A Rosa Branca

A Rosa Branca Inge Scholl




Resenhas - A Rosa Branca


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Filipe 26/02/2023

Uma leitura super necessária acerca de uma resistência alemã pouco conhecida.

Quando falamos ou aprendemos sobre o nazismo, é comum uma generalização que coloca todos os alemães na categoria e como defensores. Este livro, assim como outros, mostra que não é verdade, houve sim uma grande resistência por parte do povo alemão.

A história da Rosa Branca, espécie de sociedade de resistência estudantil contra o regime de Hitler, é, no mínimo, inspiradora. A edição feita pela editora 34 contribui para uma boa organização e ligação dos pensamentos nela presentes.
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Jardim de histórias 01/10/2022

Mais uma vez devo destacar o impressionante trabalho realizado pela editora 34,não só pelo excelente trabalho de tradução direto do alemão pela Juliana P. Perez e Tinka Reichmann que também contou com o apoio do Goethe-Institut. Mas também pelos anexos (sentenças do tribunal do povo, relatos e testemunho, rascunhos dos panfletos, o icônico discurso de Kurt Huber), o livro A Rosa Branca que conta a fascinante, revolucionária e triste história dos estudantes alemães que desafiaram o nazismo. Os panfletos utilizados para denunciar o extremismo aplicado pelos nazistas, circularam por quase toda a Alemanha e parte da Europa. Já a audaciosa história, que deveria ficar trancada nos porões da ignorância, circularam até chegar ao conhecimento de alguns intelectuais que mostraram ao mundo o que a propaganda nazista tentava esconder. Foi o caso de Thomas Mann, que realizava em seu exílio nos Estados Unidos, uma série de discursos radiofônicos com críticas ao nazismo. Segue um pequeno trecho;
Neste verão, o mundo se comoveu profundamente com os acontecimentos na universidade de Munique, cuja as notícias nos chegaram por jornais suecos e suíços. Da execução do professor de filosofia Kurt Huber, do estudante de medicina Hans Scholl, de sua irmã estudante de filosofia Sophie Scholl e de Wili Graf. também estudante. Corajosa e magnífica juventude! Vocês não terão morrido em vão, não serão esquecidos. Serão eternizados, em seu lugar o nome daqueles que, quando a noite ainda cobria a Europa e a Alemanha, anunciaram: "Nasce uma nova fé na liberdade e na honra"
Thomas Mann.
Uma história fascinante que não deve ser jamais esquecida.
Talvez o movimento estudantil A rosa-branca, não teve o impacto desejado diretamente ao sistema nazi-fascista, mas certamente, plantou ideias nas mais variadas mentes. Ao olhar para história, é comum que sejamos arremessados para um passado. Mas nesse caso, teria ele sido elaborado em um presente caótico e despretensioso, com a certeza que suas intenções seriam justificadas pelo curso irrefreável que esse capítulo da história trará em um futuro, onde pudesse ser utilizado como documento necessário na luta dos oprimidos, contra seus opressores? É importantíssimo o nosso acesso à história, para podermos através de uma singela reflexão, construir uma base informativa e sólida. Afinal, nós somos a história.
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Jean Bernard 14/12/2021

Viva a resistência!
A história do grupo de estudantes que fizeram resistência ao nazismo.
Além do livro da irmã de Hans e Sophie Scholl, estudantes que lutavam contra o governo nazista, temos aqui os Panfletos, as Sentenças, Relatos e Testemunhos de amigos e conhecidos. Conta ainda com a transcrição de um discurso radiofônico do escritor Thomas Mann exilado nos Estados Unidos.
Digo, sem sobra de dívida, ser um livro indispensável. Quase que obrigatório.
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Anderson 14/03/2021

Para quem gosta do tema Segunda Guerra Mundial este livro é um prato cheio! Trás relatos, depoimentos sobre os jovens alemães encomodados com os abusos do regime militar de Hitler e o que fizeram a diferença em uma época negra para a Alemanha.
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Mariana Knorst 13/02/2021

A Rosa Branca, de Inge Scholl
A história publicada por Inge Scholl, no início dos anos 50, é um emocionante relato dos acontecimentos que cercaram a vida dos integrantes da Rosa Branca, resistência antinazista iniciada nos anos finais da guerra.

