Bufo & Spallanzani

Bufo & Spallanzani Rubem Fonseca




Resenhas - Bufo & Spallanzani


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Carol Pita 14/04/2024

Não sei
No início (introdução) tive muita dificuldade. Quando a história começou eu amei! Engoli muito rápido a primeira metade do livro, tava amando tudo! A escrita, o senso de humor, os personagens, o suspense por trás. Mas lá pra 60% o livro começou a me entendiar e virou uma grande bagunça, me desinteressei totalmente pela história. Não gostei mesmo dessa segunda metade. No final melhorou um pouco, embora tenha sido muito previsível. Enfim. Não esperava nada, tava amando. Comecei a esperar muito, me decepcionei... embora tenha marcado muitas frases impactantes!
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Emmy.Ckis 08/03/2024

Genial!!
Achei genial!! Meu primeiro contato com Ruben Fonseca. A minha avaliação de 3.5 deu-se somente pela falta de costume, acreditem ou não.
Não costumo ler livros neste tipo de narração e linguagem, e devo admitir que não vim com sede a este pote, mas bebi toda sua água.
Também não costumo dar de cara com um protagonista tão egocêntrico, sem noção, canalha e que por muitas vezes me deu asco.
As 3 histórias diferentes me fisgaram totalmente, mas o final apesar de me chocar, não me deixou TÃO surpresa.
Surpresa mesmo eu fiquei com a forma com que toda essa narração foi escrita (que por muitas vezes me deixou confusa e me fez ler o mesmo parágrafo umas 3×) e na colocação de todos os personagens e suas peculiaridades. Tudo com muita genialidade.
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ketlin 02/02/2024

Nem sempre é sobre o fim
Gostei muito do andamento do livro. Me parece a todo momento que o autor não sabia exatamente onde estava indo a história e improvisava no caminho, mas de forma super cativante. É um livro repleto de referências e sugestões de leituras, músicas e afins. Em algum momento vou reler para anotar todas essas referências. Porém, o livro vai perdendo a força e as última parte fica bem carregada e difícil de terminar. Mesmo assim foi uma ótima leitura, afinal, nem sempre é sobre o fim.
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wednesdayeve 18/01/2024

Um ótimo livro que, imerso em uma profunda trama metalinguística, se desenrola na medida do fluxo de pensamento do relato de um escritor, no que aparenta ser o primeiro momento em que não possui seu enredo completamente ordenado, ainda que lógico.
o(s) crime(s) não domina o relato, o acusado egocêntrico obcecado pelos seus próprios prazeres está em foco a todo momento, até quando a história de outra personagens é contada (por ele, claro).
no fim seu verdadeiro eu é mostrado. e ele é apenas.... triste.
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Luiza 24/11/2023

Livro muito gostoso de ler. É um suspense policial com todos os elementos que conhecemos e gostamos, mas que subverte o gênero e excede as expectativas. Ivan Canabrava/ Gustavo Flávio é um dos personagens mais interessantes que já conheci- e super hilário. Dei muitas risadas com suas observações e histórias absurdas. A primeira e segunda partes são sensacionais, mas achei que o livro perde um pouco do ritmo na terceira. Nela, o protagonista vai para um refúgio e temos que seguir personagens novos, meio chatos e desgarrados da trama até então apresentada, e acompanhar um crime repentino, desinteressante e meio mal explicado. Porém, acho que o livro volta a pegar fôlego depois da partida do refúgio e tem um final tenso e dramático. Indico a leitura.
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Frederico.Andrade 21/04/2023

Em um certo momento achei que a história havia se perdido e ido por um caminho totalmente aleatório mas continuei lendo pois o estilo de Rubem Fonseca prendeu minha atenção. No final tudo fez sentido . Muito bom o livro.
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andreluisp.sa 04/02/2023

Um clássico de Rubem Fonseca
Só mesmo Rubem Fonseca para escrever com maestria um romance policial que vai muito além de simplesmente se descobrir quem matou e porque. É um romance recheado de metalinguagem, descrevendo as agruras de seu narrador enquanto um crime vai sendo desvendado. Um primor de escrita, e uma delícia de leitura.
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Erica 08/09/2022

Adorei o livro, mas me perdi várias vezes nele.
As conexões são feitas de forma tão bem feita, que a gente nem se dá conta.

