de identidades inquestionavelmente biológicas (nanismo, síndrome de down, surdez) , identidades que colocam a questão natureza vs criação em cheque (prodígios, autistas e transexuais) e identidades que abordam violências (frutos de estupro e criminosos).
Independente do quão tabu possam ser os temas, o autor narra as histórias e traz reflexões de forma sensível, mostrando o quanto em meio a tantas adversidades, famílias conseguem encontrar mecanismos para lidar com o que lhes foi dado e o quanto, muitas vezes, o amor supera situações que a maioria de nós consideraria insuperáveis.
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João 05/07/2020

Um livro 10 em 1
Andrew Solomon não peca no seu projeto estético e traz o melhor do jornalismo literário no seu livro Longe da Árvore. Ele ?combina rigor e leveza, carradas de informações com narrativa literária, painéis amplos com casos específicos.? pegando emprestadas as palavras do jornalista Luiz Fernando Vianna.

Quanto ao conteúdo, o livro não é menos interessante. Para falar de parentalidade (e de desafios parentais), ele faz uma pesquisa ampla e rica sobre dez identidades que guardam assustadora semelhança no meio de tanta diversidade.

No fundo eu queria que ele tivesse esticado um pouquinho a pesquisa e feito um livro sobre cada tema. Sem dúvidas vou ler mais sobre eles nos próximos projetos.

IG: @bookctor
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Lucas 28/07/2020

Leitura obrigatória
O livro é fruto de uma pesquisa de décadas contendo relatos de famílias que possuem filhos diferente do "padrão esperado".

Cada capítulo fala de um tipo específico de identidade tais como autismo, síndrome de down, nanismo, etc.

A primeira vista as mais de 1000 páginas podem assustar, mas a forma jornalística como o autor escreve é muito agradável e você nem vai ver o tempo passar. Como os capítulos são independentes você pode escolher ler apenas aqueles que lhe interessam mais.

Tenho que certeza que ao terminar o livro, assim como eu, você vai enxergar o mundo e as pessoas de outra forma.

Um livro pra quebrar preconceitos e aumentar nossa empatia com nossos semelhantes. Faça um favor a você mesmo e comece a ler esse livro.
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Mandy 04/12/2020

Longe da árvore
Um livro que poderia muito bem ser didático, mas que por conta de ternos extremamente capacitistas acaba deixando a desejar.
Para aqueles que, durante a leitura, gostam de pesquisar mais sobre o assunto, pode ser que o livro acabe agradando, porque ele ajuda a instigar dúvidas a respeito dos assuntos que ele aborda.

O livro não é de um todo ruim, porque ele trás assuntos muito pertinentes que precisam ser debatidos e visões, depoimentos, de pessoas inseridas nessa realidade, que possuem vivência no assunto. Porém, para aqueles que querem aprender mais sobre os temas abordados, e tomarem tudo nele como verdade, o conhecimento agregado pode acabar sendo um tanto quanto equivocado.
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fev 13/01/2021

Longa da Árvore é um livro sensacional. É uma obra sensível e extremamente necessária para pessoas que não convivem com grandes diferenças ao longo da vida. Se eu pudesse resumir esse livro em poucas palavras diria que ele é uma viagem sobre empatia e a aceitação da não norma.

O livro é uma imersão nas diferenças que filhos possuem em relação aos pais que são vistos pelo mundo como pessoas "normais". Nós vemos o sofrimento, a luta, as alegrias, as tristezas, a força e muitos outros sentimentos, até mesmo negativos, de mães e pais em relação aos seus rebentos. É narrado episódios em pais não conseguiram aguentar as diferenças e acabaram abandonando e até mesmo matando os próprios filhos.

Andrew Solomon, o autor do livro, falou sobre vários grupos de pessoas com características bem marcantes e que diferem de forma significativa do que ainda é considerado padrão pela sociedade. Os personagens eram pais de surdos, anões, pessoas com síndrome de down, autistas, esquizofrênicos, deficientes de uma forma geral, prodígios (pessoas dotadas), filhos provenientes de estupro, filhos que cometeram crimes e transgêneros. O autor ainda fazia paralelo da sua relação com os próprios pais por um homem gay.

