Memórias de um Sargento de Milícias

Memórias de um Sargento de Milícias Manuel Antônio de Almeida




Resenhas - Memórias de um sargento de milícias


854 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


karine 30/08/2010

No começo foi um fardo, mas depois, abandonando todos os preconceitos e acustumando-me à linguagem complexa, o safado do Leonardo acabou me conquistando. Inesperadamente, o livro me emocionou, deixando uma cena marcada na minha memória.

"Aos foguetes seguiram-se(..) Nessa ocasião o êxtase da menina passou a frenesi; aplaudia com entusiasmo, erguia o pescoço por cima das cabeças da multidão (...) Sem saber como, unia-se ao Leonardo, firmava-se com as mãos sobre os seus ombros para se poder sustentar mais tempo nas pontas dos pés, falava-lhe e comunicava-lhe a sua admiração! O contentamento acabou por familiarizá-la completamente com ele. Quando se atacou a lua, a sua admiração foi tão grande que, querendo firmar-se nos ombros de Leonardo, deu-lhe quase um abraço pelas costas. O Leonardo estremeceu por dentro, e pediu ao céu que a lua fosse eterna; virando o rosto, viu sobre seus ombros aquela cabeça de menina iluminada pelo clarão pálido do misto que ardia, e ficou também por sua vez extasiado; pareceu-lhe então o rosto mais lindo que jamais vira, e admirou-se profundamente de que tivesse podido alguma vez rir-se dela e achá-la feia."
comentários(0)comente



Nah 03/09/2010

Não me agradei na leitura desse livro. Sempre na expectativa de um algo mais, nada emocionante. Só li até o fim por causa de um trabalho de escola. Não recomendo!
comentários(0)comente



Paty_Miranda 10/09/2010

Li a uns 2 anos atrás , mas me lembro que era muito engraçado . Leria outra vez .
comentários(0)comente



Johann 15/09/2024

O espírito do brasileiro evocado por Antônio de Almeida
Esta obra é verdadeiramente o livro do brasilleiro, patrimônio imaterial de nossa já riquíssima literatura, que vem para somar em quantia grande neste quesito. Sendo este o primeiro a ser publicado por um brasileiro em território do Brasil parece que este livro ou definiu como um brasileiro deve agir ou então, foi um retrato muito bem feito da nossa sociedade cujos traços têm se mantido desde a época colonial, traços estes que não nos deveriam servir de fardo, mas como traço identitário de nossa gente, verdadeiramente digo isto porque várias situações do livro ainda hoje nos podem ocorrer, mesmo que tenha ele sido escrito em época tão distinta, o espírito do brasileiro permanece o mesmo.
A figura do malandro, que apronta traquinagens e que "se mete em frias" é representado por Leonardo que quando não está procurando encrencas elas o procuram. A vida para ele não é fácil, mas parece que ele faz questão de torná-la mais difícil ainda.
Acompanhando a vida de Leonardo desde seus primeiros passos até quando ele se torna um homem, cria-se pelo personagem uma empatia e carinho, e ler a vida de Leonardo deixa de ser uma leitura qualquer, e passa a ser tão relevante quanto querer saber sobre a vida de um amigo.
Este livro de fato é uma preciosidade, uma jóia de nossa literatura, sua escrita é um tanto complexa em algumas partes e confesso que também tive de recorrer ao dicionário em alguns momentos e em outros fui salvo pelas notas de rodapé que "ai de mim" se elas não existisem.
A primeira edição deste llivro que comprei no sebo de minha cidade era uma edição da Ática e tinha um "quê"a mais para pré-vestibulandos, já a segunda edição foi uma que comprei da Antofágica , e que edição maravilhosa, a apresentação é muito boa e os comentários e textos no final do livro compensam muito a atenção do leitor que se interessa pela literatura brasileira. Esta edição (1a edição - Antofágica) conta também com um lindo marca páginas e ilustrações maravilhosas, mas que remetem mais a década de 20 ou 30 do que exatamene aos tempos coloniais onde a história se desenrola.
Sinceramente, considero este um livro indispensável, do qual ninguém pode passar para o além vida sem ter lido, principalmente se for um brasileiro. Garanto com a leitura deste livro, boas risadas e momentos de vergonha alheia, momentos de tristeza e emoção e um final que deixa a todos com lágrimas nos olhos e é só quem chega até o final que vai entender o título deste livro.
comentários(0)comente



Joubert 27/06/2010

Era do tempo do Rei,
Recomecei tantas vezes a ler esse livro que essas cinco palavras iniciais ficaram marcadas a ferro na minha memória.
comentários(0)comente



Fernanda 10/01/2010

Gostei desse livro, mas não leria novamente por falta de evolução e ritmo lento na condução da história.
comentários(0)comente



