Dias Melhores Virão

Dias Melhores Virão Jennifer Weiner




Resenhas - Dias Melhores Virão


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Ruth 23/04/2022

Um pouco arrastado, mas bom.
"Eu não queria que as enfermeiras ou os médicos se zangassem comigo. Não queria que pensassem que eu era fraca. Já que eu não podia ser bonitinha, como as outras garotas, decidi que podia ser valente, como um garoto ou um super-herói, impressionando os estranhos não com minha beleza, Mas pelo quanto eu podia aguentar."

Foi uma leitura agradável, porém arrastada. A autora escreve muito bem, mas detalha demais cenários que não são importantes tais quais as informações e as descrições de personagens que são apenas passageiros, ou seja, irrelevantes para o envolvimento e entendimento do leitor com a trama. São 398 páginas que poderiam ter sido reduzidas a, no mínimo, 290.

Por outro lado, nem tudo foi ruim. Minha nota vai para, além da escrita, o desenvolvimento dos personagens principais, suas conquistas e, sem dúvidas, para a representatividade. Alguns autores têm medo de escrever sobre pessoas deficientes ou qualquer outro problema que elas possam ter, e eu compreendo, porque é um assunto delicado. Mas a autora colocou a cara a tapa. Pesquisou, aprendeu e escreveu. Foi um risco que correu, mas foi um ponto ganho. Gostei demais disso - esse é o primeiro livro que leio com personagens principais que não são o que as pessoas consideram fisicamente perfeitas. Adorei como o assunto é abordado no livro nem tanto pela deficiência de Dave, mas pela aparência de Ruth. Várias falado e pensamentos da personagem tocaram meu coração, como aquela citada lá no começo do texto, e acredito que todos que lêem o livro - os que aguentaram chegar até o final, pelo menos - fizeram algumas merecidas para refletir.

Recomendo com ressalvas. O livro é ótimo para quem não se importa com leituras arrastadas.
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Naty 03/06/2021

É um livro bom,o começo dele é impressionante,mas a autora fez com que ele ficasse muito cansativo para o leitor,sinceramente não precisava disso tudo
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Lidiane.Costa 24/04/2021

Saber lidar com o que incomoda.
Um livro leve, envolvente, divertido.
História com roteiro de Hollywood que faz olharmos para o nosso Eu, e que independente do que aconteça em nossa vida, devemos aproveitar para viver da melhor forma possível.
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Luciano Otaciano 08/01/2021

