Ray 21/10/2023
Rompeu meu preconceito
Um livro que eu comecei a ler com a certeza que eu ia odiar, e terminei adorando. Me poquei de rir com as resenhas negativas, e comecei a ler sem a menor expectativa mas paguei a língua.
Achei que era um daqueles livros difíceis só porque sim, por capricho do escritor, mas quando saquei a proposta comecei a me envolver na história e gostei demais.
Só acho que foi possível eu gostar da história, porque já tinha lido outras histórias com essa mesma pegada "mitológica", nem sei se essa é a palavra certa, mas sabe esse sentimento da poesia, esse modo bonito de descrever as coisas? Que faz tudo parecer uma lenda antiga de terras distantes? Tipo o Silmarillion do Tolkien, foi um sentimento muito parecido que tive quando li trechos como:
"Os guerreiros pitiguaras, que pareciam por aquelas paragens, chamavam a essa lagoa da beleza, porque nela se banhava Iracema, a mais bela filha da raça de Tupã."
Sabe, histórias que dão origem a outras histórias, que mais pra frente são esquecidas e depois relembradas justamente em histórias assim quase parecidas com um conto de fadas, cheias de sofrimento, dor e beleza, o puro suco do romantismo de retratar o mundo. Não é meu estilo preferido, mas essa história em específico me causou um impacto muito positivo, e o nome de José de Alencar daqui pra frente vai soar muito melhor nos meus ouvidos! Simpatizei demais com ele num livro de menos de cem páginas, e o romantismo perdeu a cara feia que tinha pra mim até então.
Aaaaah e Martim não era tão ruim quanto pensei que fosse ser kkkkkkk