Noites de alface

Noites de alface Vanessa Barbara




Resenhas - Noites de Alface


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fsamanta (@sam_leitora) 23/12/2014

Uma bela escrita com uma história fraca. Os trechos em que o protagonista fala sobre sua falecida esposa são ótimos, mas a tentativa de criar uma trama paralela de suspense ficou bem ruim. Páginas e páginas para construir personagens que até são interessantes, mas que são desperdiçados em uma historia forçada.
Ricardo Rocha 24/12/2014minha estante
Uma bela escrita com uma história fraca é o que mais acontece. costumo preferir história nenhuma, como proust. tb é comum a tentativa de criar uma trama paralela e ficar bem ruim. Aí, acholegal tentarr pois quando dá certo trmas paralelas sao tudo d bom =) bela leitura a sua.




Clã 17/06/2014

Clã dos Livros - Noites de Alface
Noites de alface é um romance de Vanessa Bárbara, uma jovem escritora que já desponta na literatura brasileira.
A princípio o livro aborda detalhes da grande solidão que o personagem Otto vive após a morte de sua esposa Ada. Otto é um senhor de temperamento reservado e por vezes rabugento, que está se adaptando a nova etapa de sua vida, sem fazer questão de qualquer companhia.
Passa seus dias sozinho recordando as lembranças dos anos, mais de cinquenta, que viveu ao lado de sua amada esposa. Mas de repente, Otto começa a relacionar alguns fatos que ocorreram na vizinhança meses antes de Ada falecer.
Então passa a ficar atento e intrigado com o comportamento dos vizinhos, do carteiro, do atendente da farmácia...
Cada qual com sua peculiaridade, tais pessoas aparentam ter um segredo em comum, um mistério que Otto não compreende.
Como Otto sempre se identificou com as séries policiais que assistia na TV, sua veia investigativa desperta e desvendar o tal mistério torna-se o seu passatempo diário.

O livro é muito bem escrito. Em algumas páginas o enredo é capaz de nos transportar para a casa de Otto e de Ada, para as histórias paralelas e de repente nos vemos envolvidos com os assuntos e as situações cotidianas. Até que em certo momento, o livro ganha outra abordagem e apresenta uma surpreendente história dentro da história, que não há como imaginar.
Então, o chá de alface que Ada preparava para Otto dormir passa a ganhar sentido...
Em uma narrativa gostosa de ler e muito próxima dos nossos conflitos internos a autora consegue que Noites de alface torne-se uma agradável surpresa.

Eu indico!

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2014/06/resenha-noites-de-alface-de-vanessa.html
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GilbertoOrtegaJr 05/04/2015

Noites de Alface – Vanessa Barbara
Existe dois motivos para eu escolher Noites de Alface como minha próxima leitura, o primeiro, e também mais obvio, é o começo do livro; “Quando Ada morreu, as roupas ainda não tinham secado. O elástico das calças continuava úmido, as meias grossas do avesso, nada estava pronto. Havia um lenço de molho dentro do balde. Os potes de recicláveis lavados na pia, a cama desfeita, os pacotes de biscoito abertos em cima do sofá- Ada tinha ido emborra sem regar as plantas. As coisas da casa prendiam a respiração e esperavam. Desde então, a casa sem Ada é de gavetas vazias. ” O segundo, e bem mais decisivo na escolha de porque eu leria este livro naquele momento, foi o fato de ele ser um romance pequeno e aparentemente não muito denso.

Em Noites de Alface será contada a história do casal de idosos Otto e Ada, ou melhor da vida de Otto após a morte de sua companheira de mais de cinquenta anos de casados. Eles vivem em uma casinha amarela em uma cidade pequena, sem qualquer parente ou familiar além deles dois. Enquanto Otto é taciturno e não conversa com ninguém da vizinhança exceto o senhor Tanaguchi, mas quando ele passa a ter Alzheimer Otto também o deixa de visitar e fica sem ter contado com ninguém da vizinhança. É justamente por este ostracismo de Otto que a morte de sua mulher passa a ser um golpe duplo, pois além de perder sua única companheira de tanto tempo ele perde também o elo que o ligava ao resto da vizinhança, pois ao contrário dele Ada era querida por todos, animada e sempre envolvida na comunidade local.

