Resenhas - Memórias de um sargento de milícias

Diagora.Liara 30/12/2023

Leve e divertido
Uma leitura gostosa e divertida, personagens envolventes com um lado travesso de criança sapeca! Clássico leve!

eileen.achinelli 29/12/2023

Muuuito confuso???
Tudo começa com uma árvore genealógica extremamente longa e confusa. Já começa desse jeito aí.
A linguagem é um pouquinho difícil e o livro é beeem descritivo, mas acho que esse era o objetivo.
A história é muuuito arrastada e tem hora que tu tá lendo mas parece que não tá.
Pra entender o que esse livro tá querendo dizer tive que dar um google, e mesmo assim fiquei um pouco perdida. Não consigo nem explicar direito nessa resenha o quanto eu fiquei confusa com esse livro.
E sabe o que é o pior de tudo? A história parece ser muito boa, mas essa árvore genealógica doida deixa muito difícil de entender. Pelo menos comigo foi assim? No mais, é isso.

Michele 29/12/2023

Li o livro há muitos anos para o vestibular, me encantei pelo livro, a leitura na época foi muito divertida e me incentivou a assistir uma peça baseada no livro. Os HQ é bom, mas obviamente o livro, rico em detalhes e bem escrito, é muito melhor.

nanda :) 27/12/2023

Memórias de um Sargento de Milícias: quando o clássico vira história <3
“Aos foguetes seguiram-se, como sabem os leitores, as rodas. Nessa ocasião o êxtase da menina passou a frenesi; aplaudia com entusiasmo, erguia o pescoço por cima das cabeças da multidão, tinha desejos de ter duas ou três varas de comprido para ver tudo a seu gosto. Sem saber como, unia-se ao Leonardo, firmava-se com as mãos sobre os seus ombros para se poder sustentar mais tempo nas pontas dos pés, falava-lhe e comunicava-lhe a sua admiração! O contentamento acabou por familiarizá-la completamente com ele. Quando se atacou a lua, sua admiração foi tão grande que, querendo firmar-se nos ombros de Leonardo, deu-lhe quase um abraço pelas costas. O Leonardo estremeceu por dentro, e pediu ao céu que a lua fosse eterna; virando o rosto, viu sobre seus ombros aquela cabeça de menina iluminada pelo clarão pálido do misto que ardia, e ficou também por sua vez extasiado; pareceu-lhe então o rosto mais lindo que jamais vira, e admirou-se profundamente de que tivesse podido alguma vez rir-se dela e achá-la feia.”

Descobri esse livro pelo filme do Murilo Benício, apresentado pela professora de português -te amo, Eli!- e, quando descobri que era baseado em um livro e que havia uma edição na biblioteca da minha escola, emprestei na hora.

Eu sou obcecada por essa história. Pela forma que ela segue, pelos personagens, pela escrita. Tem alguma coisa nela que me prende, e, assim que você passa pelo português levemente antigo -apesar de não ser nenhum Machado de Assis-, parece que a história toma vida na frente dos seus olhos.

A história se passa na época da colônia, no Rio de Janeiro, e vemos as peripécias do Menino Leonardo, um menino levado e muito amado pelo seu padrinho. Apesar de todas as loucuras, como a madrinha tentando incriminar o José Manuel, ou o Leonardo tentando enganar o Major Vidigal, essa história parece real, que aconteceu em algum momento na história do Brasil. Tem aquela magia brasileira do personagem principal malandro, das ações exageradas e da base da comunidade ser a fofoca.

Esse é um dos aspectos que eu mais gostei da história: como o autor conta ela como se fosse uma grande fofoca. Antes de se tornar um livro propriamente dito, os capítulos eram folhetins de jornal, o que faz todo sentido, ter esse senso de contar as notícias do bairro. O autor conversa com o leitor, conta coisas apenas para nós, nos permite se aventurar nos pensamentos dos personagens e ri sobre eles com a gente. Apesar de ser um livro mais antigo, o português não é tão difícil e, depois que você se acostuma com as mesóclises e com os travessões que não voltam mas a fala continua, a leitura flui muito bem. De novo, parece que essa história é real, de tão bem que é escrita.

Dessa forma, foi inevitável minha paixão pelos personagens, em especial por Leonardo e Luisinha. Saber que ele achava ela feia antes! E ele se apaixona por ela aos poucos! E ele volta para ela! Lindo, lindo, lindo. Sabia que eles iam ficar juntos, e ver o amadurecimento dos dois junto com essas migalhas de romance foi o que eu precisava para curar onde doía. A cena que ele se declara para ela?