Livro bom, mas poderia ser melhor!
Tive várias leituras produtivas no ano passado e algumas fogem completamente do estilo ao qual estou habituado. Antes de desanimar, encaro como um desafio ler algo que não tenho hábito, ou que possua uma temática tão diferente dos gêneros que gosto. Dias melhores virão, da autora Jennifer Weiner, publicado pela Editora Novo Conceito, certamente foi uma delas. Antes de mais nada, devo adiantar: não é um livro ruim. A leitura segue um pouco parada no começo, mas em certa parte ele engrena e você consegue terminar torcendo pelo desfecho da nossa protagonista.
Ela se chama Ruth, e quando pequena, sofreu um grave acidente de carro, tendo perdido seus pais e sofrido sérios machucados que desfiguraram seu corpo e rosto. Após uma série de cirurgias e sendo cuidada pela mãe de sua mãe, Ruth cresce sem maiores problemas do que os que já tem. Sua avó cuidou dela com muito carinho, e hoje tem uma neta que escreve roteiros para televisão. A história do livro gira em torno de uma contratação para filmar um piloto para TV, em que Ruth conta a história de uma mulher comum, que foi criada pela avó, numa espécie de comédia, que serviria para levar ao público sua própria história e que ajudasse as pessoas que se sentem incapazes de que elas podem subir na vida, se identificando com sua protagonista. Quando recebe a ligação para filmar o episódio, Ruth fica muito feliz. Mas passados alguns momentos, ela começa a perceber que aquele projeto não será em nada parecido ao que ela esperava realizar.
Paralelamente com as desventuras de Ruth no meio profissional, ela conta sobre seus "poucos" casos amorosos que não deram certo e ela acredita que tudo se deve a sua aparência "monstruosa". Sua avó arruma um namorado, e planejam um casamento. Ruth se sente abandonada, pois terá que viver sozinha quando sua avó se mudar para casa do futuro marido. Seu namorado acaba o namoro com ela. Ela havia tido uma paixonite no meio do trabalho e traumatizada, teme estar se apaixonando por mais um colega de profissão, um produtor boa-pinta que vive numa cadeira de rodas.
Quando o elenco é escalado para gravar o piloto, as escolhas de Ruth sofrem "modificações". A história terá que ser reescrita e adaptada em alguns trechos, e o que acontece é que o roteiro inicial é praticamente anulado, substituído por outro que foge em muito na proposta dada por Ruth. E isso a decepciona. A imagem da avó fica caricaturada demais, e ela teme que ela se magoe em ver-se tão vulgarmente retratada. Os atores que ela queria que atuassem foram dispensados, pois não tem uma imagem "muito conhecida". Os que foram escolhidos, atores de renome em Hollywood, vão mostrando as facetas artificiais e arrogantes que Hollywood tenta esconder. Pessoas vazias, sem conteúdo. Apenas a imagem que a mídia cria sobre eles é o importante. Ruth, que desejava emplacar um programa sobre o cotidiano de pessoas comuns que vencem na vida, tem que se contentar com o falso glamour de "estrelas vendidas". A premissa é boa e instigante, pois Jennifer cria uma obra bastante atraente para o seu público alvo. E o livro tem uma narrativa até competente sobre a temática. A escrita de Weiner é cativante, embora cadenciado. Achei a experiência válida, mas acredito que o livro seja para um público que goste desse tipo de história, caso contrário poderá achar um livro ruim. Outro fator que achei interessante no livro é que a autora entremeia o lado profissional de Ruth com suas neuras e confusões de uma mulher "defeituosa" caminhando para os 30 anos, e tentando se estabilizar. Funciona também como uma crítica a mídia televisiva, que trata seus "funcionários" de forma descartável. Para alcançar o status que o público quer ver na tela, o ator precisa às vezes ser apenas uma marionete bajuladora, ou seguir os padrões impostos pela TV. Nada é o que parece, e isso se reflete principalmente na parte burocrática, nos bastidores da situação, em que empresários e produtores se engalfinham a fim de vender seu produto de maneira unicamente profissional, mesmo que para isso, a qualidade do roteiro seja péssima. A beleza é o ponto chave, se você fugir do padrão hollywoodiano, você não vai muito longe. Imaginem a situação de Ruth, sendo tratada como um "monstro" por causa das cicatrizes enormes que estampam um dos lados de seu rosto. Dá para sentir que Ruth passa por maus bocados até seus dias melhorarem. O final do livro é o ápice da obra, pois deixa o leitor satisfeito, embora seja um tanto diferente.
Em resumo, Dias Melhores Virão é uma leitura válida, caso você não espere algo mirabolante ou extraordinário. É possível retirar alguma lição da história, leia de forma despretensiosa para não se frustrar com o livro. Quem sabe você consiga até se identificar com a própria Ruth Saunders. Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima!


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Bia 05/07/2020

Dias melhores virão
Não é uma das minhas histórias favoritas, mas, se você gosta de histórias de luta para crescer na carreira essa é uma.
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Kettlen Caroline 16/04/2020

Então...
@tempestade_de_palavras_kcabreu
.
#resenhasdatempestade
- Livro: Dias melhores virão
- Autor(a): Jennifer Weiner
- Editora: Novo conceito
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"Havia sofrimento e havia alegria, e talvez, simplesmente talvez, no meio dos escombros do que eu pensei que mais queria, ainda houvesse uma oportunidade para que eu agarrasse um pouco de felicidade, arrancasse a vitória das mandíbulas da derrota."
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Infelizmente, fiquei um pouco decepcionada após o término da leitura de "Dias melhores virão"... A narrativa é bem construída e o livro é bem leve, mas foi contra todas as minhas expectativas, afinal, esperava um livro mais profundo e que faria com que eu me debulhasse em lágrimas, mas, no meu ponto de vista, a temática foi tratada superficialmente, o drama pessoal da protagonista (Ruth) não foi trabalhado suficientemente de forma a não envolver e emocionar o leitor, mesmo o livro tendo 400 páginas... Em contra ponto, fiquei encantada com a relação entre avó e neta, o carinho e amor transmitidos e a constante torcida pela felicidade e sucesso de ambas.
Também é possível identificar o amadurecimento da protagonista, que era bastante insegura, durante o avanço da leitura, sendo que, para mim, houve um momento que marcou a "liberdade"/"independência" de Ruth. Sem mais delongas, "Dias melhores virão" é ideal para quem procura, como dito anteriormente, algo bem leve e sem fortes emoções. Bem, agora é com vocês...
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No livro escrito por Jennifer Weiner e intitulado como "Dias melhores virão", o leitor conhecerá a vida de Ruth Saunders, uma jovem mulher que já sofreu muito na vida, pois, quando ainda era uma criança, foi vítima de um acidente de carro que acarretou na morte de seus pais e deixou cicatrizes profundas, tanto psicológicas como físicas, as quais a enclausuraram em hospitais durante toda sua infância. Agora, já adulta, Ruth e sua avó, Nana, mudam-se para Miame em busca da realização do maior sonho de Ruth. Após receber uma ligação informando que seu roteiro - autobiográfico - fora selecionado, seria filmado e lançado na rede televisiva, o futuro estava, finalmente, caminhando na direção correta... Mas será que o "atrás das câmeras" era como Ruth Saunders imaginava? E como ela fará para vencer seus medos?
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Geovanna.Cookie 15/04/2020