A confusão vem basicamente por três questões:
1. A estrutura de narração em primeira pessoa falando de terceiros.
2. A quantidade de personagens ser grande por se tratarem de três histórias diferentes, em tempos diferentes, que ocorreram na vida do narrador.
3. Cada uma das cinco partes do livro, tratar basicamente de uma dessas histórias, mas com interferências de lembranças ou personagens de outra, fazendo com que, em muitos trechos, tivesse que voltar um pouco pra saber o que aquela pessoa estava fazendo ali.


Mapa de personagens:
I FOUTRE TON ENCRIER
Guedes, o policial
Gustavo Flávio, o escritor
Delfina Delamare, a vítima
Eugênio Delamare, seu marido

II MEU PASSADO NEGRO
Maurício e Clara Estrucho, fraudadores
Carlos Ribeiroles, chefe do Departamento Jurídico da seguradora Panamericana
Dr Gervásio Pums, chefe do Serviço Médico da Panamericana
Duília Teixeira, secretária executiva do dr. Zumbano, presidente da seguradora
Ivan Canabrava, analista de seguros
Zilda e Minolta, suas namoradas
Carminha, bibliotecária
Ceresso, da Associação Brasileira de Proteção ao Anfíbio

III O REFÚGIO DO PICO DO GAVIÃO
Suzy e Eurídice, as primas
Roma e o marido Vaslav, bailarinos do Colón de Buenos Aires
Orion Pacheco, maestro e a sua mulher, a prima-dona Juliana Pacheco
Carlos
Trindade e Rizoleta, donos do hotel

IV A PROSTITUTA DAS PROVAS
Denise Albuquerque, amiga de Delfina
Agenor da Silva, réu confesso
Dona Bernarda, a testemunha

V A MALDIÇÃO
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Karen 19/04/2022

Policial raiz
Primeiro contato com o autor e encantada.
História crua, sem palavras doces ou rococós à realidade - em especial a polícia/política carioca.
O comparo ao "A vida como ela é" de Nelson Rodrigues.
Apenas sensacional!!!
"O amor é sempre resultado de percepções que temos do outro".
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Naju 20/03/2022

Que [*****] de final foi esse?
O livro é admirável. Sinceramente, foi uma experiência muito maluca, por que uma hora o autor fala em latim, francês, inglês, russo, alemão. Tudo faz parte da narrativa, claro, mas é muito engraçado mesmo assim. Enfim, a metalinguagem presente no texto também é muito interessante, por que tem vários momentos que a narrativa é um escritor (Rubem Fonseca) descrevendo como um escritor (Gustavo Flávio) descreve o ato de escrever um livro que não vai pra frente.
Tem assassinato, tem reviravolta, tem frases de pensadores cujos nomes você não faz ideia de quem seja, mas finge que sabe por que é mais fácil assim. E, ainda que esse tenha sido o "charme" do livro para mim, também foi o motivo de eu me estressar muitas vezes ao longo da leitura.
Adorei o Gustavo Flávio, mesmo ele sendo um canalha, hipócrita e gaiato que não respeita o casamento dos outros. E é sobre isso, sabe? Personagens filhos da puta são os melhores, por que são humanos. Difícil se afeiçoar a eles? Sim. Mas isso é por que eles se assemelham muito à nossa realidade. Eu gosto, às vezes.
Recomendo muito, mas acho que eu teria adorado a leitura muito mais se fosse mais velha e conhecesse mais pensadores. Entretanto, me apaixonei pelo modo como Rubem Fonseca escreve as coisas. Sabe aquela escrita que dá um arrepio na espinha? Pois então, é essa.
Leiam.
hell_monteiro 20/03/2022minha estante
Nao é para todos mas é a sua cara


Naju 21/03/2022minha estante
OBRIGADA por me dar esse livro, de verdade, @hell_monteiro




hell_monteiro 03/11/2021

O GÊNIO É UM MISERÁVEL
"Buffo Spallazani" é a história de um escritor pretensioso e hipócrita que por muitas vezes insiste em se fazer protagonista de histórias e sub histórias das quais muitas das vezes seria apenas figurante.

