Resenhas - Viagem à Província de São Paulo

Wilton 15/12/2013

Se fosse hoje...
O livro é excelente. O autor não se contentou em fazer a pesquisa de plantas brasileiras, mas aventurou-se em observar os tipos humanos do país. Lendo atentamente o livro, percebe-se nele a presença do determinismo, que era levado a sério no Século XIX. Auguste classifica o homem de acordo com a raça e visivelmente acredita firmemente na superioridade dos caucasianos. Para ele, um país de mestiços não podia dar lá grande coisa em termos de progresso material ou humano. Na sua concepção, o negro era preguiçoso por natureza e o índio, infantilizado. Tudo dentro de um determinismo ou fatalismo que ele cria ser científico. Mesmo assim, dei nota cinco à obra, porque, analisando a época do livro, é forçoso admitir que não houve preconceito, apenas submissão à "verdade" daqueles tempos. Justificando o título da resenha: Se o livro fosse escrito no Século XXI, minha nota seria outra. Quem sabe, eu abandonaria a leitura antes de concluí-la.