O drible

O drible Sérgio Rodrigues




Resenhas - O Drible


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Gutemberg.Monteiro 13/07/2021

De fato, O Drible!
Comecei esse livro pela curiosidade sobre um romance de futebol, confesso que não esperava tomar esse "olé" do autor. Que sacada genial, toda uma construção com sentido bem estruturado, desde o título à última linha do texto.
É muito mais que só futebol.
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Otávio - @vendavaldelivros 24/09/2020

“Aplicada com o atraso de uma vida, a estratégia de Murilo, se é que se tratava de algo tão deliberado, era a mesma empregada por sucessivas gerações de pais brasileiros para se aproximar dos filhos”.

Você pode não gostar nada de futebol. Pode achar uma tremenda besteira, um bando de homens e mulheres correndo atrás de uma bola. Pode achar sem sentido, chato, desnecessário. Você pode achar tudo isso, mas não poderá negar a importância do esporte na formação da sociedade brasileira. O futebol corre nas artérias desse país novo e moleque, que tropeça nos caminhos e que acerta a trave nos objetivos do destino. O futebol une, o futebol separa, o futebol muda vidas. Mas esse é um livro que penetra muito mais fundo na alma brasileira. Ele passa do futebol e vai revirar episódios obscuros que esse mesmo país moleque tenta esquecer.

Neto, um revisor de livros de autoajuda, recebe o chamado do pai, o famoso cronista esportivo dos anos 50 e 70 Murilo Filho. O pai pede uma visita e tenta uma reaproximação, 26 anos após uma briga e um problema de tamanho comparável ao Maracanã. Passando pela história do futebol carioca e brasileiro dos anos 60, pai e filho tentam entender e cicatrizar feridas de suas próprias relações.

Além disso, o pai tenta mostrar ao filho que o Brasil teve um jogador muito melhor que Pelé. Um jogador que tinha poderes místicos e um talento indescritível. Peralvo teria trazido o tri em 66 e talvez o tetra já em 70. Neto, que quer entender a morte da mãe, o distanciamento e os maus-tratos do pai, não se importa com as histórias do futebol. Não está nem aí para o drible de Pelé em Mazurkiewicz, goleiro uruguaio, naquele que foi o maior gol não feito pelo Rei do Futebol.

Mas é entre as lendas do futebol e a história do país, que Neto passa a entender as mensagens escondidas nas falas do pai. Ali, no sítio do Rocio em Petrópolis, Neto passa a entender o quão profundo é o futebol e como ele se liga aos amores e desamores de histórias únicas. Um dos finais de livro mais surpreendentes que já li. Um drible nas nossas convicções e nas nossas expectativas.

site: https://www.instagram.com/p/CCFLC_GnDAc/
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malu517 10/03/2024

Esse com certeza foi o melhor livro que tive que ler para a UFPR e duvido que algum outro da lista seja melhor que ele.
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Livia755 01/04/2024

Um grande drible
O melhor livro da lista da federal, pensei que ia ser um livro monótono mas se desenrolou em um suspense familiar absurdamente inteligente e muito bem escrito, esse plot foi inimaginável pra mim, fiquei arrepiada. E no fim, como o Neto, eu finalmente entendi!!!
Sérgio Rodrigues merecia ter ganho mais prêmios!!!
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Dude 22/01/2022

Ginga da vida
Interessante romance com mundo do futebol como pano de fundo. O autor utiliza de passagens futebolísticas para contar uma história comovente.
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SerCer 20/04/2020

A essência do Drible
A alguns anos atrás comprei esse livro e somente nesse período, que estamos de quarentena, dediquei o tempo que a anos deveria ter feito.
E me deparo com uma história espetacular, hoje vi o Sérgio Rodrigues no Fantástico, e justamente hoje estava planejado para eu concluir a leitura de uma de suas Obras e só me senti grato por estar me deparando com essa história.
"O drible", como ato de utilizar recursos para vencer o adversário, está presente em todos os momentos na narrativa não só no futebol, mas a cada frase trocada, cada comportamento, cada relacionamento.
A narrativa com a qual você caminha junto à história compreendendo seus ricos detalhes, realmente é algo que prende, e você não fica satisfeito até terminá-la.
Até então um dos melhores livros que já li, recomendo muito.
Mile 20/04/2020minha estante
????????