“— Pois então eu digo… a senhora não sabe… eu…. eu lhe quero… muito bem.
Lusinha fez-se cor de uma cereja; e fazendo meia volta à direita, foi dando as costas ao Leonardo e caminhando pelo corredor. Era tempo, pois alguém se aproximava.
Leonardo viu-a ir-se, um pouco estupefato pela resposta que ela lhe dera, porém não de todo descontente: seu olhar de amante percebera que o que se acabava de passar não tinha sido totalmente desagradável a Luisinha.
Quando ela desapareceu, soltou o rapaz um suspiro de desabado e assentou-se, pois se achava tão fatigado como se tivesse acabado de lutar braço a braço com um gigante.”

Isso, meus queridos, é romance! A sutileza, a vergonha, o açucarado primeiro amor… É perfeito. Apesar de não gostar, entendo que Leonardo tinha que ter seu relacionamento com Vidinha, para ele poder amadurecer e tudo mais, porém, Leonardo e Vidinha nunca serão Leonardo e Luisinha!

Acho que, o principal motivo para eu ter gostado de Vidinha, foi, justamente, porque ela tem desenvolvimento/personalidade. Assim como o padrinho, a madrinha, José Manuel, Leonardo-Pataca, Major Vidigal e por aí vai. Apesar de não vermos os detalhes deles, assim como vemos com Leonardo, eles não são bidimensionais; há algo além deles. Você consegue se conectar com todos eles, e se importa, e quer saber mais sobre eles. É uma delícia acompanhar essa história, com essas personagens que são realmente gostáveis -ou não.

Deve estar claro que eu gostei muito desse livro. E, mesmo o filme sendo completamente diferente do livro, ainda gosto dele. É engraçado como o filme tentou encaixar os acontecimentos principais do livro, mesmo que tudo torto. No filme, Leonardo nem é um adolescente! Porém, me deu a sensação de um universo alternativo, com os personagens que eu me apeguei em um outro contexto, e eu gostei de ambas narrativas. Obviamente, nada supera o livro, mas veria o filme novamente, com certeza!

Acho que a leitura de clássicos deveria ser assim: prazerosa. Que os leitores sejam capazes de ver além do vestibular, e encontrar a história, os personagens, o amor do autor por aquela narrativa. Sou a favor de ler clássicos nas escolas justamente por experiências como essa daqui, onde eu nunca encontraria esse história querida se minha professora de português não tivesse me apresentado. É necessário que, além de ler um livro pois seus temas podem cair no ENEM, as pessoas leiam clássicos por suas histórias. Se eles são clássicos, livros que sobreviveram pelo tempo e ainda são relevantes, é por um motivo!

Lívzz 17/12/2023

Muita expectativa
Assisti um resumo sobre o livro para fazer uma prova e acabei me interessando.
Comecei a leitura com a expectativa que seria um livro engraçado e fluido, porém me decepcionei.
Possui pouquíssimos diálogos e exagero nas descrições de personagens e situações, além de vários momentos o autor dizer ser desnecessário contar algum fato e segundos depois estar falando detalhadamente sobre o assunto.
Como algumas pessoas, também achei que o final foi bem corrido.
Leitura difícil e muito lenta.

rafa_._cardoso 14/12/2023

Livro muito divertido e para se pensar
Um livro muito divertido que narra a história de Leonardo, uma criança que é abandonada pelos pais ainda pequena e é criada pelo padrinho, o barbeiro (muitas personagens não possuem nomes narrados ou, quando são, são apelidos).

O menino cresce aprontando todas e causando muita confusão, criando dificuldades para seu padrinho. Como dito, o padrinho era barbeiro e já tinha sido militar, mas possuía um bom dinheiro herdado de uma forma... (lendo é legal de entender) e seu maior desejo era transformar Leonardo em um padre para que ele vivesse uma vida honrada.

O futuro de Leonardo, entretanto, segue por outros caminhos.

É uma leitura excelente!!!

Jorge Luiz da Silva 12/12/2023

Leonardo em detalhes no século XIX
Uma boa história que se passa no século XIX. O escritor Manuel Antônio de Almeida conta alguns detalhes importantes da vida de Leonardo...

Tamiris Fornazari 11/12/2023

?É sempre assim que sucede: quereis que nos liguemos estreitamente a uma coisa? Fazei-nos sofrer por ela.?