Através de cada capítulo Vanessa conta a história de um personagem que mora na mesma rua que Otto, os hábitos e peculiaridades de cada um são observados por Otto como uma forma de ele se sentir integrado a sua vizinhança, porém ele somente os observa mas não interage com eles, que em sua maioria são bem excêntricos; Senhor Tanaguchi, que viveu trinta anos lutando em uma Segunda Guerra Mundial que ele acreditava não ter acabado, Teresa uma datilógrafa de meia idade, que vive junto com seus três cães arteiros, Mariana, que após se casar abandonou seu mestrado em antropologia, Nico, um atendente de farmácia obcecado por remédio e seus efeitos colaterais, Iolanda, que acredita em todas as coisas esotéricas e vive com seu sobrinho aos gritos.

Se os outros personagens são observados por Otto não quer dizer que no livro ele é a figura do observador que nunca é notado a sério, a autora explora de forma sutil a figura de Otto usando para isso o contraste entre Otto e Ada. Enquanto ela era animada, social, prática e descomplicada Otto é todo seu oposto, não sendo raro então inúmeras coisas pensadas como Ada faria isso, mas Otto não, como por exemplo conversar com Nico sobre remédios. Os próprios vizinhos usam este contraste para entender o porquê Otto ser desta forma e o respeitar, seja pelo seu luto, seja simplesmente em nome da boa convivência, escolhendo na maioria dos casos não o importunar.

Dentre os hábitos de Otto está ver TV a cabo, tomar as vezes chá de alface (sim, daí o título), para sua insônia, ler livros de mistério, mas após a morte de Ada o principal é ir espionando pela janela a vida dos seus vizinhos, a consequência disso não raro é que muitas vezes ele acaba não compreendendo de todo os assuntos atuais, e passa a acreditar que um possível mistério está se formando na sua vizinhança, esta impressão dele pode ser efeito de ler tantos livros policias.( aqui me pergunto será que Vanessa tem conhecimento da teoria de que Emma Bovary, de Madame Bovary, foi impelida a trair seu marido, após ler tantos livros sobre aventuras românticas ?, Não seria de admirar já que parece uma teoria muito similar sobre Otto e seus livros policiais….)

Em menos de duzentas páginas, o livro tem somente 168 páginas, a autora cria um livro leve, porém complexo que fala da dor do luto e da vida em uma pequena cidade de forma interessante e muito inteligente. Não é pelo fato de ele ser curto e fluir leve que deixa a dever a livros compactos e profundo (quem valoriza demais a profundidade, pode preferir morte por afogamento), não é à toa que a autora está entre os melhores autores brasileiros com menos de 30 anos da revista Granta.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2015/04/05/noites-de-alface-vanessa-barbara/
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Camila 21/05/2015

A arte do corriqueiro
Personagens muito bem construídos e um humor delicado no trato de questões cotidianas são o grande prazer desse livro, que tem um texto tão bem escrito e capaz de nos transportar para o bairro onde se passa. Temas como envelhecimento, luto, fracasso, tédio são permeados com gracejos de hipocondria, cachorros levados, preferências culinárias e o trabalho do dia-a-dia. Vale muito a pena ler!!!!
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CrisVieira~ 07/01/2018

O melhor remédio para noites de insônia. Você vai dormir em cima do livro!
Nota: 1,5.
Que livro chato! Eu li porque tinha começado e não queria deixá-lo pela metade. As cenas dispensáveis sobre efeitos colaterais de medicamentos foram o ápice. Ainda não consigo entender o que existiria de tão interessante nisto ao ponto de se gerar diálogos (mentais ou reais) sobre o assunto. Foram um enorme desperdício de palavras e páginas.
O enredo é quase interessante pelo mistério, mas não me envolveu ou gerou vontade de ler os outros da autora. Infelizmente, é preciso tomar cuidado quando se tenta criar um enredo de suspense e mistério porque pode ser que o leitor acabe dormindo em cima do livro, de tanto tédio.
Eu o recomendo a quem está tendo problemas para dormir à noite. É tiro e queda! Ou melhor, tiro e sono! rs
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Carol | @carolreads 11/07/2019

Noites de Alface
Não imaginei que iria me envolver tanto com o livro!

Conheci Noites de Alface pela leitura de seu primeiro parágrafo, quando terminei, fui correndo adicionar o livro na minha lista de desejos. A forma como a autora nos apresenta a história é tão poética e de uma simplicidade! Nada mais justo do que deixar ele transcrito aqui também:

“Quando Ada morreu, as roupas ainda não tinham secado. O elástico das calças continuava úmido, as meias grossas, as camisetas e as toalhas de rosto penduradas do avesso, nada estava pronto. Havia um lenço de molho dentro do balde. Os potes de recicláveis lavados na pia, a cama desfeita, os pacotes de biscoitos abertos em cima do sofá - Ada tinha ido embora sem regar as plantas. As coisas da casa prendiam a respiração e esperavam. Desde então, a casa sem Ada é de gavetas vazias.”

