A História Concisa da Literatura Alemã

A História Concisa da Literatura Alemã Otto Maria Carpeaux




Resenhas - A História Concisa da Literatura Alemã


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Marcynhah 21/04/2024

"A Literatura Alemã" é uma leitura indispensável para qualquer pessoa interessada em explorar a rica tradição literária desse país. Com sua abordagem abrangente, análises perspicazes e uma seleção diversificada de obras e autores, este livro oferece uma visão envolvente e esclarecedora da contribuição da Alemanha para o mundo da literatura.
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Vanderlei.Augusto 29/12/2021

Particularmente achei uma leitura pesada. Ela é interessante por apontar todos os autores alemães desde os primórdios da literatura no País. De certa forma instiga o leitor a buscar algumas dessas leituras, seja por curiosidade, seja por conhecimento mesmo.
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Gleide 85 23/03/2020

Uma leitura clara, objetiva e perfeita para todos os aficcionados, estudiosos ou mesmo, para os que são curiosos pela cultura do Reich.
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Mario Miranda 11/02/2020

Se há um ponto positivo em toda a triste história bélica da primeira metade do século XX, este é a imigração de intelectos diferenciados para o nosso país, como foi Paulo Rónai, Stefan Zweig e o próprio Otto Maria Carpeaux.

Em uma linguagem acessível, A História Concisa da Literatura Alemã traz um panorama histórico dos principais nomes da literatura alemã até o período imediatamente pós 2ª Guerra Mundial. Muito menos que um livro, e muito mais um guia de consultas, o livro traz grandes pontos de cada um das dezenas de autores selecionados por Carpeaux.

Ao contrário da expectativa inicial, onde veria longos textos sobre Goethe, Schiller, Mann, Zewig, Ranier Maria Rilke e Kafka, estes autores muitas vezes não passam de citações ou curtos parágrafos - à exceção dos dois primeiros que receberam algumas poucas páginas. A maior parte do livro foca em citações de autores amplamente desconhecidos fora de círculos literários específicos.

Outro comentário é no que tange a isenção do autor, no sentido que o texto é muito menos uma narrativa e muito mais uma análise crítica, onde Carpeaux não apenas apresenta os autores como também critica as obras, conteúdos e o próprio escritor.

A História Concisa da Literatura Alemã não é um livro para se ler em uma sentada; ao contrário, toda vez que desejar conhecer um novo autor, ou mais informações sobre um autor/livro objeto de leitura, retomar a obra de Carpeaux é abrir para a discussão uma obra com a visão de um dos maiores nomes da literatura do século XX.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Fidel 22/12/2018

Falar de Otto Maria Carpeaux é muito complicado, não porque tudo que deve ser dito e escrito ao seu respeito já foi feito, mas porque quase sempre caímos numa prosa comum para falar de uma personalidade tão esplendorosa. Portanto, nada precisa ser dito sobre Carpeaux, pois a sua obra é a sua vida e nela está registrada o essencial de Carpeaux: o homem e a sua história.

A História Concisa da Literatura Alemã, é uma das obras de Otto Maria Carpeaux mais conhecida e talvez o maior tratado sobre a literatura germânica de todos os tempos. Talvez esteja abaixo apenas da monumental História da Literatura Ocidental uma das mais fabulosas criações do intelecto e que é de autoria do Carpeaux. Certamente quem quiser ter o mínimo de conhecimento sobre a literatura alemã, deve colocar esta obra de Carpeaux como leitura obrigatória.

Foi com relutância, segundo a crítica especializada, que Carpeaux aceitou escrever A História Concisa da Literatura Alemã publicando-a em 1963, ano que marca a entrada da literatura alemã no Brasil e nos proporciona acesso às origens do romantismo.

Minhas explicações para arriscar a resenha de uma obra tão fantástica: Apenas farei humildes comentários com a certeza que não estou a altura para fazê-lo, mas com o profundo sentimento de que é com imensa alegria, e com minha miopia no assunto, que compartilho um pouco da genialidade deste homem de muitas facetas e de elevado espírito.

A obra inicia-se em A literatura dos cavaleiros, capítulo que descreve o momento em que há a transição para a Idade Média e que deixa a marca dos amores e aventuras dos cavalheiros registradas pelas tintas de grandes nomes da época como Vogelweide (1170-1230), Von Strasbourg (1210) e Von Eschenbach (1200-1220) e que inspirariam Richard Wagner (1813-1883) a produzir outras sublimes criações: Tristão e Isolda e Parsifal. Este foi um período em que o que foi produzido seria recriado depois revestido dos novos tempos como Carmina Burana e a Canção de Nibelungos pelos monumentais talentos de Richard Wagner e Carl Orff.