João 06/11/2022

legal
O livro é interessante e insere de uma forma muito legal o futebol em toda a história. Além disso, possui um reviravolta inimaginável.
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Inácio 10/12/2014

Sérgio Rodrigues, um autor à altura de Pelé
A descrição do drible de corpo de Pelé no goleiro uruguaio Marzukiewicz que abre O drible, de Sérgio Rodrigues, tem tudo para ser citado exaustivamente sempre que literatura & futebol for tema de debates, oficinas, artigos, mesas redondas e coisas e tais.
Rodrigues acertou a mão e construiu uma abertura inesquecível para seu romance. Se Pelé foi responsável pelo lance mais imprevisível do futebol, jamais um gol perdido foi descrito com tamanha beleza. Ao menos nos parágrafos iniciais do livro, Sérgio Rodrigues esteve à altura de Edson Arantes do Nascimento.

Só um aperitivo: “Congelada, a imagem do velho videoteipe fica distorcida. Parece que o negro de camisa amarela e o branco todo de preto vão colidir, quem sabe se fundir, feixes luminosos tentando esquecer que um dia foram carne”.

A pegada segue firme ao longo de todo romance. Tabelando com Didi, Garrincha ou Vavá, Sérgio Rodrigues conta as idas e vindas de Neto para curar inúmeras feridas e aproximar-se do pai, um outrora famoso cronista esportivo amigo que fez fama e fortuna durante a ditadura militar.

Ao longo do romance, figuras reais como Nélson Rodrigues, seu irmão Mário Filho e Millôr Fernandes reencarnam para interagir com o protagonista Murilo Filho. As aparições dos monstros sagrados da crônica e do jornalismo ocorrem em flashes, coisa rápida o bastante para garantir verossimilhança e encantamento, sem risco que algum deles tome conta do livro. Fez bem o autor. Com gente desse porte, não se brinca.

Se o pai do protagonista bate-bola com Nélson Rodrigues, o personagem do livro de memórias cujos rascunhos ele entrega para o filho Neto revisar, um jogador quase sobrenatural chamado Peralvo, bate-bola com sua-majestade-o-rei-do-futebol.
Pelé dribleA prosa leve de Rodrigues, que já foi capaz de garantir uma narrativa instigante em Elza, a garota, desta vez soma-se a um maior domínio técnico – bendita seja a experiência. Em nenhum momento, o leitor desgruda-se da trama.

Nada é precipitado, a cortina vai se abrindo aos poucos, num ritmo sedutor, de um jeito tal que dá gosto ter O drible na bolsa para, de vez em quando, abri-lo ler quatro ou cinco páginas e, em seguida, guardá-lo com calma esperando o silêncio, o sossego e o momento para retomar a leitura.

A história dos desencontros dos Murilos, Filho e Neto, é narrada por uma terceira pessoa tão discreta, discretíssima aliás, que suavemente se revela tão falsa quanto a intenção de Pelé ao correr para receber a bola de Tostão diante da grande área uruguaia. Uma finta de corpo que deixa o leitor sem pernas, embasbacado, porém satisfeito de chegar ao final de um livro que marca com honra um gol de letra ao unir futebol e literatura, duas pontas da vida que andavam soltas.

O drible traz para a ficção a importância que o futebol tem para o Brasil contemporâneo. E, contraditoriamente, também traduz sua desimportância e pequenez diante da dor de um menino que o adulto deveras sente.
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Gustavo.Freitas 19/10/2020

O Drible
O drible é um livro publicado pelo jornalista e escritor Sérgio Rodrigues, lançado em 2013. Com uma trama envolvente, consegue usar bem o futebol como pano de fundo para uma história de permanente conflito entre pai e filho.

A obra narra como Murilo Filho, um jornalista esportivo de muito respeito no Brasil, nunca tratou bem Murilo Neto, que viveu sempre à sombra do pai e hoje é um solteirão, ganhando a vida com a revisão de livros religiosos e de autoajuda.

O filho odeia o pai. E vice-versa. Depois de muito tempo sem contato, pai procura o filho para informar que está prestes a morrer. Daí, começam encontros complicados, com papos meio distanciados, normalmente sobre a carreira do pai. E o filho tem muitos assuntos que gostaria de falar, mas não consegue.

O livro alterna momentos da vida de Murilo Filho com os de Murilo Neto, além de outros personagens importantes do futebol na época, com a possibilidade de Murilo Filho ter tido um vínculo com a ditadura militar.