Uma boa reflexão sobre padrões de beleza.
Eu amei esse livro, por tantos motivos diferentes. Por mais que seja Chick-lit aborda assuntos delicados (Como deficiências e deformações) e os problemas de auto estima com que estão entrelaçados.
Além do mais, todo os trâmites por trás das séries de TV são muito interessantes, e nós sofremos juntos com a Ruth ao ver como sua idéia inicial vai se modificando.
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Karina 30/03/2020

Bom!!
O livro tem uma leitura muito boa e de fácil compreensão, gosto muito da amizade entre avó e neta e também o fato da personagem principal conseguir superar alguns traumas. Para quem gosta desse tipo de leitura, super indico!
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Sil 16/02/2020

Gostei desse livro até uma certa parte e gostei muito do drama envolvendo a personagem mas acho a autora escreveu muito e deixou a estória cansativa, não precisava tanto.
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Vanessa Vieira 30/03/2018

Dias Melhores Virão - Jennifer Weiner
O livro Dias Melhores Virão, da autora best-seller Jennifer Weiner, nos traz um chick-lit interessante sobre uma jovem roteirista que, depois de seis anos, consegue o seu tão almejado espaço na TV, mas descobre que esse mundo não é tão florido quanto ela imaginava. Gostei bastante da ideia de Jennifer Weiner e a achei até mesmo original, entretanto as minhas expectativas não foram superadas. A julgar pela sinopse do livro, esperava um pouco mais de romance e comédia na trama, o que infelizmente acabou não acontecendo.

Quando Ruth Saunders recebe o telefonema de uma rede de televisão avisando que a série que ela escreveu em breve irá ao ar, ela quase não acredita. Embora ela escrevesse durante toda a sua vida, ela nunca imaginou que o seu roteiro autobiográfico sobre uma mulher acima do peso que vive com a avó e que decide se mudar para Miami tentando fazer fortuna pudesse impressionar alguém.

De repente, o seu sonho tomou formas e tudo o que Ruth queria era ver a sua aclamada série entre os comentários do público e dos tabloides especializados, mas ela foi acordada bem depressa de seu devaneio. Atores com ego elevado e mentes vazias e a persuasão da direção da emissora acabaram deturpando seu roteiro com o objetivo de atender a múltiplos interesses...

Dias Melhores Virão nos traz um romance espirituoso e cativante sobre sonhos, amor, família e o mundo corporativo. Como disse antes, a proposta da autora foi bem promissora e se mostrou bem diferente dos demais enredos de chick-lit que vemos por aí, entretanto esperava mais leveza e comédia da trama, o que acabou não acontecendo. Em alguns instantes, a história de Jennifer Weiner adquire ares um tanto dramáticos e quando finalmente o humor desponta no livro, não foi o suficiente para dar aquele ar de comédia leve e contagiante. Narrado em primeira pessoa por Ruth, de forma detalhada e moderadamente íntima, a obra tem muitos atrativos, mas poderia ter sido um pouco mais divertido e cômico.

