Iracema

Iracema José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Iracema


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Livs 05/12/2023

Uma dor de parto
A Lívia estudante de letras daria 5 estrelas pra esse livro, porque ele representa muito bem o que se propunha a ser a primeira fase do romantismo brasileiro, mas a Lívia leitora deu 3 porque foi um saco pra ler
JP_Felix 18/12/2023minha estante
Lívia leitora é ta sendo generosa ainda




Maria 05/12/2023

Eu gostei bastante do livro,mas não é uma leitura fácil porque tem bastante palavra indígena, então as vezes fica meio difícil de entender o que tá dizendo. Mas é um livro bom,um clássico vamos dizer.
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Lara 05/12/2023

Razoável
Não estou acostumada com o dialeto indígena, mas, sempre tinha ouvido falar deste clássico da literatura não só nacional, como cearense também (minha terra natal), o livro em si tem uma escrita difícil, não nego, tem que ter paciência e ler devagar para compreender a história em si e o desenrolar dos fatos, dei está nota pela escrita icônica de José de Alencar, verossímil e agradável de ler, mas, infelizmente e para minha infelicidade, não era o que eu esperava, criei expectativa como um clássico romancista da literatura indianista, é poético e lírico, efêmero até demais da conta, mas, o final não me agradou (eu dei uma expiada "gaiata" e não gostei do desenrolar deste último fato enfadonho), mas não culpo o autor, é um bom livro, mas que exige persistência e um vocabulário que nem eu, que permaneço em terras cearese e já estudei sobre os índios pude compreender, também esperei um romance afável de outrora e recebi de forma assombrosa mais uma recitação poética sobre a cultura indígena e a relação meio que submissiva entre os colonos portugueses e os indígenas, nos primeiros capítulos vemos como rapidamente Araquém recebe, sem nem sequer indagar ligeiramente o colono em sua casa, pra mim, ao meu ver particular, isso é quase que um medo irreal dos fatos que ocorreram em 1500, com a chegada dos portugueses. Bom, se você gosta de cultura e outros termos envolvendo a meritocracia portuguesa, é o seu livro, se não, sinto muito, só vai perder tempo.
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Nandavxr 03/12/2023

"Tudo passa sobre a terra."
É um livro bem poético e romântico, com várias falas de origem indígena "o que achei bem interessante".
Os personagens são sem sal e entediantes, então foi difícil terminar a leitura por conta disso. Mas eu gostei da leitura, da associação da Iracema com a América e do Martim com o deus romano Marte, o deus da guerra e da destruição.
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Juliane4 02/12/2023

Iracema é conhecido não apenas pela trama romântica, mas também pela linguagem poética e descritiva de José de Alencar. O autor utiliza um estilo literário conhecido como indianismo, que idealiza a figura do indígena e explora a relação entre colonizadores europeus e povos nativos.
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Mylena.Paula 25/11/2023

Chato e colonizador
Nem eu que sou uma grande defensora da leitura de clássicos aguentei esse livro... linguagem chata, visão romantizada da colonização e uma grande balela romântica entre o indígena e o branco... mas como é clássico, é importante a leitura
JP_Felix 18/12/2023minha estante
Eu sou completamente contra passar a mão na cabeça de uma obra pq ela é importante. P mim a obra tem q se sustentar com as próprias pernas, justamente por ser um clássico é q p mim tem q ter um padrão de qualidade mais alto q o comum




