Almas em desfile

Almas em desfile Chico Xavier
Waldo Vieira




Resenhas - Almas em Desfile


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eduanton 04/05/2024

Narrativas pequenas, mas muito instrutivas
Livro com pequenas histórias, recortes do cotidiano e com mostras da providência divina.cada história com pelo menos um ponto de reflexão.Muito bom mesmo!
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Ângela Bittencourt Cardoso 29/08/2023

Grande confeitaria paulista, ao anoitecer. Clientela numerosa.
Quando Olavo Dias, denodado trabalhador da seara espírita, se aproxima da caixa para efetuar o pagamento de certa compra, surge a atordoada:
? Ladrão! Ladrão! Pega o ladrão! Pega! Pega!
Alia-se um guarda a robusto balconista e agarra pobre homem, extremamente mal vestido, que treme ao apresentar grande pacote nas mãos.
? Ele roubou de um freguês ? grita o caixeiro, como que triunfante ao guardar a presa. Quase todos os rostos se voltam para o infeliz.
O policial apresta-se para as providências que o caso lhe sugere, mas Olavo Dias avança e toma a defesa.
Não é um ladrão ? explica ? e não admito qualquer violência.
E no propósito de ajudá-lo, Olavo mente, afirmando:
? E meu empregado e, decerto, retirou o pacote julgando que me pertencesse.
Enérgico, toma o embrulho, devolve-o ao gerente, pede desculpas pelo engano e afasta- se com o desconhecido, dando-lhe o braço, como se o fizesse a um parente, diante dos circunstantes perplexos.
Dobrando, porém, a primeira esquina, dirige-lhe a palavra, admoestando:
? Ora essa, meu caro! Sou espírita e um espírita não deve mentir. Entretanto, fui obrigado a isso para defendê-lo.
O interpelado mergulha a fronte nas mãos ossudas e explica em lágrimas:
? Doutor, roubei porque tenho seis filhos com fome... Sou doente do peito... Não acho serviço...
? Bem, bem ? falou Olavo, comovido ?, não estou aqui para fazê-lo chorar. Condoído, abriu a bolsa, deu-lhe o concurso possível e perguntou-lhe pelo endereço.
O infeliz declarou chamar-se Noel de Souza, deu os nomes da esposa e dos filhos e informou residir nas proximidades da Vila Maria, em modesto barracão.

O benfeitor, realmente sensibilizado, prometeu visitá-la na primeira oportunidade, e, finda uma semana, ei-lo de automóvel a procurar pela casinha distante.
Depois de algum esforço, localizou-a.
Encontrou a senhora Souza e os seis filhinhos esquálidos, mas o dono da casa não estava.
Saíra para angariar socorro médico.
Olavo, tocado de compaixão, fez quanto pôde pela família sofredora e, ao despedir-se, ouviu a dona da casa dizer-lhe sob forte emoção:
? Um dia, se Deus quiser, Noel há de retribuir o senhor por tudo o que está fazendo...
Precisando deixar S. Paulo, em função da vida comercial, Olavo recomendou os novos protegidos a diversos companheiros, e esqueceu a ocorrência.

Decorridos seis meses, Olavo, certo dia, chega apressado ao aeroporto de grande cidade brasileira.
Precisava viajar urgentemente, mas não tem passagem. Arriscar-se-á, no entanto, à aquisição de última hora.
Retendo pequena pasta, procura na multidão um amigo que o precedera, minutos antes, com o fim de ajudá-lo, até que o vê a pequena distância, acenando-lhe a que se apresse.
O problema está resolvido. Basta que apresente a documentação necessária.
Avança, presto, mas alguém cruza o caminho. Sente-se abraçado numa explosão de ternura.
Olavo tenta quebrar o impedimento afetivo, mas reconhece Noel de Souza e estaca, surpreendido.
? Você... aqui?
O amigo está humildemente trajado, mas limpo e alegre.
? Sim, doutor, preciso vê-lo ? confirma o interlocutor.
? Agora, não ? falou Olavo, contrafeito.
Como se não lhe anotasse o azedume, o outro tomou-lhe o braço e arrasta-o docemente para fora do raio de visão do companheiro que o espera.
? Souza, não me detenha, não me detenha...
? roga Olavo, inquieto.
? Escute, doutor, preciso agradecer-lhe...
E como se não lhe pudesse escapar da mão, Olavo escuta-lhe a fala entediado e impaciente. Noel refere-se à esposa e aos filhos e repete frases de gratidão e carinho.
Depois de alguns instantes, Dias, revoltado, desvencilha-se e abandona-o sem dizer palavra. Alcança o amigo, mas é tarde.
O avião não pudera esperar.
Acabrunhado, vê, de longe, o aparelho de portas cerradas, na decolagem.
Bastante desapontado, busca Noel de Souza para ouvi-lo com mais atenção, já que perdera a viagem. Entretanto, por mais minuciosa a procura, não mais o encontra.
Daí a quatro horas, recebe trágica notícia.
O aparelho em que disputara lugar caíra de grande altura, sem deixar sobreviventes.
Intrigado, regressa a S. Paulo e corre a visitar a choupana de Noel. Quer vê-lo, abraçá-lo, comentar o acontecimento.
Mas, no lar modesto de Vila Maria, veio a saber que Souza desencarnara dois meses antes.
JurúMontalvao 31/08/2023minha estante
mt interessante




Eliza Cristina 09/03/2021

Almas em desfile
Um livro de fácil leitura e de muito aprendizado! Com várias histórias onde cada uma nos deixa uma lição!
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Andre 28/01/2019

?Almas em Desfile? é uma obra tão agradável que mais se assemelha a conversa entre amigos, dividindo histórias para nos fazer pensar. Um pensar profundo, porém, contundente às vezes, por se tratarem de exemplos reais, cujos protagonistas poderiam ser nós mesmos. E todos sendo convidados, de alguma forma, pelos esclarecimentos da Doutrina Espírita, para uma mudança de postura e atitude perante a própria vida. Para melhor, sempre.
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Fabíola 28/07/2017

Almas em desfile
Sabe aquele livro que na linguagem mineira diz-se um bom contador de causos?
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Então, Hilário Silva através de 52 relatos do cotidiano traz-nos uma obra repleta de grandiosos ensinamentos.
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Eu adorei a leitura, pois o autor conseguiu através de uma escrita singela e fluida revelar tanta luz baseada em suas vivências.
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Recomendo!
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