Ruth perdeu os pais no início da adolescência em um acidente de carro. Como ela estava viajando junto com eles, acabou ficando entre a vida e a morte e com várias cicatrizes na face por conta dos estilhaços de vidro. Criada pela avó - que sempre lhe deu todo o amor e carinho do mundo - ela se tornou uma adolescente reclusa e viciada em escrever. Inspirada por séries de televisão e, principalmente, por sua história de vida, ela arquitetou um roteiro que considera uma das suas maiores obras-primas e sonha com o dia em que ele será exibido na TV. Como num passe de mágica, ela recebe a proposta de uma rede televisiva e vibra com o espaço finalmente conquistado, sem saber que os seus maiores problemas estão apenas começando. Ruth é uma personagem que vai amadurecendo gradativamente na trama e isso trouxe uma vibe bem libertadora para o livro. No começo da história, nos deparamos com uma mulher carente, introvertida e sem amor-próprio, entretanto bastante inteligente e com muita vontade de vencer na vida. Quando o escopo do roteiro acaba fugindo de suas mãos e a personagem que ela escreveu baseada em sua própria avó se torna uma senhorinha ninfomaníaca nas telonas, ela vira uma pilha de nervos e começa a contabilizar o que realmente vale a pena na sua vida. Quando ela começa a assumir as rédeas de seu próprio destino, sustentar suas verdadeiras opiniões e finalmente descobrir o amor, as mudanças são avassaladoras e acabam lhe tornando uma pessoa muito melhor.

Os personagens secundários da história acabam não se destacando muito, mas gostei bastante da avó da Ruth e da forma cheia de amor e carinho com a qual ela criou a neta. Outro personagem que merece destaque é o Dave, bem como o modo que ele conseguiu superar as suas limitações, além de servir como um belo exemplo de vida para Lucy.

Em suma, Dias Melhores Virão tem os seus atrativos e se mostrou um romance bacana e original, entretanto eu esperava um pouco mais do livro. Os personagens foram bem delineados na trama e se encontram em constante evolução, porém acabaram não se tornando tão íntimos do leitor. Eu também esperava um pouco mais de leveza e descontração não só dos protagonistas em si, como também do enredo e infelizmente isso não acabou não acontecendo. A capa do livro é simples e nos traz a ilustração de uma moça na beira da praia refletindo sobre a vida e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Apesar das ressalvas, não deixo de recomendar.

site: http://www.newsnessa.com/2018/03/resenha-dias-melhores-virao-jennifer.html
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Laura 20/08/2017

Morno.
A narrativa é da protagonista Ruth Saunders, uma mulher de 28 anos com cicatrizes na face e corpo devido a um acidente. Criada pela avó e que tem o sonho de ser roteirista e produtora em Hollywood . O que gostei no livro, a narrativa alternada entre passado e presente, assim tivemos chance de ver o porque da personagem ser o que é, e entender seus anseios. Gostei do relacionamento dela com a avó. E do vislumbre de como é a produção de um programa de TV e toda a dinâmica entre produção, atores, criadores e emissora. Tb gostei do romance que a protagonista desenvolve com seu par romântico, mas ai tb esta uma das coisas que eu esperava mais, achei que a autora deveria ter investido um pouco mais de paginas na relação dos dois e diminuído em outros pontos, já que ouve momentos que a leitura se tornou lenta e chata. Na capa diz que é uma viagem divertida na montanha-russa que é Hollywood, na verdade é uma leitura sem grandes momentos chaves, ou personagens marcantes. Morna.
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Patricia @petalas.literarias 05/05/2016

O livro Dias Melhores Virão conta a história de Ruth Saunders, que mora com a sua avó desde que seus pais morreram em um acidente de carro. Ruth também estava no automóvel e, apesar de ter sobrevivido, o acidente a deixou com grandes cicatrizes, tanto físicas quanto emocionais. Nos primeiros capítulos, conhecemos mais de perto Ruth, que desde pequena, quando sofreu o acidente, começou a se habituar e se aventurar na escrita, incentivada pela avó. Juntas, as duas assistiam a séries de TV e davam força uma à outra nos momentos mais difíceis, principalmente porque a infância de Ruth foi bastante sofrida, cheia de cirurgias reparadoras e idas aos hospitais.
Com o passar do tempo, o sonho de Ruth se tornou ser roteirista em Hollywood e, inspirada nas séries a que assistia e em sua vida com a avó, resolveu escrever um roteiro autobiográfico. A partir daí, sua vida começa a ter reviravoltas e ela começa a entrar no mundo televiso. Entretanto, nem tudo sai da maneira como ela esperava.
O livro traz uma mistura de vários pontos de vista. O lado profissional, amoroso e familiar. Ruth perde sua família ainda muito pequena, cresce em companhia da avó e convive diariamente com as sequelas físicas e metais do acidente, o que feriu profundamente sua auto estima, alem de dar a ela doses significativas de insegurança. E só isso já faz do livro uma lição de vida.
Outro ponto interessante é poder "ver o outro lado" do livro, ou melhor, da televisão, de como tudo é feito, como tudo é árduo e trabalhoso até chegar ao telespectador impecavelmente apresentado.
E assim me vi ali, ao lado de Ruth, torcendo pelo sucesso de seu programa, sofrendo a cada contratempo, a cada mudança inesperada, troca de roteiros e personagens.
E o final então... Quando acho que esta tudo perfeito, Jennifer Weiner da o seu toque final! Maravilhoso!
Me arrisco a dizer que merece continuação...!

