Letra e Música

Letra e Música Ruy Castro




Resenhas - Letra e Música


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Daniel 19/09/2022

Crônicas
Um livro para ler durante o ano. A conta gotas. Uma crônica por dia. Funciona como uma panacéia que alivia aquele peso na consciência de não ter lido.
Não teve tempo de pegar aquele romance te encarando na mesinha de cabeceira? Sem problemas, leia duas pagininhas desse livreto que passa.
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Klelber 20/02/2021

Crónicas...
Eu gosto de mais de crônicas, eu nunca tinha lido nada de Ruy Castro, comecei bem.
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Marina.Bergman 12/11/2020

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João 04/02/2019

Letra e Música - Ruy Castro

Em “Letra e Música” encontramos uma série de crônicas ou de curtos ensaios a propósito da música popular e da literatura.

Ruy Castro escreveu tais crônicas entre os anos de 2009 e 2013 para o jornal Folha de S. Paulo. Em 2013, a editora Cosac Naify reuniu os textos na coletânea “Letra e Música”. A coleção de crônicas se divide em dois pequenos volumes, um dos quais destinado ao universo da música popular e o outro ao mundo literário. Ambos os volumes, intitulados respectivamente de “A canção eterna” e a “Palavra mágica”, contêm individualmente 64 pequenas crônicas.

Mas não nos enganemos: os textos não tratam propriamente do fazer musical ou literário. Não há ali a pretensão de tecer comentários acadêmicos a respeitos do universo musical e literário. Tampouco se pretendeu uma exposição didática a propósito da evolução do saber artístico nestes dois campos específicos da arte (música e literatura).

As enxutas crônicas de Ruy são mais um apelo às curiosidades presentes nos bastidores da música popular ou do fazer literário. Trata-se frequentemente de um apanhado de pequenos fatos acerca da vida de músicos e escritores, fatos esses desconhecidos do grande público, mas que são resgatados divertidamente pelo faro biográfico de Ruy Castro.

No que tange à música popular, Ruy mostra-se um exímio conhecedor da cultura musical brasileira, resgatando nomes e obras desde muitos antes da formação da chamada “música popular brasileira”. Faz incursões também na atmosfera musical estrangeira, notadamente do jazz e do tango, mencionando artistas e obras.

No tocante à literatura, Ruy adverte: suas crônicas exibem uma fauna bem diversificada do mundo das letras, indo das “bulas de remédio” até a alta literatura. Os textos comumente abordam o fazer jornalístico, expondo os traços biográficos de importantes profissionais do jornalismo, bem como suas marcas literárias.

Sobretudo, os textos são uma boa pedida para quem está predisposto a conhecer fatos curiosos, pouco conhecidos do público em geral, envolvendo artistas e suas respectivas obras, narrados divertidamente por Ruy Castro.

De lambuja, o leitor ainda depara com um sem-número de nomes da música popular e do fazer literário, cujas alusões feitas por Ruy estimulam o desejo de conhecer-lhes mais profundamente a vida e a obra.

Boas leituras (e boas músicas)!


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Núbia Esther 30/07/2018

Ruy Castro é conhecido por sua produção de biografias (são deles as de Nelson Rodrigues e Carmem Miranda) e por seus livros de documentação histórica, como o ótimo Chega de Saudade no qual retraça os caminhos que levaram ao surgimento da Bossa Nova. Ele também teve passagem por importantes veículos da imprensa até a década de 90 quando passou a se dedicar aos livros. De volta aos jornais, desde 2007 Ruy publica crônicas na coluna que assina quatro vezes na semana no jornal Folha de São Paulo. Letra e Música, publicado pela extinta Cosac Naify, traz um compilado de algumas de suas crônicas e ensaios publicadas entre 2007 e 2013.

O livro é composto por dois volumes com 64 pequenos textos em cada. No primeiro, A Canção Eterna, estão os textos do Ruy apaixonado por música:

“Este autor se arrisca a morrer de amor pela música, tal a promiscuidade com que circula pelos mais diferentes gêneros.

(…)

Todos esses conceitos e preconceitos estão presentes em A canção eterna, e o autor não se vangloria nem se envergonha deles. Cada pessoa reage à música à sua maneira, e a sensação de deleite que ela provoca costuma ser pessoal e intransferível. Então, por que escrever a respeito?