Mas ainda não é aqui o início da literatura alemã. Ainda há de passar pelo Outono da Idade Média, de Johan Huizinga (1872-1945), pelo humanismo de Erasmo de Roterdã (1466-1536) e pelas reformas de Martinho Lutero (1483-1546), consumando o divórcio, como assevera Carpeaux – “o autor anônimo é bom luterano, condenando o Humanismo. O divórcio está consumado. ”, terrenos preparados para as mudanças na alma alemã que estava por vir, pois esta seria abalada pelas guerras dos 30 anos, neste caso já estamos falando do Barroco e do começo da literatura alemã. Afirma Carpeaux:

“Nasce assim uma literatura social e regular, produto artificial do esforço de grupos de aristocratas cultos e de juristas em alta posição burocrática, também de alguns teólogos protestantes e cientistas. É a literatura do barroco alemão. ”

Entretanto havia críticas para este berço da literatura alemã e Von Boberfeld (1597-1639) pagaria o preço ao ser criticado pelos opositores a “mentalidade barroca”. Esclarece Carpeaux:

“Cysarz descreveu bem a dialética da psicologia dos homens do barroco alemão: usam fantasia grotesca de palhaço e movimentam-se em solene dança de baile da corte… passam a vida engolindo volumes enormes de erudição abstrusa nas bibliotecas… são vítimas da peste, da pilhagem, da queima de bruxas e feiticeiros… querem dominar a vida pela força: a religião, o Estado, a guerra, o amor. São beatos, maquiavélicos, brutais e lascivos e são mártires. ”

Eis um retrato que deprime a literatura alemã do período barroco, mas reveladora quanto a natureza do povo alemão. Isto terá consequências desastrosas muitos séculos depois, na “era dos monstros”.

Contudo, para Carpeaux o período foi salvo pelas obras de Johann Sebastian Bach (1685-1750) e Johannes Scheffler (1624-1677), um que sob a influência do transcendente criou as mais belas músicas de todos os tempos, e o outro pela sua devoção religiosa que transita entre a mente cristã e o panteísmo, mas que ele considera o maior poeta católico do barroco alemão.

Carpeaux adverte que “no início dos anos 1700 que a Alemanha era é o únicos pais da Europa civilizada sem literatura alguma. ”, salvo apenas pelos trabalhos de Bach, que para Carpeaux resgatou o período e a alma alemã, mas estavam abertas as portas do Racionalismo. Carpeaux antes assevera que:

“A literatura alemã verdadeira só começou no século XVI, para ficar logo interrompida pela catástrofe do Humanismo, pelas vicissitudes da Reforma e pela catástrofe maior da grande guerra. ”

Entre a religiosidade dos Pietistas e os novos horizontes propostos pelos Racionalistas, a Alemanha preparava-se para adentra no período em que haveria reconhecimento da sua literatura. Este período, século XVIII, divide-se então em duas fases e é o anúncio do pré-romantismo, representado principalmente por Lessing (1729-1781), Carpeaux explica que:

“A história da literatura alemã do século XVIII pode ser dividida em duas fases: antes de Shakespeare-Wieland e depois de Shakespeare-Wieland. ”

O pré-romantismo, ou sturn und drang (literalmente tempestade e impulso) é o capítulo que descreve o início das fases mais importantes na literatura alemã. Carpeaux sustenta que o pré-romantismo é marcado pela revolta do povo alemão contra o racionalismo:

“Como todo pré-romantismo europeu, os dos alemães também é uma revolta do sentimento contra a razão e do sentimentalismo contra o racionalismo. ”

Essa fuga do racional, será reforçada em breve pela obra Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe (1749-1832), que para Carpeaux é o gênio do sentimento. Todo esse sentimentalismo era influenciado pelas obras de Shakespeare, donde a natureza humana era o alicerce das suas obras levadas à consciência literária alemã por Von Herder (1774-1803), que segundo Carpeaux, sem Herder Goethe não teria sido o que foi.

Interrompo aqui a resenha não porque não há mais inspiração, mas por entender que não tenho direito de resenhar todo o livro. Não me atrevo ir além deste ponto, pois faltaria-me o folego necessário para tal desafio em tão gigantesco oceano. Ao fazê-lo até Goethe, acredito que crie no leitor um estímulo para a total leitura da obra. Espero que tenha sido útil

site: www.leiologopenso.com.br
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Regis 21/10/2013

Uma excelente introdução a grandes autores
Comprei o livro para ver se conseguia me situar em meio a produçao de tantos autores improtantes, e o livro faz exatamente isso: mostra em ordem cronológica os fatos que fizeram surgir escritores e livros desde o século 18, quando a lingua alema realmente começou a produzir literatura. Entao pude conhecer a origem das obras de tantos autores que adoro como Kafka, Maria Rilke, Nietzsche, Thomas Mann, Goethe... e entender como surgiram autores como Luthero, Marx, Engels, Herman Hesse, Berltold Bretch, Gunter Grass, Schopenhauer.

Trata-se de um livro essencial para se descobrir autores e livros dentro de outro universo, fora da língua inglesa.

site: http://faroeditorial.com.br/faroeditorial/historia_literatura_alema.php
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