Lety Tate 06/12/2023

Clássico
O sargento de milícias é um livro clássico da literatura brasileira e, como muitos outros, parece um livro de crônicas em formato de fofoca que devia atrair muito os leitores da época... Não a mim. Nossa que chato, demorei meses pra terminar simples 200 páginas. E ainda dão um final "feliz" se baseando que vamos acreditar que o personagem mudou sem ter havido qualquer tipo de redenção do personagem, curva de mudança. É igual do começo ao fim. Sério. Vale a pena a leitura para conhecer a literatura brasileira e até fazer comparativos com a leitura nacional atual, mas como entretenimento não recomendo não.

Salim 01/12/2023

Nosso primeiro malandro
Reli, na verdade, uma adaptação curtinha do texto integral, realizada bastante a contento por Selma Rutzen.

Foi ótimo relembrar as peripécias de Leonardo, o primeiro malandro da literatura nacional, vindo antes até do famoso Macunaíma.

Leitura pra lá de divertida!

Suely Cristina 15/11/2023

Um anti-herói romântico
Um romance romântico muito diferente daqueles de José de Alencar, que nos dão a sensação de que naquela época era tudo um conto de fadas, com mocinhas virginais e mocinhos sempre dispostos a defender sia honra e salvar sua amada, como verdadeiros cavaleiros medievais.
Aqui a história é outra. Um retrato de como o chamado "jeitinho brasileiro" já reinava naquela época, ora por pura malandragem, ora por questão de sobrevivência mesmo.
Leonardo, fruto de "beliscão e uma pisadela" é o retrato de tanto a filhos que vieram ao mundo sem planejamento, que acabam sendo criados de qualquer jeito, muitas vezes sem amor. Apesar de sempre estar aprontando, cai nas graças das pessoas e acaba se dando bem.
Uma leitura muito leve, divertida, mas muito necessária, que nos faz refletir sobre muitos costumes da sociedade brasileira que perduram até hoje.

Cartola de Bigode 14/11/2023

Livrinho bom de ler.
O personagem principal é um completo vagabundo arruaceiro e ainda assim é interessante ver onde que as cagadas dele e eventos vão levar. A forma que o narrador interage com o leitor é muito boa e também engraçada em certos momentos.
Não tenho certeza porque não pesquisei sobre, mas fiquei com a impressão de que o autor tava querendo sacanear um poucos os romancista da época criando uma história divertida com personagens fora dos padrões de exemplar daquele tempo, mas que são bem mais próximos da nossa realidade do que alguns personagens idealizados da época.

Isa 12/11/2023

Memórias de um leitor de memórias de um sargento de miloc8as
Sempre fui aberta a novas temáticas literárias, sinto a vontade constante de provar do novo. Com essa leitura descobri o quão inovadora, provocativa e viciante são as obras da literatura brasileira.

É um bom início, porque depois de terminar a obra, entrei em uma pequena solidão por não poder compartilhar mais com Leonardo. Estamos estudando essa parte do romantismo brasileiro, e pude ler as características dessa geração deste livro.

Uma narrativa romântica e engraçada, com personagens bem característicos e desenvolvidos.

Meu sim para essa espetacular obra!

Jesraylanne 01/11/2023

Ô menino atentado
?Memórias de um Sargento de Milícias? é uma obra-prima da literatura brasileira escrita por Manuel Antônio de Almeida. Publicado originalmente em 1854, o livro é uma crônica da vida urbana no Rio de Janeiro do século XIX, retratando a sociedade e os costumes da época de forma satírica e irônica.

A narrativa é centrada na vida do anti-herói Leonardo, um jovem travesso que cresce em meio a trapalhadas e travessuras, tornando-se um sargento de milícias. O enredo se desenvolve com uma série de personagens cativantes e suas peripécias, pintando um quadro vívido da sociedade carioca da época, com seus vícios e virtudes.

O estilo narrativo de Manuel Antônio de Almeida é marcado por sua habilidade em criar diálogos espirituosos e uma caracterização rica dos personagens. A obra também aborda temas sociais, como a mobilidade social, a hipocrisia da elite e as dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora.

?Memórias de um Sargento de Milícias? é uma leitura envolvente e divertida que oferece um olhar perspicaz sobre a sociedade brasileira do século XIX e continua sendo uma peça importante da literatura nacional, apreciada por gerações de leitores.

EduardaMarquess 01/11/2023

A leitura não foi como esperava, acho que meu erro foi exatamente esse: esperar muito do livro.

A história se passa durante o Brasil imperial, vemos, narrado por alguém que está um pouco a frente, a partir das suas memórias.

Acho o desenvolvimento bem feito, contudo, o final achei meio vaga, foi deixado para resolver tudo nos dois últimos capítulos. Ok, teve uma construção por trás, mas não amarrada o suficiente ao meu ver.

Não consegui me prender a nenhum personagem, mesmo achando a construção deles bem feita.