Demas 18/12/2009
Me perdi no labirinto de Marcelo Rezende
Arno Schmidt é conhecido como um importante renovador da linguagem do romance alemão no pós-guerra. E parece ser através da escrita enigmática e não-linear que Marcelo Rezende parece render homenagem ao escritor. Os personagens são apresentados de maneira vaga, sem objetividade, com situações e ambientes sendo descritos de forma minuciosa e com orações muito longas - o que gera ainda mais confusão.
Há um trecho do romance que (quase) descreve o que eu passei a sentir depois de uns três capítulos lidos:
"...e o ambiente ia sendo ocupado pela exaltação dos presentes que, mesmo sendo obrigados a se esforçarem muito para tirar de tantas palavras alguma forma de sentido, estavam repletos de algo inteiramente novo..."
Só que no meu caso, não senti nada de inteiramente novo. Só uma angústia por não encontrar o fio da meada da história. Uma pena!