O movimento, que era composto, majoritariamente, por jovens estudantes possuía em sua liderança Hans Scholl e Sophie Scholl, irmãos da escritora. Sua filosofia e seus manifestos eram externados na forma de panfletos, distribuídos nas caixas de correios das principais cidades do sul da Alemanha e da Áustria.

Inspirados pelas palavras de grandes escritores e pensadores, como Stefan Zweig, Johann Gottlieb Fichte e Friedrich Schiller, os panfletos traziam reflexões inflamadas sobre a guerra, a opressão intelectual e objetivavam fragilizar a confiança do Reich e despertar o povo alemão do transe provocado pelo sistema nazista.

Os jovens líderes do movimento e outros tantos companheiros foram capturados pelos nazistas e condenados pelo processo ágil de condenação instantânea. Contudo apesar da pressa do sistema na execução da pena, os efeitos da captura e da condenação foram suficientes para acender diversos focos de resistência antinazista ao redor do Reich.

A edição brasileira, publicada pela @editora34, possui, além do relato de Inge Scholl, sentenças, panfletos e relatos de testemunhas, o que torna completa a imersão na dolorida e necessária história desses jovens corajosos que desafiaram o sistema apenas com palavras.

A Rosa Branca é uma leitura essencial para conhecer um pouco da visão do povo alemão que não compactuava com a filosofia nazista, cuja perspectiva é pouco explorada na literatura e no cinema, mas igualmente importante para complementar o cenário factual do período.

site: https://www.instagram.com/p/CKhqOgVjoug/
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Jonas 31/12/2020

?[...] Um dia tão maravilhoso e ensolarado e eu preciso partir. Mas, hoje em dia, quantos outros não morrem no campo de batalha, quantas vidas jovens, cheias de esperança... Pouco importa a minha morte se conseguirmos sacudir e abrir os olhos de milhares de pessoas com os nossos atos.?

Essa história é contada por uma irmã que perdeu dois irmãos para o regime nazista.
Inge conta sobre a participação do seu irmão e de sua irmã em um grupo de resistência, intitulado Rosa Branca, contra os horrores do holocausto.
A luta travada pelos estudantes alemães e seus fiéis companheiros mostra como uma parte da população queria resistir a toda dor e sofrimento que a guerra estava trazendo.
Algumas coisas ficam em aberto sobre a veracidade de alguns acontecimentos, porém o livro é para registrar a coragem destes jovens que acreditavam no amanhã.
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Carlos.R. R. Alves 08/07/2020

Livro histórico, não é o que procuro.
Assim mesmo li .
Gosto de livros históricos, mas romanceados.
Compartilho a dor desses irmãos alemães .
Não podemos ter governos larápios de nossas crenças e deveres e também do dinheiro público.
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jota 09/01/2020

Resistindo pacificamente contra o inimigo...
Em A Rosa Branca, a alemã Inge Scholl (1917-1998) conta a história dos jovens Hans e Sophie, seus irmãos presos e mortos pelos nazistas. Além deles, outros estudantes, professores e intelectuais que faziam parte de um grupo contrário a Hitler, denominado A Rosa Branca, também foram mortos, presos ou perseguidos enquanto vigorou o regime nacional-socialista na Alemanha. Como diz o subtítulo do livro, essa é uma “história dos estudantes alemães que desafiaram o nazismo”.

Curiosamente fizeram isso apenas com um mimeógrafo, panfletos e umas poucas pichações em paredes. Os membros do Rosa Branca, a maioria estudantes de medicina, não pegaram em armas: pregavam a resistência pacífica através da tentativa de convencimento das pessoas de que o regime nazista era podre, imoral, criminoso e que um dia teria fim. Toda ditadura, sabemos, preocupa-se logo com o poder das ideias contrárias, quer acabar com elas, eliminar quem pensa de modo diferente etc. Isso também ocorreu no nazismo, claro.