Porque escrever sobre música é a única alternativa para os que não são capazes de produzi-la. “(Volume 1, Página 7)

Na maioria dos textos, Ruy discorre sobre a música do ponto de vista cotidiano, da relação do homem com a música e seus derivados e não faz ou tem interesse em fazer críticas musicais. Os marcos importantes do campo musical, as lendas que se propagaram no boca-a-boca, as múltiplas faces do carnaval carioca, o uso indiscriminados da denominação MPB como rótulo para toda a música brasileira, o uso desenfreado do auto-tuning e dos playbacks, a verdadeira história por trás da lenda da criação da bossa nova, o ativismo ecológico do Tom Jobim. Como deixado claro pelo autor, é claro que suas preferências musicais (e os preconceitos também) transparecem em alguns textos, em alguns Ruy chega até mesmo a escarnecer de alguns ritmos e músicas, mas nada que diminua a beleza reflexiva de alguns de seus textos. Grande parte deles são espécies de homenagens póstumas, obituários repletos de cadência textual e sonoridade.

No segundo volume, A Palavra Mágica, estão compilados os textos sobre literatura e jornalismo:

“Dentro de suas limitações – a palavra escrita e tudo o que a cerca –, o livro se pretende variado. Fala de escritores que não precisaram escrever, de um poeta que se passou por outro (por motivo nobre), de uma estante agonizando como um animal de grande porte, de como o lápis pode ser mais rápido que o computador e da noite em que João Cabral de Melo Neto e Chacrinha se abraçaram aos soluços na Fiorentina. Entre outras atrações. “(Volume 2, Página 7)

O desaparecimento de uma língua, a escrita a mão em extinção (será?), o túmulo beijado de Oscar Wilde, Charles Dickens, os direitos autorais e os primeiros levantes contra a pirataria, o “saneamento” das obras na era do politicamente correto. Como no primeiro volume, neste também são recorrentes as homenagens póstumas. Leitores e amantes do mundo da palavras se identificarão com muitas das situações narradas por Ruy e é possível até mesmo angariar algumas sugestões de leitura.

No primeiro volume ele destila seu amor pela música, no segundo ele expressa seu encanto pelas palavras. E em meio a isso tudo, em uma mistura de cantores e autores, música e livros, ritmos e páginas, notas e palavras, sobra espaço até mesmo para a política, o cinema e o futebol.

[Blablabla Aleatório]

site: https://blablablaaleatorio.com/2018/03/02/letra-e-musica-ruy-castro/
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jota 14/12/2016

Ruy Castro para presidente...
Letra e Música é um livro-objeto (de plástico vermelho) que simula um porta-cadernetas (ou agendas), trazendo dois pequenos volumes (como se fossem cadernetas, obviamente), na verdade dois livros de bolso (formato 12 x 17) do bom e velho Ruy Castro. Coisas da finada editora Cosac Naify...

(Nunca gostei muito de livros com sobrecapas, das caprichadas da Cosac Naify ou de qualquer outra editora, pois elas sempre acabam se estragando facilmente, nem aprecio algumas invenções que mais atrapalham do que ajudam na hora de colocar o volume na estante, caso de Zazie no Metrô, por exemplo. Numa rápida comparação, acho que sou mais Companhia das Letras do que Cosac Naify).

Cada livrinho de Ruy Castro tem exatamente 144 páginas; da mesma forma A Canção Eterna (volume 1) e A Palavra Mágica (volume 2) trazem exatos 64 pequenos ensaios sobre, claro, música popular e literatura e jornalismo. Todos os textos foram publicados antes na Folha de São Paulo entre 2007 e 2013.

Para quem gosta de boa música e boa literatura, de informações ou casos curiosos, engraçados ou nem tanto envolvendo artistas e autores brasileiros e estrangeiros, os ensaios proporcionam agradáveis horas de leitura. Não tantas assim, pois é possível ler os dois volumes praticamente num único dia: depende do leitor.

Quem conhece Ruy Castro sabe que ele dispensa apresentações: é um excelente biógrafo, ensaísta e colunista. Ignorá-lo e a seus livros diz muito sobre os hábitos musicais e literários dos brasileiros, não muito saudáveis nos últimos tempos. RC não diz isso claramente, apenas nas entrelinhas. Mas o que se poderia esperar do gosto literário e musical de um povo que elegeu Dilma e Temer e tantos políticos corruptos nos últimos tempos e parece não se importar tanto assim com isso?

Lido entre 11 e 13/12/2016.
Thiago Felício 10/01/2017minha estante
Excelente resenha


jota 10/01/2017minha estante
Bondade sua, Thiago, mas agradeço.




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