A história é muito descrita como um romance policial à brasileira, mas embora esses elementos sejam muito intrigantes e presentes na narrativa, eu nunca falaria que esse é o foco principal da obra. O que a gente realmente acompanha é a pisique dessa personagem contraditória e intrigante que muitas vezes me fez rir em voz alta só pelo absurdo do que diz e faz.

É sobre isso e tá tudo bem.

Vai com certeza para minha lista de favoritos. Tudo sobre esse livro é intencional e se encaixa, até quando vc acha que encontrou uma incongruência, ela faz sentido no cenário maior. Tem literalmente tudo que eu amo sobre construção de personagem e ainda por cima essas incríveis e descontinuas narrativas que no final se completam.

É metalinguístico. É incrível. É bem montado. E eu amei.
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Natália 03/10/2021

Excelente leitura para quem ama o gênero policial/mistério e procura uma história envolvente e que prenda a atenção. Apesar de um pouco inconclusivo e não tão fascinante como outros livros do autor (?O Caso Morel? e ?Agosto?), é uma ótima pedida.
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Cardoso 06/07/2021

No gênero detetivesco, o culpado é sempre o leitor: supostamente interessado em solucionar o crime, não vemos problema nenhum em refazermos todas as mortes que investigamos; não à toa livros ruins te entregarem, muitas vezes, todo o caso expositivamente na voz de uma personagem boa, permitindo você participar da violência através de um filtro, te livrando da sujeira. Bufo & Spallanzani, entretanto, mais do que te fazer cometer o crime, comete-o contra você..

Escondido numa narrativa elegantissimamente despojada, o terceiro romance de Rubem Fonseca é um drama grego cheio de contrapontos e elipses, com múltiplas narrativas que vão desaguando num último e grotesco ato que nos faz retornar ao verdadeiro problema do livro: o narrador, o escritor Gustavo Flávio, tentando iniciar o seu Bufo & Spallanzani, uma história sobre a crueldade da técnica (um mote quase heiddegeriano) centrada nos experimentos do cientista oitocentista Lazzaro Spallanzani com um casal de sapos cururu, Bufo e Marina (o “Bufo marinus” do título, hoje chamado de “Rhinella marina”).

Há de se estar atento ao uso do sapo em experimentos aqui, que se repete em três situações: na primeira, definitvamente como uma história (para não se ter dúvidas, posta como um escritor lendo seus rascunhos para um livro sobre um fato histórico); na segunda, como um experiência feita por nós (em que usamos o sapo junto do narrador) e a terceira como a narrativa do experimento... feita no próprio leitor. E aqui está o mérito de Rubem: estando um passo atrás, ele não permite que você mate seus personagens, mas os usa para, cruelmente, te abrirem e dissecarem, testando nossos limites até o último segundo sem nem termos ideia de quem, enfim, matou Delfina Delamare.

Perseguido pelo Inspetor Guedes, uma entidade noir cheia de estilo em sua rudeza de honestidade, Gustavo tenta se desfazer da suposta culpa de ter assassinado sua amante. O policial, ironicamente, levanta suas primeiras suspeitas baseado num livro do próprio acusado, o que constantemente acontecia com o próprio Fonseca, suspeito de todos os crimes de suas criações. O engraçado é que essa não era uma preocupação de um dos nossos mais premiados autores contemporâneos, falecido em 2020: ele, literalmente, joga essa questão para nós – que a culpa seja a nossa!
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Emerson Dylan 25/04/2021

Fabuloso exercício de metalinguagem
O livro mais divertido do Rubem Fonseca que li até agora. Diferente da crueza e dureza de suas obras-primas Feliz Ano Novo e Agosto, aqui o autor cria uma narrativa mais leve (leve à maneira de Fonseca, vale ressaltar), em que o maior interesse é brincar com a estrutura do livro. Assim, Bufo & Spallanzani é um jogo metalinguístico, em que várias camadas coexistem para contar, ao fim, uma só história. Nesse ínterim, lugares e tempos diferentes se mesclam em uma teia de gêneros que perpassa o policial, a comédia, o romance, o drama e, por muitas vezes, o ensaio literário. Nessa narrativa torta, o leitor é preso e só consegue se libertar após concluir a última página.
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