Lusia.Nicolino 05/02/2020
Não se demore
É um livro curto. Não se demore, mas ajuste as expectativas. Não é um livro fácil.
De Gonçalo, dizia Saramago que “ele não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos”. E sim, escreve bem, mas também perturba com seu texto rápido, sua história de retalhos de histórias. De loucos, de comedores de moeda, de urubus que devoram cães.
De nós – humanos que não lidamos bem com deus – com a máquina, com a natureza, a nossa natureza animalesca, aprisionada em comportamentos sociais aceitos pela maioria.
Uma mistura de gêneros, reflexões, ensaio, conto? Uma construção de texto muito particular que você pode não gostar, mas precisa conhecer. Começa com Deleuze: “quarta pessoa do singular: é ela que se pode tentar fazer com que fale”.
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Quote: “...eis como são as coisas e como a queda substitui deus nos pormenores, eis que a queda nivela”
“...deito-me e tento adormecer com os olhos abertos, quando penso que estou a conseguir percebo que falho.”
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