O livro bate muito na questão da moral e da ética. O que deve ser feito? Abortar, abandonar ou matar um filho por ele ser diferente da mãe e do pai é certo ou errado? Quais são as soluções para isso? Os sofrimentos dos filhos como proceder em relação a isso? E os sofrimentos dos pais? Você se pega pensando muito nesses assuntos. Em vários momentos se acha no poder de dizer que isso ou aquilo deve ser feito. Ou que resolveria de tal forma. No entanto, se você nunca presenciou situação parecida ou igual fica difícil de opinar. Mas sempre é necessário pensar nos direitos humanos. No que é melhor para aqueles que não vivem junto a norma.

Ao ler Longe da Árvore você percebe a quantidade de pessoas oportunistas há no mundo. E o modo como elas tratam o sofrimento dos outros. O quanto a industria farmacêutica e empresas nem sempre pensam no bem do paciente. Da mesma forma que há médicos e psicólogos despreparados para cuidar de pessoas. Além de como a religião pode ser a solução ou mesmo a destruição de uma família.

Não tem como você ler esse livro e não se sentir de alguma forma tocado. É um livro sobre a humanidade e as suas diferentes formas. Apesar de tanto sofrimento, desorientação e também um livro sobre amor e aceitação. Sobre ver a alegria na tragédia como o próprio autor diz. Para quem lê e nunca viveu alguma situação próxima a essa é meio que sair da sua bolha e adquirir um grande aprendizado. Foi realmente isso que senti. Essa leitura me acrescentou muito conhecimento e me fez questionar inúmeros pensamentos. Tirou-me da zona de conforto mostrando outras realidades que eu nem ao menos sabia que existia. Isso é extremamente gratificante.

Longe da Árvore me atraiu por causa do título e porque eu sentia/sinto diferente e longe das pessoas de quem eu vim, mas me conquistou por trazer muito mais daquilo que eu poderia imaginar. O livro tem alguns defeitos, mas que o autor deixa claro em algumas partes do livro. Gostaria de ver algo dividido de forma mais racial e social. Aparecem pessoas negras e de outras etnias minoritárias, mas a grande maioria são de pessoas brancas e ricas. Isso nos traz uma apenas um panorama da situação que pode ser ainda mais agravante. Infelizmente pude perceber que as minorias étnicas (negros e latinos) aparecem com mais presença em capítulos que tratam de estupros e crimes. Mesmo assim não tiro a importância desse livro e gostaria que algo desse tipo fosse feito no Brasil.

Nesse período de mais de um ano lendo esse livro pude perceber o quanto cresci e aprendi. Espero poder fazer a diferença na sociedade com o que vi aqui. O mais importante é começar a respeitar as pessoas do jeito que elas são sem querer curá-las de algo que não precisa ser curado. É importante aprender a entender a lógica das mães e dos pais sem sair julgando por aí. É preciso manter a dignidade do ser humano acima de tudo.

Sem sombra de dúvidas recomendo a leitura.
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Carol 13/02/2021

Um livro maravilhoso sobre família, filhos, desafios parentais e, principalmente, amor!!! Quantas lições!!! Recomendo a leitura - as mais de 1000 páginas assustam inicialmente e, no início, demora a engrenar, mas depois a leitura flui fácil e é difícil largar o livro! Os capítulos são independentes, sendo possível ler na ordem que achar mais interessante!
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Gabi 27/05/2021

Em busca de uma explicação
É um ótimo livro,nos traz uma visão dos pais a respeito de seus filhos não serem como eles,em diversos momento eu pensei " como uma mãe fala isso sobre o seu filho?" E muitas vezes também pensei " que linda essa atitude"; Ou seja, é um livro onde o seu nível de pensamento vai se alternando.
Muito legal também por ele ter diversos conteúdos para ser citados na redação,pois retirada sobre filhos que nascem com autismo,nanismo e até opiniões dos pais sobre o filho ser homossexual.
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Ellie 05/09/2021

Todos deveriam ler antes da maternidade / paternidade para entender como se posicionar em questões tão sérias e abrangentes.
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Alexandra 11/09/2021

Prestigiar o que temos
Sensível à todos os pais com filhos com alguma dificuldade em viver socialmente em normalidade. Mostra dentro da comunidade seus sentimentos e comportamentos. E para as demais pessoas respeitarem e aproveitar as diversidades, no sentido geral, dos seres humanos. Só não dei 5 estrelas porque nas mais de 1000 páginas, a escrita as vezes fica repetitiva, mas apesar disso o livro é extremamente enriquecedor.
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