Os panfletos redigidos, impressos e distribuídos pelos estudantes alemães alertavam as pessoas sobre a selvageria do regime; as ideias neles contidas eram inspiradas em textos bíblicos ou filosóficos e até mesmo em autores largamente conhecidos na Alemanha e fora dela, como Goethe, por exemplo, de quem Hans Scholl apreciava o dito “Preservar-se, apesar de toda a violência”, que era a base da resistência pacífica que o grupo praticava. Infelizmente ele, a irmã e alguns amigos sofreram a diabólica violência nazista diretamente na carne.

Um livro como este é importante não apenas para se conhecer mais um pouco sobre os anos finais do nazismo, saber algo a respeito de jovens inspiradores “munidos de um ideal de liberdade” e “elevado senso ético”, como Hans, Sophie e os demais estudantes são distinguidos na apresentação da obra, mas também porque pouco material sobre a resistência alemã foi divulgado por aqui. É muito comum pensar-se que os todos os alemães daquele tempo eram frios, arrogantes, belicosos e fiéis seguidores de Hitler. O que não é verdade, logicamente.

Lido entre 26/12/2019 e 08/01/2020.
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Millene.Grandemagne 05/01/2020

Ameaças sem armas
"Mas quando - quando, enfim, o Estado reconheceria que nada deveria ser mais importante para ele do que a pequena felicidade de milhões de pessoas comuns? Quando finalmente abriria mão de ideias que se esqueciam da vida, da vida simples e cotidiana? E quando reconheceria que o passo em direção à paz, por mais discreto e trabalhoso que fosse, era maior para o indivíduo e para os povos do que poderosas vitórias em batalha?"

"Então não havia alternativa além de se refugiar no próprio coração, lá onde uma voz lhes dizia que estavam fazendo a coisa certa e que deveriam fazê-la mesmo se estivessem totalmente sozinhos nos mundo. Acredito que nessas horas podiam falar livremente com Deus, Aquele que procuravam, tateastes, em sua juventude. Nessa época, Cristo tornou-se para eles, o enigmático irmão mais velho, que sempre estava lá, ainda mais próximo do que a morte. O caminho que não permitia retorno, a verdade que respondia a tantas perguntas, e a vida, a vida em toda a sua plenitude"

"Sophie escreveu em seu pequeno diário: 'Muitas pessoas acreditam que nosso tempo será o último. Sinais terríveis os levam a crer nisso. Mas essa crença é de fato relevante? Pois toda pessoa não deve, independentemente da época em que vive, estar sempre preparada para prestas contas diante de Deus? Por acaso sei se ainda estarei viva amanha de manhã? Uma bomba poderia aniquilar a todos nós esta noite. E nesse caso minha culpa não seria menor do que se eu sumisse junto com a terra e as estrelas. Não consigo entender que hoje pessoas 'devotas' duvidem da existência de Deus só porque os homens seguem o seu caminho com armas e atos abomináveis. Como se Deus não tivesse o poder (sinto que tudo esta em suas mãos), todo o poder. Só precisamos temer pela existência dos homens, pois eles se afastam d'Ele, que é a sua vida'"

"Palavras de Goethe: 'Preservar-se, apesar de toda a violência'" Hans escreveu na parede da cela, antes de ir para a audiência que o sentenciaria à pena de morte.
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@_tamusikyla 11/01/2018

A Rosa Branca de Inge Scholl
Rosa branca é um livro que ué conta a verdadeira histórias de um grupo de universitários que lutam contra o império de Hitler por folhetos espalhados pela Alemanha , vale a pena conhecer essa história que mistura amor de irmãos, amizade e condenação .
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Juliana1818 03/02/2017

A Rosa Branca
O livro conta a história dos irmãos Scholl na resistência contra o nazismo na segunda guerra mundial intitulada A Rosa Branca. O breve relato de Inge Scholl é rápido e fácil de ler, porém os trechos das sentenças dos tribunais são pesados, e na minha opinião onde o livro se torna massante. Possui também relatos e testemunhos de pessoas próximas aos acusados, onde a leitura é fluida.
Esse livro deve ser lido com a cabeça fresca e com objetivo de querer estudar mais profundamente sobre a resistência alemã na guerra.
Não é um livro de romance, é um livro de história/reportagem.
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Gabi 11/01/2014