Dudu 24/11/2023

Iracema
Iracema tem um enredo bastante interessante no sentido de aprendermos mais sobre as cultuas indígenas, apesar de não saber ao certo o que foi invenção de Alencar e quais hábitos ele de fato aproveitou das suas pesquisas. A questão da Iracema ser uma espécie de sacerdotisa, por exemplo, guardando o "segredo de jurema", o líquido que os indígenas usam para ter sonhos vívidos, ou a maneira como Poti ensina Martim a deixar um caranguejo transpassado pela flecha como forma de indicar a Iracema que ela não deve avançar, são coisas realmente enriquecedoras, expandem nossa mente sobre o modo como o outro enxerga o mundo. Eu sinceramente não tenho muita paciência para me adaptar a um vocabulário diferente, mas isso não me impediu de formar uma ideia geral do andamento da história, ainda que parte ou outra tenha passado meio borrada (culpa minha pela preguiça). O que me chamou atenção são as comparações das ações humanas com os hábitos dos animais ou das plantas, algo recorrente também nas falas de Peri em O Guarani. Aqui, diferente de lá, todos os personagens usam desse artifício — além do narrador —, o que deixou isso meio enfadonho, cansativo, já que a cobertura acabou virando a massa, mas o próprio Alencar percebeu isso, considero bem honesto da parte dele os apontamentos que fez no posfácio. De modo geral, é um livro enriquecedor para quem quer conhecer um modo como se tentou elaborar uma espécie de "mito fundador" da nação (mais especificamente do Ceará), mas o enredo em si não é muito dinâmico, não, apesar de ser curto. Daí vai para gosto pessoal mesmo. Não é um livro que eu gostaria de reler no futuro, mas foi uma experiência legal.
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Neblom 23/11/2023

Iracema
Li para um trabalho da escola, ate que achei bem interessante, gostei da história e do jeito que ela é expressada
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13marcioricardo 15/11/2023

Iracema
O homem é um eterno insatisfeito.

No último livro que li ( Ratos e Homens ) queixei-me que todos falavam mal e que é um suplício ler um livro inteiro assim.

Pois aqui é o contrário. Um exagero de erudição. Muito forçado. Entendo as palavras caras, as indígenas, mas é muita afetação. É demais, um estilo que nos afoga em enfado.

Para uma obra que faz questão de diversificar os vocábulos, achei a palavra seio muito repetida. Não sei se entendi ou se há algo a entender.

Em todo o caso acho que vou procurar os filmes desses dois livros.
Carolina.Gomes 17/11/2023minha estante
Alencar é o rei do palavrório rebuscado.
Steinbeck usa essa linguagem tb em as vinhas. Linguagem dos caipiras do sul dos EUA.
Imagina vc lendo Flores p Algernon. ?


Pavozzo 17/11/2023minha estante
Abaixo-assinado para o Márcio ler os primeiros capítulos de "Flores para Algernon" e publicar aqui AO VIVO suas reações. ??


Carolina.Gomes 17/11/2023minha estante
???


13marcioricardo 17/11/2023minha estante
Que é isso gente ? ? Já li esse livro, muito bom kk A diferença é que nesse é só um personagem enquanto no Ratos e Homens são todos kkk


13marcioricardo 17/11/2023minha estante
Carolina, é o segundo que leio do Alencar. Gostei do Senhora. Estou curioso pelo Guarani tbm.




Jesnner 14/11/2023

É histórico, mas...
Iracema, escrita por José de Alencar em meados do século XIX, é uma obra datada. Representa um recorte importante da literatura brasileira e corresponde a um momento inicial, indianista do romantismo no Brasil.

Esse movimento literário, marcado pela exaltação do indígena, elevado ao papel de "herói" nacional, só que feita pelo homem branco, das cidades, carregando uma série de estereótipos em relação aos povos indígenas. A obra, considerada uma das grandes de José de Alencar, apresenta tudo isso com em uma escrita cheia de metáforas e outras figuras de linguagem.

Sendo sincero, do ponto de vista do prazer da leitura, de pegar um livro e simplesmente ler para passar um tempo e viajar no texto, curti o romance Iracema muito pouco. Respeito a obra e o seu peso histórico, destacado em parágrafos anteriores, contudo, a experiência de ler o texto não foi das melhores.
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eduardafelicci 13/11/2023

Se o mano José soubesse do ódio q eu tenho desse livro, ele nunca teria lançado odeio tudo nele, todo meu apoio a quem leu e quis se matar depois
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Jackson 13/11/2023

Iracema é nossa Pocahontas tupiniquim, bem mais interessante por se tratar de uma lenda do Ceará. Um romance trágico e cheio de percalços por conta da leitura rebuscada, mas que termina com uma linda história de origem.
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pietrasilveirac 08/11/2023