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2014/03/25/resenha-dias-melhores-virao-jennifer-html/
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Julia G 11/03/2015

Dias melhores virão
Ruth Saunders, após muita ansiedade, finalmente recebeu a ligação que tanto esperara: sua série seria filmada por uma rede de TV e iria ao ar. Vencer em Hollywood não era mesmo fácil, ainda que como escritora, especialmente para uma mulher que tinha marcas no rosto - e na alma - desde o acidente que matou seus pais, quando ainda era criança.

Essa pequena vitória, contudo, estava longe de significar vencer a guerra, e Ruth ainda teria de lutar muito se quisesse construir sua história como no roteiro que escreveu e buscar sua própria felicidade. Pelo menos, contava com a ajuda de sua avó, que a criara e apoiara acima de tudo, e dos Daves, seus antigos chefes que se tornaram amigos.

"Já que eu não podia ser bonitinha, como as outras garotas,
decidi que podia ser valente, como um garoto ou como um super-herói,
impressionando os estranhos não com minha beleza,
mas pelo quanto eu podia aguentar." (p. 33)

Quando tenho de escolher um próximo livro a ser lido, não consigo seguir muitas regras. Geralmente escolho o primeiro que vem à minha frente, por impulso mesmo, o que muitas vezes já me rendeu ótimas surpresas. No entanto, Dias Melhores Virão, de Jennifer Weiner, nem chegou perto de ser surpreendente, tendo sido necessário um enorme esforço para classifica-lo como bom.

Ruth é uma mulher sofrida e com diversas inseguranças em razão das marcas que traz no corpo. Apesar das muitas faltas que teve na vida, ela cresceu com todo o amor que sua avó poderia lhe dar, o que é muito bem ilustrado no livro e um dos detalhes que tende a agradar. No entanto, a vida de Ruth, no início do enredo, mesmo que já inserida neste contexto hollywoodiano, é narrada de forma bastante rotineira, quase chata. E é a partir da ligação que toda a história da protagonista é narrada, o antes e o depois, como ela chegou até ali e quais as consequências de seu piloto ter sido escolhido.

Com este desenvolvimento da trama, que tem foco principal no presente, mas é entremeado por passagens da vida da protagonista, indo e voltando sem seguir regras temporais, o envolvimento com a personagem aumenta um pouco. Conseguimos compreender suas angústias, seus medos, sua personalidade. Esse descobrimento se dá de forma lenta, ainda que a ingenuidade e a falta de atitude da protagonista não contribuam para uma aproximação integral.

Depois da metade do livro, algumas coisas ficam mais agradáveis. Um romance, singelo e inesperado, diferente e bonito, por exemplo, faz o coração se aquecer e o interesse aumentar. Uma tomada de posição da personagem também ajuda. E a avó de Ruth, como já comentei, tão elegante e amorosa que certamente fará alguns leitores lembrar suas próprias avós.

Um dos pontos mais interessantes de toda a história, sem quaisquer dúvidas, é o fato de ela abordar o mundo dos filmes e das séries por trás das telas; o livro mostra as intrigas e jogos de poder, a influência, o auge e a decadência de autores, atores e atrizes, de diretores. Mostra a grande briga para chegar lá e para manter a posição, o risco de se envolver com alguém que só quer se aproximar por interesse, bem como vários outros aspectos desse mundo que não vemos.

De forma mais simples, o livro não teve grandes momentos e não traz a comédia que prometia. Contudo, o final, mesmo um pouco imprevisível, lembrou o de uma comédia romântica e salvou boa parte do enredo, dando o toque leve, divertido e gostoso que, infelizmente, não estava por todo o livro.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2014/04/dias-melhores-virao-jennifer-weiner.html
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Arca Literária 06/01/2015

Acesse a resenha no link: http://www.arcaliteraria.com.br/dias-melhores-virao-jennifer-weiner-2/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/dias-melhores-virao-jennifer-weiner-2/
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