Crônicas Fantásticas 21/10/2020
O Buraco da Agulha
O Buraco da Agulha
Por Cintia Ferreira
Título: O Buraco da Agulha | Autor: Ken Follet | Editora: Arqueiro | Gênero: romance de espionagem | Páginas: 336 | Ano de publicação: 1978 | Nota: 3,5 / 5,0
O ano era 1944, época da segunda Guerra Mundial. O Buraco da Agulha é história para quem se interessa por cenários de guerra. O livro foi escrito por Ken Follett, escritor britânico, autor de thrillers e romances históricos de sucesso. Está longe de ser um dos melhores livros do autor, o Buraco da Agulha é o seu primeiro best seller, mas pela época em que foi escrito, 1978, fiquei surpresa com o quanto me pareceu um livro atual.
A história gira em torno de dois personagens principais, o Agulha e Lucy. A história de ambos se cruza em um determinado momento e é aí que ocorre o clímax da história. O serviço secreto alemão suspeitava de um grande exército na Inglaterra e para descobrir mais informações optou pelos serviços de um espião muito eficiente que viveu por anos disfarçado na Inglaterra, e que assassinava suas vítimas com um punhal. Naquela época, era comum optar por espiões para tentar descobrir onde se localizavam as bases dos envolvidos na guerra. O Agulha era o espião de confiança de Hitler na história.
Ele espiava as autoridades na tentativa de garantir o sucesso alemão na guerra. Era muito habilidoso e estava sempre se dando bem nas suas investidas. Ao longo da narrativa vemos como o espião consegue se safar e reunir provas sobre onde está localizada a base inglesa, só que ele precisa levar essas informações aos alemães, mas para isso precisa chegar ao ponto de encontro, o que não é nada fácil…
É durante essa tentativa de entregar aos alemães informações que Agulha conhece Lucy, uma mulher que vivia com marido e filho em uma ilha completamente isolada de tudo e todos. Lucy estava passando por momentos difíceis no seu casamento e a chegada acidental de Agulha abalou ainda mais a sua vida, mas Lucy não imaginava que Agulha era um espião e muito menos que era um assassino frio e sem escrúpulos.
O que mais chama a atenção nesse livro é que lá naquela época Ken Follett já sentia a necessidade de criar uma personagem feminina que fosse uma verdadeira heroína. A forma como ele introduziu Lucy na história talvez não vá agradar a todos, mas é bem interessante, pois ele construiu uma personagem que não esconde seus desejos, uma mulher forte, determinada e que fala sobre seus desejos. Características essas que estavam bem à frente se parar para comparar com a época em que o livro foi escrito.
Essa construção da personagem Lucy foi o que mais me chamou a atenção no livro. A história como um todo não é tão interessante assim e não prende tanto o leitor como os outros livro de Follett, basicamente foca na trajetória de massacre do Agulha na tentativa de espionagem.
Acompanhar a história do Agulha foi uma aventura regada de suspense, você chega a achar que ele nunca será pego, até que começam a chegar cada vez mais perto de descobrir o seu plano e o seu paradeiro. O final é maravilhoso, o autor soube amarrar as histórias muito bem.
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