Li por causa da escola então...
Achei bem difícil de entender (todas as minhas amigas que leram também), a história é legal, mas a linguagem é difícil, por ser um livro clássico né (eu acho) também não é meu estilo de leitura, por isso a nota. As palavras não são difíceis mas o jeito em que a história é contada sim, tive que ver resumo pra entender do que se trata. A única coisa que eu entendi enquanto lia é que a Iracema era a "Virgem dos lábios de mel", fala a cada 3 palavras.
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Leonardo896 06/11/2023

Legal
Livro pequeno e de capítulos pequenos porém com uma leitura um pouco complicado, principalmente pela quantidade de termos indígenas, sempre com notas explicativas. Achei interessante justamente por trazer esse contexto da cultura indígena, assim como das origens do estado do Ceará, mesmo assim foi uma leitura um pouco lenta, a história não prende muito.
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Lucas1429 06/11/2023

Ainda somos filhos da dor
A obra é inteiramente recheada de termos indígenas e destaques à paisagem nacional: esse cenário é o que demonstra ser um dos pontos mais importantes da obra, além de algum conhecimento da cultura indígena.

Mas o livro inteiro soa um artificialismo que não convence. Gonçalves Dias tinha consciência disso, como se depreende na sua Carta ao Dr. Jaguaribe:
Sem dúvida que o poeta brasileiro tem de traduzir em sua língua as ideias, embora rudes e grosseiras, dos índios; mas nessa tradução está a grande dificuldade; é preciso que a língua civilizada se molde quanto possa à singeleza primitiva da língua bárbara; e não represente as imagens e pensamentos indígenas senão por termos e frases que ao leitor pareçam naturais na boca do selvagem. (...) O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura. Ele nos dá não só o verdadeiro estilo, como as imagens poéticas do selvagem, os modos de seu pensamento, as tendências de seu espírito, e até as menores particularidades de sua vida.
Mas nada soa natural nessa obra, e sim, bastante artificial. O público letrado tem o gosto romântico e não aceitaria a história de outra maneira. Hoje, esse tipo de literatura mais entedia o leitor moderno do que entretém.

Há certos trechos da obra que parecem não fazer sentido, como Martim que faz um rito de guerreiro ao deus Tupã: ele apostatou-se e deixou de ser cristão? Não é o que se indica ao fim da obra, em que seu irmão Poti é batizado: isso, suponho, mais parece querer demonstrar um honroso intercâmbio entre o índio e o português, amizade esta que formaria uma identidade do povo brasileiro.

Talvez essas pequenas contradições sejam os senões que José de Alencar diz na mesma carta citada acima de que percebeu ao reler a obra, mas o fato de ter publicado a obra às pressas não o permitiu uma revisão.

Bem ou mal, esta principal obra do movimento indigenista tem inspirações históricas: Martim Soares Moreno realmente existiu e participou da exploração da capitania do Ceará, onde conheceu Poti, que depois do batismo veio a se chamar Antônio Felipe Camarão. É hoje reconhecido e honrado como capitão-mor do Ceará, e teve um papel fundamental no reconhecimento do Tratado de Tordesilhas, vez que este lutou pela coroa lusitana expulsando os holandeses que ali haviam naquelas terras.

É necessário numa história mítica buscar certas origens históricas. Na história antiga os gregos tiveram como mito fundador a guerra de Tróia contada na Ilíada de Homero. Também outros países buscaram inspirações em histórias reais para se contar histórias míticas de homens excelentes (na espanha, El Cid; na França, Amadis de Gaula). Esse tipo de história parece apresentar um tipo de história honrosa e propor como modelo de humano um certo tipo de "homem excelente" perante o qual serve de modelo para uma unidade nacional.

Não poderia ser diferente em nosso país: recentemente declarado a independência, o chamado movimento indigenista buscou nos elementos da terra e no índio os materiais para identificar esse tipo de modelo de herói. Por isso, apesar do nome de Iracema, penso o personagem principal ser realmente Martim. Iracema é, de fato, muito passiva nessa história, sofrendo e padecendo durante todo o percurso. É como que "raptada" (algo como o Rapto das Sabinas) por Martim e nessa união é que se formará o povo brasileiro: Moacir, isto é, o caboclo, é quem é proposto como a raça brasileira.