Sérgio Rodrigues é capaz de ir deixando uma série de pontas soltas que vão instigando o leitor com o passar das páginas. Ao fim da obra, quando tudo se encaixa, o leitor tem uma sensação catártica ao se dar conta de como tanto ódio foi criado entre pai e filho e até onde isso pode ser levado.

O drible é muito mais profundo do que um mero livro com uma história envolvendo futebol. É um livro sobre amor e ódio, mágoas, histórias e até que ponto é necessário se posicionar politicamente em assuntos graves. É um livraço!

site: https://www.skoob.com.br/o-drible-343394ed385215.htm
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Fabio268 22/06/2023

Um título absolutamente justificado! A certeza do goleiro uruguaio frente a Pelé, a certeza do que deve ser feito, e em um segundo, tudo se transforma! Busquei uma história, saí com várias, sensacionais, que só não são 5 estrelas porque talvez eu sinta a dor do Marzurkiewicz, driblado magistralmente.
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Leonardo 22/04/2014

Um bom livro sem um protagonista à altura
Há um bom tempo acompanho os blogs Sobre Palavras e Todoprosa, de Sérgio Rodrigues. No primeiro, ele fala sobre língua portuguesa, desvenda origens de palavras, surgimento de expressões etc. No segundo, fala sobre literatura. Gosto do jeito que ele escreve, e com frequência concordo com suas opiniões.

Há algum tempo descobri que ele é escritor, quando encontrei, num sebo em Brasília, “O homem que matou o escritor”, uma coletânea de contos e seu livro de estreia. Não gostei muito do que encontrei.

Quando soube do lançamento de O Drible, fiquei curioso. Li algumas notícias auspiciosas a respeito do livro e decidi conferi-lo.

O Drible narra a história do relacionamento complicado entre um pai – Murilo Filho, um dos mais respeitados cronistas esportivos do Brasil, comparável a Nelson Rodrigues – e seu filho – Murilo Neto – que viveu sempre à sombra do pai e hoje é um solteirão que vive de escrever baboseiras e de revisar livros religiosos e de autoajuda.

Murilo Neto odeia seu pai (motivos para isso não faltam, vamos descobrindo ao longo do livro). Depois de um longo tempo sem manterem contato, o pai procura-o para informar que está com os dias contados, por conta de uma doença. Começam então a ter encontros constrangedores, já que há inúmeros assuntos que Neto gostaria de abordar, mas não tem coragem. Ele acaba indo ao encontro do pai porque imagina que o velho vai tentar se desculpar por tanta sacanagem que fez com o filho ao longo da vida. Enquanto pescam ou comem salgadinhos, entretanto, Murilo Filho insiste em falar de futebol. Fala do famoso drible de Pelé no goleiro Mazurkiewicz, do Uruguai, na copa de 70, fala de Mário Filho e de Nelson Rodrigues, mas, principalmente, fala de Peralvo, um negrinho da cidade mineira de Merequendu (mesma cidade onde nasceu Murilo Filho), que teria sido maior que Pelé, não fosse uma grande tragédia que interrompeu sua carreira.

O livro vai, assim, alternando episódios da vida de Murilo Filho (sua infância em Merequendu, o início da sua carreira jornalística), de Murilo Neto (seus relacionamentos frugais com caixas de supermercado ou de farmácia, sua participação numa banda de rock de relativo sucesso na época de sua adolescência) e a história de Peralvo, sobre quem Murilo Filho escreveu um livro.

O Drible passa boa parte de sua narrativa instigando o leitor a se fazer várias perguntas: qual o envolvimento de Murilo Filho com a ditadura? Ele era realmente um delator? Por que pai e filho se odeiam tanto? Qual a tragédia que ocorreu com Peralvo?

É um livro que vai “soltando” diversas pontas, de maneira proposital, criando uma grande expectativa pelo desfecho da história. Afinal, tudo vai se resolver ou não?

Aí reside o grande trunfo de O Drible. O final é surpreendente e muito satisfatório. Tudo se encaixa, tudo se explica.

Quando você finalmente saca o que vai acontecer (faltando duas ou três páginas para o final), você pensa: “Caramba!!!!!”

Sérgio Rodrigues mostrou-se habilidoso na hora de compor a narrativa – os episódios que citei anteriormente aparecem no momento certo, e você vai sabendo o suficiente a respeito de cada personagem do livro. Mostrou-se habilidoso no tocante ao “mistério” – apenas no final do livro revelou o grande acontecimento, dando um drible no leitor, isso sem deixar pontas soltas.