Claudia 06/10/2011

Amo este livro, nem mesmo eu entendo, mas amo este livro
comentários(0)comente



Lucas 03/04/2011

Romance sem fatansia
Assim como mencionava na sinopse do livro ele apesar de ser escrito no período do romantismo, não é um romance fantasia, ou melodramático, pelo contrário, mostra-se bem real. Sua linguagem não é de forma alguma chata, rebuscada, é muito fácil lê-lo e entendê-lo. Recomendo ótimo livro, além de cair nos vestibulares, por sinal esse ano na UFSC.
comentários(0)comente



Vanice 17/04/2011

A obra de Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias, destaca um período importante da história do Brasil, e abre para uma nova visão da literatura brasileira. O leitor já se depara com um título que se chama memórias mas o romance não é narrado pelo personagem Leonardo, e sim por um narrador onisciente em terceira pessoa, que tece comentários e digressões no desenrolar dos acontecimentos. O termo “memórias” refere-se à evocação de um tempo passado, reconstruído por meio das histórias por que passa o personagem Leonardo.
Obra que foge aos padrões vigentes e mostra passo a passo como é a formação de um brasileiro representado por Leonardo,livro muito rico de se ler.
comentários(0)comente



Pedro 15/05/2011

Um bom clássico da literatura nacional
Memórias de um Sargento de Milícias narra a vida de Leonardo e seu pai, Leonardo-Pataca, além de suas desventuras com o major Vidigal. Leonardo (pai) era um meirinho que, após descobrir que sua mulher o traia e que fugiu com o amante, abandona o seu filho, sendo ele criado pelo seu compadre.
O livro, mesmo pertencendo a época do Romantismo, não apresenta as características típicas dessa escola, se aproximando mais do Realismo. Ele até zomba do sentimentalismo exagerado, tendo um trecho que o narrador diz que o romântico da época em que foi lançado era o babão da época que a história passava. A linguagem é até fácil se comparada com os outros livros da época. Mas o ponto forte do livro é o humor, eu não soltei gargalhadas com ele, mas deu para rir um pouquinho com alguns trechos.
Recomendo que os que o lerem não o façam por pressão e obrigação, essa é uma leitura curta, porém deliciosa, que mostra que a literatura clássica brasileira não é tão ruim como parece.
comentários(0)comente



Debie 09/05/2011

Um romance DAQUELES!

Acho que não me encanto com um livro assim desde... Bem , não faz tanto tempo assim, mas desde o Auto Da Barca Do Inferno. A literatura brasileira (ou, em outras palavras, os livros antigos que a gente estuda em Literatura) não me atrai muito, mas alguns realmente me surpreendem.


Então, vamos começar logo essa resenha com bastante classe...


Era no tempo do rei. Uma época totalmente diferente, com costumes diferentes, gostos diferentes, e uma cultura muito mais voltada à vida diária da burguesia portuguesa... Mas parece que aquela bendita pessoinha que decide se uma pessoa vai ter sorte na vida ou não é a mesma. De modo que, no meio de tudo isso, dos costumes antigos, da sociedade parcialmente nobre que então vivia no Brasil, nasce Leonardo – só que, sabe aquela pessoa que eu falei antes? Aquela que decide a sorte das pessoas? Parece que ela não está muito do lado dele, não. Filho de um meirinho (que hoje seria o tal do oficial de justiça) português com fortes inclinações a romances nada prudentes, e uma saloia (aldeã das imediações de Lisboa) muito das safadas, nada mais podia dar errado na vida dele. É claro que, incrivelmente, podia sim! O moleque era uma peste! Sempre a fazer diabruras pela vizinhança, atormentando de tal modo a vida das pessoas dali que ninguém lhe gostava.

Logo no começo do livro, já vemos a coisa ficar feia. A mãe do garoto, das mais levianas, entra de caso com tantos quanto se pode contar, e, numa última “escapada”, é pega em flagrante pelo marido. Tiro e queda: ele fica verde de cólera e avança para cima dela. O padrinho tenta intervir, mas o caso é que ele quase apanha, e o homem, Leonardo-Pataca, sai de casa soltando fogo pelas ventas. Quando ele volta, na maior pompa, se fazendo de difícil, descobre o inesperado: a mulher fugiu com o capitão do navio que os trouxe ao Brasil, abandonando tudo. Deu no que deu: decidiu ele que também abandonaria tudo, e o filho ficou aos cuidados do padrinho.


A partir daí, começa a narração das trapalhadas de Leonardo-Pataca e seus amores descabidos, das peripécias do pequeno Leonardo e seus próprios amores quando jovem.