O problema da raça não era pequeno para a época: a identidade nacional, como se entendia, supunha uma unidade de um povo; esta unidade compunha-se também por uma certa unidade racial (que depois da genética e sobretudo das consequentes grandes guerras do século XX isso tudo veio a cair por terra, mas era algo que preocupava na época: lembram-se da teoria do embranquiçamento que Pedro II chegou a adotar?).

Mas apesar das paisagens e o conhecimento das línguas indígenas, apenas o agrupamento de elementos materiais não é suficiente para a formação de uma unidade nacional. Esta questão permaneceu em aberto e creio que essa tentativa artificial acabou atraindo mais tarde sátira ao indigenismo: o herói sem caráter, Macunaíma de Mário de Andrade.

***

Eu vejo um paralelismo muito claro de inspiração bíblica nessa obra. Quando Iracema dá a luz a Moacir, que quer dizer "filho da dor" isto lembra muito bem à passagem de Raquel, que morre para dar a luz à Benjamim, nome dado por Jacó que quer dizer, grosso modo, "filho da alegria". Mas antes desse nome, Raquel havia lhe chamado de "filho da dor", isto é, Benoni (Gênesis, 35;16-20):

E partiram de Betel. Quando estavam a pouca distância de Éfrata, Raquel deu à luz, e o seu parto foi penoso. Durante as dores do parto, a parteira disse-lhe: “Não temas, porque ainda terás este filho”. E, estando prestes a render a alma – porque estava já agonizante – ela chamou o filho de Benoni; o seu pai, porém, chamou-o Benjamim. Raquel expirou e foi sepultada no caminho de Éfrata, hoje Belém. Jacó erigiu uma estela sobre seu túmulo; é a estela do túmulo de Raquel, que existe ainda hoje.
Ou seja, Iracema é como Raquel e Martim como o Jacó (Israel), desta nova terra brasileira. Nada como a força alusiva para enaltecer uma narrativa mítica. Mas isso deixa alguns pontos em aberto: Moacir é o filho da dor. Quando será filho da alegria?

O movimento indigenista trouxe a conhecimento os elementos materiais com toda a força de comparações e apresentações da linguagem indígena. Mas isso não foi suficiente para dar de fato uma identidade nacional. A obra também ignora por completo a miscigenação negra (não esquecida na Batalha dos Guararapes, esta ideia sim traz uma ideia de unidade nacional na confluência do europeu, do ameríndio e do africano). O que é ser brasileiro?

Iracema, nossa Raquel, morreu e confiou seu filho caboclo ao europeu. De fato, mesmo depois da independência brasileira nós fomos regidos por legislação portuguesa (utilizamos as Ordenações Manuelinas até o advento do Código Civil de 1907, que diz muito mais sobre o esquadro legal sobre o qual ditamos os nossos usos e costumes). Isto é, o espírito do europeu, muito mais do que do índio foi o que determinou as decisões de império desta terra, cujos elementos materiais formaram o desenho sobre o qual este espírito animou o povo.

José de Alencar tentou articular esse espírito "europeu" com os elementos que encontrava como sendo as diferenças específicas da nossa terra. Não é tarefa fácil, por isso o esforço é louvável, mas não creio que rendeu grandes frutos: não convence.

Mas ainda hoje quando lembramos de algo que nos alegra sobre a nossa identidade nacional, dizemos sobre a grandeza territorial, a beleza de nossas paisagens, a cultura diversificada... "é lindo, mas tem um povinho..." todos nós ouvimos isso alguma vez na vida, não é mesmo? São sempre os elementos materiais da nossa terra que povoam nossa imaginação com a alegria de ser brasileiro... isso sim eu acredito que é um contributo que começou inicialmente do esforço deste movimento indigenista.

Mas somos ainda filhos da dor. Ainda hoje não nos entendemos como brasileiros: não entendemos ao certo a característica distintiva de nosso espírito.

site: https://comolerlivros.blogspot.com/2023/11/iracema-jose-de-alencar.html
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