Apesar disso, não gostei tanto de O Drible. Ao final da leitura, tentava identificar as razões para isso. A priori, pensara apenas em uma: o estilo de Sérgio Rodrigues não me agrada. E que estilo é este? Aí reside um problema: não sei dizer. O que sei é que a leitura não flui, parece travar. Há um ranço, como se, para brincar com o tema do livro, eu jogasse em grama sintética, e não grama natural. Não fiz uma análise, naturalmente, mas a impressão que tinha enquanto lia era de que havia excesso de orações subordinadas adjetivas explicativas e restritivas. Frases como “Fulano, que faz isso, mas que sempre gostou de dizer isso enquanto pensava aquilo” ou “o fulano que faz isso é sempre inferior ao fulano que faz aquilo” e que deixam o texto arrastado. Como dá pra perceber, esta talvez seja uma crítica totalmente injusta, porque subjetiva.

Mas não é só isso, pensei. Aí lembrei-me de O homem que matou o escritor, cujos contos estão sempre centrados basicamente no mesmo tipo de personagem – escritor de meia idade frustrado/fracassado/ressentido – e encontrei a outra razão:

Murilo Neto não é um personagem que me conquistou. Um escritor fracassado, vivendo uma vida de solteirão, amargo, reclamando da vida, cínico e incapaz de construir um relacionamento… Já vi isso em algum lugar. Por mais que a trama seja bem feita, por mais que o livro aborde temas interessantes, não consigo me importar com Neto, ele não deixou de ser, em nenhum momento, um personagem de um livro.

Lembrei-me agora da leitura (ainda não finalizada) de um livro bastante elogiado: Angústia, de Graciliano Ramos. Passei um pouco da metade e também não consegui gostar do livro, apesar de reconhecer seus méritos. Motivo? O personagem principal é um cara invejoso, ressentido, recalcado, mentiroso, covarde, desonesto, enfim, uma miríade de defeitos que o tornam desinteressante para mim.

Faltando dez páginas para o final, meu cérebro me dizia: este é um livro duas estrelas, segundo meus critérios de classificação. Quando li o desfecho, percebi que valeu a pena ter ido até o final, por isso subi uma estrela. O Drible é um livro que não funcionou muito bem pra mim, mas preciso reconhecer que tem seus méritos.

Minha Avaliação:

3 estrelas em 5.

site: http://catalisecritica.wordpress.com
W Pereira 25/11/2015minha estante
Engraçado, conheço e já li o blog do Sérgio, realmente demonstra ser um profissional gabaritado que entende do riscado. Sobre este livro dele - que ainda não li - que foi recebido com pompas pela crítica, praticamente uma unanimidade, e quando isto acontece não tem como negar, o cara deve ser muito bom.

O tema do livro não me interessou, mas provavelmente o domínio do autor sobre narrativa deve valer a pena. Sua analise, em parte, subjetiva mostra o quando o autor é talentoso, se mesmo não gostando do protagonista (caso fosse por ser inverossímil seria uma falha do autor, mas se é verossímil então provocar esta sensação no leitor é prova do talento do autor) você é obrigado a admitir a pena afiada do Sérgio é porque o livro é muito bom, acho que um 4 estrelas ficaria melhor.

O Sérgio merece, primeiro pensei que ele fosse prepotente, lendo sua crítica percebi que não, ele simplesmente é bom no que faz. Conheço o Catalise Literária, muito bom, sempre passo por lá, com outro perfil.




alicemxdo 27/07/2022

final surpreendente!
como alguém que gosta de futebol e sua história caí de paraquedas nesse romance, meu primeiro romance ?futebolístico? e me encantei. as curiosidades, cada personagem e seus detalhes fazem você ?comer? o livro com certeza fica a indicação e irei procurar mais sobre o trabalho do autor.
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Pilar 10/12/2022

1- Dane-se a FIFA.
2- Nenhum time pertence aos seus cartolas.
3- Não foi um processo natural que fez o mercado futebolístico excluir mulheres. Foi muita violência misógina mesmo. O que me leva ao quarto ponto?
4- É um livro ótimo mas que na minha avaliação só vai levar poucas estrelas.
5- Do mesmo jeito que arte é livre? gosto é pessoal. Não quero convencer ninguém, não. Leiam também pra vocês darem suas próprias notas.
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Juliano 04/04/2019

Um soco no estomago...
Eu tive um relacionamento semelhante com meu pai pelo mesmo motivo assim o livro doeu e me fez sangrar...
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