Lys 18/10/2015Ficção científica de ótima qualidade!!Depois de uma longa jornada por dois livros que não me agradaram tanto neste início de Outubro (exceto pela HQ Vampiro Americano, que tem resenha aqui no blog), resolvi relaxar me enveredando mais uma vez pelo mundo da ficção científica (e já adianto que aqui ela é de muito boa qualidade). Indicada pelo Amauri para que eu visse, em suas palavras, "como a ficção cinetífica deve ser", iniciei minha viagem pelo mundo de Planetary.
E agora eu estou esperando que ele me diga onde estão os outros volumes da série porque eu preciso muito entrar nesse mundo doido novamente!
Então, a história de Planetary gira em torno dessa organização que está buscando esclarecer fatos que ocorreram durante todo o século XX. O ponto aqui, é que os fatos não são qualquer coisa, são verdadeiros achados!
Tudo começa quando a agente Jakita Wagner, que já está trabalhando para a Planetary por cerca de quatro anos, recruta o Dr. Elijah Snow para integrar sua equipe de trabalho. Essa equipe é bastante heterogênea, na minha opinião. O Dr. Snow é super fechado e me pareceu ter uma aura de mistério envolvendo todo o seu tempo de vida (achei ele bastante recluso). O segundo integrante, que é nomeado como O Baterista (sim, é somente isso mesmo), me parece ser um cara super inteligente, apesar de ter alguns comportamentos típicos de um doido varrido. A Jakita, com aquele discurso de que entrou para a Planetary para se livrar do tédio (não é bem isso o que ela fala, mas é o que dá a entender), não sei não... Acho que aí tem mais coisa. E ainda temos um quarto membro misterioso que ninguém sabe quem é, pois ele nunca aparece fisicamente na história. O fato é que, pela modesta quantia de US$ 1 milhão de dólares por ano trabalhado, o Dr. Snow aceita o trabalho e juntos, os três começam a dar forma a história.
E que história! Sabe quando o autor escreve algo que te prende? Foi exatamente o que aconteceu comigo em Planetary. Eu fiquei tão empolgada com a leitura que realmente anotei alguns pontos da história que batem. Por exemplo, uma certa quantidade de dimensões, uma certa quantidade de ângulos e o nome fofinho de um grupo terrorista. O autor não joga na sua cara toda a história, pelo contrário, deixa um monte de pontas soltas que, segundo o Amauri se ligarão brilhantemente no final.
Mas o que eu acredito que tenha me deixado bastante satisfeita foi a linguagem utilizada por ele. Nada de explicações desnecessárias, nada de palavras esquisitas e enredo difícil só porque estamos diante de uma ficção científica. Muito pelo contrário! A linguagem flui, os quadrinhos eu achei muito bem desenhados (apesar de não ser expert nessa área) e os capítulos são muito bem escritos.
Não dá pra contar muito mais em uma resenha desse quadrinho, porque senão vou acabar entregando a história. O que posso dizer é que de todos os capítulos os que mais me chamaram a atenção foram a história do policial e a da nave alienígena. Nesta última, a posição tomada pelo Sr. Wilder só porque "é o certo a se fazer" foi emocionante.
Como não podia deixar de apontar, o diálogo que mais me encantou nesse quadrinho foi este entre o Sr. Wilder e O Baterista (ele está dentro de um contexto, que não vou colocar para não entregar a história):
" Sr. Wilder: Sou a primeira. Preciso achar outras seis.
O Baterista: Mas por quê?
Sr. Wilder: Porque é a atitude correta."
Enfim, recomendo muito a leitura de Planetary. Acredito que quem ler este primeiro volume terá o mesmo interesse em continuar os próximos. Eu não vejo a hora!!
site:
http://www.leiturasdemarie.com.br/2015/10/resenha-quadrinhos-planetary-volume-1.html