spoiler visualizarAghata14 30/06/2023
Nasce uma mãe e nasce uma culpa.
O dia em que eu descobrir uma gestação acho que volto a ler esse livro e o Poder do discurso materno.
Eu sei que como pessoas normais não existe o patamar da perfeição, existe o cansaço, a falta de paciência, essas leituras tem o fim de tentar mostrar qual caminho seguir, pode ser que não funcione nada ou que funcione para você.
Acho muito importante essa reflexão que a Laura propõe quando vamos identificar como foi a nossa infância, eu fico até impressionada ou até mesmo triste em saber como a nossa infância marca a nossa vida em todos os sentidos possíveis, todos os momentos que você foi acolhida ou todos os momentos em que você não foi acolhida, a marca de alguma coisa vai ficar sempre.
É importante saber reconhecer que essas marcas existem, o trabalho mesmo é saber enfrentar elas e deixar para trás.
Não é um livro muito grande, então a autora passa rapidamente por alguns tópicos importantes, como a parte da amamentação, nesse meio que vivemos sabemos que amamentar é uma questão de luta e que acontece desde quando você está na maternidade quando alguém vem te dizer que seu leite é fraco e não sustenta seu filho, quanto te prescrevem uma fórmula sem necessidade alguma. É uma luta diária querer amamentar seu filho e luta contra as coisas do seu dia a dia.
Um único ponto talvez que eu não compartilhe a visão da autora é quando comenta o papel do pai, concordo que em partes o pai tem sim que estar presente e suprir o emocional da mãe.
Mas a minha parte divergente é não achar que o papel do pai é só esse, o pai tem de ser o pilar de apoio para a mãe mas ele também tem que tomar a frente de todo o resto enquanto a mãe está ali amamentando e cuidando de um recém nascido.
Posso ter entendido errado a Laura nesse ponto, mas senti que pra ela a mãe é que cuida da casa toda e não o pai, fiquei um pouco confusa nesse capítulo.
Tirando esses pontos que penso diferente, o livro é sensacional, vale a leitura.