Indescritível
"Mas a palavra HISTÓRIA remete ao passado - o que é perigoso, pois leva a crer que os acontecimentos ficarão para trás e não se repetiram nunca mais. Tendo em vista que as condições em que vivemos mudaram radicalmente nos últimos 50 anos, tal perspectiva é ainda mais perigosa. O bem-estar social, que tem se tornado cada vez mais natural para muitos de nós, encobre morte, tortura e terror, mesmo quando acontecem bem ao nosso lado, e induz a não acreditarmos no que, na verdade, sabemos. (...) Cada vez mais, os rostos das pessoas parecem refletir o desejo de não renunciar a nenhum desejo, o que as faz perder o que há de mais precioso. Confundir o que pode ser comprado nas ruas iluminadas e vitrines abarrotas com o que realmente tem valor, mas não está à venda, torna o mundo vazio."

Essas foram uma das primeiras palavras presentes no livro, e que já logo de imediato, impactaram a minha pessoa. Elas, que não deixam de ser a mais pura verdade, expressam o maior erro que todos nós cometemos: valorizar o mundo material acima de qualquer outra coisa. Nós nos esquecemos do que aconteceu no passado quando todos os seres humanos se portaram desta maneira - houve guerra, pobreza, desmantelamento completo da realidade que conhecíamos. É por essa razão que não devemos tratar o passado meramente, pois é ele que nos ensina com os erros - erros que podem ser concertados no futuro.

"A Rosa Branca" mostra, fundamentalmente, como devemos lutar por nossos ideais e, principalmente, pela liberdade. Em 1943 inúmeros jovens foram executados por irem de encontro ao nazifascismo - espalhavam panfletos e pichavam os muros das universidades com aclamamentos do tipo "LIBERDADE" e "ABAIXO HITLER". Estes jovens, que inclusive chegaram a participar da Juventude Hitlerista, perceberam que o ufanismo - nacionalismo exacerbado - e o bem-estar social e econômico estavam solapando e ludibriando a população alemã, a qual estava cega às atitudes hediondas que Hitler acometia a todos que não considerava ser da raça pura, Ariana - judeus, débeis mentais, negros, homossexuais e estrangeiros.

"-Em um tempo de muita miséria qualquer coisa pode chegar ao poder. Pensem no que tivemos que aguentar: primeiro a guerra, depois as dificuldades do período pós-guerra, a inflação e a grande pobreza. E, depois o desemprego. Quando o homem é privado de suas necessidades mais básicas e só enxerga o futuro como um muro cinza e intransponível, ele se deixa levar por promessas e propostas sedutoras, sem se perguntar quem as faz. (...) É inacreditável como é necessário enganar um povo para poder governá-lo."

E apesar de saber o risco de vida que corriam, esses jovens não desistiram. Achavam que, de alguma forma, suas vidas valeriam para com o futuro da Alemanha.

"De repente, surgira a palavra RESISTÊNCIA. Sophie não lembrava mais quem a dissera primeiro. Em todos os países da Europa, a resistência despertava em face da miséria, do medo e da opressão que se instalavam com o poder de Hitler."

Quando foram descobertos pela Gestapo, SA e SS - os "traidores" - como viriam a ser nomeados - dispensaram a oportunidade de fugir para proteger aos amigos e à família. Os réus, com sua coragem e avidez, impressionaram a todos, até mesmo aos agentes da polícia e aos juízes, tornando-se os heróis do povo alemão, e mais tarde, do mundo inteiro.

"Talvez o verdadeiro heroísmo consista justamente nisso: em defender com persistência o cotidiano, o pequeno, o imediato - depois de ser ter falado tanto dos grandes temas."

Entretanto, é interessante dizer que não é qualquer um que apreciaria a leitura de "A Rosa Branca". É imprescindível ter um conhecimento básico de História, e essencialmente, se interessar pela Segunda Guerra Mundial. O livro trás relatos pessoais, documentos jurídicos, cartas e demais anexos. Quem estima o estudo histórico da Grande Guerra vai amar conhecer a juventude heroica apresentada em "A Rosa Branca".

"MUITAS PESSOAS MORREM POR ESSE REGIME, ESTÁ NA HORA DE ALGUÉM MORRER CONTRA ELE."



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