Noites de Alface nos conta a história de Otto, como ele irá lidar com sua rotina após a perda de sua esposa, Ada. Bem no começo do livro, podemos notar o contraste entre os dois... enquanto Ada era super sociável e querida por toda a vizinhança, Otto é considerado um velho ranzinza e de poucos amigos.

O mais interessante do livro é que, além de acompanhar como o Otto lida com a ausência de Ada, vamos conhecer algumas pessoas bem peculiares e como todas elas estão ligadas em um grande acontecimento (spoiler!).

Gostei muito da escrita da Vanessa Bárbara e quero muito ler outros livros da autora! Qual vocês recomendam?

site: https://www.instagram.com/carolreads
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davicoltrin 18/04/2020

O livro é legal. Não conhecia a autora, li sem espectativa nenhuma, me diverti com alguns personagens (Nico, suas bulas, a paixão por efeitos colaterais) e o final me surpreendeu demais.
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Jaguatirica 04/05/2020

Que surpresa agradável
Entrei no livro de cabeça após comprá-lo sem sequer ler a sinopse. Foi pelo título. Quando abri pra ler tinha uma vaga ideia, mas em geral pensei "ah, é apenas um livro delicado, de memórias e luto", mas caí do cavalo com o andar da carruagem. O livro foi me fazendo entrar nas paranoias do velho Otto, acreditar nelas, criar teorias, me empolgar horrores e SOFRER MUITO quando o famigerado "incidente" finalmente ocorre. QUE PENA, QUE TERRÍVEL! E logo após me causar apego. É muito, muito triste. Uma situação realmente sem saída pras personagens. No fim só o leitor descobre e fica aquele clima de confidência como se nós também fôssemos cúmplices. É uma agonia e ao mesmo instante empatia pelas personagens. Entendemos suas razões, embora não aprovemos. Essas [personagens] são extremamente cativantes. Otto se refere aos vizinhos como "todos desequilibrados e histriônicos". Inclusive me identifico com Otto, que acredito ser minha versão masculina e idosa. Me identifico com seus pensamentos, paranóias, medos e introspecção.

Sem dúvida uma das leituras mais inesperadamente interessantes do ano e talvez com o início mais lindo que já li na vida.
"Quando Ada morreu, as roupas ainda não tinham secado. O elástico das calças continuava úmido, as meias grossas, as camisetas e as toalhas de rosto penduradas do avesso, nada estava pronto. Havia um lenço de molho dentro do balde. Os potes de recicláveis lavados na pia, a cama desfeita, os pacotes de biscoitos abertos em cima do sofá -- Ada tinha ido embora sem regar as plantas. As coisas da casa prendiam a respiração e esperavam. Desde então, a casa sem Ada é de gavetas vazias"
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fev 13/01/2021

É um livro fofo e engraçado, mas com um mistério meio forçado. Que não faz muito sentido geral pra história. Mesmo assim a leitura foi super leve e agradável. Ada e Otto são maravilhosos. Daria uma ótima série de comédia/mistério se o caso do mistério fosse incluído de forma mais interessante. O capítulo em que a autora fala sobre o vizinho que lutou na segunda guerra mundial é maravilhoso.

Para quem está precisando de leitura leve e protagonistas idosos fica a recomendação.
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eyokaren 19/03/2021

Noites de Alface
Recomendo, a leitura é gostosa e conta sobre como Otto passa seus dias relembrando momentos antes do falecimento da esposa. Emocionante.
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Amanda 28/03/2021

O cotidiano bem escrito
A escrita da autora é muito gostosa de acompanhar, com algumas pitadas de ironia, comecei gostando mas não tanto, no final acabei com saudade dos personagens, das suas histórias, mesmo que cotidianas e comuns.
Adorei ?
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Nil 21/09/2021

No começo parecia uma história muito bonita de amor, cumplicidade e companheirismo.
No meio, parecia que a história estava meio que se perdendo.
No final, fiquei com a sensação de que a história não teve um propósito.
Também achei que existiam muitas palavras desconhecidas colocadas de forma desnecessária no texto.
Como ponto positivo, destaco os personagens e suas histórias individuais, inclusive, acredito que funcionaria melhor como um livro de contos que se entrelaçassem.
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