O livro é incrível! O início é bem difícil, tenho que admitir, e eu tive que começar a ler tudo de novo porque, além das palavras difíceis que não ajudavam em nada, não estava prestando lá muita atenção. Em Literatura a professora costuma falar que ele escreveu tudo numa linguagem fácil e leve, só que, vamos lá, naquele tempo “fácil e leve” não tinha a mesma conotação que tem hoje. Entretanto, depois dos primeiros capítulos, a leitura se torna extremamente agradável e divertida, com direito a gargalhadas bizarras (no meu caso). Esse foi o único romance de Manoel Antônio de Almeida, mas ele o fez com graça. Apesar de só ter lido o livro porque a escola nos obriga a ler um livro 'específico' por bimestre, não me arrependi nem um pouco, e recomendo totalmente. Literatura brasileira ganhou mais um ponto comigo.


comentários(0)comente



Juliana 20/08/2012

Memórias de um Sargento de Mílicias-Manuel Antonio de Almeida
Memórias de um Sargento de Milícias surgiu inicialmente como um folhetim semanal,por isso a complexidade do texto ao virar livro. Para prender os leitores,eram apresentados por semana,capítulos curtos e até certo ponto independentes,em geral contendo um capítulo completo.
Tudo se passa no século XIX,quando D.João e a família real vieram se refugiar no Brasil.
O interessante deste livro é que nenhum personagem é inocente,todos,de alguma forma se vendem para chegar ao seus objetivos.
Nem o amor resiste.Leonardo,personagem central do livro,ama Luisinha,mas logo se esquece disso,ao conhecer Vidinha.
Até o Major Vidigal,homem distinto e defensor da ordem,se deixa levar,promovendo Leonardo,em troca de favores amorosos do alvo de sua paixão,Maria Regalada.
Não há lição de moral,Leonardo,como diria sua vizinha agourenta: "Nasceu como maus bofes",mas no fim,ainda consegue se casar com sua amada Luisinha e ainda acaba rico.
É um romance malandro,ninguém é bom ou mau,todos são apenas humanos,com com suas qualidades e defeitos.
Todos tem seu preço e todos dão aquele jeitinho brasileiro para conseguir o que quer.
comentários(0)comente



Wyllyan 04/07/2011

Lendo literatura clássica com olhos modernos.
Memórias de um sargento de milícias no inicio é um tanto chato e desestimulador, demorei cerca de um mês para conseguir ler a primeira parte do livro. Porém ao final da primeira parte e inicio da segunda a história para de ser redundante e passa a ser menos imprevisível, a história vai se desenvolvendo melhor.

Ouvi inúmeras criticas sobre o livro e não as entendo literalmente; não foi um livro de todo mal apesar de ser cansativo, os leitores tem que entender que o livro se passa em uma época diferente, onde a cultura era diferente da nossa e não apenas diferente era facilmente mais perceptível por não haver influencia externa grande. O linguajar é da época tais quais os costumes e não sendo diferente mostra de forma simples como era o Brasil da época.

O que é perceptível é que as pessoas esperam que esse livro apareça traços da leitura atual, onde a informação é difundida rápido e livros da cultura exterior chega facilmente até aqui, às vezes da impressão que os leitores esperam que a qualquer momento apareça um vampiro para colocar o livro nos padrões do “bom moderno”; mas pouco sabem que esse é o padrão de leitura da época e pra época isso era ótimo, da mesma forma que livros atuais são ótimos mas daqui a alguns anos serão péssimos, para os nosso filhos etc. A fonética atual e os tratamentos atuais do idioma mudarão até nossos filhos e os gostos serão outros.

O que também é perceptível é que uns lêem o livro com um certo preconceito, sem vontade, obrigados por causa do vestibular, já lêem o livro com a mente fechada e achando-o super chato, isso impede o desenvolvimento da história que se lido e apreciado de forma correta seria bem compreendida e seria desvendado o seu desenrolar.

O que deixa a desejar é o fim que de certo não foi bem desenvolvido, tem certa característica romântica de terminar de forma bucólica com tristeza, deixando o leitor na curiosidade. Está na lista dos melhores clássicos não por um motivo atoa, a história é boa e o que cansa de fato é a linguagem da época, que é complicada e complexa, porém, pode ser entendida no contexto que se encontra.
comentários(0)comente



Miranda 31/12/2011

jeito malandro...
Adoreii!! "Filho de uma pisadela e de um beliscão",é desta maneira que o narrador se refere a Leonardo, o protagonista da história, que se passa no tempo do rei( momento em que a família real portuguesa vem para o Brasil).O livro é envolvente e em poucos dias dá pra terminar de ler, tem umas partes engraçadas(principalmente quando o autor se refere as travessuras do Leonardo -na infância e quando adulto)),e além disso traz críticas sociais.No final você descobre como esse rapaz, fruto de um romance malandro( quer jeito mais malandro de namorar do que uma pisadela e um...)torna-se sargento de milícias, depois de tanto aprontar;)muito bom;
comentários(0)comente



854 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR